Os RISCOS da cirurgia da OTOSCLEROSE

O maior risco que você corre na cirurgia da otosclose é operar com um cirurgião inexperiente e que não foi recomendado por outros pacientes que tiveram sucesso na sua cirurgia. Infelizmente as pessoas buscam qualquer otorrino na lista de credenciados do plano de saúde e não sabem que precisam de um ESPECIALISTA em otosclerose. Essa especialidade não existe na Medicina, porém, existem otorrinos que atendem e operam casos de otosclerose todos os dias há décadas. E são esses médicos que você deve buscar, se quer ter sucesso e mitigar os riscos da cirurgia da otosclerose, porque ela é uma cirurgia delicadíssima que substitui o menor osso do corpo humano por uma prótese de milímetros.

Leia As coisas que ninguém conta sobre OTOSCLEROSE

Os riscos da cirurgia da otosclerose

Falar em “cirurgia no ouvido” já é o suficiente para fazer muita gente suar frio. A palavra “otosclerose” vem acompanhada de dúvidas, medo e um turbilhão de “e se der errado?”. Mas antes de qualquer pânico: respira. Cirurgia não é um bicho de sete cabeças, mas precisa ser avaliada com calma, informação e confiança.

Eu sempre digo que você deve desconfiar de quem fala com muita certeza sobre o que é o “certo” fazer com a otosclerose.
O certo não é operar. O certo não é usar aparelho auditivo. O certo é entender o que está acontecendo com o seu ouvido, quais caminhos existem e quais riscos cada um deles traz. E isso só um ESPECIALISTA no assunto pode te dar.

No final das contas, a única decisão realmente errada é não fazer nada e ficar sofrendo com a perda auditiva — porque, acredite, ela não vai melhorar sozinha, e a otosclerose é uma doença degenerativa.

O medo (que protege) e o medo (que paralisa)

O medo é um instinto antigo, e ele pode trabalhar tanto a favor quanto contra você. Existe o medo bom: aquele que te faz se informar, procurar um bom médico, pedir uma segunda opinião e avaliar com cuidado prós e contras. Esse medo é sábio, prudente, protetor.

Mas também existe o medo ruim, aquele que te paralisa e te convence de que é melhor não decidir nada agora — e esse “agora” vira meses, anos, décadas. E enquanto o tempo passa, a perda auditiva avança, o cérebro começa a se desadaptar aos sons, e a qualidade de vida vai encolhendo sem que você perceba.

Se o medo for inevitável (e quase sempre é), que seja um medo que move, não um medo que aprisiona. O melhor lugar para se informar e perder o medo da cirurgia da otosclerose são os grupos de apoio do CLUBE dos Surdos Que Ouvem – a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva.

Como a otosclerose é diagnosticada

A otosclerose costuma aparecer entre os 20 e 40 anos, mais frequentemente em mulheres, e muitas vezes vem disfarçada: uma sensação de ouvido tampado, zumbido insistente, dificuldade para entender a fala — especialmente em lugares com ruído. O diagnóstico começa pela história clínica e pela audiometria, que mostra uma perda auditiva condutiva (ou mista) típica.

A impedanciometria ajuda a confirmar o que o médico já suspeita, e a tomografia computadorizada de ossos temporais é o exame que mostra o que está acontecendo dentro do osso do ouvido, revelando as áreas afetadas pela doença. Tome muito cuidado: se o médico não for expert em otosclerose, ele vai deixar passar falhas no exame de imagem (como laudos incorretos feitos por radiologistas que laudam centenas de exames por dia com pressa, isso acontece bastante).

Quando a otosclerose atinge a cóclea, a parte responsável pela audição fina — aquela que distingue timbres, tons e detalhes —, a perda auditiva passa a ter também um componente neurossensorial. Isso significa que, mesmo com a cirurgia, pode haver limites para o quanto a audição pode ser recuperada.

A cirurgia da otosclerose: o que pode acontecer

O nome técnico é estapedectomia (ou estapedotomia, dependendo da técnica). O objetivo é simples: substituir o estribo, um ossículo do ouvido que ficou imóvel por causa da otosclerose, por uma prótese minúscula que volta a transmitir o som ao ouvido interno. Na prática, é uma das cirurgias mais delicadas da otorrinolaringologia. E, como toda cirurgia, tem riscos — pequenos, mas reais.

As complicações possíveis incluem:

  • Alterações no paladar: o nervo que dá sabor à vida (literalmente) passa bem perto da região operada. Às vezes, ele fica irritado e o gosto das coisas muda por alguns dias ou semanas.
  • Tontura e desequilíbrio: são comuns nos primeiros dias, enquanto o ouvido se acostuma à nova mecânica do som.
  • Perda auditiva neurossensorial: é o risco mais temido, mas também o mais raro — especialmente quando o procedimento é feito por um cirurgião experiente e com técnica apurada.

Em resumo: é uma cirurgia com ótimos resultados na maioria dos casos, mas que deve ser feita apenas por quem domina o assunto. E se você não sente total confiança no profissional que vai te operar, o melhor caminho é buscar outra opinião e conversar com pessoas que já fizeram a mesma cirurgia.

E depois da cirurgia da otosclerose?

A recuperação costuma ser tranquila. Nos primeiros dias, o mundo pode parecer um pouco estranho — sons metálicos, eco, sensações novas. Isso é o cérebro reaprendendo a ouvir. A orientação médica mais comum é evitar esforço físico, não assoar o nariz com força, não voar ou mergulhar por algumas semanas e manter o acompanhamento rigoroso.

O acompanhamento com o otorrino é essencial. Em geral, recomenda-se uma audiometria anual para acompanhar a estabilidade da audição e garantir que a prótese esteja funcionando como deve.

A otosclerose pode voltar?

A otosclerose é uma doença óssea — e a cirurgia não cura a doença, ela corrige a consequência mecânica, substituindo o osso que perdeu a mobilidade. Depois da estapedectomia, a prótese não é afetada pela otosclerose.

No entanto, em alguns casos, o processo da doença pode avançar em direção à cóclea, o que traz um novo tipo de perda auditiva — a neurossensorial. Isso não significa que a cirurgia falhou, mas sim que a doença evoluiu para outra região.

Decisão com os pés no chão

Decidir operar ou não operar é uma escolha muito pessoal que deve ser discutida com calma com o especialista que acompanha o seu caso. Não existe fórmula mágica, nem caminho universal. O que existe é informação, confiança e autoconhecimento.

Se você se sente bem com o aparelho auditivo e ele é a indicação do seu médico, ótimo. Se a cirurgia parece o passo certo e foi indicada pelo médico, ótimo também. O mais importante é não se conformar com o silêncio imposto pela otosclerose. A tecnologia, a medicina e o conhecimento estão aí para te ajudar a ouvir de novo.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia da otosclerose

1. A cirurgia da otosclerose dói?
Não. O procedimento é feito sob anestesia, e o pós-operatório costuma ter apenas um leve desconforto, facilmente controlado com analgésicos comuns.

2. Quanto tempo dura a cirurgia?
Em média, de 1 a 2 horas, dependendo da técnica e da experiência do cirurgião.

3. Quando posso voltar a ouvir depois da cirurgia?
Alguns pacientes percebem melhora já no final da cirurgiam, outros já nos primeiros dias; outros demoram algumas semanas. Cada ouvido tem seu próprio tempo.

4. Posso operar os dois ouvidos?
Sim, mas nunca ao mesmo tempo. O médico avalia o intervalo ideal entre uma cirurgia e outra.

5. A cirurgia substitui o aparelho auditivo?
Em muitos casos, sim. Mas se a doença também afetar a cóclea, o uso de aparelho pode continuar sendo necessário.

6. A cirurgia da otosclerose é segura?
Sim — desde que realizada por um cirurgião experiente em ouvido. A taxa de sucesso é alta e as complicações são raras quando a cirurgia da otosclerose é feita por um cirurgião MUITO EXPERIENTE que lida com otosclerose todos os dias no consultório e no centro cirúrgico.

7. Se eu não quiser operar, posso ficar só com o aparelho auditivo?
Claro. Essa é uma escolha legítima e segura. O importante é não negligenciar o tratamento da perda auditiva.

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