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Depoimento enviado pela Amanda

psicologo

“Eu nunca imaginei que um dia eu estaria aqui, assumindo para o mundo a minha deficiência. Mas a vida é mesmo muito engraçada e, pesquisando na Internet, acabei encontrando o blog da Paula, que me deu forças para encarar a verdade.

Bem, sou Amanda Verena Carvalho Batista, 23 anos, sou de Teresina – Piauí, Psicóloga, estou concluindo uma especialização na área e, paralelamente, também faço faculdade de Direito. Tenho deficiência auditiva bilateral moderada a profunda, sou oralizada, ninja em leitura labial, nunca me interessei por Libras e, acreditem, faço uso de aparelhos auditivos há apenas um mês.

A Paula me pediu para contar como é ser Psicóloga e deficiente auditiva, então vou começar a falar um pouquinho como vim parar onde estou agora. Minha mãe me contou que, quanto eu tinha uns 3 ou 4 anos, tive uma infecção muito grave nos ouvidos e fiz uso prolongado de antibióticos. Por conta dessa doença, acabei perdendo um pouco a audição e minha família sabia disso, mas nunca me levaram para fazer algum tratamento ou algo do tipo. Nunca pensaram na possibilidade ou necessidade do uso de aparelhos e, assim, cresci sem ouvir muito bem. Eu apenas fazia a audiometria de vez em quando para acompanhar a evolução do quadro.

O engraçado é que, mesmo sem ouvir direito, sempre fui a melhor aluna da sala, as melhores notas sempre eram as minhas e nunca repeti ano. Por outro lado, sempre sofri MUITO preconceito por não escutar direito e não foram poucas as vezes que chorei no banheiro da escola por causa das grosserias dos colegas. Até mesmo os professores e coordenadores  não sabiam como agir quando as pessoas eram agressivas comigo, e olha que eu estudei a vida inteira lá e era uma das melhores escolas da cidade (caríssima, diga-se de passagem, e sem estrutura para lidar com deficientes auditivos!!!).

No ensino médio, mudei de escola e sonhei que lá seria tudo diferente, que encontraria pessoas compreensivas e que não me discriminariam. Que grande engano! Eram bem piores, na verdade. Naquela época, eu sabia sim, que não ouvia direito, e estava em negação profunda. Hoje sei que grande parte do meu sofrimento foi por culpa da não-aceitação. Acredito que teria sido mais fácil se eu tivesse assumido, me imposto, brigado e não aceitado que as pessoas me tratassem assim. Se esconder não me levou a lugar nenhum.

Quando chegou a hora de decidir o que eu queria para a minha vida, não pensei duas vezes: Psicologia. Mesmo com minha deficiência, sempre fui boa ouvinte, o que é bem irônico. Graças à leitura labial, tirava muita coisa de letra, conseguia entender o que o outro queria dizer, sabia o que queriam dizer antes mesmo de completar a frase. Sei que me escondi por muito tempo, mas eu agradeço a Deus por ter me dado essa grande lição de vida. Sou surda, sim, mas graças a ela, tenho um raciocínio rápido, sou boa observadora, consigo perceber coisas e detectar sinais. Sempre amei ler e os livros eram meu refúgio secreto. Graças a isso, consigo ler, entender e interpretar textos rapidamente, e isso sempre deixou muita gente encabulada, rs. É também graças a essa deficiência, que consigo ser empática, consigo me por no lugar do outro e compreender o que ele está sentindo.  E, como Psicóloga, faço bom uso de todas essas habilidades.

Só para vocês terem uma ideia, entrei na faculdade com 16 anos e me formei com 21. Hoje, aos 23 anos, estou concluindo uma especialização em Tanatologia e comecei a faculdade de Direito. Trabalho como Psicóloga, sim, e amo minha profissão. Mas quero fazer muito mais, muito mesmo, por isso decidi fazer Direito. Quem sabe eu não seja uma grande juíza ou entre para a política e chegue à Presidência do Brasil? O que vai me impedir? A surdez é que não!

As dificuldades são enormes, sim. O preconceito e a discriminação, também. E tudo isso magoa por que é difícil lidar com uma deficiência que te impede de se comunicar, se expressar. Poder OUVIR, ENTENDER e COMPREENDER o que o outro diz, é um privilégio enorme e as pessoas deveriam dar mais valor à audição e tratar melhor os deficientes auditivos. É duro viver sem ouvir! Bom, o tempo foi passando e a surdez foi ficando cada vez pior. Eu escutava, mas estava difícil entender o que diziam. E estava ficando cada vez mais dependente da leitura labial e comecei a perceber que isso iria atrapalhar minha vida profissional, pois minha ferramenta de trabalho era a escuta e o diálogo, ou seja, eu estava ferrada!

Para aceitar que eu precisava usar aparelhos adutivos, tive que refletir muito. Tive que lidar com velhos fantasmas, tive que me encarar no espelho, superar as mágoas, aprender a não ter vergonha de algo que não é minha culpa. Entendi que eu teria que tirar o melhor dessa experiência por que essa era a minha realidade, a minha vida, quem eu era e não podia fugir disso. Não foi fácil e não sei se eu teria tomado essa decisão sem o apoio do meu namorado, Mário. Foi ele quem me ensinou a não ter vergonha da minha surdez, a não me preocupar com o que os outros pensariam dos meus aparelhos, a encarar isso como algo que acrescentaria à minha qualidade de vida. Eu levei a vida inteira para aceitar e meu namorado levou 2 anos para me convencer que eu precisava dos aparelhos.

Hoje, com um mês de uso de aparelhos auditivos, posso dizer que mudei, pra melhor. Ainda está complicado lidar com o preconceito, principalmente agora que estou fazendo faculdade de novo. As pessoas levam um susto, acho que não conseguem entender como uma surda oralizada pode ser Psicóloga, pode conversar com desenvoltura, ser inteligente e estar fazendo uma segunda faculdade. Acho que elas não conseguem entender que a minha deficiência é auditiva, não de caráter nem de QI. Mas estou tentando não me importar. Não sei como vai ser daqui pra frente, se a surdez vai evoluir, se vai estabilizar… Só sei que a surdez não me define, mas é parte de quem sou; e se hoje sou FORTE, é porque a vida e a surdez me fizeram assim. Eu poderia contar tantas e tantas situações humilhantes, embaraçosas e algumas tantas engraçadas que vivenciei por causa da surdez. Poderia tentar descrever as angústias, os medos, as incertezas e as crises que se vive quando se é deficiente auditivo. Mas ocuparia muitas e muitas linhas e não há espaço, rs, e são vivências comuns a todos nós, deficientes auditivos!

Paula, obrigada pela oportunidade, pelo exemplo, por compartilhar. Força sempre!

Beijos a todos!

Amanda”

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

68 Comments

  • Natália Silva Soares Calado
    29/05/2017 at 15:46

    PARABÉNS Amanda.

    Eu tambem tenho problema Auditivo(desde o nascimento), de fato, realmente nao é facil encarar isso, mais com apoio de familiares e amigos eu superei muitas coisas, entre elas o PRECONCEITO. Na escola, tanto no ensino fundamental quanto o ensino medio sempre fui uma aluna dedicada aos estudos, tirava boas notas, interagia bem em trabalhos individual e em grupos. Mas, contudo nesses tempos ESCOLAR
    nao foi nada facil, no inicio foi muito dificil, eu usava apararelhos auditivos, que pra começar nao achava tao confortavel, mas tinha que me adaptar ao uso, e ficava sempre pensando O QUE SERA QUE OS COLEGAS DE CLASSES VAO FALAR? O QUE VAO PENSAR DE MIM? COMO IRAO REAGIR AO VER UMA COLEGA SURDA? CONFESSO QUE FICAVA COM MEDO DESSES PESAMENTOS.
    Mas, por outro lado mesmo nao sendo nada facil: ingnorei pensamentos que so tentava me rebaixar, me diminuir, que me deixaria triste, mesmo que aquilo e isso me machucava eu tentava ser forte e ingnorava, porque eu sou quem eu sou, me aceito assim, so porque as pessoas tem tais pensamentos(preconceito) que vou ficar ali no cantinho? nao, sempre dava o meu melhor em tudo, POR QUE? Porque fiz amigos que realmente me entendia, que estava sempre comigo ali, por isso eu digo novamente eu superei porque eu ingnorei, fui forte e mostrei que consigo e posso ter aquilo que quero conquistar meus objetivos e metas.
    Desde entao, fiz muitos amigos e o mais importante confiei em mim mesma,encarei, e dei a volta por cima, hoje agradeço a Deus por tudo,Por todos os caminhos que percorri e que ainda irei percorrer.
    Uma coisa é certa devemos sempre insistir, persistir e nunca desistir dos nossos sonhos, devemos sempre cultivar a esperança.

    Sua historia é linda, me emocionei e me identifiquei muito tambem.

    Abraços.

    Reply
  • Jocyanne M.
    12/04/2017 at 03:24

    Pra mim a vida ta sendo um peso, imensa tristeza.. Meu nome é Jocyanne , tem perda auditiva grave nos dois ouvidos, não consigo me adaptar ao aparelho, muitas vezes acho que por vergonha e nunca tentei… Já entrei em quatro cursos superiores e sempre tranco todos, não consigo ouvir quase nada q o professor diz e ainda não tenho psicológico pra ouvir as piadas q as pessoas d má fé dizem… Não sei o que fazer da vida mais, já tenho 24 anos e nada sou… Só sei que carrego uma depressão imensa… Eu amo livros d psicologia mais não tenho coragem d cursa pq Sei que vou sofrer p trabalhar como psicologa.. Pra mim a vida já não tem mais ânimo… Porem tenho uma filha de nove meses.. Mais sou solteira… Não trabalho também, já fiz alguns testes mais percebo q aspessoas nnão aceitam quando enchergam q eu tenho deficiência…. Tenho um sonho d escrever um livro ou ate um blog e contar toda minha história que na verdade aqui só é o começo , sofro d uma ansiedade sufocante, medo e muito mais…
    Amei sua forca d vontade e fé…

    Reply
  • Josiane Michelle
    20/09/2016 at 18:35

    Psicóloga.. me passa endereço ir
    Sou deficiência auditiva

    Reply
  • Fabiola Marques
    25/08/2015 at 17:06

    Olá… Fiquei super emocionada com sua estória de vida. Tenho 38 anos e tenho deficiência auditiva profunda no OE e moderada no OD. Já passei por muitas experiências ruins também. Durante toda a minha vida , tive poucos amigos por ter medo de não entendê los e por medo de ser descriminada, mas isso nunca me impediu de ser uma boa aluna . Quando conto sobre minha deficiência , mts não acreditam de imediato… Hj , também tenho o sonho de estudar psicologia, por isso , procurei pesquisar e acabei por conhecer sua estória. Vc sabe me dizer se por sermos portadores de deficiência auditiva , temos direito á descontos nas Faculdades? Tenho esse sonho,e apesar da minha idade, mas no momento , está bastante puxado p mim. Ah!Eu ainda ñ uso aparelhos, apesar de precisar. Obrigada

    Reply
  • Leila Silva
    17/05/2015 at 11:16

    Olá, Amanda!

    O seu depoimento me fortaleceu muito. Estou em uma situação similar a sua, cursando o 5º o semestre de psicologia, faço uso de aparelho. Muitas vezes penso: “Meu Deus, eu vou me formar em psicologia mas tenho uma limitação auditiva. As pessoas vão achar que eu não posso trabalhar, mas eu sei que posso.” Ao ler o seu depoimento fiquei muito feliz, mais encorajada… obrigada!

    Reply
    • Karen
      18/05/2015 at 18:24

      Que legal, Leila!!!
      Dê ouvidos à sua intuição!!! Dê potencial a sua crença que pode trabalhar em psicologia!
      Sou surda oralizada e graduada em Psicologia. Tive um supervisor de Clinica e me disse que não sou capaz de atuar nessa área. Sabe o que eu falei para ele? “Quem é o senhor para definir quem eu tenho ou não capacidade de atuar na clinica? Estudamos na faculdade que não devemos julgar os pacientes, então é interessante rever os seus julgamentos”.
      Ele não abriu a boca e hoje, atuo na clinica e meus pacientes me aceitam numa boa!
      Dica: Não dê ouvidos aquelas pessoas que fingem que querem o seu bem e sim à sua forte intuição, pois é Deus falando dentro de você.
      Segue meu email para caso queira contato: libman17@hotmail.com
      Vá em frente e muito sucesso!!!
      Beijos.

      Reply
  • Maria Clara de Albuquerque
    10/04/2015 at 09:49

    Ah sim.. Esqueci. Minha perda eh moderada grave a profunda, bilateral. Uso as 2 próteses. Clara

    Reply
  • Maria Clara de Albuquerque
    10/04/2015 at 09:41

    Me dedico à Contabilidade. Não namoro, sou muito rigorosa nesse ponto. Faço inglês, a conversação é um desafio, mas estou treinando inclusive com aulas particulares. Era católica, não sou mais, dedico-me a práticas corporais envolvendo meditação, com foco na respiração. Ajuda muito a diminuir ansiedade. Tem horas que tendo a me isolar das pessoas, mais por orgulho do que por medo. Chego a desprezar as pessoas falando muita bobagem, quando não devia. Eh que cansa prestar atenção. Uma dica pra quem se diz ter baixa auto estima eh exercitar a solidariedade, ir ao encontro das pessoas que sofrem mais do que vc, e se prontificar. Sair dos narcisismos.. Senão não se sai do canto. Vlw Amanda pelo depoimento.. Abraços!

    Reply
  • Maria Clara de Albuquerque
    10/04/2015 at 09:31

    (Cont./postei sem querer) o envolvimento com política estudantil e as minhas demandas pessoais. Cheguei ao ponto de rejeitar minhas necessidades mais especificas, achando que eram bobagens, diante da enormidade de problemas que presenciava no dia a dia da política. Lembro tambem das frustrações por perder muitas intervenções interessantes de tantos debates. Te digo Amanda, se queres ser presidente, pense bem, o ambiente é hostil, tens de ter muita habilidade que compense sua perda, além de um grupo forte com vc, apesar de que parto do pressuposto que não precisamos nos eleger pra fazer política. Então… atualmente, abandonei as Ciências Humanas por tantas frustrações que passei, agora

    Reply
  • Maria Clara de Albuquerque
    10/04/2015 at 09:18

    Sou deficiente auditiva desde o nascimento, causa congênita. Muita coisa tenho em semelhança com Amanda, fiz Psicologia, Ciências Sociais e o curso de Dança na universidade federal, porém não concluí. Talvez pelo peso grande que estava se tornando

    Reply
  • Victor
    26/01/2015 at 03:45

    Olá,Amanda Tenho Problemas Auditivos,Estou Cursando Ensino Medio.. Lindo Depoimento.. Tenho Vergonha De Ser Um Deficiente Auditivo ,As Vezes Me Olho No Espelho E Pergunto A Deus,Por que Eu Nao Poderia Ser Apenas Uma Pessoa Normal ? .. Meus pais tentam me motivar a usar Os Aparelhos,mas nao concigo,A vergonha,O Medo ,Me Dominam,.. Como É Que Eu Nao Posso Fazer Tudo Que Eu Quero,Gosto De Escutar Musicas Em Volumes Altos,Filmes, Tudo .. Eu So Queria Ser Uma Pessoa Normal… Financeiramente Daria Tudo Que Fosse Preciso Pra Fazer Uma Cirurgia E Ouvir Normalmente ,Mais Acho Que Meus Problemas Sao Dos Que Nao Tem Cura.. O Aparelho Auditivo É Um Amigo ,Mais Nao Concigo Aceitar Isso… Parabéns Pra Vc Que Tomou Essa Atitude De Coragem,Eu Queria Poder Ser Assim Mais Infelizmente Nao Concigo…

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    • Karen
      18/05/2015 at 18:17

      Victor, boa tarde!
      Tudo bem?
      Fica tranquilo. Aceite como você é!!! Com todas as suas qualidades e defeitos. Aceite a sua deficiência auditiva, sei que não é fácil para quem nasce desta natureza. Aproveite os recursos que estejam a seu favor: leitura labial, aparelho auditivo, libras(se souber), sms, falar ao telefone (precisa treino todos os dias para ouvir)entre outros. Nesse mundo que vivemos, observamos que a maioria das pessoas não tem paciência e vive em função do relógio e da matrix. Nós, deficientes auditivos, devemos ensinar eles a terem paciência e explicar o processo de comunicação, fazendo os refletirem. São eles que DEVEM adaptar a nós e não ao contrário!!!
      Não tenha vergonha e mostre a sua força, fé e coragem para enfrentar este mundo hostil. Fique tranquilo que Deus é PAI e está escrevendo todas as nossas ações, atitudes, palavras e sentimentos para que um dia quando voltarmos na casa do PAI, isso vai estar aberto e aiai quem fez péssimas ações!!!!
      Beijos oralizados.
      Karen

      Reply
  • Luana do Nascimento
    12/01/2015 at 13:36

    Amanda, boa tarde!

    Tenho uma história bastante semelhante a sua. O que muda, é que foi a minha mãe que me ajudou a encarar a usar as próteses. Mas tudo semelhante mesmo.
    Parabéns pelo progresso, continue assim.

    Reply
  • Sandra
    29/08/2014 at 00:15

    Tenho 33 anos e nunca tive nenhum problema auditivo. Sempre escutei muito bem, na época do 2º grau, sentava lá atrás e escutava tudo o que o professor falava com muita clareza… Porém, desde Maio de 2013 a minha vida mudou. De repente, percebi que a minha audição diminuiu… Foi terrível!!! Essa perda auditiva repentina veio acompanhada de zumbidos e tonturas… Procurei vários otorrinos e todos diziam a mesma coisa. – Perda auditiva moderada progressiva… Mas como assim??? Fiz vários exames e o diagnóstico é o mesmo. Não se sabe a causa, enfim…
    O medo se instalou em mim… O que fazer!!! Tenho medo de algum dia não escutar mais, de ficar no silêncio, mesmo tendo que usar aparelhos para poder ouvir e entender melhor o que as pessoas falam… A médica disse que mesmo fazendo uso da tecnologia (aparelhos auditivos), posso perder a audição gradualmente, já que a minha perda é progressiva. Não sou usuária dos aparelhos auditivos ainda, pois são muito caros e no momento não tenho como comprar. Sei que a discriminação existe, mas penso que apesar disso, o que importa é ouvir com qualidade e cuidar da saúde dos ouvidos enquanto ainda se pode… É muito triste você não escutar, não entender o que as pessoas dizem. Acabamos nos isolando do mundo, dos prazeres de uma boa comunicação, simplesmente por vergonha e por medo de não conseguir entender a conversa… Me sinto assim… Queria ter uma certeza de que mesmo com os aparelhos auditivos, a progressividade da perda auditiva não iria aumentar e sim estabilizar… Isso sim seria uma vitória, uma maravilha. Cada história aqui contada é uma força que chega às nossas vidas… É triste ver que existem pessoas que não respeitam os deficientes auditivos, que não sabem a gravidade desse problema que hoje aumenta a cada dia, seja em pessoas na terceira idade, na juventude ou na infância. Se as pessoas soubessem como é importante cuidar da saúde auditiva… Força para continuar a vida e fé para seguir em frente, vencendo os medos e os preconceitos que sempre existem…

    Reply
  • Luana Rodrigues de Faria
    31/07/2014 at 00:04

    ola Amanda,

    é muito legal ler as experiências de vida de outras pessoas e poder lembrar a da gente, também tenho D.A porem adaptei o aparelho aos 6 anos, minha historia em partes e parecida com a sua sempre estudei e sempre passei de uma serie para a outra tranquilamente, ate os alunos que não tinham dificuldades para ouvir ficavam com um pouco de invejinha do meu esforço, rsrsrsr… Também senti que passei por alguns preconceitos na escola e infância, mas hoje já acredito que e questão de maturidade pois nem eu e nem as crianças entendiam sobre a dificuldade que eu tinha, a verdade e que realmente ainda temos deficiência de profissionais que conseguem driblar nossas dificuldades perante a outras pessoas, como por exemplo explicar ao coleguinha de sala, que e preciso ajudar as crianças que possuem nossas dificuldades. Outro detalhe foi quando fui tentar meu primeiro emprego, como sou formada em contabilidade, todas oportunidades eram voltadas a áreas administrativas, perdi varias oportunidades por conta disso, alguns profissionais acreditavam que não seria possível, por causa de atendimento ao telefone, num certo dia um gerente do Banco confiou em mim, e me deu a oportunidade, hoje trabalho como assistente administrativo no banco, e acabou que o meu inimigo telefone, hoje, já somos intimamente amigos, e sou feliz em ter superado este medo, de não conseguir uma carreira profissional por conta da D.A, hoje aprendi que realmente são as pessoas que fazem a deficiência. Hoje aprendi a dirigir, tenho meu carro e já faço tudo que sempre sonhei.

    Reply
    • Lucinéa
      04/12/2015 at 18:27

      Parabéns Luana! Como fez as pazes com o telefone?!?!
      Pode me escrever, sou psicóloga e tenho perda auditiva bilateral. Difícil essa vida com perda auditiva. Para mim não há problema em usar aparelhos auditivos, o problema é ficar sem eles.

      Reply
      • Lucinéa Rocha
        04/12/2015 at 18:31

        Para Luana e quem quiser compartilhar sobre as facilidades ou dificuldade da leitura labial.Meu email: lucineapsi@gmail.com
        Face:Luci Rocha

        Reply
  • Rafa
    15/07/2014 at 20:40

    Amanda, você não tem pacientes que prefeririam ficar no divã durante a consulta? Eu sou estudante de psico, tenho deficiencia auditiva leve a moderada e sempre fico meio apavorada com a possibilidade de ter que vir a atender um paciente que não fale claro, ou fale muito baixo ou mesmo a situação em que o paciente fica de costas pra nós no divã, que é tão comum. eu mesma faço terapia e prefiro ficar no divã, e mesmo a minha psico falando super claro as vezes eu nao escuto (enfim, já estou adaptada à voz dela).
    também me identifiquei super com a sua história… comecei a usar aparelho com 19 anos, mas acredito que já nasci com deficiencia auditiva, pois em todos os vídeos de família eu apareço ignorando as pessoas que falavam comigo, e demorei a aprender a falar. e depois no colégio toda a turma debochava de mim por um motivo misterioso que nunca descobri, e sempre tive dificuldade pra entender e me entrosar em conversas. vc vive com a preocupação de não entender os outros. e ironicamente, como disse o colega ali em cima, todos os meus amigos acham que eu sou uma excelente ouvinte hahahaha

    Reply
    • Karen
      18/05/2015 at 18:07

      Rafa, fica tranquilo.
      Sou psicóloga atuante e tenho muitos pacientes. Eu uso recursos a meu favor: leitura labial, aparelho auditivo, bagagem cultural e acadêmica. Já no primeiro encontro, depois de ouvir os pacientes, eu explico a minha deficiência auditiva e eles aceitam numa boa. É assim que se estabelece o vínculo e de confiança.
      Também sou ótima ouvinte e muitos deles falam que tenho uma excelente memória, o que é muito bom no processo de terapia.
      Sucesso e boa sorte na empreitada!!!
      Quem necessitar trocar figurinhas, segue meu e-mail libman17@hotmail.com
      Beijos oralizados!!!!

      Reply
  • Gisalmir Nascimento
    23/01/2014 at 14:11

    Gostaria de trocar e-mails com vocês, o contato com pessoas que passam por problemas semelhantes aos meus será bastante produtivo e evolucionário. Meu e-mail: zalmirnascimento@hotmail.com

    Até mais!

    Reply
  • Gisalmir Nascimento
    23/01/2014 at 14:08

    Mônica, tenho uma deficiência auditiva muito grande e gostaria de conversar com você, estou fazendo a licenciatura em Matemática, e tenho muito curiosidade em conversar com alguém a respeito da experiência como docente em quanto como professor com D.A. Quais as dificuldades que um professor com D.A. enfrenta em sala de aula ? História bastante interessante e familiar! Parabéns Amanda!

    Reply
  • Taís
    10/12/2013 at 01:28

    Amanda, Amei seu depoimento ! Eu sou dif.auditivo porque nasci 6 meses muito febre forte é problema dificencia auditivo agora e falar é bem meu labial para aprendi é tudo, fui no fono todos os dias faz 22 anos .. Eu já estudou na escola ja formei e agora to cursando na faculdade fazendo ESTETICA COSMETICA … Estou muito triste ninguem me ajudar para mim porque as pessoas falar é muito rapido 🙁 …. Eu queria conhecer voce para conversar ?Estou cursando a universidade, e sinto uma dificuldade imensa. Não consigo entender nada nas aulas, não tenho apoio de ninguém, tudo é tão desmotivante. Me sinto totalmente isolado.
    Mas, gostei de saber que há outras pessoas em situações parecidas.
    Se alguém quiser entrar em contato comigo me mande e-mail, por favor: tais_eto@hotmail.com. Eu to muito triste porque é muito dificil sozinha trabalhar e faculdade depois para casa com minha familia e nao tenho namorado e as minha amigas é falsa porque elas nao quis me falar eu nao escutar porque eu sou dif auditivo é dificil =/ ..

    Eu adoraria conhecê-los.

    Abraços e Beijos Tais

    Reply
  • Matheus
    03/11/2013 at 07:03

    Ola a todos!

    Gosto de ver o depoimento da Amanda e os demais aqui nesse site, passou a ser minha nova rotina! rs
    Como ouvinte, admiro todo o esforço e superação das pessoas aqui presente, e uma coisa bonita de ver! Nada e impossível, basta querer.
    Quanto ao preconceito, digo que so tenho 1 amigo surdo, e ele ironicamente “é a pessoa que melhor me escuta” ^^
    Muitas pessoas nao param pra pensar e se situar no lugar de um surdo, e acaba isolando essa pessoa. Infelizmente, nao podemos mudar o mundo, nao? :/

    Grande abraço a todos!

    Reply
    • Alda Lacerda
      06/11/2013 at 10:42

      Matheus….por incrível que pareça, IRONICAMENTE como disse você, também “sou escolhida” como uma boa ouvinte, amiga de ombros, amiga que dá bons conselhos, amiga vivida, amiga compreensiva, amiga de todas as horas etc e etc e um detalhe: “Não é só uma amiga(o) que desabafa para mim e sim, várias!”
      Estas “várias amigas(os)” são ouvintes.
      É impressionante o meu jeito de conquistar as pessoas de forma bem natural e digo isso com orgulho, pois, vocês nem imaginam como é árdua a luta contra os preconceitos, a luta de querer chutar todas as pedrinhas no caminho percorrido e a percorrer, FELIZMENTE, nunca deixei as críticas e a rejeição me atingir.

      Sou uma pessoa que manda todas as pessoas preconceituosas às favas (esta é a minha rebeldia rs) e talvez por este meu jeito de ser e a minha autenticidade, “fazem com que esqueçam que sou deficiente”.

      Abraços para você e seu amigo “ouvinte” e seja bem vindo neste mundo surdo cheio de surpresas e mistérios!

      Reply
  • Deborah longhi
    26/10/2013 at 10:44

    Amanda, querida!!! Adorei seu depoimento. Por favor, mande por email seu contato, pois meu irmão é deficiente auditivo e faz uma excelente leitura labial, mas está precisando de uma ajuda. Fico no aguardo. Obrigada, Deborah

    Reply
  • Alda Lacerda
    24/10/2013 at 17:40

    Amanda….quase caí da cadeira….você falou de mim?? Quantas semelhanças!!!porém, com uma diferença, não fiz faculdade, mas, sou funcionária pública federal.

    Também sou surda de nascença, nunca tive infecção no ouvido e só fui conhecer Fonoaudióloga a partir do momento que tomei a decisão por conta própria a usar aparelho auditivo, na Telex, sem indicação médica, aos 45 anos de idade. E foi lá que fiz a minha primeira audiometria.

    Adoro ler e muito! Escrevo e falo com desenvoltura também por este ato. Sou do interior de Minas Gerais e a minha família é daquela que “se não nasce surdo morre surdo”, rs, então, tive uma infância maravilhosa, sem preconceito a meu ver, sôlta e cheia de histórias para contar.
    Não conhecia outro surdo a não ser o da minha família e todos nos levamos uma vida normal, “escola normal” e “amigos normais”. Namoramos e casamos com “pessoas normais”.

    Qdo entrei para a Empresa do Governo, é que conheci um pouco o outro lado do mundo da surdez, pessoas que usam Libras, entidades, associações, federações, etc, mas, me perdí neste mundo! Não conseguia entender nada por ser Oralizada.
    Percebí que fui mais criticada pelos surdos com Libras do que ouvintes por eu não ter tido paciência em conviver em um mundo restrito por eles.

    Daí me pergunto: -Tem culpa eu?? se convivi na boa no mundo dos ouvintes, apesar dos pesares onde sempre me lidei bem com as críticas?

    Obrigada Amanda por aparecer aqui e dar este seu depoimento, porque, tava achando que era só eu “a diferente dos surdos”.

    Obrigada Paula por este seu jeito de ser, autêntico e o Blog.

    Hoje, qdo vou a algum lugar que me deixa insegura a princípio (tipo reunião), lembro de você e daí vem o impulso de dizer “EU POSSO!” e o medo vai embora….

    Mil beijokas!

    Reply
  • Karen
    22/09/2013 at 22:24

    Ana Carolina Ferguson, boa noite! De fato são poucos psicólogos surdos, eu sou uma delas e sou oralizada. Entra em contato comigo pelo libman17@hotmail.com. Bjs.

    Reply
    • Mônica
      04/12/2013 at 01:55

      Há uns dez anos comecei a notar que eu não conseguia mais ouvir o bip do termômetro, o alarme do meu relógio, os meus alunos que falavam com um tom de voz mais baixo. Muitos anos depois, no ano passado para ser mais exata, eu fiz uma audiometria que comprovou a minha perda auditiva para sons baixos. Eu sempre tive muito zumbido em ambos os ouvidos. Eu achava que era só à noite, mas na verdade era o tempo todo. Quando eu percebi isso, eu só faltei enlouquecer, ainda mais porque o zumbido foi ficando cada vez mais alto, um horror! Enfim, eu fui a uma especialista em zumbido, e ela confirmou a minha perda auditiva, provavelmente causada pela minha exposição excessiva a sons altos, tanto na adolescência (festas, shows, ouvir música altíssima em casa), como também o fato de eu ter frequentado academia por mais de quinze anos, e me expor a sons altíssimos em aulas coletivas como spinning, power jump, etc. Relutei um pouco em usar aparelhos auditivos, mas foi a melhor coisa que eu podia ter feito! Uso aparelhos em ambos os ouvidos, e me sinto mais segura e confortável. Eu não tinha ideia de quão pouco eu escuto. Nunca mais vou poder me expor a sons altos na minha vida, só com o uso de tampões.

      Reply
  • Ana Carolina Ferguson
    18/09/2013 at 15:36

    Sou surda, eu disse para o meu pai que eu precisava achar uma psicologa surda para me ajudar nos meus problemas, antes tentei terapias e psicologas todas de ouvintes mas nao me ajudaram e deixei as, fiquei mais frustrada com elas e nao deram certo! Entao meu pai respondeu de volta pra mim assim : ” Nao existe psicologa surda ! “… fiquei chocada e muito desapontada com ele.

    Reply
  • Karen
    12/07/2013 at 00:28

    Yohana, não se envergonhe. Aceite a sua deficiência, não é fácil para muitos (eu não aceitei até a adolescência), afinal você deve ter descoberto outras habilidades, capacidade e potencialidades que façam ir adiante, não é? Seja natural e explique, só assim estamos ensinando as pessoas não deficientes a conviver conosco. Deste modo, quebramos as barreiras e tudo fica mais fácil. São eles que terão aprender as virtudes: paciência, tolerância, etc. Perseverança, fé, coragem, força de vontade, paciência, amor, compaixão e outros, são os alicerces para prosseguirmos nossas vidas.
    Desejo-lhe sucesso, sorte, paz e Luz!
    Assim também como para todos os deficientes.
    Abraços,

    Reply
  • yohana dos santos francisco
    11/07/2013 at 21:27

    Nossa a sua historia e mto parecida com a minha, embora uso aparelhos a um ano, so estou na luta contra a vergonha pela falta de senso (sera que esta certa a palavra) dos curiosos que insistem em perguntar de forma atrevida “o que sao isso na sua orelha”, “nossa vc tao novinha surda”? Entao a gente acaba se desgastando.. mas goste de ler sua historia, de coragem e forca de vontade…

    Um beijos e muito sucesso.

    Reply
  • Bruno
    15/05/2013 at 22:12

    Oi oi!

    Nossa, fiquei muito feliz em ler o depoimento da Amanda, e dos comentários.

    Eu tenho surdez profunda bi lateral.Diferente da grande maioria, a minha foi por conta de neurinomas acústicos.

    Estou cursando a universidade, e sinto uma dificuldade imensa. Não consigo entender nada nas aulas, não tenho apoio de ninguém, tudo é tão desmotivante. Me sinto totalmente isolado.

    Mas, gostei de saber que há outras pessoas em situações parecidas.
    Se alguém quiser entrar em contato comigo me mande e-mail, por favor: bkitagawa85@gmail.com

    Eu adoraria conhecê-los.

    Abraços!

    Reply
  • Nadia Suemi
    07/05/2013 at 15:33

    Gente do céu!
    Me identifiquei totalmente com esta crônica. Mesma idade, história de vida idêntica. Preconceito na escola, falta de atitude dos professores.
    Tive perda total da audição aos 4 anos de idade, quando contraí meningite bacteriana. O preconceito foi grande, usei aparelho auditivo forçadamente até os 16 anos. Demorei a aceitar a minha própria deficiência, fazendo dela minha aliada somente quando entrei na faculdade, por coincidência, também de Direito.
    Até hoje algumas pessoas se espantam ao ver uma deficiente auditiva oralizada, não é mesmo? É engraçado quando digo que sou ninja em leitura labial e nunca aprendi Libras! Hahahaha

    Paula, seu blog é sensacional! Descobri-o somente hoje, por indicação de uma amiga. Não preciso nem dizer que me identifiquei com seus textos. A vida no silêncio é cheia de surpresas, quase sempre agradáveis.

    Já escrevi algo parecido no meu blog, sobre minhas doces lembranças de ouvinte. Eis a íntegra: http://nadiasuemi.wordpress.com/2011/08/04/o-som-do-silencio/

    Beijos e sucesso!

    Reply
  • Karen
    07/05/2013 at 00:02

    Ah!
    Uso aparelho auditivo deste um ano e meio e com tranquilidade escuto bem, até por telefone. Não tenho vergonha em dizer que não entendi ou solicitar ao locutor falar um pouco mais alto que a ligação está ruim ou baixa. Afinal, a comunicação deve ser de qualidade e boa vontade de ambas partes: o emissor e o receptor.
    O que me incomoda são os barulhos de motores de ônibus, moto, caminhão, sirenes, pois estes causam um desconforto físico. Já sugeri aos engenheiros, que trabalham em indústria automobilística, criarem motor silencioso para os automóveis, assim seria uma maravilha para todos nós termos qualidade de vida.
    Compartilho com vocês que muita gente pensa que eu sou de outro país, tal fato por eu ter um sotaque diferente por conta da deficiência, daí por brincadeira eu “assumo” que sou de outro país(risos).Não é vergonha de dizer “olha eu sou surda”, é porque não dá para ficar falando 6 bilhões de vezes (número da população mundial) a mesma coisa! As reações são variadas: deste o espanto de nunca encontrarem pessoas com deficiência auditiva na vida delas a sentimentos de preconceito.
    O preconceito é cultural (Está no “1808”, um livro fiel sobre a história do Brasil que não conhecemos nos bancos escolares) e nós surdos oralizados não devemos nos desanimar e nem desistir da vida!
    Vamos em frente!
    Beijos a todos.

    Reply
  • Karen
    06/05/2013 at 23:40

    Que linda historia de superação, Amanda!!!
    Também sou psicóloga com deficiência auditiva oralizada, tenho pós graduação em psicologia hospitalar e pós graduanda em Gestão de Pessoas.
    A minha história tem algumas semelhanças em relação à sua e a minha surdez é de nascença.
    Na infância e adolescência, tive muitas dificuldades com a língua portuguesa em função da deficiência auditiva. Tinha o terror da redação, mas eu passava de ano.
    Com ajuda de uma fonoaudióloga, eu esforcei e dediquei na interpretação de texto (o que hoje no Brasil, aproximadamente 80% da população tem dificuldades em ler e compreender o assunto, fruto da falta de cultura e interesse pela leitura por parte da maioria da população), e hoje, eu amo ler livros e adoro escrever. Por incrível que pareça, eu estou ajudando pessoas que não possuem deficiência e estão com dificuldades em escrever monografias!
    Muitos professores no ensino fundamental e médio não acreditaram na minha capacidade, potencialidade e habilidades, já que não possuíam nenhuma capacitação profissional em atender as pessoas com deficiência e graças a Deus, eu aqui estou continuando a correr atrás de meus projetos e sonhos de vida.
    Perseverança e fé são as ferramentas que tenho para seguir a minha vida com as bençãos de Deus.
    E o principal ingrediente: acredito em mim, aceito a minha deficiência, as minhas qualidades e defeitos, amo a mim mesma, deste modo posso ir além e longe!
    Porque não?
    Sucesso, abundância, amor, harmonia e muita Luz a todos.
    Um grande beijo

    Reply
  • Élia Maria Alves Maertins
    05/05/2013 at 10:06

    Amanda, fiquei muito feliz de ler seu relato, acredito que foi muito difícil chegar onde está, tantos sofrimentos, marcas e… superações, penso que o que importa hoje é o que ensina com seu exemplo de vida.Sou ouvinte e tenho admiração pelas pessoas surdas, tenho pouca convivencia com sua cultura e admiro sua história. Obrigada e parabéns por compartilhar sua história de vida. Élia.

    Reply
  • Zenaide de Faveri Vicente
    02/05/2013 at 09:54

    Oi Amanda!

    Parabéns pelo seu depoimento e pelas suas conquistas. Também sou surda e faço uso de aparelhos há mais de 30 anos. No início é um tanto complicado, mas com o passar do tempo vai gerando uma dependência tão grande que não se consegue mais ficar sem. Passam a fazer parte da nossa vida. Nossas histórias são bem parecidas. Fiz Pedagogia com opção em Administração Escolar. Atuei na área e em julho deste ano completo 15 anos de aposentaria.

    Sucesso e vá em frente!

    Grande beijo!

    Reply
  • Cibelly Elias
    28/04/2013 at 22:33

    Achei linda a sua história! É impressionante a semelhança das angústias. Todo mundo que um dia passa a necessitar de aparelho auditivo passa por isso! Porém, lá na frente depois da aceitação, olhamos para traz e concluímos que o maior desafio somos nós mesmos. Ou seja, a auto aceitação. E aí a aceitação dos outros são consequências. Sou surda oralizada, uso aparelho, amo LIBRAS, faço também parte da Comunidade Surda e do Movimento Surdo de Porto Velho – RO. E também, estou cursando Direito. E no meu curso enfrento a dificuldade de pronunciar certas palavras corretamente, principalmente os latins, risos… Mas, já pedi para minha fono marcar terapia. E vamos treinar falar corretamente!! Também, solicitei o Sistema FM, você conhece?? É maravilhoso e ajuda muito, pois a voz do professor fica nítida, sem ruídos e ecos. A minha surdez é progressiva, ou seja, corro o risco de ficar surda profunda ao longo do tempo. Porém, já sei LIBRAS que vai me salvar!!! E é isso aí Amanda!!! A cada barreira que aparece, temos que driblar! Abraços e SUCESSO!! Obrigada por compartilhar sua história de superação.

    Reply
    • Fabiola Polydoro
      09/12/2015 at 09:46

      Oi Gostaria muito de entrar em contato com alguém que cursa Direito.

      Reply
  • andrea della colleta
    23/04/2013 at 11:55

    oi Amanda, gostei muito do seu depoimento, uso aparelhos desde 3 anos de idade (tenho 47) e comecei com um grandão de caixa mesmo que era beeem visível, depois fui trocando, tenho perda profunda, já fiz faculdade, especializaçõ, mestrado e todo o pacote, as pessoas nunca me disseram isso ou aquilo, alguns dizem que falo ¨diferente¨, especialamente as pessoas com menor grau de instrução, mas em momento algum a me questionaram sobre a minha surdez, parece que não dão a mínima mesmo, interessante você dizer que as pessoas questionam uma psicóloga surda? o que perda de audição tem a ver com inteligência, vontade e vocação? abração!

    Reply
  • Roberta
    22/04/2013 at 11:02

    Oi Amanda…sempre fiz uso da Leitura labial e me formei em medicina veterinária,a minha dificuldade é lidar com a feridas internas que vieram desde a minha infância,acho que vc entende o que estou falando?Faz anos que faço terapia e ainda não conseguir superar essas feridas…o meu e-mail é vetbeta@yahoo.com.br…adoraria que vc entrasse em contato comigo…beijos…amei seu depoimento.

    Reply
  • Antonio Andrade
    22/04/2013 at 10:05

    Amanda, sua luta serve de incentivo a tantos que vive esta situaçäo. Eu hoje percebo que também tenho que enfrentar esta realidade. Em 1996 fiz uma cirurgia no ouvido esquerdo e em 2012 no direito, mas näo resolveu muita coisa, principalmente esta última. E hoje já sinto a necessidade de enfrentar esta outra realidade. E exemplo como o seu é um incentivo a mais.

    Reply
  • Amanda
    19/04/2013 at 17:10

    Obrigada a todos que comentaram. Não é fácil lidar, principalmente no começo, mas depois que a gente vê o quanto isso é pequeno diante de tudo que a gente conquistou e poderá conquistar, o quanto a vida tem a oferecer, a gente acaba deixando o medo de lado e apreciando nossos aparelhinhos amados, rs.
    Beijos a todos!

    Reply
  • Luci Inzavalde
    19/04/2013 at 01:13

    Lindo depoimento me inspirou muito, sou surda a mais ou menos 2 anos e hj faz dois dias que estou usando os aparelhos, estou me adaptando confesso que é um pouco estranho, também faço leitura labial é o que me ajuda bastante,mas aos poucos vai melhorando.. abraços

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 16:56

      Luci, seja persistente. A adaptação inicial é estranha, pelo menos pra mim assim pareceu. Mas estou usando aparelhos há apenas 1 mês e já estou adaptada. É bem legal quando você começa a ouvir tudo, rs. Sucesso!

      Reply
  • renata
    18/04/2013 at 22:09

    Amei seu depoimento….boa sorte e muito sucesso..

    Reply
  • Fábio R. Duarte
    18/04/2013 at 00:11

    Que exemplo Amanda, obrigado por compartilhar a sua experiência. São exemplos como você que fazem as pessoas dar valor as coisas que tem e repensar melhor.
    boa quinta
    Fábio

    Reply
  • Joice Alves
    17/04/2013 at 22:00

    Linda a história da Amanda,amei e me emocionei também.
    Paula estou tentando te enciar um e-mail contando minha história ali pelos contatos mas nãoestou conseguindo,estou tentando a semanas como proceder??

    Obrigadaaa,beijos!

    Reply
  • Janise
    17/04/2013 at 18:50

    Felicidades procê, Amanda! Vá em frente, lute sempre. Muito legal o seu depoimento. Um forte abraço.

    Reply
  • Andressa Martins Lucio
    17/04/2013 at 15:52

    Olá, tudo bem? Me chamo Andressa, tenho 18 anos e faço faculdade de Pedagogia. Me identifiquei muito com a história de Amanda, pois sou deficiente auditiva desde os meus 6 anos de idade. É curioso para as pessoas que uma usuária de aparelhos auditivos queira ser professora, mas o que me impede? Nada!! Sempre fui boa em leitura labial, quando eu era criança, era muito fácil descobrir os segredinhos das minhas colegas de classe! rs! Porém, como umsa futura educadora pretendo aprender LIBRAS para ajudar surdos e deficientes a enfrentarem essa deficiência sem medo de serem felizes e o que quiserem ser na vida profissional! Ficarei muito feliz, se alguém me respondesse rs!
    Um grande beijo, Andressa.

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 17:00

      Andressa, a surdez não impede ninguém de ser um bom profissional. Ela não afeta a inteligência, rs, então temos mesmo que lutar e conquistar a carreira que queremos. Vá em frente!

      Reply
  • Carla
    17/04/2013 at 14:42

    Amanda ,
    Li seu depoimento e vejo que todos (D.A) passam ou passaram por situações iguais a sua.
    Eu como mãe de uma deficiente Auditiva gostaria de saber o que uma MÃE pode fazer para amenizar as dificuldades de uma filha.
    Leio e acompanho todos os que escrevem e sofro em ver que a minha filha esteja passando por isso também, queria muito saber como ajudar.
    Um grande abraço.
    Obs.: A Izabella minha filha tem 08 anos .

    Carla

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 17:04

      Carla,
      primeiro, é dar todo apoio, sempre. Conversar olhando nos olhos, falar de forma clara, etc, ajuda bastante. Dar bastante espaço pra que ela fale como se sente, ensinar a lidar com o preconceito, explicar que a deficiência não torna ela pior que ninguém… meu Deus, se alguém tivesse me dito tudo isso quando criança, acho que não teria sofrido metade do que sofri, mas Deus me fez forte e superei os obstáculos.
      Tenho certeza que você vai ajudá-la a superar as dificuldades!
      Beijos

      Reply
    • Vanessa
      31/01/2014 at 20:31

      Carla tbm sou mae de uma menina com deficiência auditivas estou sofrendo medo de que ela passe por dificuldades como essas que a amanda relata tenho medo que ela sofra com o preconceito e falta de paciência das pessoas estou tentando conseguir o aparelho para ela e muito caro estou aflita ela tem seis anos quero muito ajuda l
      a podemos trocar emails?

      Reply
  • Elizabeth
    17/04/2013 at 10:58

    Amanda, você é maravilhosa. Continue estudando, lendo muito, por fim escreva o livro que vai contar as suas experiências, boas e más, fará sucesso! Bjs

    Reply
  • Priscila
    17/04/2013 at 09:17

    Amanda e Samira;

    Faço minha as palavras da Amanda; tenho 44 anos e estou no caminho para colocar um aparelho auditivo; sei EXATAMENTE o que a Amanda expôs em relação aos preconceitos; temo não adaptar ao aparelho auditivo; meu irmão tbém faz uso do mesmo há mais de 50 anos e sei o qto foi difícil adaptações e ajustes …. é possível trocarmos e-mails? priscbv@hotmail.com; sou bibliotecária numa universidade estadual pública e estou na metade de uma pós-graduação em Tecnologia Assistiva. Poderíamos trocar experiências. Abraços, Priscila

    Reply
  • Mari
    17/04/2013 at 02:52

    nossa…eu estava aqui me refletindo se eu estaria precisando de uma psicologa e me deparo com isso..

    Uma psicologia com deficiência auditiva!? Eu e ela com certeza compartilhariamos muitas coisas! Certamente me ajudaria também com o que eu estou passando.

    =)

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 16:52

      Mari, seria uma experiência e tanto né?? rsrs
      Meu sonho que eu tenha um cliente tb deficiente auditivo! É uma experiência riquíssima, compartilhar.

      Reply
  • Luana
    16/04/2013 at 19:02

    Amanda eu tbm tenho surdez e queria muito ser psicologa, mas tenho medo de não dar conta de atender os pacientes… Pq nem todos articulam os lábios bem… Queria explicação da sua experiencia no trabalho como psicóloga. Será que você poderia me passar, me falar as dificuldades e como vc faz pra lidar com elas? E quais são as reações dos pacientes? Se quiser me add no face pra gente poder trocar ideia… Se você puder me ajudar é claro. Meu face é /luhabia

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 16:45

      Oi Luana,
      Ainda não aconteceu de algum cliente perceber minha deficiência. Mesmo sem o aparelho, dá para entender bem o que o cliente fala, pelo menos na minha experiência em clínica, pois você atende em um local bem silencioso. Se você fizer uso de aparelhos e fizer leitura labial, dá para lidar tranquilamente. Se não entender o que ele falou, é só pedir para ele repetir, ou você repete a pergunta pra ver se entendeu o que ele quis dizer… com a prática, a gente acaba criando estratégias e habilidade para superar as dificuldades, então, não tenha medo!

      ps. não tenho facebook! me manda seu email que poderemos estar em contato! 😉

      Reply
  • Isabelle Vartuli
    16/04/2013 at 18:42

    Olá,

    Admiro sua vontade de enfrentar a situação de cabeça erguida e superar as dificuldades e o preconceito. Muitas situações da sua vida são parecidas com as minhas experiências também. A diferença é que faço Serviço Social! rsrs Acho que a profissão também vai ser uma forma de lidar com o preconceito e o desconhecimento das pessoas sobre o assunto.
    Quando comecei a usar o aparelho, há 5 anos, também tive as mesmas angústias que você, mas hoje já passou.
    É muito mais fácil viver com eles…
    Eu acho que a surdez não é motivo de fechar nenhuma porta, mas, pelo contrário, abrir mais ainda. Temos direitos garantidos e vamos conquistá-los cada vez mais!

    Boa sorte com os aparelhos.

    Beijos.

    Isabelle Vartuli

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 16:48

      É, eu comecei a entender que é um processo bem parecido para todos que precisam começar a usar o aparelho. Foi esse blog que me ajudou, então hoje eu não tenho mais medo de assumir. Preconceito por preconceito, vai existir com ou sem aparelho, então não tem por que ter vergonha ou baixar a cabeça, não somos vítimas, somos seres humanos com capacidades, habilidades, sonhos e disposição para fazer acontecer, rs.

      Obrigada pelo apoio!

      Reply
  • Samira
    16/04/2013 at 10:36

    Bom dia, Amanda!
    Mais um exemplo de superação e demonstração de encarar a deficiência auditiva como aliada. Aliada no sentido de sermos quem somos, pois ela está conosco.
    Colocar-se no lugar do outro, não é comum entre nossos semelhantes.
    Continuar sua caminhada, sem colocar-se em posição de vítima (oh, céus! oh, vida! pq? pq? pq?). Parabéns!
    Seu depoimento me transmitiu que estás no momento de “Auto-aceitação”!
    Sucesso nos estudos!
    Sucesso na adaptação aos seus aparelhos! Estás no momento inicial. Verás mais adiante como foi fantástico ter iniciado o uso. O cérebro (processamento auditivo) agradece!
    Grande abraço,
    Samira
    Fonoaudióloga
    Deficiente auditiva
    Usuária de aparelhos auditivos há 12 anos.

    Reply
    • Amanda
      19/04/2013 at 16:50

      Já está sendo tão fantástico! Até o preconceito que imaginei que iria ser vítima se tornou irrisório diante da enorme melhoria na minha vida.
      Abraços!

      Reply

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