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Crônicas da Surdez

Emoções auditivas: falando no telefone

Importei um telefone residencial da Europa (o que seria de nós sem os amigos que aceitam encomendas quando viajam pro exterior) que possui a função Bluetooth, ou seja, posso conectar com meus aparelhos auditivos através do Tek e do miniTek da Siemens e assim tentar falar no telefone.

PAUSA DRAMÁTICA!

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Você, querido ouvinte que lê este blog, entenda um fato básico a respeito de quem não escuta ou escuta mal: ESCUTAR é uma coisa, ENTENDER O QUE SE ESCUTA é outra completamente diferente.  É o famoso “escuto, mas não entendo“. Cometi a besteira de comentar sobre a minha felicidade no Twitter (sigam @CronicaSurdez) e aí alguns amigos começaram a me aloprar: “Me liga!”, “Vou te ligar!”, “Atende o telefone”! Aí já comecei a ter tremedeira de nervoso.

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Primeiro, levei uma surra pra conseguir fazer o pareamento entre o MiniTek e o telefone, modelo Gigaset SL785. Não sei se existem telefones residenciais com Bluetooth de outras marcas, mas os sites internacionais nos quais pesquisei só puxavam modelos da Siemens – aqui no Brasil, só encontrei um deles e achei caríssimo. Aliás, em terra brasilis temos um telefone, também da Siemens (modelo Gigaset DA100), com um super amplificador acoplado. Custa R$210 (em 12x, preço normal é R$280) e é vendido pela Amplitel. Esse é outro que morro de vontade de comprar, ainda mais porque não precisa estar de aparelho auditivo pra atender. Esse é um ponto interessante, porque nem sempre vou estar de AASI em casa, ou nem sempre meu MiniTek vai estar com bateria suficiente, ou nem sempre vou lembrar de ligar o MiniTek ao chegar em casa. Enfim, voltando ao assunto.

O pessoal lá de casa ficava me encarando com um olhar ‘estuprador’ tipo “E aí, testa esse negócio pra ver se funciona!”. E eu suando, ansiada, agoniada. Até que fiquei sozinha com a minha mãe e foi o momento do hey ho, let’s go! “Mãe, me liga!”. Uma frase tão banal mas que, pra nós, só faltou uma música brega de fundo e movimentos em câmera lenta pra enquadrar o momento e o que as duas estavam sentindo. Ouvi o telefone tocar direto nos AASI, tão bonitinho. Atendi, me virei de costas pra ela. Fechei todos os sons pra ouvir somente o telefone. E o que ela ia me dizendo eu ia entendendo. Quando desligamos, demorou pra cair a ficha. Aí, inesperadamente, o telefone tocou de novo e era a minha cunhada. Quando eu disse alô, ela achou tão estranho que desligou, porque pensou que tinha ligado pro número errado! Hahahaha!! Aí ela ligou de novo e eu “gata, vai falando comigo que tô aqui testando uma nova ferramenta do Exército“. Entendi quase tudo o que ela disse, mas que fique claro que tanto minha mãe quanto minha cunhada não falam, elas BERRAM. Aí decidi tentar mais uma vez com mamis, não entendi nem 20% da conversa, me emputeci e fiquei emburrada. 🙂

Mais tarde naquela noite, sozinha em casa e querendo testar mais o brinquedinho, peguei os cartões de banco na carteira e me diverti ligando pra todos os números de 0800 possíveis e imagináveis. Nunca pensei que as vozes das gravações falavam tão pausadamente e articulavam de modo tão claro as palavras. Quando não entendia uma palavra, desligava e começava de novo – e assim se foram umas 60 ligações! Não satisfeita, decidi ligar pra uma pizzaria pra ver se entendia o que a atendente falava. Liguei 3 vezes, ouvi o que ela dizia, e no final falava “desculpe, foi engano“. Configura loucura? Azar!!!

Eu não sei como é falar ao telefone, quais as convenções sociais, quais os horários adequados, quantas vezes se deve insistir, quanto tempo se demora pra retornar uma ligação perdida e coisas assim. Não tenho as manhas. Mas a partir de agora vou fazer um esforço pra ter.

O próximo passo é conseguir pedir uma tele-entrega sozinha. Torçam por mim! Fico completamente atordoada e nervosa, como se fosse atender uma ligação em chinês, mas, como dizem aqui no Rio Grande do Sul, não tá morto quem peleia!

Uma confissão: como é frustrante e desesperador não entender o que se escuta. Tenho uma sensação estranha, como se faltasse algo no meu cérebro. Não, não pirei de vez, mas às vezes escuto algo, não entendo nada, aí com um pouquinho de leitura labial é como se os neurônios se conectassem e ploft, as coisas fazem sentido. Evito muito o telefone acho que 90% em função da irritação e da frustração que sinto por não entender o que escuto.

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

42 Comments

  • Lívia
    05/11/2011 at 11:32

    Oi Paula!

    Ao mesmo tempo q seu texto é leve e gostoso de ler ( e rir), expressa claramente o que a gente sente com essa história de telefone… de escutar e nao entender… Ainda nao fiz muitas tentativas de usar espe aparelhinho mágico que aproxima as pessoas so pela voz… Um dia eu chego lá! Sou implantada há dois anos, oralizada, e usando somente a leitura labial a vida toda… e agora vamos começar, eu e a fono, a terapia auditiva para o telefone. Fiquei tempo demais privada do sentido da audição, que preciso (re)formar a minha “memória auditiva” … e posso te garantir que nao tem sido fácil. O caminho é arduo, mas com persistencia a gente vence os obstáculos. Bjos!

    Reply
  • Álvaro
    23/10/2011 at 17:34

    Como vc é doida, ligar para vários 0800 – kkkk – ri demais.

    Apesar de usar aparelhos, tenho que encarar o telefone quase diariamente, apesar de não gostar muito. Tem pessoas que realmente falam muito baixo ou tem dicção péssima – mas encaro.

    Aliás no trampo, mesmo sabendo que sou deficiente auditivo, me passam todas as ligações e tenho que me virar nos 30 e, mesmo quando não entendo algo, tenho que interpretar pelo contesto …. adorei o post.

    beijo

    Reply
  • Juliana Moreira
    19/10/2011 at 14:24

    Paulinha! Fiquei feliz com esse post!
    Nossa, isto é um marco em sua vida!
    Espero que vc seja bem-vinda ao mundo dos surdos oralizados que utilizam o telefone!!!!!
    Entenda que, qdo te ligarem, e vc nao entender nada (ruídos, mto baixo, etc) solte um “desculpe mas não to ouvindo, nos falamos mais tarde” mesmo que a pessoa ainda esteja falando e desligue o telefone! Eu faço isso! Quem me conhece, entende, q nao adianta berrar, pq tem hora que a ligação não presta!
    Mas é bom saber que por ora podemos contar com o telefone!!
    Boa sorte nessa nova jornada!!!

    Reply
  • Ewerton Luiz
    19/10/2011 at 11:11

    Esqueci deste, já que a mulherada tá com o poder, vale tentar por aqui…

    http://www2.planalto.gov.br/presidenta/fale-com-a-presidenta

    Reply
  • Ewerton Luiz
    19/10/2011 at 11:08

    Hehehehehe… Belíssimo post, Paula, este irei enviar para conhecidos que não entendem muito bem o que é ser surdo (ou estar?!).

    Maquininhas maravilhosas que tu tens, agora é só ir à forra!

    Doce vingança!

    Iracema, obrigado pelas informações, agora é pressão no congresso.

    Reply
  • Gabriel Guy Léger
    19/10/2011 at 00:16

    Paula parabéns pela maneira bem humorada pela qual você descreve suas dificuldades. Acabamos rindo mesmo quando você diz que ficou “p” da vida. É super curioso você dizer que precisa aprender os traquejos sociais do uso do telefone, tipo coisa que ensinamos aos nossos filhos. Faz parte do aprendizado. Assim como sua amiga mencionou sobre a etiqueta ao se cumprimentar uma pessoa na França. Bom dia e boa noite são obrigatórios no início de cada conversa, mesmo entre amigos. Mas logo nos acostumamos. Tenho certeza que sua adaptação será super rápida. Boa sorte.
    PS a respeito do comentário acima da Iracema.
    Precisamos nos mobilizar pela redução da carga tributária nos equipamentos de ajuda técnica. Aqui no Paraná já levei a discussão à Federação das Indústrias, para que os empresários também encampem a idéia. Ainda pretendo fazer alguma “pressão” junto ao CONADE e à CASA CIVIL.

    Reply
  • Simone
    18/10/2011 at 20:20

    Sigo o blog desde o comeco mas nunca comentei.
    Nao sou surda nem conheco ngm que seja, mas me interessei pelo assunto depois do seu blog, e encontrei o da lak tbm e sigo lendo os dois. Achei incrivel a movimentacao q vc fez a respeito do teleatendimento e do panelaco no twitter.
    Seu post me emocionou, que felicidade poder “compartilhar” desse momento com voce. Acredito (e torço mto por isso) q muito em breve esses telefones vao se popularizar, porque esse tipo realmente faz sentido, e nao aqueles pre historicos…
    Felicidades pra voce! E qto as “convencoes” sociais, so posso dizer que vc eh incrivelmente delicada por se preocupar com isso, acredite, tem ouvinte q usou telefone a vida toda e ainda nao aprendeu. E claro, nao se preocupe que pra ter uma boa etiqueta ao telefone, boa educacao e desconfiometro apurado ja eh noventa porcento do caminho, e isso certamente vc tem.

    Bjos

    Reply
  • Iracema
    18/10/2011 at 12:16

    O Projeto de Lei Federal n° 7916, de autoria do Deputado Luiz Gonzaga Patriota (PSB/PE), que dispõe da isenção do imposto para importação na aquisição de equipamentos para pessoas com deficiência (Isenção, (IPI), imposto de importação, bens, produto, destinação, locomoção, tratamento médico, realização, atividade profissional, atividade esportiva, pessoa portadora de deficiência, deficiente visual, deficiente auditivo, deficiente mental, autista), NÃO SAIU DO PAPEL, AINDA. Apesar da tramitação ser em regime de “prioridade”, e por mais nobre que a causa possa parecer, desde o final do ano passado (2010), o PL 7916 está parado na Câmara dos Deputados.

    Para fazê-lo andar, é necessário apoio e força popular. É importante que a população se mobilize, de todas as formas possíveis.
    Mais do que isso, é preciso divulgar esta causa…
    E aí, vamos fazer nossa parte?

    Reply
    • Julie
      19/10/2011 at 14:07

      Boa idéia, vou cadastrar meu e-mail no site da câmara para acompanhar as movimentações desse projeto de lei.
      Todas as pessoas deveriam fazer isso, assim é uma forma de fazer pressão.
      Até!

      Reply
  • Iracema
    18/10/2011 at 12:14

    Ontem (17/10), o Programa Brasilianas.org, apresentado pelo jornalista Luis Nassif no estúdio da TV Brasil em São Paulo, abordou o tema: Pessoas com deficiência: políticas e programas para o atendimento e a promoção dos direitos das pessoas com deficiência; a questão da educação especial e a educação regular; e o patamar em que o país se encontra com relação ao acesso de tecnologias que facilitam a mobilidade e a vida dessas pessoas.
    Participaram a professora da PUC-RJ e consultora da Federação Nacional das Apaes, Rosita Edler de Carvalho; a Procuradora-Geral da República, Eugênia Augusta Gonzaga; e o jornalista e paratleta Lucas Ito.
    Um dos enfoques principais foi o pedido, em caráter de urgência, de uma legislação que contemple a não taxação para equipamentos especiais de acessibilidade.

    Reply
  • Julie
    18/10/2011 at 10:32

    Paulinha, seu bom humor é fantastico!!
    Parabéns pela vitória ao telefone, e muito obrigada por compartilhar conosco!
    O que você descreve, suas angústicas e frustações é comum para a maioria de nós surdos ao usar o telefone. Eu até tenho uma certa facilidade para usar (já comentei em outros posts sobre o uso do bicho,rs), sofro horrores quando não conheço a voz ou a qualidade da ligação é pessima, e tremo muito na base antes de começar a usar o telefone, se tenho que fazer ou atender alguma ligação, mas acabo encarando, pois é uma forma de treinar o cérebro.
    Boa sorte nessa nova empreitada na telefonia! vou ficar na expectativa do post da tele-entrega!
    Super beijo!

    Reply
  • Iracema
    18/10/2011 at 09:17

    Se o governo fala tanto em “inclusão”, que tal excluir dos aparelhos esseciais para uso dos cegos, surdos, deficientes físicos e outros a pesada carga de impostos? Por que não facilitar a importação desses aparelhos? Que tal dar início a uma campanh nesse sentido, pelas redes sociais?

    Reply
  • Silvia
    18/10/2011 at 08:49

    Oi, Paula! Compreendo exatamente como você se sente e eu também ‘fujo’ do telefone, porque cada ligação é um ponto de interrogação e tanto pode ser motivo de mta alegria como de mta frustação!… Como estou morando longe da familia e a cada passo faço novas amizades… ontem um novo amigo me ligou no celular (eu tinha acabado de dar o nr a ele, pelo msn, e nem lembrei de avisar para mandar sms), atendi e não entendia… aí já fui dizendo “manda sms, não vou te entender” e ele com paciência começou a falar mais pausadamente e entendi tudo. Enfim com paciência e compreensão alheia a coisa pode se resolver sem stress, mas o telefone é SEMPRE uma aventura… acho que devemos treinar o psicológico para lidar com a frustração de quando não conseguimos, mas não devemos JAMAIS parar de tentar, pois como vc falou, não tá morto quem peleia!!! Força ae!!! Beijos cocleares!!!

    Reply
  • demer d
    17/10/2011 at 21:26

    kkkk pausa Dramática 🙂

    Reply
  • Patrícia Maia
    17/10/2011 at 19:27

    Paulinha,

    Parabéns por mais esse avanço!! Fico feliz com cada tecnologia nova q vc descobre e que ajuda a vc e a tantos outros que leem este blog maravilhoso.

    Mas, tenho q te confessar uma coisa… Mesmo nós que não temos nenhuma dificuldade auditiva de vez em quando não entendemos alguma coisa, então não fique com vergonha de pedir para repetir.

    Boa sorte em suas próximas experiências!!

    Bjs

    Reply
  • Centro Auditivo Audição & Vida
    17/10/2011 at 17:33

    Paula, fiquei muito, mas muito feliz com este seu passo.

    O texto está divertidissímo e muito claro as sua angustias, e olha que é dificil verbalizar o que está sentindo.

    Agora é ter calma e não ficar desesperada por que não entendeu, você tem que se controlar para que a frustração não apareça.

    Pense, vc não sabia engatinhar, nem andar, e comer sozinha? Nem ir ao banheiro sem ajuda, então vá com calma que seu cerebro vai se adaptar este som metalico e abafado. Quero acompanhar sua evolução.

    Parabéns e mais uma vez você serve de exemplo para outra pessoas.

    Reply
  • Greize
    17/10/2011 at 14:53

    Paula torço mto por vc, e tdos que querem isso.Usar o telefone é mágico, pq nos liberta e dá independência.
    Vai na froça e na fé, isso tb é treinamento auditivo “bebê”.rsrsrs
    Bjos

    Reply
  • Francine Matos
    17/10/2011 at 14:15

    Grande Paula!

    Que tu consiga vencer mais essa batalha no desafio de escutar!
    E que continue fazendo posts ótimos que nem esse nessa caminhada, encarando de maneira cada vez melhor esse desafio!
    “Não podemos entregar pros homens de jeito nenhum!”

    bjos!

    Reply
  • Mariana
    17/10/2011 at 13:32

    Adorei o texto, hahaha. Só tu mesmo para escrever algo tão sério com muita pitada de humor! Vai treinando que tu vai conseguindo! Ontem testei pela primeira vez, ouvir o iPod no meu implante, e nossa!, tá do jeito como você explicou, tive essa sensação estranha também. Eu ouvi português, mas não entendi quase nada. Ouvi o francês, entendi melhor, mas ouço de um jeito meio distorcido… Ouvi o inglês, foi como entender chinês também. Mas só o fato de poder ouvir já fez meu dia! Vou treinando, para ir assimilando os sons. Ouvir músicas também tá difícil de identificar.

    Bjocas, Paula, e uma ótima aventura telefônica, hihi.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      18/10/2011 at 10:14

      Exatamente Mari, bem como tu disse, ‘só ouvir já fez meu dia’ – entender são outros 500, mas vamo que vamo!

      Reply
  • Gui Chazan
    17/10/2011 at 12:37

    Gostei muito do relato e, de novo, do teu senso de humor, Paula! Parece uma criança com brinquedo novo, hehe.

    É bem isso que falaste, dá um nervosismo, uma tremedeira, vergonha de pedir pra repetir o que falam ao telefone. Fico feliz por tu estares entendendo cada vez mais! Bjo

    Reply
  • Lara
    17/10/2011 at 12:35

    Paula, um dia eu vou te ligar!!! ahahahaha

    vc vai conseguir me entender!! relaxeeee!
    beeijos

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      18/10/2011 at 10:13

      Ai que medoooo….qdo alguem me diz ‘vou te ligar’ me dá um nervoso!
      kkkkk
      bjos,

      Reply
  • Sun Melody
    17/10/2011 at 12:29

    Paula!!!

    Você tem que experimentar o badalado Colar Magnético, é só meter envolto no seu pescoço e é levezinho, pode levar para qualquer lugar (Neck Loop) que funciona via Bluethoot no telemóvel, tanto dá para conversar via fone e também ouvir música, para tal basta manter seus aparelhos auditivos no botão T para ter uma conversa tranquila!

    Eu tenho isso, e é um milagre!!!

    Já experimentou?

    Bjs
    Sun

    Reply
    • Rodolpho
      17/10/2011 at 20:05

      colar magnético?
      como é isso?
      não sou surdo, mas nunca ouvi falar nisso. como é?

      Reply
    • Crônicas da Surdez
      18/10/2011 at 10:12

      Vou me informar pra saber se meus AASI sao compativeis!
      😉

      Reply
  • Raul
    17/10/2011 at 12:22

    Essa é a Paula Pfeifer – copeira e peleadora! :)))

    Reply
  • Andrey Eduardo
    17/10/2011 at 12:20

    Olá Paula,

    Lendo o seu ‘textinho’, me desculpe, foi altamente hilariante, e eu aqui imaginando a cena como é e como é e isso e tal, putz, suas palavras são tão descritivas, e eu rindo aqui, hauahauahauahau. Sei como é, só falo ao telefone com o AASI apenas com os familiares ou conhecidos mais próximos, se não, é um desastre! Mas nada impede de uma boa prática que resolva essas coisinhas banais de conversar por telefone. Adorei o seu texto!

    Abraços.

    Reply
  • Deni
    17/10/2011 at 11:32

    Parabéns, Paula!!!

    Estou aqui na torcida para você vencer esse medo monstro de falar ao telefone, nem imagina como fiquei feliz por você!!!
    Sei que é difícil, mas muito treino, jeitinho e você pega o embalo!

    Ah! só você mesma para nos fazer rir com esse jeito de escrever, mas quero ler sobre a sua ligação para a tele-entrega e o principal, se o pedido veio certo, hehehe 😉

    bjos

    Reply
  • Rodolpho
    17/10/2011 at 11:14

    faaala paula.
    nossa… nunca ri tanto como agora. hahahaha
    não pelo fato de você não entender o que a pessoa fala, mas do seu jeito de tentar entender as pessoas, sair ligando pra tudo quanto foi lugar. kkkkkkk
    mas é assim mesmo, tem que ir tentando, senão não rola.

    Reply
  • s0ramires
    17/10/2011 at 11:08

    Não tá morto quem peleia! Genial.

    Reply

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