Fui atendida no Rio de Janeiro dia 23/05 por uma super dupla de fonos: Márcia Cavadas e Sandra Giorgi Santanna. A Sandra é de São Paulo e tem consultório lá, e quando vai ao Rio atende junto com a Márcia na clínica do Dr. Jair Castro em Ipanema. E como o mundo é um ovo, é sócia da Mariana Guedes Weber, outra fono que eu amo e me ajudou bastante com meus AASI anos atrás. Enfim, a Sandra mudou a velocidade do meu implante de 900 Hz pra 1200 Hz por canal. A orientação dela foi que eu ficasse três semanas usando esse programa novo direto, fazendo um esforço para notar se ele era melhor ou pior. Isso foi numa sexta-feira, e no domingo percebi que não estava entendendo de primeira o que me era dito em situações nas quais antes entendia numa boa. Exemplo: alguém falando comigo de costas na cozinha.
Tenho sentido mais dificuldade para entender palavras que não tenham sons agudos como “ssss”, “chhh”, “xxx”. Ela me disse que isso seria normal, pois a velocidade maior exige mais do cérebro em termos de processamento auditivo. Além disso não notei nada ruim, só percebi que em algumas situações as coisas que me dizem nao ‘entram’ se eu não estiver prestando atenção de verdade. As baterias recarregáveis agora duram apenas 6 míseras horas e a dupla de pilhas, no máximo dos máximos dura um dia inteiro. 🙁
Palavras da Sandra: “No dia 23/5/2014 lá fui eu para mais uma supervisão de atendimento de pacientes com implante coclear da Fga. Marcia Cavadas. Estes encontros são sempre muito desafiadores e prazerosos. Desta vez uns atendimentos era o da Paula, que teve algumas sensações desagradáveis e “estranhas” com seu implante coclear no inicio, mas que conseguimos resolver. O desafio agora é aproveitar a facilidade que Paula tem em “descrever” suas sensações auditivas e em processar o som e, enviar maior informação espectral (maior quantidade de informação acústica em cada um dos sons), através do aumento da velocidade por canal em seu processador de fala. Normalmente é utilizada a velocidade de 900 Hz, mas alguns pacientes se beneficiam muito mais com a velocidade de 1200 Hz por canal. Vamos observar como a Paula se sai bem ou não com uma velocidade maior – isso depende de cada um e não está relacionado com “ser melhor”.
Uma coisa boa foi que com essa nova velocidade ficou delicioso ouvir música. Muito mais refinado do que estava! Passei a gostar de todo tipo de música – a Sandra comentou na consulta que com essa velocidade eu seria capaz de captar várias particularidades novas dos sons. Antes, focava apenas em voz e violão, agora sinto vontade de ficar ouvindo Guns’n’Roses, Aerosmith e coisas assim. Dá para perceber diferentes instrumentos com clareza, e o mais legal é que agora reconheço as músicas nos primeiros segundos – do jeito como ouvia antes, algumas músicas soavam super diferentes de como lembrava delas ouvindo com AASI ou com audição normal. Isso me deixou feliz demais e me animei a fazer compras no iTunes, porque minha setlist é a mais cafona do mundo (só anos 80 e 90) e tenho mania de ouvir 50.000 vezes a mesma música só porque conheço a letra.
Baixei muitas músicas do novo álbum do James Blunt e minha maior diversão é ficar ouvindo de olho no que vou conseguir entender sozinha sem ler a letra. Mesmo sete meses depois ainda fico com cara de retardada e levo um soco no estômago ao entender trechos em inglês sem querer, sem leitura labial, sem ler o que vou ouvir antes. Acho que já comentei, ouço música com o cabo de áudio do IC cancelando todos os outros sons. Taí uma bela vantagem sobre os ouvintes – posso ouvir música ou atender o celular no ambiente mais barulhento do mundo que vou ouvir somente o que quero, hahaha! 🙂
Quem acompanha a fanpage do blog no Facebook (fica a dica, é bem movimentada!!) viu que há algum tempo postei uma foto de um despertador vibratório de pulso e de um telefone com T-Coil que vieram dos EUA, mais precisamente da Amazon. Veredicto: não notei diferença alguma com o telefone e não me adaptei ao despertador de pulso, porque ele é grande e quadradão e eu me mexo muito enquanto durmo e não deu certo. Para quem faz o estilo múmia (dorme e desperta na mesma posição) pode ser uma boa. Fico com o meu bom e velho Bellmann&Symfon, embora esse de pulso possa ser bem útil em viagens. Agora quero descobrir um telefone desses comuns (que não seja sem fio) para poder atender com o cabo de áudio – fiquei viciada, já deu pra perceber né? O telefone precisa ter entrada para cabo de áudio, se alguém souber de algum, me avise.
Como é bom não ter mais limitações estilo “ah, o filme é dublado“, “ah, não tem legendas“, “não posso conversar no escuro“, “preciso ver os seus lábios“. Às vezes bate um pânico assustador de perder isso caso meu IC pife ou alguma coisa ruim e inesperada aconteça… Na semana passada fui a Porto Alegre para um dia inteiro de palestras no auditório do Tribunal de Contas do Estado e foi tão bacana estar numa situação dessas relaxada. Lá, percebi uma coisa esquisita que já tinha notado em outras ocasiões. Às vezes se olho pra baixo enquanto alguém fala num microfone longe de mim, o som ‘bate mas não entra’, aí só preciso olhar para a pessoa e miro na testa ou no cabelo para não olhar na boca. Basta essa mirada rápida que o som ‘bate e entra’. Acho esquisitíssimo. Acontece com vocês? Nesse dia fiquei rindo sozinha ao captar os sotaques de alguns colegas novos. Teve um que falou bem assim: motorixxxtas dos poxxtos fixxxcaixxx. Só podia ser carioca. Meu cérebro gosta muito mais de sotaques com “S” e “X” carregado agora que escuto.
Esses dias estava saindo do trabalho quando lembrei que precisava atualizar o email no meu cadastro com a GVT. Peguei o cabo e o celular, liguei pro 0800 deles e… voilà! Mesmo que o cabo cancelasse os outros barulhos, a ligação quando a atendente me chamou estava péssima, vinha um horror de ruído de fundo junto e a voz dela não era das mais altas e claras. Mesmo assim consegui entender tudo o que a mulher falou. Depois de 7 meses ouvindo de novo me sinto mais ‘gente’. Ter de volta essa independência quase total que a surdez tinha me roubado é uma sensação que só quem também já perdeu essa independência conhece. Não preciso mais ficar pedindo favores telefônicos desagradáveis para os outros.
Poder resolver meus problemas sozinha é um grande presente. Aos poucos venho começando a me sentir adulta porque, convenhamos, é difícil não se sentir infantil quando você precisa de mil favores para compreender o mundo e resolver coisas práticas do dia-a-dia. Não sou mais ‘aquela que não pode ficar sozinha em casa’, pelo contrário: esses dias tive a experiência surreal de ficar vinte minutos numa ligação com o 0800 da Vivo e assim que desliguei tive que sair correndo para atender o interfone! Duas coisas que há alguns meses atrás nem nos meus sonhos mais loucos eu seria capaz de fazer: falar no telefone e ouvir e atender o interfone. Agora faço isso como se fosse a coisa mais normal e corriqueira do mundo. E pensar em quantos interfones ‘atendi’ apenas abrindo a porta para quem quer que fosse e rezando que não fosse um ladrão, hehehe.
Nesses aspectos, a vida vai mudando quase imperceptivelmente. Você passa do sentimento péssimo de anormalidade e dependência para um sentimento sensacional de auto-suficiência. Ainda levo sustos com as coisas ‘normais’ que voltei a ser capaz de fazer, não tem jeito. E pela primeira vez sou invadida pela sensação de ser verdadeiramente dona do meu nariz. Dizem que quem tem boca vai a Roma, e acho bom complementar que quem tem um ouvido ativo e operante vai para onde bem entender.
Pra não dizer que só falei das coisas boas, vamos falar das ruins também. Dependendo do dia, ouvir DEMAIS me irrita e irrita muito. Ainda tenho alterações de humor power, acho que isso faz parte do pacote e a gente acaba aprendendo a lidar com esse fato à medida em que o tempo passa. Já passei vários domingos ‘desligada’ simplesmente por querer me dar uma folga e ficar quieta no meu silêncio (e zumbido, claro). Quando chego no limite da falta de paciência desligo meu IC sem dó nem piedade. Em alguns dias, ouvir é só prazer; em outros, ouvir me dá nos nervos e gostaria que todos ao meu redor permanecessem de boquinha fechada e não pronunciassem meu nome!!
A notícia boa é que a cada mês que passa sinto mais prazer do que irritação. Acho importante falar disso pois quem vai fazer ou recém fez IC deve ser alertado para as mudanças psicológicas que vêm pela frente – em alguns dias elas nos nocauteiam. Com a nova velocidade me vejo em várias situações de não entender coisas que entendia e isso me deixa muito irritada. Ontem mesmo minha avó e meu namorado estavam ouvindo um vídeo no YouTube e dando risada, fiquei de pé em frente ao iPad e não entendi uma palavra; em 2 minutos meu semblante já tinha mudado. Aí começo a pirar achando que está péssimo, volto pro programa/velocidade de antes e percebo que com o novo capto muito mais sons (tudo parece inclusive mais alto). Os altos e baixos pós novas programações são cansativos – e eu achava difícil me adaptar aos aparelhos auditivos, hahaha! Vivendo e aprendendo…
Às vezes ajeito o imã do IC e, quando faço isso, noto que no fim do dia começa a me dar umas pontadas lá dentro, como se fosse o início de uma mega dor de ouvido. Depois de muito observar, percebi que as pontadas aconteciam por causa do imã um pouco mais apertado. Comigo só dá certo se ele fica bem folgado. Fica a dica: nada de sair apertando, especialmente em crianças.
Abre parênteses aqui para uma confissão um pouco vergonhosa e coisa e tal. Não lembro quantos anos eu tinha quando o filme Titanic foi lançado mas lembro que naquela época eu ouvia música numa boa sem aparelhos auditivos. Aí descobri a ultra cafonérrima “My heart will go on” e foi amor verdadeiro, amor eterno. Ui! Com a programação anterior essa música soava como algo que eu nunca tinha ouvido antes e agora passei a escutar exatamente do jeito como escutava sem AASI há mais de 15 anos atrás. Coraçãozinho saltou pela boca.
Aí, como cafona assumida, fui obrigada a baixar “Take my breath away” do filme Top Gun. Lembro que na época dessa música eu devia estar na sexta ou sétima série do primeiro grau e era tão doente pelo filme que uma colega me pedia pra cantar a música em voz alta e eu soltava em alto e bom som “teiqmaibreadaueiiiiii” e ela ficava dizendo ‘poxa, mas é idênnnntico à música o jeito como tu canta, guria“. Ficava me achando! Pra completar o festival da cafonice musical, baixei “I will always love you” da falecida Whitney Houston e acho que passei a ser conhecida no trânsito como a doida que canta psicoticamente no sinal vermelho fazendo caras e bocas. Agora fecha parênteses e podem me julgar e rir bastante da minha cara, porque eu mereço. Ah, tive o prazer inenarrável de ouvir e me deliciar com “A waltz for a night“, música da cena final do meu filme favorito, Before Sunset. O que é a voz da Julie Delpy? Quando ela fala ‘waltz’ com aquele sotaque francês juro que sinto como se tivesse alguém enfiando uma faca no meu coração. Como pude viver sem isso durante tantos anos?
Como TUDO me acontece, esses dias acabou a luz no local onde trabalho bem quando eu estava dentro do elevador. Uma surda sozinha dentro de um elevador trancado: filme de terror define. Primeiro veio aquela taquicardia desesperadora seguida de falta de ar. Minutos depois, após dar uma conferida pra ver se tinha feito ou não xixi nas calças, me toquei que ali dentro havia alguém que escutava, ou seja, não havia motivo para medo ou desespero. Meti o dedão no botão de socorro mas rapidinho a luz voltou. Acho que pior que isso ultimamente só quando estou dentro de um avião indo ou voltando do Rio e tenho que ouvir E entender o maldito piloto avisando que iremos passar por uma área de turbulência – no último vôo foram dez avisos, haja coração. Antes do IC eu achava que os surdos eram as pessoas mais apavoradas ever mas agora entendi que quem ouve é que se apavora mesmo – até dentro de casa às vezes ouço uns barulhos suspeitos e fico branca achando que foi alguma alma penada!
Não consigo, de jeito nenhum, dormir ouvindo. Já fiz boas tentativas de dormir com o IC e simplesmente não funciona, o cérebro fica excitadinho com qualquer sussuro e até mesmo a minha própria respiração me faz acordar. Desisti e aceitei o fato de que tenho a opção de dormir no silêncio se assim desejar – coisa que tanta gente gostaria de ter, não é mesmo?
A Sandra também sugeriu que eu fizesse um teste com o AASI Naída 5 da Phonak pois ele faz ‘transposição de frequência’ (sou péssima com explicações técnicas, sorry). Não posso abandonar o ouvido esquerdo mesmo não tendo intenção de fazer outro IC agora, e o Pure Carat não me dá mais tudo o que preciso. Quando coloco, sei se ele está ligado ou desligado, mas não ouço mais o barulhinho que me mostrava que a pilha estava acabando ou que eu tinha desligado o aparelho. Por isso, pergunto: quem usa esse AASI e o que acha dele?
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Contatos das fonoaudiólogas:
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Sandra Santanna (SP): CER – Centro de Estudos e Reabilitação em Fonoaudiologia | Tv. Lúcia Albertina Soares Quadros, 06 Itaim Bibi, SP | (11) 3167-2156
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Márcia Cavadas (Rio): Visconde de Pirajá 405, Ipanema | (21) 2522-4949
22 Comments
DIRCILENE CREPALDE
24/08/2018 at 16:30Boa tarde!
uma dúvida após ler o texto e comentários. vc consegue ouvir quase q normal? Estou fazendo exames para implante coclear, perda igual a sua, com os aparelhos não estou conseguindo compreender de tudo, faço bastante leitura labial. A nossa faixa etária é a mesma, rsrs. Hoje quais as dificuldades que você encontra com o uso do implantes?
Grata!!
Pryscilla Cricio
26/08/2020 at 16:26Olá Dircilene,
Tudo bem?
Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.
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Estamos te esperando!
Abraços,
Equipe Surdos Que Ouvem
Mauro de Oliveira
29/01/2018 at 11:58Oi Paula.
Eu usava o aparelho auditivo há 30 anos da Audium-Phonak.
Há 1 mês fiquei gripado e minha audição caiu drasticamente.
Nem o aparelho auditivo está resolvendo.
Nunca aconteceu isso.
Já fui em dois otorrinolaringologistaz e eles não sabem exatamente o que aconteceu.
Um deles diz que tenho secreção entre o nariz e o ouvido, impedindo a audição.
Fui na fonoaudióloga da Audium-Phonak e pretendo coloco o implante Coclear.
A sua história me impressionou, Paula.
Mauro de Oliveira
Paula Pfeifer Moreira
29/01/2018 at 12:38Mauro, no que puder ajudar é só falar.
Sugiro a leitura dos livros Cronicas da Surdez e Novas Cronicas da Surdez, que podem te ajudar muito neste processo!
Abraços
Manoel c santos
28/03/2015 at 17:56Paula, fico muito feliz em saber seu comentário, tudo de bom pra você, tenho surdez severa e profunda, causa meningite, fiz todos os exames mandado pelo centro auditivo (Cesai) de Itabuna e o hospital Santos Antonio (Irmã Dulce Salvador-BA) audiometria, audiológico e o bera, passei pelos médicos otorrinos e psicólogo, faltava exame de tomografia e ressonância e logo mim chamavam para o implante coclear, fiquei muito feliz esperando a hora chegar, depois de 6 meses ligaram dizendo pra eu ir fazer uma tomografia para o implante, minutos depois ligaram, dizendo que erraram de paciente, era outro tal, cair numa tristeza profunda e completando um ano ligamos pra o hospital querendo saber, falaram que meus papeis faram enviado para o programa vida e o programa vida enviaria para secretaria de saúde de minha cidade marcarem os exames (tomografia e ressonância magnética) pra completar minha tristeza, a secretaria de saúde disse que meu nome não esta incluso no programa vida e que eu tenho que volta em Salvador onde tudo começou e trazer os papeis pra eu ser incluso no programa vida e dar entrada nos exame tomografia e ressonância. Bom, paro por aqui te desejando mais uma vez Felicidades.
Alana
14/07/2014 at 14:07Oi, sou implantada há 3 ou 4 anos e usava o Naída 5,mas com o tempo, o implante mais forte, o som do aparelho ficou imperceptível até esquecer de colocar ele dia sim, dia não, depois parei para não correr o risco de tomar banho com ele (duvido nada). Mas agora que enviei o implante pra manutenção, estou só esperando o molde dos dois ficar pronto para voltar a usar o aparelho. Mas como você acabou de operar, recomendo que aguarde pelo menos um ano para testar o aparelho novamente, vai notar uma enorme diferença (negativa).
zuleide oliveira
11/07/2014 at 23:07Oi,Paula! Fazia um tempão que não entrava em seu blog e hje fiquei sabendo que agora usa IC. Achei muito legal seu jeito novo de ouvir! Eu, há pouco mais de 3 meses passei a usar um apar. da Siemens Pure 101. Claro que tem limitações, mas o meu problema maior é ENTENDER o que estou ouvindo. Vou começar a fazer REEDUCAÇÃO e ver no que dá. Acho muito lindo a forma como você encara seu problema, mas me parece que você nunca sofreu gracinhas, ou já se sentiu excluída? Você é muito desenvolta, e acho que em seu círculo de amizades ninguém faz brincadeiras com seu problema de audição. Você diz:”assumam-se!” È tão difícil! Mas, o que eu quero mesmo, é lhe dar os parabéns, pela sábia decisão do implante, e que ele lhe traga bastante sorte!
Abraços.
Nara Esteves Lobato Melo
22/06/2014 at 13:54Oi Paula, adorei ler seu comentário. A cada dia fico mais animada a fazer o IC. Agora vou aguardar o novo aparelho com conectividade Bluetooth que o Luciano disse que está para ser liberado pela Anvisa. Farei a cirurgia em janeiro, se Deus quiser. Sonho em, conseguir ouvir e falar em inglês. Pelos seus relatos creio que isso será possível.
Quanto aos aparelhos da Phonak, eu tenho o Naída 5 e o Naída 9. Ambos são muito bons, mas o Naída 5 me dá mais qualidade de voz enquanto o 9, dá mais qualidade nos agudos. Creio que o 9 seja mais compatível com o IC. Quanto aos avisos dados pelos aparelhos, eles são programados pela fono de acordo com a nossa comodidade. O meu por exemplo muda a programação automaticamente quando aproximo o telefone, dá 1 apito para desligar, 2 apitos para passar para a bobina telefônica, e ele me avisa quando a pilha está para acabar. Vale a pena fazer o teste com eles!
Beijos para você e para o Luciano. Fiquem com Deus!
andrea
16/06/2014 at 16:45oi Paula, li o seu texto e cada vez fico mais encantada com as descobertas e a nova vida que você vem reconquistando com tanta persistência e luta diária! Você é uma inspiração para todos os DAs! Quanto ao aparelho Naída 5 da PHONAK, uso-o há 15 meses, sem sucesso, fiz vários testes antes de comprá-lo, mudando a frequência, mudando os sons, etc tal, ai como tenho perda auditiva profunda, foi dito que era realmente o melhor para o meu caso, e que esse som ¨fraquinho¨ que eu ouvia com o aparelho, com o tempo melhoraria, pois o meu cérebro estava muito acostumado com o antigo aparelho, que tem o som bem mais forte, mas que infelizmente não fabricam mais!!! rrss Resultado, até hoje estou tentando me adaptar, caiu muito a minha capacidade de ouvir, não recomendo o aparelho, pelo menos para casos iguais ao meu. Agora vou em busca de outro melhor! bjs Andréa
Nara
12/06/2014 at 01:10entre tantos jornalistas fazendo a cobertura desa Copa, uma é especial. A Clarissa Guerretta é repórter de uma WebTV para surdos e fará a transmissão da Copa por meio de sinais. Clarissa perdeu a audição com 2 anos e é através da Linguagem de Sinais que ela se comunica com o seu público. Já deu para perceber que surdo que usa LIBRAS tambem pode ter uma profissão e não só vive de subemprego como tu cita no teu livro….
Renata
10/06/2014 at 22:35Paula
Já testei AASi da Phonak e são muito bons . Mas acabei comprando da GN Resound ou Danavox , q uso esta marca desde pequena. Agora vou trocar pelo Naida q é compatível com o IC q uso.
Parece q a Gn Resound tem uma linha q é compatível com o IC da Cochlear , e é totalmente wireless! Da uma olhada lá ! Bjks
Beatriz
10/06/2014 at 15:52Paula,
A Gabi usa o Naída 5 da Phonak e não os troca por nada. Fico até preocupada, porque já tem quase 5 anos que ela usa o par de aparelhos e só tira para tomar banho e para dormir. Se vc usá-los, vou adorar saber mais sobre eles. Suas informações são preciosas e muitas vezes divertidas!!!
Beijos,
Beatriz
Iris Prado
10/06/2014 at 13:08Paula este é o aparelho que o Tiago usa há 4 anos. Maravilhoso, não precisou de adaptação, saiu da loja e fim.Nunca deu defeitos. foi o que o médico dele recomendou. O bom da Phonak(AUDIUM, agora) é que se você for até a loja eles te emprestam o aparelho para você testá-lo, sem custo. Sendo que estou aguardando a chegada na loja de um aparelho mais moderno,para poder trocar, pois já existe melhores e mais modernos, mas o aparelho está preso na alfandega por entraves burocráticos. Qualquer dúvida entre em contato comigo.Beijos
Lilian MariA Damico Costa
10/06/2014 at 10:08Que alegria eu senti ao ler seu depoimento Paula. Fazia um tempão que eu não entrava no Crônicas e a emoção está sendo imensa ao saber que você fez IC com esse resultado maravilhoso. Parabéns, parabéns, parabéns.
Muitas vezes os sons incomodam mesmo e vocês tem a vantagens de ¨desligar¨.
Nossa, realmente estou emocionada. Desejo do fundo do meu coração que a sua alegria faça parte da vida de muitos surdos e que meus ex alunos também se beneficiem com ela.
Ontem fiquei curtindo Almir Sater, uma música que ele gravou já faz tempo mas que se eternizou pela beleza e poesia. Fica a dica pra você também se encantar. Começa assim: Ando devagar porque já tive pressa….
Beijo e tchau porque do contrário não paro mais de escrever.
lilian Costa.
Greize
09/06/2014 at 22:37Legal ver seu relato Paula, de altos e baixos.Luta diária mas que dá muito prazer ouvir.quem disse que essas músicas são cafonas??Adoro.kkkk.Bj
Crônicas da Surdez
10/06/2014 at 09:57São cafonas e lindas hahahaha
Beijo Greize
janete
09/06/2014 at 19:45Olá Paula,
Gostoso de ler seu depoimento, e mais gostoso ainda me identificar com todas as suas experiências. O IC trouxe para mim uma personalidade que eu havia perdido ou deixado para trás, agora, a cada dia que passa me torno mais eu (eu de antigamente), mais confiante, mais corajosa, mais decidida, mais independente. Não fico irritada com os sons, pelo contrário, agradeço estar ouvindo. Tentei usar o cabo como vc para ouvir música e achei ótimo também (não acredito que ouço a voz do cantor), mas no telefone estou preferindo falar sem o cabo. Quanto ao aparelho auditivo Naída 5 da Phonak é o que eu uso. Ele é bom, me ajuda na amplificação do som e me dá uma melhor audição, mas nada se compara ao implante, eu diria que ele não deve ser muito diferente do que vc usa, no meu caso ele faz mais barulho do que som e a voz das pessoas fica mais grave do que só com o IC. Na minha opinião, não vale o investimento de trocar um pelo outro, talvez tente uma nova regulagem no seu, eu tb não ouço o apito das pilhas e às vezes preciso tirar o IC para ver se o aparelho está ligado (como pode ver, não faz tanta diferença.
Abraços
Crônicas da Surdez
10/06/2014 at 09:50Janete, pois é, eu também tenho um Siemens Explorer e acho que vou tentar me adaptar com ele antes de partir pra mais um AASI…
Beijo,
Eliane Luisa Diniz
09/06/2014 at 16:10Ja enviei uma mensagem a vc ha dias atras, mas sei que deves receber inúmeras. Quero te dizer que sou ORL em Pelotas RS e minha luta permanecerá ate minha aposentadoria incentivando as pessoas que necessitam realizarem o IC. Fico felicíssima de ler seus comentarios sobre a sua alegria de ouvir cada vez mais. Estes incômodos que sentimos com varios sons altos misturados é inerente de quem tem a capacidade de ouvir então digo que não se preocupe. Continue escrevendo pois ajudarás a muitos. Obrigada.
Crônicas da Surdez
09/06/2014 at 16:13Eliane, acho que não recebi a mensagem.
Mandastes por aqui?
Seja bem-vinda!
Um beijo
Renata
09/06/2014 at 13:19Oi Paula!
Dormir no silêncio e ouvir tv/telefone/música isolado de ambientes barulhentos é tudodebom! Temos lá nossas vantagens ! ????
Bjks
Crônicas da Surdez
10/06/2014 at 09:50Yesss
🙂