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Meu nome é Danielle, mas podem me chamar de Dani, tenho surdez bilateral moderada, 20 anos, e falo abertamente sobre surdez, sobre aparelhos auditivos, aceitação, e principalmente sobre conquistar nossa acessibilidade. Só que nem sempre foi assim, aliás, só há 3 anos. Eu sequer sabia o grau da minha perda auditiva, e sonhava que com aparelhos ia sair entendendo tudo, como mágica.

Quando me perguntam “Como tu ouve?”, digo que é um conjunto de: contexto + leitura labial + sons, e mesmo assim ainda fico em dúvida se entendi mesmo o que disseram. E se falta um desses três, a dificuldade é enorme. O contexto é muito importante porque com a perda moderada, não aprendi a ouvir sílaba por sílaba, mas sim a deduzir frases inteiras com base nas ‘experiências auditivas’ anteriores. Porém, é muito comum conversar horas com alguém, entendendo quase tudo, mas quando a pessoa fala um nome próprio, um lugar ou uma marca, que não dá pra deduzir pelo contexto, parece que foi dito algo em outro idioma. Se tentar soletrar, pior ainda.

Voltemos lá para meados de 2002, uma Dani com 5 anos. Adorava jogar  videogame porque desenho animado, ou filme na TV, era algo “chato, difícil de entender”, e a mãe não deixava aumentar mais o volume. E eu adorava ler também, tinha muitos livros e gibis, e na escola notei que sabia ler muito mais rápido que os colegas. Porém só aos 19 anos entendi que foi pela perda auditiva que eu procurei um mundo mais visual (muita leitura, sempre procurando legendas) e menos auditivo (no videogame, não dependia dos sons, apenas das imagens).

SURDEZ MODERADA Bilateral: Tudo começou na escola

E foi na escola que os problemas começaram. “Você precisa conversar um pouco com a psicóloga”, os coordenadores me diziam frequentemente. Eu não falava com os colegas, sempre ficava muito quieta. Se algum professor me perguntava algo, eu respondia tão baixinho, que os outros alunos próximos tinham que repetir em voz alta pra todos entenderem. “Ela fala sem som”, diziam de mim, “ela fala pra dentro, ela é tímida, ela é traumatizada, o que tem essa guria?Pensaram em tudo, menos perda auditiva. E assim fui pra psicólogo, psiquiatra, neurologista e ninguém sabia o que realmente estava acontecendo! Meus pais não notaram no começo porque com eles, eu me acostumei desde cedo na leitura labial, e também aprendi a deduzir melhor a voz deles, sei  ‘adivinhar’ bem o que eles dizem.

dani 1

Um dia contei pra minha mãe que eu sempre dormia com o ouvido esquerdo abafado no travesseiro, porque assim não ouvia nem o barulho do ventilador. Pra ouvir o ronronar de um gato, só se colocasse o esquerdo apoiado na barriga do bichano, com o direito não adiantava. O pior? Eu me achava incrível, pensava que o esquerdo era o ‘super-ouvido’, enquanto na verdade era só o “menos ruim.” Digamos que sou ouvinte o bastante pra ouvir a mãe berrando de outro cômodo, mas surda o bastante pra não entender nada que ela fala.

Então lá pelos meus 10 anos minha mãe me levou ao médico para ver se eu tinha mesmo perda auditiva, mas ele nem solicitou exames e disse que era só falta de atenção, e que se eu me “concentrasse melhor”, ia ouvir minha mãe chamando, ia entender a televisão…Mais atenção do que eu já tinha? Vivia fazendo leitura labial nos professores, tinha boas notas na escola, não era nada ‘desligada’, pelo contrário, visualmente, era atenta a tudo!

E o ‘terror’ da escola continuava: risadas debochadas porque me chamavam, chamavam, e só no berro que eu ouvia. Nas aulas de educação física, não entendia nada que as colegas falavam, afinal, não dá de correr e fazer leitura labial, não é? E nas aulas de inglês: prova escrita? Beleza! Mas ouvir a música em inglês e escrever a letra? Socorro! Porque tinha música que mesmo no volume máximo, eu só escutava um ruído leve, da batida. Uma vez um professor fez uma pergunta diretamente pra mim, em inglês, e repetiu 5 vezes, mas eu não entendi nada que ele falou, então respondi “Não sei”, e a turma inteira explodiu em gargalhadas e diziam “Como assim, não sabe? Nossa, qualquer um sabe!”. Só depois soube que ele tinha perguntado “Que horas são?”. E assim, por anos achei que eu era ‘burra’ em inglês.

E nesse ponto da história as pessoas geralmente me interrompem e perguntam: “Tá, mas por que você nunca disse nada?”. Bom, hoje reconheço, deveria ter dito. Porém, eu [provavelmente] nasci já com alguma perda, e achava que o mundo da forma que eu ouvia, era o ‘normal’. Nem imaginava não escutava muitos sons, porque eu até ‘ouvia, só não entendia’, pensava que realmente era difícil entender as pessoas, a TV, e tudo o mais, que tinha que desenvolver alguma ‘habilidade’ pra isso, que todo mundo tinha a mesma dificuldade (o que criança não imagina, não é?). Comecei a admitir que era um pouco surda só quando os deboches ficaram mais frequentes na escola, mas exatamente por isso, fazia de tudo pra fingir que estava tudo bem e evitar situações traumatizantes.

E assim continuei por anos, envergonhada demais pra admitir a própria condição, e sem nem imaginar que a vida poderia ser tão mais fácil, se eu só falasse abertamente sobre a surdez! Não, a vida não vai melhorar só quando você usar aparelhos, já pode começar a melhorar ao explicar pras pessoas que você precisa que falem de frente, pedir pra repetir quando necessário, e dizer que é melhor por email do que por telefone, pedir pra sentar na mesa mais silenciosa do restaurante… Quantas conversas, histórias e risadas eu já perdi por não ouvir, momentos que nunca vão voltar! Incontáveis vezes eu disse “Uhum”, sorri e encerrei o diálogo, sem entender uma palavra do que me disseram.

Na adolescência vi que eu não era a única prejudicada, minha família também sofria com as falhas de comunicação. Já deixei de avisar pra minha mãe da morte de um parente, porque estava sozinha em casa e atendi o telefone, mas não conseguia entender quase nada, muito menos o nome de quem morreu, então desliguei e pensei “Ah, depois ela fica sabendo da notícia por outra pessoa”, mas isso não aconteceu, e ela perdeu o velório (foi saber só 3 semanas depois…rsrsrs)   

dani 2 dani 4

E tive dificuldades na fala também, pois o cérebro me induz a falar do mesmo jeito que eu ouço. É a lógica, não? Aprendemos a falar tentando imitar as palavras do jeito que ouvimos. Eu falava e ia silenciando algumas consoantes. Só na faculdade que, ao apresentar trabalhos lá na frente, comecei a me monitorar pra falar mais claramente, e com todas as letras. Mas até hoje, em conversas mais à vontade, começo a falar baixinho, sem som, e então logo já me dizem “Dani, tu sabe ler lábios, mas eu não! Então fala direito, por favor” Hahaha!

Até que um belo dia conheci esse blog, o Crônicas da Surdez, (li do começo ao fim, hehe) e vi que não estava sozinha, e que não precisava me esconder. Fiz exames de audiometria e consegui os aparelhos pelo SUS (uma luta, só consegui quando falei lá na Secretaria da Saúde que estava abrindo processo contra eles na Defensoria Pública, aí os aparelhos chegaram rapidinho!).

Receber os aparelhos demandou muita pesquisa, antes, e muita calma, na adaptação. A primeira coisa que fiz com eles foi correr pra sala de espera e ficar na frente da TV, esperando pra finalmente entender o que diziam, porém, sem sucesso. Na euforia, eu me esqueci de tudo que já sabia: não existe mágica, o cérebro precisa aprender os sons. Foram semanas de ódio contra aquelas ‘coisinhas de chiar no ouvido’, mas que hoje não consigo trabalhar sem! E faço de tudo pra enfeitar, se alguém olha com curiosidade, fico só torcendo pra pessoa perguntar, e então eu poder contar tudo!

Minha aceitação começou no dia em que eu estava com o laudo médico nas mãos: perda auditiva bilateral moderada, progressiva, e o número do CID. Foi aí que sentei, e toda a minha vida passou como um filme: as dificuldades que eu não sabia o porquê? Eram por causa da surdez. Colégio, inglês, TV, telefone, músicas que não entendia a letra nem mesmo em português, foi aí que tudo começou a fazer sentido, as peças começaram a se encaixar, tudo tinha uma razão, e o mais importante: a culpa não era minha, nunca foi! Esse foi o maior peso que saiu da minha mente – pra nunca mais voltar.

A aceitação não acontece em um dia, não vem nenhuma cartinha de “Boas vindas ao mundo da aceitação, agora tudo será perfeito” pelo correio, não. Mas tem um início, e nessa jornada, o importante não é estar lá na frente, mas apenas não estar no mesmo lugar de ontem. Nós vamos estar com nós mesmos pelo resto da vida, faz sentido se negar/odiar/ignorar? E por não desejar para ninguém as mesmas dificuldades que eu passei, decidi colocar em prática uma ideia já bem antiga: protestar por acessibilidade, começando nos cinemas.

Já desisti muito de sair para assistir um filme, porque em nenhum lugar próximo tinha legendas. E a frustração de tentar assistir dublado, então? Nem pensar. Depois de uma hora no Google reunindo leis sobre legendas em cinemas e processos judiciais antigos sobre o assunto, numa sexta feira ensolarada de inverno, passei em uma papelaria ali pelo centro de Florianópolis, comprei cartolina e pensei: “É neste fim de semana! Quem sabe, eu conheço mais pessoas com deficiência auditiva (não conhecia ninguém antes)  e assim, a gente se junta pra fazer algo maior! E se todos denunciarem no Ministério Público, podemos conseguir leis mais específicas”… Só que eu ignorava o poder da internet.

Antes, vivendo tão “no meu cantinho”, poucos amigos, e de repente, depois de umas fotos segurando cartazes pedindo por legendas, senti um abraço de todo o Brasil: pessoas do Rio Grande do Sul ao Acre mandando mensagens dizendo: “Eu sinto o mesmo! Eu tenho a mesma dificuldade! Eu vou parar de só pensar, e vou agir!”. Algumas fizeram chorar por dias, tipo: “Estou há 30 anos sem ir ao cinema, minha família sempre vai mas eu fico em casa.” Ou “Nunca pude levar minhas filhas ao cinema…As duas são surdas, leem muito bem as legendas em casa, mas será que algum dia eu vou poder ir no cinema com elas?”…E depois de algumas semanas “Agora tem legenda aqui no cinema mais perto! Vou poder assistir os filmes com meus amigos!”  e “Também fizemos protesto e agora podemos ir ao cinema!”

No dia da primeira manifestação, muitas lágrimas escorriam enquanto eu segurava os cartazes, lágrimas de alívio por, finalmente, dizer pro mundo “Ei, nós existimos, não escondemos a surdez e sim, queremos ter acesso à informação, cultura e entretenimento igualzinho vocês, ouvintes”. Posteriormente, muitas outras escorreram, a cada conquista, a cada boa notícia sobre legendas. Conversei com os responsáveis de vários cinemas, e até hoje mantemos contato, estamos tentando fazer sessões de teste, com vários surdos para testar as tecnologias de acessibilidade.

Depois de tanto tempo sozinha nas minhas dificuldades, agora conheço pessoas maravilhosas que ajudam nas dúvidas de aparelhos auditivos, que estão na luta por acessibilidade também, que entendem as pedras no caminho que enfrentamos, sugerem novas ideias pra melhorar a comunicação e que riem comigo das mesmas piadinhas sobre surdez. E aprendi a deixar o orgulho de lado, parar de querer me fazer de forte, me fazer de ouvinte, como se não tivesse dificuldade nenhuma – pois não adianta nada, nada! No máximo, rende uma gastrite das brabas. Hoje, mesmo não usando os aparelhoa auditivos em casa, não deixo pra lá: se não entendi, vai repetir, sim! Alguns até estranham o tanto de palavras que peço pra repetir, acham que estou brincando, mas não, apenas não deixo mais a vida passar em silêncio!’

CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM: junte-se a nós!

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A sua jornada da surdez não precisa ser solitária e desinformada! Para que ela seja mais leve, simples e cheia de amigos, torne-se MEMBRO do Clube dos Surdos Que Ouvem. No Clube, você terá acesso às nossas comunidades digitais (grupos no Facebook e no Telegram), conteúdos exclusivos, descontos em produtos e acesso aos nossos cursos*.

São 21 mil usuários de aparelhos auditivos e implante coclear com os mais diferentes tipos e graus de surdez para você conversar e tirar suas dúvidas a respeito do universo da deficiência auditiva (direitos, aparelhos, médicos, fonos, implante, concursos, etc).

MOTIVOS para entrar para o Clube dos Surdos Que Ouvem:

  1. Estar em contato direto com quem já passou pelo que você está passando (isso faz toda a diferença!)
  2. Economizar milhares de reais na compra dos seus aparelhos auditivos
  3. Aprender a conseguir aparelho de audição gratuito pelo SUS
  4. Não cair em golpes (a internet está abarrotada de golpistas do zumbido, de aparelhos de surdez falsos e profissionais de saúde que não são especializados em perda auditiva!)
  5. Conversar com milhares de pessoas que têm surdez, otosclerose, síndromes e usam aparelhos para ouvir melhor
  6. Conhecer centenas de famílias de crianças com perda auditiva
  7. Fazer amigos, sair do isolamento e retomar sua qualidade de vida
  8. Pegar indicações dos melhores médicos otorrinos e fonoaudiólogos do Brasi com pessoas de confiança

Se você for mãe ou pai de uma criança com perda auditiva, uma das comunidades digitais do Clube é um Grupo de Telegram com centenas de famílias se ajudando mutuamente todos os dias.

  como comprar aparelho auditivo

OS ERROS QUE EU JÁ COMETI ao comprar aparelho auditivo

Eu já passei pela saga da compra de aparelhos auditivos várias vezes. Já fui convencida a me endividar para comprar um aparelho auditivo “discreto e invisível” que sequer atendia a minha surdez. Já fui enganada ao levar um aparelho auditivo para o conserto na loja onde o comprei: a fonoaudióloga disse que ele não servia mais para mim sem sequer verificá-lo ou fazer uma nova audiometria. Já quase caí no conto do vigário de gastar uma fortuna num aparelho auditivo para surdez profunda “top de linha”, cujos recursos eu jamais poderia aproveitar devido à gravidade da minha surdez. Já fui pressionada a comprar um aparelho auditivo porque supostamente a “promoção imperdível” duraria apenas até o dia seguinte. E também quase cometi a burrada de comprar um aparelho de surdez que já estava quase saindo de linha por causa de um desconto estratosférico.

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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

48 Comments

  • CARLOS EDUARDO DE SOUZA SOARES
    05/05/2020 at 18:58

    Eu tenho mesmo problema e tenho os laudos médicos.
    mas como faço para conseguir pelo sus os aparelhos…

    Reply
    • Sandra
      10/07/2020 at 10:35

      Oi, veja este link, diz sobre todos os passos
      https://cronicasdasurdez.com/aparelhos-auditivos-sus/

      Reply
      • Pryscilla Cricio
        30/07/2020 at 17:27

        Olá Sandra,

        Tudo bem?

        Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.

        https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/

        E para receber avisos sobre nossos eventos e cursos, por favor, clique e responda 4 perguntas (leva 30 segundos):

        https://forms.gle/MVnkNxctr1eahqR5A

        Estamos te esperando!

        Abraços,

        Equipe Surdos Que Ouvem

        Reply
    • Pryscilla Cricio
      03/08/2020 at 18:36

      Olá Carlos,

      Tudo bem?

      Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.

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      Reply
  • Kelly cristina da silva rodrigues
    01/08/2018 at 15:29

    Eu tenho essa surdez moderada eu tenho muita vrgnh de perguntar de novo pra pessoa e dificil e tenho vontade de fazer vestibular e faculdade mas a vrgnh nao deixa

    Reply
    • Pryscilla Cricio
      26/08/2020 at 17:15

      Olá Kelly,

      Tudo bem?

      Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.

      https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/

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      Abraços,

      Equipe Surdos Que Ouvem

      Reply
  • Elenita
    24/03/2018 at 01:08

    Oi já chequei a ligar em vários cinema que estava passando um filme infantil que minha filha queria assistir ,mais sem sucesso ,pedi para colocar legenda disse que ela lia muito bem e que estava querendo ir ao cinema como todo mundo mais sem sucesso ,fiquei muito triste por viver em um mundo que pessoas tenha que passar por isto ,por ela ter que enfrentar este tipo de coisa logo cedo mais estou tentando educar ela pra enfrentar este tipo de coisa com a cabeça erguida e lutar pelo seus direitos .fico feliz por ter conhecida esta história e saber que juntos vamos fazer a diferença. Minha filha agora com 9 anos perda severa bilateral

    Reply
  • Neusa Carcinoni
    04/01/2018 at 16:06

    Daniela, boa tarde. Só hoje vi o seu blog . Gostei do seu relato, pois me identifiquei com ele. Tenho perca auditiva neurossensorial bilatera, enfrento os mesmos problemas quanto a ver televisão, cinema nem pensar não consigo entender e dublado cansa bastante. Uso aparelho auditivo e daí as pessoas pensam que tenho que ouvir tudo entender tudo com o aparelho. Mas o entender, o aparelho não resolve tudo. E assim vamos levando. Gostaria de saber se posso acompanhar sua página para troca de informações ou mesmo se eu tiver algo a acrescentar. Aproveitando a oportunidade gostaria de saber se você sabe algo sobre aposentadoria para essa deficiência.

    Reply
  • Taciana Zanella
    19/07/2017 at 17:11

    Dani, assim como a maioria que comentou acima, me identifiquei com quase tudo.
    Fui diagnosticada com 14 anos e faço uso de aparelhos há 8 anos. Mas somente agora que a ficha está caindo. Isso depois de passar por um processo de autoconhecimento, e estou juntando as pecinhas e entendendo os porquês de cada traço da minha personalidade: timidez, introversão, isolamento, fobias, traumas, desastres, constrangimentos, e por outro lado, a capacidade de concentração, de “ouvir” melhor, prestar mais atenção.. É um esforço que nos faz ter “super-poderes”, nos fortalecemos na nossa própria “falha”. Aos poucos vamos aprendendo.
    Parabéns pelo seu relato e principalmente pela iniciativa! Obrigada por nos representar e por trazer a tona essas nossas questões! Desejo muita luz na sua vida!

    Reply
  • Kamilla Daiane
    10/05/2017 at 13:13

    Nossa parece até que foi eu quem escreveu esse texto… Tbm tenho perda bilateral moderada e passei pelas mesmas situações q vc…Dani passei por tudo isso que vc falou e tbm consegui o aparelho pelo SUS, porem no meu laudo medico esqueceram de especificar meu CID…
    Qual é o número do seu CID?

    Reply
  • Mariana Moura Rocha
    24/02/2017 at 11:25

    Oi, Dani!

    Eu compreendo o que você sentiu por todos esses anos, pois eu também senti! Tudo o que você escreveu, é como estar lendo a minha própria história. Recentemente, eu descobri que tenho perda auditiva bilateral moderada, que justifica todas as nossas dificuldades ao longo da vida. No momento, estou aguardando uma consulta com o médico do SUS para conseguir os aparelhos auditivos. Assim, em breve vou passar pela mesma fase que você: a descoberta de novos sons! E daqui pra frente paciência e persistência!

    Eu admiro você!

    Beijos!

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      20/03/2017 at 09:05

      Oi Mariana!!

      Que legal conhecer alguém com a mesma história que eu!
      Se quiser, me manda mensagem no facebook, lá conversamos mais.

      Beijo!

      Reply
  • Gabriel
    23/02/2017 at 02:15

    Muito interessante sua história Dani, tudo bem que eu sabia dela um pouco, uma vez conversamos na faculdade. Isso ae faz repetir sim e se não gostarem faz repetir de novo mesmo entendendo kkkkkk. Fico muito feliz em você pensar assim, pode ter certeza que encoraja e ajuda muita gente. Continue sempre assim. Beijos.

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      20/03/2017 at 09:06

      Oi Gabriel!

      Faço repetir mesmo hahaha Obrigada, beijo!

      Reply
  • Mariana Viana
    16/02/2017 at 16:17

    Daniiiii você é um arrasso !!! Te admiro muito, espero um dia ter oportunidade de te conhecer, para conversar sobre coisas que só a gente que tem essa limitação entende hahahaha, um beijão <3

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      20/02/2017 at 09:09

      Oiii Mariana!

      Obrigada, querida!! De onde você é? Me chama no face, se a gente morar pertinho a gente se encontra 😉

      Beeijo!

      Reply
  • Tabata
    10/02/2017 at 19:11

    Amei sua história! Tenho perda auditiva, mas ainda não sei o grau, me identifiquei muito. Passo por situações muito constrangedoras e me sinto muito triste por isso, muitas vezes pessoas da família riram de mim por falarem comigo e eu só atender depois de um berro. Parabéns por sua conquista!

    Reply
  • Jussara Rodrigues
    06/02/2017 at 20:31

    Dani, que linda história, ainda mais da sua aceitação. Eu tenho 22 anos, uso aparelho nos dois ouvidos desde pequena, mas infelizmente ainda tenho esse probleminha de me aceitar como sou! Mas lendo sua história, fiquei super emocionada, juro!! Nunca conversei com ninguém sobre isso, sobre o que sinto, ou passo/passei. Queria muito entrar em contato com você se puder, adoraria conversar a respeito disso..
    Parabéns pela sua coragem !

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      08/02/2017 at 10:19

      Oi Jussara!!

      Muito obrigada! Pode entrar em contato comigo, adoraria conversar com você. Meu email é daniellekmachado@gmail.com e pode me adicionar no facebook, se não conseguir, é só me mandar mensagem que eu te adiciono! Beijo!! <3

      Reply
  • Maria Ramos
    06/02/2017 at 16:39

    Ual…. Sem palavras para descrever a emoção que tua história me causou. Me vi na tua história… Do inicio ao fim.

    Eu tb achava que a culpa era minha 🙁

    Não estamos sozinha.

    Seria um prazer trocar experiências contigo. Meu e-mail: mariapsi2012.2@gmail.com

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      08/02/2017 at 10:52

      Oi Maria!

      Já entrei em contato com você! 😉

      Reply
  • Michele
    03/02/2017 at 19:25

    Olá Daniele!

    Fiquei emocionada com sua história. Não sou deficiente auditiva.
    Na vaerdade a maneira clara que vo ê explica as suas dificuldades até o diagnóstico e sua avaliação da vida sob esse novo prisma, além da maneira realista e sem dramas que você lida com a situação é que realmente emociona e motiva.
    Não sei sua profissão, mas preciso dizer que você se expressa incrivelmente bem.

    Muita luz na sua caminhada!

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      08/02/2017 at 10:38

      Olá Michele!

      Fico muito grata pelas suas palavras, obrigada! É bom saber que pessoas não deficientes auditivas estão lendo e entendendo sobre a surdez. Um grande abraço!!!

      Reply
  • Bárbara
    01/02/2017 at 15:56

    Muito bom! A parte da escola e videogames eu me identifiquei muito. A dificuldade que nós temos e o quanto nós superamos isso tudo! É maravilhoso.
    Você é ainda mais incrível pela força de vontade de agir para conseguir os direitos. Isso realmente inspira.

    E moça.
    Tu és bela :3
    Tanto na escrita quanto na aparência, se me permite hahaha

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      06/02/2017 at 09:19

      Oi Bárbara! Muito obrigada! <3 Não te conheço, mas te achei muito querida, só pelo comentário 😉

      Reply
  • Natália dos Santos
    30/01/2017 at 23:34

    Nossa muito eu! Tenho perda semelhante a sua. Acho que é meio institivo aprender a deduzir o contexto da conversa, né? Obrigada por compartilhar. Existem outras pessoas com dificuldades semelhantes a minha. As vezes acho que tô enlouquecendo.

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:30

      Obrigada, Natália! Não estamos sozinhas <3

      Reply
  • Elaine Gonçalves
    30/01/2017 at 21:09

    Superar-se sempre…muito sucesso e bênçãos em sua vida…

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:30

      Obrigada Elaine, sucesso para você também!!

      Reply
  • Luciano
    30/01/2017 at 10:37

    Parabéns pelo texto! Resumiu o que muitos de nós sentimos! Não é fácil! Para mim o pior foi perder música, que já não distinguo como antigamente. Mas nos cabe procurar outras formas, outros prazeres, outras sociabilidades…

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:32

      Obrigada, Luciano! Mas sobre a música, pesquise um pouquinho, existem aparelhos auditivos que tocam música com conexão no celular, e também aplicativos que corrigem as músicas conforme a perda, personalizado para cada ouvido (ex: Petralex para Iphone, Listen para android).

      Reply
  • Juliana
    30/01/2017 at 10:03

    Obrigada, Dani, por dividir conosco tua história. Fica sabendo que assim tu ajuda muita gente, inclusive eu, que tenho um filho com surdez moderada na orelha esquerda e leve na orelha direita, ele tem um ano e quatro meses e usas aparelhos há 1 ano. Fico me colocando no teu lugar e no lugar dele, são histórias como a tua que nos ajuda a sempre melhorar na comunicação com o filhote. Adorei, parabéns pela iniciativa ?

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:33

      Obrigada, Juliana! Acredito que informação é que faz toda a diferença! Com certeza, por saber desde cedo sobre seu filho, vai possibilitar uma vida muito melhor pra vocês todos! Sucesso, qualquer coisa, só chamar! 😉

      Reply
  • renata
    30/01/2017 at 09:59

    Dani..Parabéns pela sua coragem!!!!!

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:33

      Obrigada, Renata!!

      Reply
  • lucas
    30/01/2017 at 08:15

    Dani! amei sua história, sim eu também tenho o mesmo problema pior que isso é que minha família era muito ignorante e só falavam uma vez depois vinha o “laço” apanhava muito em casa e o bulling era frequente. Você está de parabéns pela sua conquista..

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:34

      Obrigada, Lucas! Tente conversar com sua família, quanto mais espalhamos informação, melhor fica a nossa vida 😉

      Reply
  • Adilson Tadeu Machado
    30/01/2017 at 02:35

    Parabéns Dani. Você é uma menina bela e maravilhosa. Beijão do Tio Tadeu.

    Reply
    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:35

      Obrigada tio Tadeu, fico muito feliz que você tenha lido a história! Abraços!!

      Reply
  • Tâmara
    30/01/2017 at 01:04

    Dani, adorei sua história! Minha filha de 3,5 anos teve o mesmo diagnóstico que o seu! Obg por dividir isso conosco, sem dúvida vai ajudar mt gente!
    Bjs e força na caminhada!

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    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:36

      Obrigada, Tâmara! Espero que ajude, qualquer dúvida, fique à vontade pra falar comigo. (daniellekmachado@gmai.com ou pelo facebook)

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  • Cassia
    29/01/2017 at 22:54

    Olá, Dani!

    Descobri a minha perda auditiva (moderada, bilateral e progressiva) recentemente. Ainda não possuo os aparelhos auditivos. Passo pelas dificuldades que você passou. Adorei ler seu texto e poder me identificar com ele.
    Um abraço,
    Cassia.

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    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:45

      Olá, Cassia!
      Fico feliz que você tenha se identificado, encontrar pessoas com a mesma situação sempre ajuda! (Sei porque passei a vida toda sozinha no quesito surdez, sem nenhum conhecido). Fique à vontade para conversar, se quiser, no email daniellekmachado@gmail.com. Abraços!!

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  • Carolina
    29/01/2017 at 21:44

    Eu me lembro da historia do cinema. Parabens pela coragem! Isso mesmo, se todos lutarem um pouquinho a vida dos deficientes auditivos ficara mais facil. Ha muit falta de conhecimento no assunto. Tenho um filho com surdez moderada a profunda e fico lendo suas palavras e imaginando como ele esta nos escutando. Ele tem cerca de 1 ano. É muito importante pra mim aprender sobre o assunto pra poder ajuda-lo. Beijos

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    • Fabíola
      30/01/2017 at 00:48

      Nossa Carolina, minha filha também tem perda bilateral moderada e profunda descobrimos no teste na orelhinha hoje ela tem 3 anos e eu estou sempre procurando informações para poder ajuda-la. Dani sua história me ajudou bastante.

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      • Danielle Kraus Machado
        01/02/2017 at 08:46

        Obrigada, Carolina e Fabíola! Com certeza informação faz toda a diferença. Muito sucesso para vocês, que tudo dê certo!! Abraços!

        Reply
  • Nicola Pacheco
    29/01/2017 at 21:04

    Que linda história Dani !
    Isto mesmo continue exigindo acessibilidade e tudo o mais que tiver direito. Bjs
    Foco ,força e FÉ.

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    • Danielle Kraus Machado
      01/02/2017 at 08:46

      Obrigada, Nicola!

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