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Rio de Janeiro

ERROS para NÃO cometer no RIO DE JANEIRO

Pelo amor do Cristo Redentor: não cometa esses erros clássicos quando vier ao Rio de Janeiro para que a sua viagem não acabe se tornando um inferno. O Rio é um lugar maravilhoso, porém também é cheio de pegadinhas cretinas para os turistas, especialmente aqueles que estão vindo à Cidade Maravilhosa pela primeira vez.

Ficar hospedado em hotel velho

O Rio de Janeiro tem muitos hotéis novinhos em folha que acabaram de ser reformados ao longo de toda a Zona Sul e também em outros bairros – mesmo que não sejam tão famosos. Mil vezes melhor dormir em lençóis novos, colchões novos e entrar num quarto sem carpete que não fede a cigarro, não é mesmo?

Dar pinta de turista no Arpoador num domingão de sol

Você tem noção da quantidade de arrastões que acontecem especificamente no Arpoador em dias de sol e céu azul? Pois eu já estive bem no meio de um arrastão e posso dizer que é uma das piores experiências da vida. Se você está branco tal qual um fantasma (ou vermelho como um pimentão) e todo carregado nos itens de grife, vá sabendo onde está se metendo.

Pegar um jeep para subir nas favelas como se fosse um safari

Toda vez que um morador do Rio vê um turista vestido como se estivesse indo a um safari num daqueles jeeps abertos que vendem passeios às favelas como se elas fossem algo pitoresco – e seus moradores, animais de zoológico – ele pensa: “Que coisa mais sem noção!“. Prestigie a favela a pé, com um guia local, mas não passe a vergonha de fingir que está no meio de um safári na Africa.

Passear no centrão à noite

De dia, o centro do Rio de Janeiro ferve de gente. À noite, infelizmente ele vira uma espécie de Cracolândia, terra sem lei. Não recomendo que você ande por essas bandas sozinho (ou em dupla) à noite por motivos de segurança. Faça os passeios do Centro à luz do dia, de preferência cedo e sempre em dia de semana.

Só fazer programa caro por medo

Ok, sabemos que a segurança é uma questão no Rio de Janeiro, mas também não dá pra ficar paralisado de medo e só dentro de hotel ou pulando de uber pra rooftop chiquetoso. O mais legal do Rio está na rua. E não se engane de achar que os lugares caros e chiques são super protegidos: essa semana, o shopping Village Mall na Barra da Tijuca foi alvo de um tiroteio terrível.

Só ir aos bares e restaurantes óbvios

A cena gastronômica do Rio de Janeiro está em constante mudança. A pandemia acabou com muitos restaurantes, mas outros tantos abriram no lugar. Ouse fugir do lugar comum para se surpreender. A Confeitaria Colombo, por exemplo, só vale para tomar um café e tomar um docinho numa visita ao centro. Nem só de Copacabana, Ipanema e Leblon vive a cena gastronômica da Cidade Maravilhosa. Peça as melhores dicas aos moradores locais.

Usar ouro na rua

Não importa se é só um brinquinho discreto, a bandidagem carioca é treinada para identificar o que tem valor. Uma vez eu estava passeando no calçadão de Copacabana com meu filho de 6 meses de vida. Não lembrei de tirar do pescoço uma correntinha de ouro bem fina que ganhei de Dia das Mães. Resultado: um pivete que aparentava ter uns 12 anos me deu um soco no pescoço correndo, com tanta força, que eu caí de joelhos no chão e não conseguia respirar. Por pouco ele não quebrou a minha traquéia. Nunca mais saí de casa usando nenhuma correntinha, essa ou bijoux, porque fiquei traumatizada.

Mexer no celular na rua

Você olha ao redor e acha que está seguro, mas não está. Os pivetes estarão te monitorando de longe, à procura de um desavisado que tenha esquecido que está caminhando pelas ruas do Rio de Janeiro. Já perdi as contas de quantas vezes vi as pessoas perdendo os seus celulares para os pickpockets nas ruas de Copacabana por desatenção. Já aconteceu comigo, na rua Dias da Rocha em Copacabana. Peguei o celular para enviar uns áudios enquanto caminhava pra casa e de repente surgiu um ladrão por trás de mim, mas o celular escorregou e caiu de volta na minha mão. Dei um berro tão alto que a rua inteira olhou e ele saiu correndo igual a um doido para fugir. Foi sorte, mas fiquei com as pernas bambas de nervoso depois.

Mexer no celular no carro com o vidro aberto

Seja taxi ou uber, não fique de bobeira mexendo no celular quando o sinal está vermelho. Você vai ser assaltado por algum pickpocket de bicicleta, moto ou a pé. Evite.

Não aproveitar o metrô

O metrô do Rio é limpo, seguro, com ar condicionado que funciona super bem e te leva até o início da Barra da Tjuca por um precinho módico. Se estiver na Zona Sul, saiba que o trânsito fica parado em vários momentos do dia e é burrice ficar sentado dentro de um carro fechado durante 45 minutos para fazer um trajeto que lhe custaria 10 minutos de metrô.

Só fazer programa de turistão

Subir no Cristo Redentor, no Pão de Açúcar, visitar os Arcos da Lapa, o sambódromo…o Rio é muito mais do que esses pontos turísticos com perrengue garantido. Amplie os seus horizontes e busque todas as dicas que puder com moradores locais que não são vendedores de nada.

Só frequentar restaurante de turistão

Existe um restaurante com zilhões de reviews no TripAdvisor que fica na Av. Atlântica que é fechado com todos os taxistas e concierges da cidade. Invariavelmente vão te indicar esse lugar, mas…fuja. Fuja de qualquer restaurante que possui funcionários te atacando na porta com um cardápio na mão. Com raríssimas exceções, a Avenida Atlântica não é o lugar ideal para almoçar ou jantar no Rio de Janeiro.

Sentar em mesas na rua

Vários restaurantes e barzinhos têm mesas nas ruas no Rio de Janeiro. Não recomendo que você sente em mesas nas ruas por dois motivos: assaltos e pedintes. Sentar na mesa da rua é pedir para ser importunado e se ver em alguma situação constrangedora no meio de uma refeição.

Não conhecer o Forte de Copacabana

Esse é o passeio mais seguro do Rio de Janeiro, pois fica dentro de uma área do Exército e é à prova de assaltantes. Além disso, tem a vista mais linda da praia de Copacabana. Nada pode ser mais mágico do que sentar perto da mureta do forte no final do dia e esperar o céu ir mudando de cor enquanto vai escurecendo. Há dois cafés restaurantes lá, e NÃO recomendo a Confeitaria Colombo (cara, ruim e com atendimento péssimo, a água sem gás de 200ml custa um rim). O 18 do Forte é melhorzinho. Escolha uma mesa para tomar um drink ou um chopp, mas saiba que não é o lugar ideal para jantar. A entrada é gratuita às terças-feiras.

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

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