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Zumbido no ouvido

Novidades e tratamentos da ciência para ZUMBIDO NO OUVIDO

Quais são as novidades sobre o diagnóstico e os tratamentos do zumbido no ouvido em 2024? Afinal, existem estratégias de tratamento para o zumbido no ouvido causado por surdez neurosensorial que realmente funcionam e têm evidências científicas? Se você realmente quer saber e entender os fatos e dados sobre o zumbido, quem é a pessoa certa para te orientar?

A resposta é simples: o especialista internacional James Henry, PhD, autor de mais de 200 publicações e cinco livros relacionados ao zumbido. Suas realizações resultaram em inúmeros prêmios, incluindo o prestigiado Prêmio de Carreira Jerger para Pesquisa em Audiologia da Academia Americana de Audiologia. O Dr. Henry recentemente se aposentou, mas continua ativo ministrando palestras e fazendo consultorias.

A cura do zumbido, quando este é sintoma de uma perda auditiva, está fora do alcance de qualquer pessoa em 2024. Encontre UMA ÚNICA pessoa que relate ter sido curada do zumbido no ouvido tendo surdez neurosensorial – e, se você encontrar, por favor, ponha essa pessoa em contato comigo. Todos os que falam em “cura do zumbido” quando ele tem ligação com a SURDEZ vendem um produto milagroso, um curso, uma prótese auditiva ou alguma técnica sem comprovação científica. Portanto, seja criterioso. Converse diretamente com milhares de pessoas que têm zumbido no ouvido no CLUBE dos Surdos Que Ouvem antes de cair em conversa fiada e gastar seu dinheiro à toa por falta de conhecimento.

Vamos começar explicando algumas coisas básicas sobre zumbido no ouvido e, em seguida, você lerá as perguntas e respostas que o expert em zumbido James Henry, PhD, concedeu ao site Audiology Online. No site americano você encontrará todas as referências científicas que ele cita nas respostas.

Padre Fábio de Melo e Zumbido no Ouvido

padre fabio de melo zumbido

O Padre Fabio de Melo sofreu com zumbido no ouvido, mas é MENTIRA que ele se curou do zumbido com um remédio natural em cápsulas. Fiquei muito feliz quando vi hoje dia 15 de maio de 2023, que o Padre Fabio de Melo usou seu Instagram para alertar as pessoas sobre o golpe do falso remédio de zumbido no ouvido que usa a imagem dele em milhares de anúncios na internet.

O que é o zumbido no ouvido?

O zumbido no ouvido, também conhecido como tinnitus, é uma condição em que uma pessoa percebe sons, como zumbidos, apitos, chiados, clics ou outros ruídos, sem que haja uma fonte externa de som. Esses sons podem ser contínuos ou intermitentes e podem variar em intensidade e frequência.

Quais são as causas do zumbido no ouvido?

As causas do zumbido no ouvido são complexas e podem ser resultado de diversos fatores, sendo os mais comuns:

  1. PERDA AUDITIVA (surdez): Lesões no ouvido, como danos às células ciliadas na cóclea (órgão da audição no ouvido interno), devido à exposição prolongada a ruídos altos, como música alta, maquinaria barulhenta, tiros ou explosões, podem levar ao zumbido no ouvido. O ruído excessivo pode causar lesões nas células sensoriais do ouvido interno, levando a uma alteração na transmissão dos sinais nervosos relacionados à audição, resultando na percepção de zumbidos.

  2. Envelhecimento: O envelhecimento é outro fator comum associado ao zumbido no ouvido. À medida que envelhecemos, as estruturas do ouvido podem sofrer desgaste natural, incluindo as células ciliadas na cóclea, o que pode levar ao zumbido.

  3. Doenças e condições médicas: Problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, aterosclerose (depósito de gordura nas artérias), distúrbios vasculares e problemas de circulação sanguínea podem causar zumbido. Distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla ou neuropatia auditiva, também podem estar associados ao zumbido.

  4. ATM: disfunção temporomandibular (ATM) também pode causar ou agravar o zumbido no ouvido.
  5. Disfunção metabólica, como diabetes, hipotireoidismo ou hiperlipidemia, pode causar zumbido no ouvido. Essas condições metabólicas podem afetar os nervos e a circulação sanguínea, incluindo os vasos sanguíneos no ouvido interno, o que pode levar ao zumbido.

  6. Problemas na coluna cervical, como degeneração cervical, hérnia de disco cervical ou tensão muscular na região do pescoço, também podem causar zumbido no ouvido. Isso ocorre porque a coluna cervical abriga as vértebras cervicais, que estão próximas aos nervos e vasos sanguíneos que fornecem suprimento para a cabeça e os ouvidos. Quando há uma pressão excessiva sobre esses nervos ou vasos sanguíneos devido a problemas na coluna cervical, pode ocorrer o zumbido.

  7. Uso de certos medicamentos: Alguns medicamentos podem causar zumbido como efeito colateral. Medicamentos como aspirina, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), diuréticos, antidepressivos, medicamentos quimioterápicos e antibióticos da classe dos aminoglicosídeos são conhecidos por terem o potencial de causar zumbido.

  8. Trauma craniano: Trauma craniano, como lesões na cabeça devido a acidentes, quedas ou lesões esportivas, podem danificar as estruturas do ouvido interno e causar zumbido.

  9. Estresse e ansiedade: O estresse e a ansiedade podem desencadear ou agravar o zumbido no ouvido. O estresse crônico e a ansiedade podem afetar o sistema nervoso central, aumentando a sensibilidade aos ruídos e piorando a percepção do zumbido.

Qual médico você deve procurar em caso de ZUMBIDO NO OUVIDO?

O tratamento do zumbido no ouvido depende da causa subjacente identificada e pode variar de acordo com a condição específica de cada pessoa. É essencial buscar orientação de profissionais de saúde qualificados para uma avaliação adequada e um plano de tratamento individualizado.

Como a maior parte dos casos de zumbido têm ligação com perdas auditivas, o primeiro médico a ser consultado é o médico otorrino especializado em surdez. Caso o seu zumbido tenha outra causa que não a perda auditiva, aqui está uma lista de profissionais de saúde que poderão ajudar:

  1. Cardiologista: Problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial e aterosclerose, podem estar associados ao zumbido. Um cardiologista pode avaliar a saúde do coração e dos vasos sanguíneos, identificar possíveis causas cardiovasculares do zumbido e propor estratégias de tratamento adequadas.
  2. Dentista: no caso de ATM (disfunção temporomandibular)
  3. Neurologista: Em casos de zumbido associado a distúrbios neurológicos, como doença de Menière, esclerose múltipla ou neuropatia auditiva, um neurologista pode ser consultado. Esses especialistas podem avaliar o sistema nervoso central e fornecer opções de tratamento específicas para essas condições.
  4. Fisioterapeuta: nos casos relacionados à coluna cervical.
  5. Psicólogo ou profissional de saúde mental: O estresse, a ansiedade e outros distúrbios de saúde mental podem agravar o zumbido. Um psicólogo ou profissional de saúde mental pode fornecer suporte emocional, estratégias de gerenciamento do estresse e técnicas de relaxamento para ajudar a lidar com o zumbido.

Especialista em ZUMBIDO: perguntas e respostas!

Aqui estão as perguntas que o expert em zumbido James Henry, PhD, respondeu sobre zumbido no ouvido:

Há algo realmente novo sobre zumbido no ouvido em 2023?

Todos nós sabemos que “zumbido no ouvido” se refere à sensação de ouvir um som que tem sua origem dentro da nossa cabeça. Mas não é tão simples assim.

Para começar, existem dois tipos fundamentais de zumbido no ouvido: primário e secundário (Tunkel et al., 2014). Esses dois tipos frequentemente têm nomes diferentes, então vou recorrer à Fundação da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (AAO-HNSF) para suas definições (Tunkel et al., 2014). Eles definem duas categorias principais: zumbido primário e zumbido secundário.

As pessoas que têm zumbido no ouvido, quase sempre têm zumbido primário, que, para simplificar, pode ser considerado como “atividade nervosa disfuncional no cérebro que se manifesta como som fantasma”. Mais tecnicamente, a AAO-HNSF, em suas diretrizes práticas para o tratamento do zumbido no ouvido, define zumbido primário como “idiopático e pode ou não estar associado à perda de audição neurosensorial. Embora atualmente não haja cura para o zumbido primário, uma ampla gama de terapias tem sido usada e estudada na tentativa de proporcionar alívio sintomático” (Tunkel et al., 2014) (p. 2). O zumbido primário é frequentemente referido como zumbido subjetivo ou zumbido sensorioneural.

O zumbido secundário, novamente para simplificar, é “atividade mecânica na cabeça ou no pescoço que produz sinais acústicos detectados via condução óssea”. A AAO-HNSF define o zumbido secundário como “associado a uma causa subjacente específica (que não seja perda de audição sensorioneural) ou a uma condição orgânica identificável… O tratamento do zumbido secundário é direcionado para a identificação e tratamento da condição subjacente específica” (p. 3). A AAO-HNSF enfatiza a importância de identificar “condições graves que possam causar ou acompanhar o zumbido no ouvido” (p. 10). O zumbido secundário é frequentemente referido como zumbido objetivo, zumbido somático ou somatossom.

Gostaria de poder dizer que tivemos uma nova descoberta no tratamento do zumbido. Mas não posso. Certamente há métodos promissores sendo pesquisados, mas nada ainda foi comprovado como sendo melhor do que o que está disponível há anos. De acordo com o PubMed, em 2022 houve 520 artigos revisados por pares com “zumbido” no título. Isso por si só indicaria que há muitas novidades no campo do zumbido. Então, a resposta tecnicamente seria “sim, há muitas novidades”. Mas devo qualificar essa afirmação dizendo que a maioria do que é “novo” não é realmente significativo em relação à forma como prestamos serviços clínicos aos nossos pacientes com zumbido.

Certamente entendemos o zumbido melhor e há cada vez mais interesse no assunto. Isso é muito diferente da situação apenas 50 anos atrás, quando o zumbido mal estava no radar da maioria dos clínicos e pesquisadores. Havia algum interesse e alguns artigos esporádicos sobre o zumbido, mas em sua maioria, o zumbido era um tópico desconhecido tanto para a comunidade leiga quanto para a profissional.

Voltando ao PubMed, em 1972 havia apenas oito publicações com “zumbido” no título. Portanto, em 50 anos, o número de publicações anuais com foco no zumbido aumentou de oito para 520. Obviamente, há muito interesse e esforço sendo dedicado a entender melhor o zumbido e saber o que fazer a respeito. Isso por si só é uma grande mudança que é notável.

O que é zumbido somatossensorial?

Assim como o zumbido primário e secundário, o zumbido somatossensorial é conhecido por diferentes nomes e definições. Em essência, é um subtipo de zumbido primário (Haider et al., 2017). Não é uma forma de zumbido secundário, embora possa estar associado a distúrbios somáticos (Levine, 2004). Também conhecido como “zumbido modulado somaticamente”, é um fenômeno difundido relatado por cerca de dois terços das pessoas examinadas para essa condição (Levine, 2004; Ralli et al., 2017). Normalmente não apresenta preocupações médicas, a menos que um distúrbio esquelético ou muscular associado necessite de tratamento (Haider et al., 2017).

Para aqueles que experimentam o zumbido somatossensorial, diferentes manobras físicas (somáticas) modulam os atributos psicoacústicos do zumbido primário, tornando-o mais alto, mais baixo, com pitch mais agudo, mais grave ou até mesmo diferente em relação à sua qualidade (timbre) (Ralli et al., 2017). A modulação é causada pela aplicação de pressão ou movimento na cabeça, pescoço, mandíbula, olhos, ou até mesmo nos braços, mãos e dedos. A região mais comum de modulação do zumbido é a articulação temporomandibular (ATM). A segunda região mais comum é a cabeça e o pescoço. Modulações também podem ocorrer como resultado de certos tipos de estimulação elétrica.

A modulação somatossensorial do zumbido é devida a complexas conexões neurais entre o sistema auditivo e os sistemas somatossensoriais, que têm sido extensivamente estudadas, mas ainda não são bem compreendidas (Ralli et al., 2017). “O zumbido somático pode ser resultado do aumento das taxas de disparo de conjuntos específicos de neurônios que são excitados por entradas somatossensoriais” (p. 936).

Alguns médicos e audiologistas especializam-se na avaliação e tratamento do zumbido somatossensorial. No entanto, as abordagens clínicas para o seu manejo são variadas devido à falta de diretrizes baseadas em evidências (Haider et al., 2017). “Distúrbios somáticos têm sido mostrados como desempenhando um papel central em uma grande parte dos pacientes com zumbido e, quando identificados e tratados corretamente, podem representar uma opção terapêutica válida” (Ralli et al., 2017) (p. 943). O tratamento de distúrbios da ATM tem se mostrado eficaz na melhora ou resolução do zumbido na maioria dos pacientes.

Se as pessoas afirmam ter “zumbido nos ouvidos”, isso não significa que elas tenham basicamente a mesma experiência?

Na verdade, não. Como exemplo, precisamos identificar participantes em nosso estudo epidemiológico longitudinal em andamento que “tivessem zumbido nos ouvidos” (Henry et al., 2021). Descobrimos que afirmar ter zumbido nos ouvidos pode significar coisas diferentes. Portanto, criamos o Rastreador de Zumbido para distinguir entre os diferentes tipos possíveis de ruídos nos ouvidos e na cabeça (Henry et al., 2016). O Rastreador de Zumbido é um algoritmo de uma página com seis itens que leva cerca de dois minutos para ser concluído. É recomendado para uso quando há incerteza sobre o que uma pessoa significa ao afirmar ter zumbido nos ouvidos. (O Rastreador de Zumbido está disponível neste link: https://www.ncrar.research.va.gov/Documents/TinnitusScreener.pdf)

Se uma pessoa diz que o zumbido está sempre presente e pode ser ouvido em qualquer ambiente silencioso, então não há dúvida de que essa pessoa tem zumbido “constante” e usar o Rastreador de Zumbido seria supérfluo. Se a pessoa não tem certeza se o zumbido é constante, é nesse momento que as distinções precisam ser feitas. Além disso, ruídos nos ouvidos ou na cabeça nem sempre podem ser considerados “zumbido”. É aqui que rótulos e definições realmente importam, e é por isso que precisamos desenvolver o Rastreador de Zumbido. Uma pessoa pode ter zumbido, mas não ter zumbido.

Como uma pessoa pode “ter zumbido nos ouvidos, mas não ter zumbido nos ouvidos”?

Vamos reformular ligeiramente sua pergunta: Como uma pessoa pode ter zumbido nos ouvidos, mas não ter zumbido nos ouvidos primário? É importante para entendermos, então vamos detalhar.

O zumbido nos ouvidos primário é uma condição de saúde que requer serviços médicos. O simples fato de uma pessoa ter zumbido nos ouvidos primário significa que há uma probabilidade de 80% a 90% de que a pessoa também tenha perda auditiva (Kim et al., 2011). Por essa razão, essas pessoas devem passar por uma avaliação auditiva (Henry, Piskosz, et al., 2019). Nem todos os ruídos nos ouvidos ou na cabeça seriam considerados uma “condição de saúde”, então precisamos saber quando um ruído nos ouvidos ou na cabeça se torna uma condição de saúde, ou seja, quando o zumbido nos ouvidos se torna zumbido nos ouvidos primário?

A literatura tem fornecido várias definições para o zumbido nos ouvidos. Uma das definições mais comuns, sugerida há mais de 30 anos, foi “som nos ouvidos ou na cabeça que dura pelo menos cinco minutos e ocorre pelo menos duas vezes por semana” (Dauman & Tyler, 1992). O critério de cinco minutos nessa definição é para garantir que a pessoa não esteja se referindo a “ruído transitório no ouvido” – um fenômeno normal experimentado por quase todo mundo (tom repentino em um ouvido, que pode ser acompanhado por uma sensação de plenitude no ouvido e perda auditiva – todos os sintomas se resolvem em poucos minutos). O ruído transitório no ouvido tem sido chamado de “zumbido espontâneo” (Dobie, 2004). Se o único ruído nos ouvidos ou na cabeça que uma pessoa já experimentou foi o zumbido espontâneo, então esse seria um exemplo de uma pessoa que tem zumbido nos ouvidos, mas não tem zumbido nos ouvidos primário.

Em seguida, há a pessoa que é exposta a ruído alto e experimenta zumbido temporário (geralmente junto com uma diminuição temporária do limiar auditivo – TTS). Isso frequentemente ocorre devido à falta de uso de proteção auditiva ao frequentar um show de rock ou evento esportivo, disparar armas de fogo, operar uma motosserra ou soprador de folhas, trabalhar com ferramentas elétricas ou máquinas barulhentas, etc. Após a exposição, a pessoa apresenta zumbido nos ouvidos. Se não houver mais exposição, o zumbido geralmente se resolve em uma semana ou mais – portanto, o zumbido foi temporário. Há, é claro, outras causas de zumbido temporário, principalmente como efeito colateral de certos medicamentos (com e sem prescrição) (Altissimi et al., 2020). Se o único ruído nos ouvidos ou na cabeça que uma pessoa já experimentou foi o foi zumbido temporário, então isso seria outro exemplo de uma pessoa ter zumbido, mas não ter zumbido primário.

Meu grupo de pesquisa adotou a definição de zumbido primário como “som nos ouvidos ou na cabeça que dura pelo menos cinco minutos e ocorre pelo menos uma vez por semana” (Henry et al., 2016; Henry et al., 2021). Nossa definição difere da definição mencionada anteriormente há mais de 30 anos (Dauman & Tyler, 1992) apenas em relação ao número de vezes por semana que o zumbido de pelo menos cinco minutos de duração é experimentado. Em vez de pelo menos duas vezes por semana, argumentamos que experimentá-lo pelo menos uma vez por semana indica que o zumbido tem uma regularidade que o qualificaria como uma condição de saúde, ou seja, zumbido primário.

E se o zumbido de uma pessoa ocorre com menos frequência do que semanalmente?

Essa é uma pergunta válida. Claro que estamos começando a fazer distinções sutis, pois as pessoas podem não saber com que frequência experimentam o zumbido. Precisamos de um ponto de referência para determinar se o ruído no ouvido ou na cabeça de uma pessoa atende aos critérios para ser considerado zumbido primário. “Som nos ouvidos ou na cabeça que dura pelo menos cinco minutos e ocorre pelo menos uma vez por semana” é uma definição bastante arbitrária, mas ajuda a determinar quem precisa de serviços médicos e quem não precisa.

Para responder à pergunta, se uma pessoa experimenta zumbido que dura pelo menos cinco minutos, mas ocorre com menos frequência do que semanalmente, então colocaríamos essa pessoa na categoria de zumbido ocasional (Henry et al., 2016).

Se o zumbido que dura pelo menos cinco minutos é experimentado pelo menos semanalmente, mas não é constante, então usaríamos a categoria de zumbido intermitente. O zumbido ocasional não seria considerado uma condição de saúde, mas o zumbido intermitente seria considerado uma condição de saúde. Já publicamos anteriormente um guia de recomendações clínicas baseadas em manifestações temporais do zumbido (Henry, McMillan, et al., 2019).

Quando o zumbido se torna “crônico”?

Na medicina uma condição de curto prazo é considerada “aguda”, enquanto uma condição de longo prazo é “crônica”. A AAO-HNSF prefere os termos “início recente” e “persistente” (Tunkel et al., 2014). O zumbido de início recente foi experimentado por menos de 6 meses, enquanto o zumbido persistente foi experimentado por pelo menos 6 meses.

O que você sugere que eu use para uma avaliação do zumbido?

É aí que entram essas últimas definições operacionais. Vamos considerar a pessoa típica com zumbido que se apresenta para uma avaliação audiológica. É essencial determinar primeiro se o paciente pode ter um zumbido secundário e, portanto, ele deve ser examinado por um otorrinolaringologista. [Observação: os critérios de encaminhamento foram descritos anteriormente em detalhes (Henry, McMillan, et al., 2019; Henry, Zaugg, Myers, Kendall, et al., 2010); também deve ser observado que a AAO-HNSF recomenda um exame físico para qualquer paciente com “presumido zumbido primário” (Tunkel et al., 2014).]

O paciente receberá uma avaliação audiológica completa. Além disso, é necessário determinar se o zumbido do paciente é incômodo ou não incômodo. Operacionalmente, precisamos diferenciar o zumbido incômodo do não incômodo para saber se uma intervenção específica para o zumbido é justificada. Isso nos leva de volta à diretriz da AAO-HNSF (Tunkel et al., 2014).

A AAO-HNSF define o zumbido incômodo como um zumbido primário que (1) causa ansiedade e angústia; (2) afeta a qualidade de vida; e/ou (3) é uma preocupação suficiente para fazer com que a pessoa busque ajuda para lidar com as reações ao som fantasma (Tunkel et al., 2014). Eles definem o zumbido não incômodo como um zumbido primário que não causa ansiedade ou angústia, não afeta a qualidade de vida e não é uma preocupação suficiente para buscar ajuda.

Como é possível que tenham sido publicados 520 artigos sobre zumbido no ano passado e ainda assim nada seja “realmente significativo em relação à forma como prestamos serviços clínicos aos nossos pacientes com zumbido”?

Se voltarmos atrás nesses últimos 50 anos, algumas das inovações mais significativas para o manejo clínico do zumbido começaram com Jack Vernon, PhD. Ele desenvolveu o método de “mascaramento” na década de 1970 e iniciou a primeira clínica do mundo dedicada a fornecer serviços para o zumbido (Vernon & Schleuning, 1978).

É um equívoco comum pensar que o método de mascaramento de Vernon é destinado a mascarar completamente (cobrir) o zumbido. Essa pode ter sido sua intenção original, mas ele logo descobriu que o zumbido não precisava ser completamente mascarado para proporcionar um alívio (Vernon, 1982). O mesmo efeito (alívio) poderia ser alcançado com o mascaramento parcial, garantindo um nível confortável do ruído de mascaramento (Vernon et al).

Como esses quatro métodos diferem?

Seria necessário um livro inteiro para responder adequadamente a essa pergunta. Vou apenas abordar alguns pontos relevantes de comparação em relação às afiliações, provedores apropriados, procedimentos de avaliação e técnicas de tratamento dos diferentes métodos.

Afiliações

Três dos métodos (TRT, TAT, PTM) estão associados a determinados indivíduos e seus grupos de pesquisa. O TRT foi desenvolvido pelo Dr. Pawel Jastreboff e seu grupo na Universidade de Maryland, em College Park, Maryland (ele posteriormente mudou-se para a Emory University, em Atlanta, Geórgia). O TAT foi desenvolvido pelo Dr. Richard Tyler e seu grupo na Universidade de Iowa, em Iowa City, Iowa. O PTM foi desenvolvido por mim e meus colegas de pesquisa no Centro Médico dos Veteranos de Portland, em Portland, Oregon.

A TCC foi inicialmente descrita como um tratamento para zumbido pelo Dr. Robert Sweetow na Universidade da Califórnia em São Francisco. No entanto, a TCC para zumbido foi posteriormente descrita por vários pesquisadores e atualmente não está associada a nenhum indivíduo ou grupo em particular.

Provedores

Uma distinção básica entre os métodos é quais disciplinas estão envolvidas na prestação dos serviços clínicos. Como já mencionado, a AAO-HNSF recomenda um exame físico por um médico especialista em ouvidos para qualquer paciente com “presumido zumbido primário” (Tunkel et al., 2014). Caso contrário, para todos os métodos de manejo do zumbido, o encaminhamento adequado é essencial para abordar quaisquer condições comórbidas (Henry, McMillan, et al., 2019; Tyler et al., 2008). Ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e insônia podem indicar a necessidade de encaminhar para um psicólogo ou psiquiatra. Sintomas sugestivos de zumbido secundário indicam a necessidade de encaminhar para um médico especialista em ouvidos.

A TCC é principalmente da área de atuação dos psicólogos clínicos. Alguns provedores de saúde mental e comportamental (assistentes sociais clínicos, psiquiatras, conselheiros profissionais, enfermeiros praticantes avançados) também têm experiência em TCC (Henry, Goodworth, et al., 2022). É paradoxal que, embora a TCC tenha a evidência de pesquisa mais forte para a intervenção no zumbido, muito poucos provedores de saúde mental e comportamental ofereçam especificamente a TCC para o zumbido (Beukes et al., 2021; Schmidt et al., 2018). Essa escassez de provedores de TCC para o zumbido foi abordada por autores que observaram que os fonoaudiólogos são o ponto de contato mais comum para indivíduos que procuram serviços clínicos para o zumbido (Beukes et al., 2021; Henry, Goodworth, et al.,

Avaliação

Outra distinção básica é como os pacientes são avaliados clinicamente. A TCC é apenas um método de terapia, ou seja, não há um método universalmente prescrito de avaliação para pacientes com zumbido. É claro que uma avaliação inicial é essencial para determinar se a TCC seria apropriada para um indivíduo e, em caso afirmativo, como o tratamento deve ser adaptado para abordar preocupações individuais. Não há uma única maneira “correta” de realizar uma avaliação de pacientes considerados para receber TCC para seu incômodo com zumbido. No entanto, certas medidas seriam consideradas essenciais, como descrito por vários autores (Andersson & Kaldo, 2006; Beukes et al., 2021; Cima et al., 2014; Fuller et al., 2020; Theodoroff et al., 2022).

Quanto à TAT, ela é descrita como um protocolo de tratamento, ou seja, é apenas terapia. No entanto, o Dr. Tyler e seu grupo, que desenvolveram a TAT, publicaram detalhes sobre como conduzir uma avaliação do zumbido, que está disponível em várias publicações (Mancini et al., 2022; Perreau et al., 2022; Tyler et al., 2006; Tyler et al., 2008). Além da avaliação audiológica, uma avaliação do zumbido é realizada usando o Questionário de Função Primária do Zumbido (Tyler et al., 2014), que ajuda a determinar quanto um problema os pacientes têm em cada uma das quatro áreas: sono, concentração, pensamentos e emoções, e audição e comunicação (Perreau et al., 2022; Tyler et al., 2006). Com base na avaliação, os pacientes são classificados em uma das três categorias: “perturbados”, “preocupados” ou “curiosos” (Mancini et al., 2022). Dependendo do plano de tratamento, a avaliação do zumbido também pode envolver a medição das características psicoacústicas do zumbido (tom, intensidade e capacidade de mascaramento) (Tyler et al., 2008).

TRT tem uma metodologia específica para a avaliação de pacientes, que foi detalhadamente descrita pelo Dr. Jastreboff e seu grupo (Jastreboff, 2000; Jastreboff & Hazell, 2004; Jastreboff & Jastreboff, 2000). O objetivo principal da avaliação é diagnosticar e distinguir entre zumbido, perda auditiva e intolerância ao som diminuído (Jastreboff & Jastreboff, 2000). Ela inclui uma avaliação médica, uma entrevista individual usando um formulário de entrevista estruturada, avaliação audiológica e teste de nível de desconforto com a intensidade do som (LDL) (Henry et al., 2002, 2003; Jastreboff & Hazell, 2004). Medidas psicoacústicas do zumbido são obtidas usando “qualquer método geralmente aceito” (Jastreboff & Hazell, 2004).

TRATAMENTO

A TRT possui uma metodologia específica para avaliação de pacientes, que foi detalhadamente descrita pelo Dr. Jastreboff e seu grupo (Jastreboff, 2000; Jastreboff & Hazell, 2004; Jastreboff & Jastreboff, 2000). O objetivo principal da avaliação é diagnosticar e distinguir entre zumbido, perda auditiva e intolerância a sons (Jastreboff & Jastreboff, 2000). Ela inclui uma avaliação médica, entrevista individual utilizando um formulário de entrevista estruturada, avaliação audiológica e teste de nível de desconforto com o som (LDL) (Henry et al., 2002, 2003; Jastreboff & Hazell, 2004). Medidas psicoacústicas do zumbido são obtidas usando “qualquer método geralmente aceito” (Jastreboff & Hazell, 2004). O teste de emissões otoacústicas com produto de distorção (DPOAE) é considerado “útil, mas não necessário”. A avaliação determina em qual das cinco categorias é apropriada para o paciente: categoria 0 (baixo impacto na vida causado pelo zumbido e/ou o zumbido é uma experiência nova), categoria 1 (problema significativo com o zumbido; sem perda auditiva significativa; sem intolerância a sons diminuída), categoria 2 (mesmo que categoria 1, exceto também com dificuldades auditivas significativas), categoria 3 (hiperacusia é a queixa primária; pode ou não ter um problema significativo com o zumbido; misofonia pode estar presente), e categoria 4 (exacerbação prolongada do zumbido e/ou hiperacusia como resultado da exposição a determinados sons de baixo nível).

A avaliação para PTM foi descrita em algum detalhe acima. Os níveis 2 e 4 são os níveis de avaliação (Henry & Manning, 2019; Henry, Zaugg, Myers, & Kendall, 2010). A Avaliação Audiológica de Nível 2 inclui um histórico médico (focando em zumbido e dificuldades auditivas), avaliação audiológica, avaliação de aparelhos auditivos (se apropriado) e a conclusão do THS. Pacientes que apresentam resultado positivo no THS para um problema de tolerância a sons são avaliados em detalhes usando a Entrevista de Tolerância a Sons (Henry, Theodoroff, et al., 2022). Um questionário de zumbido normalmente não é recomendado devido à preocupação de que algumas pessoas culpem seu zumbido pelo problema auditivo, o que pode inflar artificialmente a pontuação no questionário. Se essa confusão potencial for descartada, o Índice Funcional do Zumbido pode ser útil para uma avaliação mais detalhada (Meikle et al., 2012). Para pacientes que ainda necessitam de serviços de zumbido após a intervenção (Educação de Habilidades de Nível 3), uma avaliação abrangente de zumbido (Avaliação Interdisciplinar de Nível 4) é conduzida por um audiologista e um psicólogo.

Terapia Cognitivo-Comportamental

O tratamento com TCC pode utilizar uma série de diferentes técnicas de autoajuda. Como indicado pelo seu nome, a TCC tem componentes “cognitivos” e “comportamentais” da terapia. O componente cognitivo tenta substituir pensamentos e crenças negativas por pensamentos e crenças que promovam uma perspectiva mais positiva em relação ao zumbido. O componente comportamental envolve o ensino de diferentes habilidades de enfrentamento para lidar com os efeitos do zumbido. As sessões de aconselhamento podem incluir diferentes áreas de foco, incluindo reestruturação cognitiva, atividades de distração, técnicas de relaxamento e educação sobre o sistema auditivo, melhora do sono e saúde geral. Não se sabe se alguma dessas áreas de foco proporciona o maior benefício para o manejo do zumbido (Cima et al., 2014; Fuller et al., 2020).

A TCC evoluiu em três “ondas” ao longo das décadas (Hayes & Hofmann, 2017; Kahl et al., 2012). A primeira onda usava terapias comportamentais para mudar o que as pessoas fazem para melhorar como se sentem. A segunda onda adicionou componentes cognitivos para mudar como as pessoas pensam para melhorar como se sentem. A TCC de segunda onda foi chamada de “TCC tradicional” (Apolinario-Hagen et al., 2020). A terceira onda da TCC adota uma abordagem contraintuitiva, argumentando que, em vez de mudar pensamentos e sentimentos, devemos aceitar mais a nós mesmos como somos (Kahl et al., 2012). A TCC de terceira onda inclui abordagens baseadas em mindfulness e Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), que têm sido utilizadas no tratamento do zumbido (Cima et al., 2014; Hesser et al., 2012; Westin et al., 2011). Um corpo crescente de literatura científica apoia a TCC de terceira onda.

Terapia de Retreinamento do Zumbido

O objetivo declarado do TRT é alcançar a habituação das reações ao zumbido, o que leva automaticamente à habituação da percepção do zumbido (Henry et al., 2007a, 2007b; Jastreboff & Hazell, 2004). Quando a habituação ocorre, as conexões nervosas relacionadas no cérebro são “reprogramadas” (ou “reeducadas” – daí o nome Terapia de Retreinamento do Zumbido). O tratamento envolve protocolos específicos de aconselhamento e terapia sonora – ambos projetados para otimizar a habituação.

O aconselhamento estruturado, que é baseado no “modelo neurofisiológico do zumbido” de Jastreboff, é o componente mais importante do tratamento. O modelo neurofisiológico explica o zumbido em relação ao que acontece em três regiões do cérebro: o sistema nervoso auditivo, o sistema límbico e a parte simpática do sistema nervoso autônomo.

O que você tem a dizer sobre outros métodos de tratamento para zumbido?

Tenho ignorado os inúmeros métodos de tratamento para zumbido que têm evidências limitadas na literatura. Alguns desses métodos envolvem os pacientes recebendo tratamento passivamente, ou seja, um procedimento é realizado no paciente ou uma substância é ingerida. Outros métodos envolvem os pacientes aprendendo habilidades de autocuidado para ajudá-los a dormir melhor, concentrar-se melhor e não reagir emocionalmente ao zumbido.

Alguns métodos foram testados em ensaios controlados e são considerados “promissores” (Cima et al., 2019; Fuller et al., 2017; Tunkel et al., 2014). É importante destacar que qualquer método que não possa causar danos e não envolva custos significativos não deve ser descartado como potencialmente útil. A pesquisa ainda não é suficiente para ser dogmático sobre qualquer método de manejo do zumbido. Eu tenho me mantido focado nos métodos comportamentais de tratamento que são apoiados por pesquisas e por muitos anos de uso clínico.

Fale sobre a terapia sonora (mascaramento do zumbido):

A terapia sonora se refere ao uso de qualquer tipo de som com o objetivo de reduzir os efeitos emocionais e funcionais do zumbido. Existem evidências de pesquisa que comprovam sua eficácia? Sim e não.

De acordo com as diretrizes de prática clínica, a terapia sonora é considerada, na melhor das hipóteses, uma “opção” de tratamento devido à falta de apoio robusto de pesquisa (Cima et al., 2019; Fuller et al., 2017; Tunkel et al., 2014).

No entanto, em outros lugares, tenho argumentado que a terapia sonora possui mais evidências do que é creditada na literatura científica (Henry, Carlson, et al., 2022; Henry & Quinn, 2020). “Sustentamos que os critérios de inclusão estritos para essas revisões são contraproducentes e têm o efeito de obscurecer décadas de evidências que demonstram a eficácia clínica das terapias sonoras para o zumbido (Henry, Carlson, et al., 2022)” (p. 2327).

Algum comentário final?

Um dos principais objetivos da pesquisa é desenvolver um tratamento seguro e eficaz que faça o zumbido desaparecer, ou seja, que cure a condição. Felizmente, existem numerosas opções disponíveis para os pacientes obterem a ajuda de que precisam para viver uma vida normal sem serem afetados, ou apenas levemente afetados, pelo seu zumbido. Embora muitos pacientes acreditem que isso seja um objetivo inatingível, muitas pessoas já alcançaram esse objetivo e se sentiam da mesma maneira.

Os pacientes devem ser aconselhados a manter uma atitude positiva e adotar a expectativa de que o zumbido não tem o poder de dominar sua vida. É importante manter a mente aberta e experimentar abordagens diferentes, mesmo as mais incomuns. Os pacientes devem continuar tentando encontrar o que funciona para eles, o que provavelmente será diferente do que funciona para outras pessoas. É papel do clínico orientá-los nesse processo.

Durante as décadas em que tenho feito pesquisa sobre o zumbido, vi muitos produtos e tratamentos que causaram empolgação inicial, mas não se mostraram melhores do que o que já estava disponível. Isso tem acontecido repetidamente e continua até hoje. Isso não quer dizer que um novo produto ou tratamento não possa ser mostrado como superior a todos os outros, mas é importante ser cético em relação a qualquer novidade até que tenha sido comprovado que é benéfico (e custo-efetivo).

LEIA O ARTIGO EM INGLÊS NA ÍNTEGRA AQUI (com as respectivas referências de artigos científicos).

Como ajudar pessoas que têm zumbido no ouvido?

Assim como na maior parte das doenças “invisíveis”, viver com zumbido é um grande desafio — é difícil de convencer alguém de algo que é invisível. Você não parece doente; por isso, está saudável, certo? Porém, à medida que o mundo começa a entender melhor o zumbido, lentamente começa a haver mais empatia e, o que é mais importante, entendimento. A grande verdade é que o zumbido no ouvido pode ser uma verdadeira tortura, pois o “apito” sem fim nos ouvidos lentamente impacta a qualidade da vida, e pode provocar altos níveis de depressão e ansiedade em quem sofre dele. Como a pessoa não consegue descansar por causa do ruído interior, o sono fica limitado, e concentrar-se na vida cotidiana se torna impossível.

O zumbido, enquanto problema de saúde, é mais comum do que as pessoas imaginam — e é um problema complexo. Ele afeta cerca de 6 milhões de pessoas apenas no Reino Unido, e esse número infelizmente está aumentando. Com a infeliz conclusão de que como a maior parte dos clínicos-gerais têm pouco preparo para lidar com esse problema, as famílias estão rapidamente se tornando a principal fonte de apoio para seus entes queridos.

Aqui estão algumas sugestões para você ajudar uma pessoa da família que sofre com zumbido:

  1. seja empatia pelo sofrimento do seu familiar
  2. pesquise e entenda sobre o assunto
  3. converse e não deixe que o zumbido se torne um tabu em casa
  4. ajude seu familiar a encontrar técnicas de relaxamento para redução do stress

Mais posts úteis sobre zumbido no ouvido no Crônicas da Surdez:

  1. Minha experiência com zumbido no ouvido
  2. Aparelho auditivo e zumbido no ouvido
  3. Zumbido melhora após o implante coclear?

Onde encontrar pessoas com zumbido no ouvido: CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM

 

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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

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