Há uma infinidade de assuntos sobre os quais quero escrever aqui no Crônicas. Porém, vou seguir “respondendo” o post anterior, que foi o primeiro contato com os leitores que o blog teve, para falar da necessidade de vencer a vergonha da surdez. Eu até poderia começar falando da minha infância, mas é mais pertinente agora começar do fim, isto é, do fim dessa vergonha, que é o começo de uma nova vida.
Quando recebemos o diagnóstico, a coisa mais incrível é que não pensamos em nós mesmos na hora. Pensamos primeiro nos outros. Ridículo, não? Mas é exatamente assim que funciona. Em vez de pensar em como melhorar nossa qualidade de vida, a única coisa que passa pela nossa cabeça são ELES. Eles quem? O resto do mundo. Aqueles que poderão desconfiar que não ouvimos. Aqueles que poderão notar nossos aparelhos auditivos e espalhar a notícia. Oh, céus!
A vergonha de mostrar que estou de aparelho
Para vocês terem noção de o quanto isso causa pânico, na primeira vez em que fui para a sala de aula, no segundo grau, usando meus aparelhos, quase coloquei uma peruca estática! Juro! Em vez de ficar feliz por escutar o canto dos passarinhos e outros barulhos que eu já nem lembrava que existiam, a vergonha da minha surdez só me deixava pensar uma coisa: “ELES não podem ver meus aparelhos de jeito nenhum!”. Isso apesar de ser um aparelhinho intracanal que só tendo visão de raio-X pra ver!
Porém, como sempre, aquilo que mais tentamos esconder é o que mais aparece. Assim, naqueles dias, uma colega desconfiou do meu tique nervoso com o cabelo (ficava puxando mechas pra tapar as orelhas) e, num momento de descuido meu, me perguntou: “O que é isso dentro dos teus ouvidos?”. Gelei. Sem mentira, mais parecia que tinha visto o Capeta. Fiquei gaga, e, uns 5 minutos depois, a única resposta que saiu da minha boca foi: “É pra colocar remédio no meu tímpano“. A louca total! Logo depois de dizer esse absurdo, evaporei.
Hoje, consigo falar disso dando risada. Mas naquele tempo, isso me causava azia, desânimo, pânico, nervoso. Tudo! Quando fui contar para o meu melhor amigo sobre isso, fiz uma história tão grande e cheia de suspense que o coitado ficou achando que eu contaria pra ele que tinha matado alguém. Quando ele enfim recebeu a notícia, apenas disse: “Ah, era isso? Certo, e o que mais me contas?” Foi então que eu me dei por conta que o babado era bem mais simples e sem graça do que eu imaginava!
De onde vem a vergonha da surdez
Na verdade, a vergonha da surdez se deve ao nosso medo de que as pessoas irão começar a nos tratar diferente. Muitas de fato fazem isso. Outras, não. Porém, se formos parar pra pensar, e daí? A surdez ensina uma linda lição: a da força. Assim, você tem duas opções. Ou segue em frente com a cabeça erguida sem perder tempo com os achismos e maldades alheias, ou entra numa depressão total e perde anos da sua preciosa vida pensando em pessoas que não estão nem aí pra sua perda auditiva. A surdez, afinal, não é uma falha de caráter! Não temos controle nenhum sobre ela.
Haverá pessoas impacientes, haverá pessoas mal-educadas, haverá pessoas sem-noção e grossas que vão nos magoar. Agora, fazer o quê? Elas também existem em todos os outros aspectos da vida. É inevitável, nos primeiros tempos, querer se isolar do mundo. De fato precisamos parar e digerir esse “acontecimento novo” antes de continuar vivendo. Sim, demora. Aliás, pode até demorar muito. Porém, um belo dia você levanta da cama arrependida por cada mísero segundo que perdeu dando bola para ELES. Eles que se explodam! Assim, quem tem que aprender a lidar com a surdez – até mesmo para educar as pessoas a respeito de como acha mais adequado ser tratada – é você.
Meu principal conselho é só um: nada de curtir depressão. Nada de sentir pena de si mesmo. A coisa mais sensata a fazer é procurar uma solução (no caso, se for possível usar aparelhos auditivos, buscar isso!), encarar essa nova realidade e continuar fazendo as coisas que você sempre fez. 😉
Leia mais
- Veja este post a respeito da vergonha específica de usar aparelho auditivo.
- Conheça a história do Gerson, que superou a vergonha da surdez aos 39 anos.
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28 Comments
Janaina
18/11/2010 at 15:09Minha doce Paula, estou adorando conhecer seu outro lado. Ri com tuas palavras, e ao mesmo tempo me coloquei em seu lugar.
Meus melhores desejos te los envio.
Marcela Cordeiro
16/07/2010 at 02:55Nossa, que situação chata!
Bom logico que no inicio a gente sempre pensa no que os outros vão pensar, como eu era criança na primeira vez que coloquei a prótese auditiva, tentei esconder, mas minha mãe avisou a professora, a diretora, a merendeira etc…rss Virei uma especie de atração de circo guria! Todo mundo tava deslumbrado e queria ver como era meu aparelho, acho que aquilo me deu um ânimo e passei a viver tranquila com a prótese, acho que tbm, o que mais ficou evidente, é a felicidade do povo, da minha pessoa finalmente não encher o saco deles de mandaram falar mais alto! kkkkkk Com o aparelho isso muda mto as coisas..rsss
Bjos!
Daiana Travassos
07/06/2010 at 13:10Pala querida, é uma questão interessante essa, ELES atrapalham nossa vida na medida que permitimos que atrapalhem. ELES para mim podem ser todos os monstros que a minha imaginação cria, ou a dimensão gigantesca que dou aos problemas, que às vezes nem são problemas. Semana passada fiz a prova de mestrado e saí arrasada achando que não tinha feito uma boa prova porque não desenvolvi meus argumentos como queria, fiz drama, achei que não havia sido aprovada, andava trêmula e gelada até e quando saiu o resultado eu havia sido aprovada, daí a coisa pareceu tão fácil e simples. Vivo tentando ver as coisas como elas são, mas ELES sempre atrapalham. Incrível como você escreve bem, mesmo que a gente não passe pela mesma situação a gente se identifica com os sentimentos que você transmite, afinal somos todos humanos e embora nossas angustias tenham origens diferentes nossa forma de sentir é igual.
BJOKS e ótima semana.
Fernanda
04/06/2010 at 20:06Oi, Paula! Estive sem acessar o teu blog (e os outros que também amo) por um tempão, stress no trabalho, aquela coisa toda, e só vi agora que tens outro blog.
Puxa, que legal, fico muito feliz que tenhas superado as dificuldades iniciais e que esteja compartilhando tuas experiências com o mundo.
Eu tenho uma irmã que ficou surda bem novinha, ainda, bebezinha, por alguma sequela de uma gripe mal-curada, acredita?
Ela escuta de um só ouvido, não usa aparelho no outro. Ela trata tudo com muita naturalidade, sabe? Talvez tenha sido “mais fácil” porque para ela sempre foi assim, e também porque, bem ou mal, escuta com um dos ouvidos, mas eu acho que a última coisa que deve ser preocupação são os outros, como te referiste em algum post.
Os outros que aprendam a lidar com as diferenças, né? É isso que faz com que a vida valha a pena, conhecer os outros, aceitar sua condição (e também sua limitação, que pode não ser física, mas que todos temos), aprender com os outros, ter uma palavra de apoio ou simplesmente um ombro amigo.
Posso ser meio idealista, mas acho que é assim que as pessoas deveriam encarar as coisas, todos temos algo de diferente, e é isso que nos enriquece.
Já era tua fã, agora sou mais ainda. Parabéns pela iniciativa. Beijos com muito carinho.
Natalia
02/06/2010 at 21:54Oi Paula,
Antes de mais nada gostaria de te parabenizar pelo blog. Eu acho que nós, os surdos, estavamos precisando de um blog legal, com escrita que flui e sem frescuras como o seu.
Eu nasci com 30% de audição e por pouco não perco o restinho se minha mãe não tivesse percebido que desde muito pequena eu “lia” o lábio das pessoas. Graças a Deus consegui recuperar e tenho 60% em um ouvido e 40% em outro. Por conviver a minha infância as voltas com as terriveis otites e afins sempre fui muito acostumada a falar sobre meu problema com as professoras e os coleguinhas.
Pelo que pude notar as pessoas só sentem preconceito(se é que sentem)por deficientes auditivos, quando elas percebem que nós mesmos ficamos encanados em termos esse tipo de “defeitinho”. Como já comentei anteriormente sempre avisei as pessoas da minha dificuldade pra quem quer que fosse e nunca, nenhuma vez sequer fui chamada de surda ou coisa parecida. Acho que o fato de eu brincar com isso e me chamar até de velha da praça, acabo desarmando qlq possibilidade de pensarem em fazer comentários maldosos.Se me chamarem de surda eu respondo…Sou mesmo e vc que é feio?!? 😉
Por isso não tenha mais vergonha e nem sofra pra entender os outros só pq vc acha chato comentar da sua dificuldade…fale mesmo…olha amigo, sou surda então fala olhando pra mim pq senão eu não te entendo. Te garanto que vai ser uma experiencia libertadora.
Parabéns mais uma vez e sucesso!
Beijos
Rackel
02/06/2010 at 18:52Oi Paula! Quero primeiro te parabenizar pela iniciativa de fazer esse blog, com certeza ajudará a muitos. Me emocionei muito lendo os posts!
Tenho uma amiga desde quando eu era criança, que tem a surdez e isso nunca foi impecílio, pelo contrário, brincávamos o dia inteiro, ela tem um talento imenso para o desenho, aprendi a me comunicar com ela que nossos pais ficavam se perguntando como, rs
Mas eu nunca conversei diretamente com ela sobre isso, com 10 anos ela foi morar em Brasília e o nosso contato é pouco. (moro no RJ)
Mas tenho na lembrança que os pais dela não aceitavam, não queriam que ela aprendesse a linguagem dos sinais… e ela ficava confusa :S
Sei que foi complicado p ela entrar no colégio em Brasília, não a aceitaram de primeira. Mas hoje graças à Deus ela está numa faculdade de Arquitetura e Urbanismo, que era o que ela queria.
Beijos!
sininhu
02/06/2010 at 17:26não sou uma pessoa que se comove facilmente, mas todas as crônicas daqui mexem muito comigo. me emociono de verdade lendo esse blog.
assim como a Mariana Martins ali do primeiro comentário disse, nós que criamos os monstros em cima de nossas vidas.
pq para os outros pode parecer algo simples e banal, mas para ti que vivia aquilo, naquele momento, era algo muito relevante e assustador.
acho que esse post de hj serve de lição não só para pessoas que tem problemas auditivos, mas sim para todo mundo que já fez um grande alarde para certos problemas na vida e depois descobriu, com o passar do tempo, que o importante mesmo é ser feliz sem se preocupar com a opinião alheia.
essas crônicas só mostram o quão forte tu é!
;*
Fê Serodio
02/06/2010 at 17:05Conheci o blog por indicação no twitter da Luiza Gomes, do Eu Capricho.
Amei os textos (claro!), estou morrendo de curiosidade para saber as histórias que você ainda não contou. Não sou deficiente auditiva, mas tenho uma prima que é e desde pequena aceitei que éramos diferentes (não só por causa da deficiência, mas porque temos personalidades diferentes também).
Já me revoltei muito quando alguém era mal educado, impaciente ou até mesmo espírito de porco com ela. Mas ela mesmo sempre soube desse segredo: nunca dava ibope pra gente assim.
Além de servir como exemplo pra mim por causa desse comportamento (de não ligar pra ELES), sempre que eu ia enfrentar uma dificuldade, lembrava dela. Por exemplo, se pra mim era dificil estar na faculdade e pensava em desistir, lembrava logo dela, que teve que se esforçar ainda mais por não escutar, e ainda assim se graduou. Quase desisti de tirar a carteira de habilitação de motorista quando reprovei pela segunda vez na prova prática, mas era só lembrar que ela tinha conseguido que isso me impulsionava. Quem era eu pra reclamar da vida quando ela enfrentava tudo sem problemas?
A surdez só é um problema se as pessoas quiserem que ela seja um problema. Uma dificuldade a mais, sim, claro. Mas problema, não.
Gostei muito da ideia do blog e estou esperando os próximos posts. =)
Carine Almeida
02/06/2010 at 17:03Eu conheci esse novo blog seu hoje através de um tweet da @kittykills, e simplesmente amei! Já leio todos esses blogs de moda, mas sentia falta de um blog que trouxesse algum outro assunto.
Sou professora e atendo alunos com necessidades especiais. É incrível como a maior necessidade dos alunos com surdez ou deficiência auditiva precisa de apoio para saber conviver com os colegas não por não se aceitar, mas por não saber como os outros vão lidar com esse assunto.
Espero que aqui eu possa encontrar mais respostas para poder ajudar mais meus alunos.
Obrigada!
renato
02/06/2010 at 07:22<3
Jane
01/06/2010 at 11:43Excelente, Paula! Parabéns pela lucidez, maturidade e visão. Lendo o que escreves, a gente encaixa não só nos problemas auditivos, mas em qualquer outra deficiência. E cai a ficha: o problema não é ser diferente, e sim valorizar demais a opinião alheia. Tudo muito bem colocado nos teus posts. Tô adorando!
Patrícia
01/06/2010 at 11:31meu primo é surdo mudo, e não faz questão de falar ou usar aparelho ,porque depois de grande ele conheceu amigos que sao iguais a ele com as mesmas limitações intão ele se acostumou… Ele prefere falar na linguagem da libra.
Samara Correia
31/05/2010 at 22:10Aihh não tem como ler e não se sentir um pouco no seu lugar. Eu começei usar aparelho faz pouco tempo… e de certa forma, já estava preparada para isso. Mas eu sempre achei que o ensino médio, toda “era” escolar é muito cheia de traumas… somos rotulados, colocados em grupos, analisados de mil e uma formas… e é tão complicado viver nesse ambiente com algo diferente, causa um grande medo e temor de não ser aceito de fato.
Achei ótimo nos últimos parágrafos que você falou das pessoas impacientes, sem educação e tudo mais… é legal, de certa forma, lembrar que existe pessoas assim em relação a tudo e não só a gente que tem problema auditivo. Contudo, é realmente triste quando encontro alguém que não menor questão de falar um pouco mais alto, ou que faz pouco caso, sinto que pelo fato de deficiência auditiva ser invisível, algumas pessoas não têm muito tato para lidar.. não consigo ver outra alternativa!
Aihh vou escrever um e-mail com minha história pra ti!
bjus mil
Mariana Ribeiro
31/05/2010 at 21:07Reconfortante Paulinha =**
Adorei a resposta!!
beijos
Christine Martens
31/05/2010 at 17:27Paulinha, pessoas mal educadas nós, com deficiencia ou não, sempre encontraremos pelo mundo, mas felizmente temos pessoas como você, que auxiliam em um assunto pouco comentado e que gera tantos tabus. Achei ótima a ideia do blog e o jeito como tu aborda o assunto, por que ninguém melhor para falar sobre isso do que alguém que já chorou e sorriu por isso!
Mais uma vez parabéns pelo blog!
Beijones!
j barulho
31/05/2010 at 16:37Pois e Paulinha…..todo o sobrevivente e um forte……..parabens pela tua forca……..fica com Deus…breve quero te dar um bj e um abc……
Patrícia Maia
31/05/2010 at 15:46Paulinha,
O ser humano tem o defeito de poder ser malvado e as crianças mais ainda.
Sabes que tenho um irmão com o mesmo problema, que sempre lê o blog e comenta comigo… ainda vou convencê-lo a comentar aqui também e a presença do aparelho o incomodou mto por um período complicado da vida, a adolescência… Ele preferia não escutar a ter que utilizar o objeto que fazia com que todos o discriminassem (pelo menos era o que ele pensava), mas com o tempo você se acostuma e percebe que é muito melhor conseguir compreender o que as pessoas falam e que as pessoas que te olham de uma maneira diferente que precisam de pena e de um bom tratamento psicológico para curarem esta falha.
Seu blog, como esperado, está perfeito!
Parabéns!
Beijos
Ana Paula
31/05/2010 at 15:41Oii Paula!!
Olha eu aqui de novo…. /
Esse post serve não só para quem tem algum tipo de deficiência, mas tb para aqueles que ainda se preocupam com o que as outras pessoas vão pensar, falar ou achar delas…
Parabéns mais uma vez!!
Bjao
Cristiane Soares
31/05/2010 at 15:33Não sei se é nossa cultura, fomos “doutrinados” a sempre pensar antes de qualquer coisa “O que os outros vão falar”… e o que ocorre é que é difícil se desligar dessa mania. Mas o que vale mesmo é o treino, a luta e busca por nossa felicidade e isso só conquistamos acreditando em nós mesmos e fazendo como um sapinho surdo de um conto que só conquistou o pódio pois era surdo, os outros sapinhos que tinham a audição perfeita se abalaram pelos palpites de fracasso que a platéia lançava sobre eles e foram derrotados no meio do caminho
Lis
31/05/2010 at 15:19Falei que eu vinha! Olha sua nova seguidora aqui!
Menina, você consegue mesmo mexer com nossos sentimentos. Amei seu novo blog. Realmente como disse uma outra leitora, é impossível não se comover com seus textos mesmo não tendo surdez. Cada ser humano passa por um problema específico e na maioria das vezes nos preocupamos com o que vão pensar. Tenho um problema muito chato, síndrome do pânico, que veio acompanhado da depressão. Tomar remédios, ir ao psiocólogo e a diversos psiquiatras até me adequar a um foi complicado, ainda por cima, ter que ouvir as balelas que muitos dizem como, “ela está ficando louca” “é porque estuda demais”, realmente me apunhalava e me deixava com menos vontade de viver. Hoje estou aprendendo a viver melhor, tentando me acostumar com a ideia e viver cada dia como se fosse único e não último pois quero viver muito, muito mais. Sabe do que mais, seu blog me faz sentir viva, quero ver novas coisas, e ter tb, pois não sou de ferro. Um grande beijo!!!
Laura Moreira
31/05/2010 at 15:03Ei Paula!
ELES causam muito problema mesmo… na adolescência, quantas e quantas vezes eu não fingi ter escutado um comentário só pra não ter que perguntar um “Quêêêêê???” pela quinta vez e acabava tendo todos rindo de mim mais ainda por falar uma coisa totalmente sem nexo.
Tive a sorte da minha mãe ter tido uma… sei lá… forma de me instruir (quem sabe) tão boa, que talvez tenha me aliviado um pouco da vergonha, de ter que explicar numa boa quando não tivesse mais como fugir do assunto… não vou falar que eu sempre tirei de letra que é mentira. Tive váááários momentos deprê, mas acho que o importante é trabalhar a cabeça, procurar coisas que te façam bem e que um problema como esse não vão te impedir nunca de fazer.
É isso!
Beijão
CarlaWie (Carla Wie)
31/05/2010 at 14:24RT @sweetestpblog
Novo post no Crônicas da Surdez @cronicasurdez http://tinyurl.com/2bm9y56
ludylight (Ludmila Sobral)
31/05/2010 at 14:24RT @sweetestpblog Novo post no Crônicas da Surdez @cronicasurdez http://tinyurl.com/2bm9y56
Ana Carla Araujo
31/05/2010 at 14:21Paulinha
Infelizmente essas pessoas que tem o prazer de perturbar as outras existem em qualquer lugar, e isso me revolta profundamente, odeio gente babaca.
Quando vejo alguém usando esse aparelinho confesso que fico feliz, pois com certeza é uma pessoa que teve oportunidade de descobrir (cedo ou tarde) seu diagnostico e ficou como vc quando começou a usar, lembrando de sons.
bjos
Bela
31/05/2010 at 13:53Não tem como não se identificar com esse post, mesmo sem ter problema auditivo algum. Quanta coisa deixamos de fazer, quantas lágrimas derramamos pensando nos “outros”?!
Eu era assim. Não pensava em mim, em fazer o que tinha vontade, em mostrar o que sentia. Pensava no que os outros diriam… Aos poucos acordei: pra que querer agradar aos outros? Será que eles também pensam tanto assim em mim? Não mesmo!
A gente dá tanta importância pra pessoas que não tem nada a ver com a gente… por outro lado, as pessoas cujas opiniões realmente importam não julgam, às vezes, como seu amigo, nem notam que determinado assunto nos aflige tanto. Apenas nos aceitam! =)
Elianinha
31/05/2010 at 13:19Pessoas mal-educadas você ter encontrado inúmeras, por ser muito jovem. Se explicar, muitos não acreditam. Pura ignorância destes.
Acho legal contar sobre a infância, sim!
Beijos mil!!!
Tweets that mention Começando do fim pro início -- Topsy.com
31/05/2010 at 12:48[…] This post was mentioned on Twitter by Carla Wie, Ludmila Sobral. Ludmila Sobral said: RT @sweetestpblog Novo post no Crônicas da Surdez @cronicasurdez http://tinyurl.com/2bm9y56 […]
Mariana Martins Lehnen
31/05/2010 at 12:31A gente é que cria os monstros que nos assustam.
E depois que a gente se dá conta, vê o quanto fomos bobos.
beijão e ótimo dia.