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Deficiência Auditiva

Os TIPOS DE SURDEZ e os GRAUS de surdez em 2024

Muito se fala em surdez, mas você sabia que existem tipos diferentes de perda auditiva? Isso mesmo, a surdez não se resume apenas aos graus de perda (leve, moderada, severa e profunda) mas também ao tipo, que pode ser neurossensorial, condutiva ou mista. Vamos explicar brevemente o funcionamento normal do sistema auditivo, para que entendam onde o sistema falha e o que ele causa de prejuízo na audição. Os tipos de surdez e os graus de surdez definem se você é considerado uma pessoa com DEFICIÊNCIA AUDITIVA aos olhos da LEI BRASILEIRA.

Os GRAUS de surdez

A surdez tem graus: leve, moderado, severo e profundo:

  1. Surdez leve: A surdez leve é caracterizada por uma perda auditiva de 26 a 40 decibéis (dB). Nesse grau, a pessoa pode ter dificuldade em ouvir sons suaves, sussurros ou conversas em ambientes ruidosos.
  2. Surdez moderada: A surdez moderada está na faixa de perda auditiva de 41 a 70 dB. Nesse nível, a pessoa pode ter dificuldade em ouvir sons de intensidade moderada, como a fala normal, e pode depender de amplificação, como aparelhos auditivos, para melhorar a compreensão da fala.
  3. Surdez severa: A surdez severa ocorre na faixa de 71 a 90 dB. Nesse grau, a pessoa tem dificuldade em ouvir a maioria dos sons, incluindo conversas em volume normal. A comunicação pode ser desafiadora, mesmo com o uso de aparelhos auditivos.
  4. Surdez profunda: A surdez profunda é caracterizada por uma perda auditiva acima de 90 dB. Nesse nível, a pessoa não consegue ouvir sons, mesmo os mais intensos. A comunicação depende principalmente de linguagem de sinais ou outras formas visuais de comunicação. Implantes cocleares podem ser uma opção para permitir uma percepção limitada de sons.

É importante ressaltar que nem todo TIPO e GRAU de surdez é considerado como DEFICIÊNCIA AUDITIVA pela Lei Brasileira. Você pode conseguir aparelhos auditivos gratuitos no SUS. E você também pode fazer implante coclear pelo SUS ou cirurgia de prótese osteoancorada pelo SUS.

Tipos de surdez: a perda auditiva em detalhes

O som entra na orelha externa (conduto auditivo), faz vibrar a membrana timpânica e esta vibração é transmitida para os três ossículos da audição ( martelo, bigorna e estribo), que então, transmitem o estímulo para cóclea, o principal órgão auditivo.

A cóclea, por sua vez, transforma a energia mecânica do som em energia elétrica, e transmite o estímulo para o nervo coclear, que irá levar a informação até o cérebro. E o som é compreendido! Alterações neste trajeto, levam à surdez, que pode ser condutiva, neurossensorial ou mista.

O que é surdez condutiva?

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Uma surdez condutiva é uma alteração mecânica, isto significa que a transmissão do som está sendo impedida de continuar sua progressão. A surdez condutiva pode ser causada por algum tipo de barreira na entrada do ouvido, por exemplo: excesso de cera, osteoma, exostose, corpo estranho no conduto auditivo externo. Alterações na membrana timpânica também podem diminuir ou impedir sua vibração, causando uma surdez condutiva, como por exemplo na perfuração da membrana timpânica e na timpanosclerose.

Doenças da orelha média também podem impedir a boa condução do som até a cóclea, tais como: otite média aguda, otite média serosa, otite média crônica, otosclerose e até mesmo alguns tipos de tumores. Estas alterações, são barreiras para a transmissão do som, por isso são chamadas de perda auditiva condutiva, pois todas elas de alguma forma, impedem a boa condução do som até o principal órgão auditivo, a cóclea.

O que é surdez neurossensorial?

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Neste tipo de surdez, o som é conduzido corretamente pelo conduto auditivo externo, tímpano e pelos ossículos da audição. O som chega até a cóclea, porém não é processado adequadamente e o estímulo não chega como deveria no nervo auditivo. Neste caso, o problema se localiza na cóclea. Exemplos: presbiacusia (perda da audição relacionada à idade), PAIR- perda auditiva induzida pelo ruído (música alta, exposição ocupacional, máquinas…), medicamentos ototóxicos, perda súbita idiopática, infecções virais e bacterianas (ex. meningite), malformações congênitas, doenças auto-imunes, metabólicas, doenças genéticas.

Em outros casos, o som é corretamente processado pela cóclea, mas não é bem transmitido pelo nervo auditivo até o cérebro. Neste caso, o problema se encontra no nervo auditivo, é o que chamamos de doenças retrococleares, onde a alteração se encontra entre a cóclea e o cérebro. Exemplos: ausência de nervo auditivo, tumores do nervo auditivo, doenças neurológicas.

O que é surdez mista?

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A surdez mista é a combinação da perda auditiva condutiva com a neurossensorial. Nestes casos, a alteração está presente simultaneamente tanto na orelha externa e/ou média (alteração na condução do som), quanto na orelha interna (alteração neurossensorial).

Convidei a otorrino Dra. Marina Faioli da Clínica SONORA para escrever esse post.

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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

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