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Rio de Janeiro

Bioparque do Rio: meia entrada PCD e passeio com crianças

Fomos ao BioParque do Rio de Janeiro ontem – fui com meu filho Lucas, de 3 anos e meio. Um passeio por lá com crianças requer algumas dicas prévias…

A chegada

Pedi que o Uber nos deixasse perto do antigo zoológico, mas, segundo ele, isso era impossível. Teríamos que entrar via entrada principal da Quinta da Boa Vista.

Assim foi, o que significa que havia um longo trajeto a ser percorrido a pé. Imaginei que, como o BioParque é administrado pelo mesmo grupo que cuida do Corcovado e Cataratas do Iguaçu, haveria na entrada algum carrinho para transportar as pessoas até lá. Me enganei.

Saímos correndo o mais rápido que conseguimos, pois saltamos do Uber exatamente às 15:29 e nosso ingresso era para 15:30. Tadinho do Lucas, começou até a chorar na metade da corrida – e depois eu quase chorei correndo com ele no colo, hahaha!

DICA 1:

Chegue uns 45 minutos antes da hora marcada no seu ingresso para não ter que fazer maratona na Quinta da Boa vista!

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O ingresso no Bioparque: meia entrada PCD

Como eu sou uma pessoa com deficiência (auditiva), tenho direito a comprar ingresso especial. Paguei R$19,90. No site você não vai encontrar a opção de ingresso PCD.

Para não ter problemas, entrei em contato via Whatsapp com eles, e me informaram que comprasse um ingresso de categoria idoso e lá mostrasse o RG, já que a bilheteria física ainda está fechada.

Embora não tenha gostado da gambiarra, foi tranquilo e não tive problema algum. Levei o meu RG de PCD e não me fizeram nenhuma pergunta. Como o Lucas tem 2 anos e 11 meses, levei a certidão de nascimento dele, mas não me solicitaram na hora de entrar.

DICA 2:

Se você é PCD, pode comprar um ingresso com 50% e tem direito a um acompanhante grátis, sem a costumeira burocracia da gratuidade do acompanhante ser apenas em caso de necessidade extrema.

O passeio no Bioparque com crianças

Assim que chegamos, avistei na entrada um moço alugando carrinhos de bebê e aqueles carros que imitam um carro de verdade que as crianças adoram pilotar. Lucas estava super cansado e eu também. Por isso, achei prudente alugar um carrinho. Se ele me pedisse colo acho que não daria conta.

O preço é salgado: R$25, mais caro do que paguei no ingresso. Você devolve só na hora de ir embora, não tem limite de tempo.

Começamos o tour por conta própria seguindo a orientação do parque: pelos pássaros. É um espaço incrível onde todos os pássaros estão soltos e podem interagir com você caso eles sintam vontade. Araras de todos os tamanhos e cores estão ao redor de uma infinidade de espécie de pássaros. É de encher os olhos e os ouvidos.

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Seguimos para os répteis (não curto!) e depois fomos ver o leão, o urso e o tigre. Nessa parte eu confesso que me senti mal, pois eles pareciam bem tristes. Estavam todos escondidos nas suas casas, sem querer ver ninguém.

O local onde ficarão os elefantes ainda está sendo construído, e vai ser enorme.

Há uma fazendinha muito fofa dentro da qual os pequenos podem interagir com os animais, mas tem custo adicional de R$22. Como estávamos com pouco tempo (chegamos às 15:45 e o parque fechava às 17h), tivemos que deixar para a próxima. Se for com tempo, seu filhote pode interagir com galinhas, cabritos, vacas e porcos.

O espaço dos macacos é muito legal, e eles ficam soltos. Não há jaula nenhuma, mas há uma separação entre os animais e os visitantes. As crianças ficam encantadas porque a sensação é a de estar no meio de uma floresta mágica cheia de bichos.

A savana africana vai te deixar de boca aberta. Uma dupla de hipopótamos fica nadando tranquila na sua piscina king size por ali, enquanto barquinhos fazem um tour pelo “rio” que contorna tudo. Há uma ponte gigantesca que cruza a “savana” de cabo a rabo e dá direito a uma vista espetacular da coisa toda.

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Nosso passeio foi rápidíssimo, mas poderíamos ter ficado lá umas 5 horas tranquilamente. No final do bioparque há um parquinho delicioso rodeado de sombra e de verde – Lucas amou e não queria sair de lá de jeito nenhum.

A loja de souvenir vai te fazer sentir vontade de comprar uns 10 bichos de pelúcia, mas os preços são salgados. R$79,90 cada um. Se fosse mais barato, iam vender muito mais – a maioria dos visitantes passa direto e não compra nada, porque todos os itens – de canecas a canetas e camisetas – são overpriced

Da próxima, nossa tática será a de chegar às 10h, fazer um bom passeio, almoçar, seguir o passeio e terminar o dia com uma longa brincadeira no parquinho com outras crianças. E, como pretendemos ir várias outras vezes, vamos nos associar ao BioParque por R$80 ao ano. Dê uma olhada no site deles porque as vantagens para sócios são sensacionais, e acredito que esse preço seja promocional e de curta duração!

DICA 3:

Chegue cedo, pois o bioparque fecha às 17h durante a pandemia. Dá para passar a manhã e a tarde lá, tranquilamente. Há vários espaços com sombra e lugar para sentar e fazer uma refeição em paz.

DICA 4:

Leve o carrinho ou a bicicleta do seu filho para não precisar alugar. É muita coisa para as crianças aguentarem caminhando. Leve também água e lanches, porque esses itens lá dentro custam o dobro do preço do supermercado.

BIOPARQUE DO RIO

Parque da Quinta da Boa Vista S/N
São Cristóvão, RJ, 20940-040.
contato@bioparquedorio.com.br

 

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

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