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Deficiência Auditiva / Fonoaudiologia

10 Dicas de COMO ESTIMULAR A CRIANÇA SURDA EM CASA

Estimular uma criança surda em casa é fundamental para que a reabilitação auditiva tenha seu efeito potencializado, aumentando significamente as capacidades e potencialidades do seu filho. Estimular a audição da sua criança surda não acontece num momento específico do dia, como se fosse uma hora de terapia intensiva. A estimulação da criança surda começa na hora em que ela acorda e vai até o momento de ir dormir. É um processo contínuo, diário e que você vai aprendendo junto com o seu filho(a).

De manhã, ao colocar os aparelhos auditivos, a criança já está no mundo dos sons – e já pode começar a ser incentivada a se comunicar, aprender palavras novas e desenvolver bem a linguagem. 

Apenas falar só por falar, repetindo frases, isso não é difícil. Mas adquirir linguagem vai muito além, inclui ouvir, decodificar, resgatar a memória, associar o som com um significado ou um objeto, criar uma sequência de palavras para se expressar, entre outros processos da comunicação humana, que é muito complexa. E por isso, toda a atenção e acompanhamento são necessários nesta fase tão importante de desenvolvimento cerebral. 

Para melhor estimular a criança surda em casa, associe-se ao CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM e acesse o nosso grupo de mães.

10 dicas de COMO ESTIMULAR A CRIANÇA SURDA EM CASA

Aqui estão  dicas de como estimular a criança surda em casa, com ferramentas simples:

  1. Coloque aparelhos auditivos nas bonecas e bonecos
  2. Ambiente acústico adequado
  3. A responsabilidade é da família
  4. As próteses auditivas devem estar ligadas sempre
  5. Use e abuse dos acessórios de conectividade bluetooth
  6. Leia para o seu filho
  7. Faça um diário divertido
  8. Cante para o seu filho
  9. Conecte-se com outras famílias de crianças surdas (no Clube dos Surdos Que Ouvem)
  10. Converse com adultos surdos que foram crianças surdas

Ambiente adequado

Pare por um instante e pense em todos os ruídos que há na sua casa: TV, rádio, sons do vizinho, máquina de lavar….Sua casa precisa estar confortável para que seu filho entenda o que é falado para ele, e para que ele possa se ouvir ao falar. Se houver som muito alto vindo da rua, feche a janela, ligue o ventilador. Abaixe o volume da TV ou desligue se ninguém estiver assistindo.

Crie o ambiente mais silencioso que puder, ou pelo menos com sons confortáveis. Para ouvintes, os sons do ambiente às vezes nem incomodam, mas podem ser uma tortura para quem usa aparelhos auditivos! Por exemplo, a família toda à mesa almoçando com a TV ligada, isso pode ser muito incômodo – embora ouvintes quase nunca notem isso. 

Coloque feltro embaixo dos pés das cadeiras para que elas não façam barulho ao arrastar, deixe o telefone em um volume médio para não assustar, e dê uma volta completa pela casa analisando o que faz muito barulho e como isso pode ser melhorado.

Vai ligar o liquidificador? Feche a porta, ou pelo menos avise ao seu filho, para evitar de causar algum susto. O ambiente adequado já é um ótimo passo para que o uso das próteses auditivas em casa seja algo confortável e interessante para a criança! É o primeiro passo.

A responsabilidade é da família 

O papel do fonoaudiólogo especializado em reabilitação auditiva sem dúvidas é de extrema importância, mas ele não é responsável por todo o processo e o resultado, e sim por ser um mentor, ensinando as famílias como proceder, fornecendo as ferramentas e acompanhando o desenvolvimento da criança, criando as novas estratégias de acordo com os diagnósticos e idade. 

É com a família que a criança mais passa o tempo dela, e ainda mais em férias ou finais de semana. É com a família que a criança aprende a falar, é da família que copiamos nossos sotaques e jeitos da linguagem – ou por acaso você já viu criança nordestina ter sotaque paulista por causa do fonoaudiólogo?

A criança é o espelho da família. Quanto maior e mais diverso for o seu vocabulário, assim também será do seu filho, portanto, pense em palavras novas, elogios novos e novas formas de falar a mesma frase.

Diversifique o seu vocabulário, incluindo palavras novas e explicando o significado delas. 

Próteses auditivas ligadas SEMPRE

Tire um tempinho para ler o manual das próteses auditivas do seu filho, entenda o que significam as luzes, ou os sons que ele emite, aprenda como é o funcionamento dos acessórios.

Alguns modelos infantis possuem ter pequenas luzes nos aparelhos que ficam acesas para garantir aos pais que tudo está ligado e funcionando normalmente, já que a criança não consegue dar essa resposta. 

Mantenha o acompanhamento regular com o fonoaudiólogo para que as próteses estejam sempre bem ajustadas e funcionando conforme o esperado. Um simples molde desconfortável pode fazer com que seu filho não queira usar o aparelho por dias! 

Use e abuse dos acessórios de conectividade!

Os sistemas FM ou acessórios semelhantes, que possuem um pequeno microfone que envia o som da fala direto para as próteses auditivas da criança, não são dispositivos para se usar só na escola! E a maioria dos pais até esquecem que eles existem, pois somente os professores que usam. Mude isso já!

Quando você está no carro com o filho na cadeirinha atrás, ou seu filho está no carrinho de bebê e até quando você está em outro cômodo da casa: sempre que possível, utilize a conexão direta com as próteses auditivas.

Os poucos minutos diários no carro com uma boa conversa, falando e entendendo, vão fazer a diferença no desenvolvimento da comunicação de seu filho! Faça a experiência e note os resultados. 

Histórias infantis

Leia muitas histórias para seu filho, quantas puder. Com 10 minutinhos por dia, em um ano seu filho terá ouvido milhares de novas palavras, e mesmo que não fale ainda, estará criando memória auditiva.

Portanto, desde o nascimento de seu filho, você já pode começar a ler pra ele, mesmo que pareça não estar recebendo atenção. 

Pratique a entonação, a emoção e a expressão facial! Nada de ler como se fosse um relatório do trabalho. Histórias precisam envolver emoção, vozes diferentes e efeitos sonoros – imite o cavalo, a galinha e o que for necessário. Animação é a chave!

Fique atento à faixa etária dos livros, para não ler um livro muito avançado e complexo, e nem muito defasado e simples para a idade de seu filho.

Para bebês, são mais indicados livros com rimas, repetições e acumulações (em que a história vai se repetindo e aumentando gradualmente).

Já no ensino fundamental I, as crianças leem sozinhas, começam a entender piadas, estruturas em capítulos e formas de expressão. Procure as bibliotecas municipais, programas de doação de livros e Sebos! 

Faça um diário divertido

Em um caderno, vá colando fotos e desenhos de coisas e pessoas que seu filho gosta, lugares que gostaria de ir, coisas que ele já fez, e o que mais quiserem colocar.

Assim, vocês sempre terão assuntos para praticar a conversação em casa, seja revisando os momentos mais antigos, ou criando novas páginas no diário. Será uma ótima experiência! 

Cante sempre que puder

É hora de acordar? Cante alguma música de bom dia. Hora do banho, de escovar os dentes, colocar a roupa pra escola, tudo isso pode ser feito cantando – e na internet existem musiquinhas simples para todos os momentos.

Se não tiver, pode ser no improviso mesmo! Se você não tem a prática de cantar, tente sempre falar o que forem fazer, seja tirar o prato da mesa, guardar as compras, convide seu filho para participar, perguntando “Vamos arrumar a sala? Vamos guardar os brinquedos.” e aguarde para ver se ele está ouvindo e entendendo o que você fala.

Coloque aparelhos auditivos nos brinquedos

Se sentir sozinho e diferente é uma das piores partes da surdez. Mas seu filho não precisa passar por isso: arregace as mangas e coloque em prática o artesanato, fazendo aparelhos auditivos para os bichinhos de pelúcia e brinquedos da criança. Pode ser de papel, massinha, biscuit, cartolina, qualquer material seguro para a faixa etária, e de preferência, colorido! 

Assim seu filho irá se sentir representado, ver que existem os bichinhos de pelúcia iguais ele, com aparelhos, e não se sentirá sozinho. E procure outras crianças que morem perto e que usem próteses auditivas para criar amizades – nosso grupo no Facebook é um ótimo lugar pra isso. 

 

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Eu já passei pela saga da compra de aparelhos auditivos várias vezes. Já fui convencida a me endividar para comprar um aparelho auditivo “discreto e invisível” que sequer atendia a minha surdez. Já fui enganada ao levar um aparelho auditivo para o conserto na loja onde o comprei: a fonoaudióloga disse que ele não servia mais para mim sem sequer verificá-lo ou fazer uma nova audiometria. Já quase caí no conto do vigário de gastar uma fortuna num aparelho auditivo para surdez profunda “top de linha”, cujos recursos eu jamais poderia aproveitar devido à gravidade da minha surdez. Já fui pressionada a comprar um aparelho auditivo porque supostamente a “promoção imperdível” duraria apenas até o dia seguinte. E também quase cometi a burrada de comprar um aparelho de surdez que já estava quase saindo de linha por causa de um desconto estratosférico que ‘acabava amanhã’.

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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

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