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Relatos de Pessoas com Deficiência Auditiva / Deficiência Auditiva / Surdez

SURDEZ EM AGUDOS em 2025: o que é, causas, tratamentos

Você já ouviu falar sobre a surdez em agudos? É um problema auditivo que afeta a capacidade de ouvir sons de alta frequência. Neste texto, vamos explicar de forma simples o que é a surdez em agudos e como ela pode afetar a nossa audição. A surdez em agudos já foi também muito bem explicada pelo Dr. Luciano Moreira – médico otorrino especializado em surdez.

O Que é a Surdez em Agudos?

A surdez em agudos é uma condição na qual as pessoas têm dificuldade em ouvir sons de alta frequência, como o canto dos pássaros, o som de um apito ou até mesmo a voz aguda de uma criança. Esses sons são importantes para a nossa comunicação e percepção do ambiente ao nosso redor.

Causas da Surdez em Agudos

Existem várias causas que podem levar à surdez em agudos. Uma das causas mais comuns é o envelhecimento. Conforme ficamos mais velhos, as células sensoriais do ouvido interno, responsáveis por detectar os sons de alta frequência, podem ficar danificadas ou morrer, causando a perda auditiva.

Além do envelhecimento, a exposição a sons altos e constantes, como música alta ou o uso frequente de fones de ouvido em volume alto, também pode causar danos às células auditivas, resultando em perda auditiva em agudos.

Outras causas possíveis incluem infecções no ouvido, lesões no ouvido, certos medicamentos ototóxicos, como alguns antibióticos, e condições genéticas que afetam a audição.

Impacto na Vida Diária de quem tem surdez em agudos

A surdez em agudos pode afetar a vida diária de uma pessoa de várias maneiras. Ela pode dificultar a compreensão de conversas, especialmente quando há ruído ao fundo. O indivíduo pode ter dificuldade em ouvir e entender o que está sendo dito, principalmente quando há vozes agudas envolvidas.

Além disso, a surdez em agudos pode dificultar a detecção de alarmes sonoros, como o toque de um telefone ou um alarme de incêndio, o que pode ser perigoso em certas situações.

Tratamento da surdez em agudos

Existem várias opções de tratamento disponíveis para a surdez em agudos. Uma delas é o uso de aparelhos auditivos, que amplificam os sons para que possam ser ouvidos mais claramente. Esses aparelhos podem ser ajustados especificamente para compensar a perda auditiva em agudos.

Em alguns casos mais graves, quando os aparelhos auditivos não são suficientes, pode ser considerado um implante coclear. O implante coclear é um dispositivo eletrônico que estimula diretamente o nervo auditivo, permitindo que pessoas com perda auditiva grave ou profunda recuperem a capacidade de ouvir.

A surdez em agudos pode ser um desafio, mas existem opções de tratamento disponíveis para ajudar as pessoas a lidar com essa condição. Se você acha que está com dificuldade para ouvir sons agudos, não hesite em buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista especializado em surdez.

Depoimento de uma leitora com SURDEZ EM AGUDOS

“Meu nome é Daniele Netto, tenho 18 anos, sou de Cuiabá e há seis meses comecei a usar aparelho auditivo nos dois ouvidos. Em 2010 minha mãe comprou um termômetro digital por conta de uma gripe forte que peguei.

Quando o usava, todos diziam que ele fazia um barulhinho para indicar a temperatura medida, mas eu nunca escutava o tal bipe. Também não me preocupei com isso, achei que meu ouvido estava ruim por conta da gripe. Já minha mãe ficou encucada com aquilo e decidiu procurar um médico.

Fiz uma audiometria e descobri uma leve perda auditiva para as frequências agudas, mas não era nada para me preocupar, só deveria repetir os exames a cada semestre para verificar se a perda aumentaria. Entretanto não fiz mais os exames.

Quatro anos mais tarde, já com meus 17 anos, eu estava cursando o último ano do ensino médio e realizando estágio. No serviço eu fazia muitos atendimentos telefônicos e pelo fato de ser um escritório, as pessoas geralmente falavam em voz baixa. Era chato ter que pedir para meus colegas repetirem três, quatro vezes a mesma coisa para que eu pudesse entender. Reuniões também começaram a ser problema para mim.

Foi em novembrodo ano passado que refiz os exames. Diagnóstico: a perda neurossensorial para frequências agudas tinha aumentado. Irreversível. Desta vez teria que começar a usar AASI. Para mim foi terrível aceitar isso. Lógico que eu iria usar os aparelhos, pois não queria perder mais a audição, mas psicologicamente fiquei muito abalada. Simplesmente não sabia o que esperar!

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Enquanto estava na fila para conseguir os aparelhos pelo SUS, passei uma das piores fases. Fui apresentada ao Crônicas da Surdez através do Sr. Elmer Conceição, que trabalhava comigo e posso dizer com toda certeza que esse blog ajudou muito quando precisei – uma pausa aqui, porque preciso dizer: OBRIGADA, PAULA, VOCÊ É DEMAIS!

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Comecei a ler bastante sobre o assunto, sabia que a adaptação seria um processo que exigiria paciência e não vou negar que ficava preocupada com o que os outros iam falar. Só não queria que olhassem pra mim e dissessem: “Tadinha, ela não escuta bem”.

Eu que sempre amei sair, puxar assunto com todos e sempre fui muito comunicativa (às vezes até demais, kkk), comecei a evitar conversas, me isolar para evitar constrangimentos. Não se podia tocar no assunto “surdez” ou qualquer coisa relacionada a aparelhos auditivos perto de mim que eu já desabava em prantos.

Proibi meus pais e irmãos a falar sobre o que eu estava passando para outros familiares. Não suportaria o olhar de pena de qualquer um. É claro que isso não adiantou. E eu sabia que não adiantaria. Vez por outra percebia que parentes tentavam olhar disfarçadamente para minhas orelhas e ver se eu já estava usando aparelho.

Alguns meses depois, consegui meus AASI’s. Extremamente discreto. Embora sentisse uma pontinha de revolta e evitasse usar os aparelhos em alguns lugares (por conta de simplesmente não querer conversar sobre o assunto e não querer responder perguntas do tipo: “Você está se sentindo bem com isso?”, “Você é muito surda?”, “Se eu falar assim você me escuta?” – entre outras), a adaptação foi mais rápida do que imaginei.

A qualidade da minha vida melhorou muito. Sem os aparelhos escuto até bem, mas nada se compara a estar com eles. Hoje sei que sofri por antecipação e falo abertamente sobre o que passei. Aprendi a ser mais resiliente e que na verdade o preconceito existia dentro da minha cabeça.

Sem o apoio dos meus pais, Luiz Henrique e Jairiele, e dos meus irmãos, Adriane e Fabio, além de amigos como Lucas, Francine, Amanda e Sarah (que sempre tentavam me botar pra cima), jamais conseguiria ter a força que tenho hoje. Tenho muita fé em Deus e Ele, sem dúvidas, tem planos maravilhosos para mim.

Minha leve surdez permitiu que eu conhecesse pessoas incríveis e sou extremamente grata por isso!

Não saio de casas sem meus “ouvidos” e cara – nunca pensei que um dia diria isso – é tão legal escutar certos sons como grilos (sim, você leu direito: grilos), ar condicionado, buzinas HAHAHA! Quanto ao bipe do termômetro, mesmo com os aparelhos não consigo escutar. Mas é assim que funciona, né? Não dá de ficar 100%, mas estou feliz com a porcentagem que tenho! Simplesmente AMO A TECNOLOGIA QUE ME PERMITE OUVIR!

Daniele Pereira de Oliveira Netto”

O depoimento deste post foi publicado originalmente em 2015.

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  como comprar aparelho auditivo

OS ERROS QUE EU JÁ COMETI ao comprar aparelho auditivo

Eu já passei pela saga da compra de aparelhos auditivos várias vezes. Já fui convencida a me endividar para comprar um aparelho auditivo “discreto e invisível” que sequer atendia a minha surdez. Já fui enganada ao levar um aparelho auditivo para o conserto na loja onde o comprei: a fonoaudióloga disse que ele não servia mais para mim sem sequer verificá-lo ou fazer uma nova audiometria. Já quase caí no conto do vigário de gastar uma fortuna num aparelho auditivo para surdez profunda “top de linha”, cujos recursos eu jamais poderia aproveitar devido à gravidade da minha surdez. Já fui pressionada a comprar um aparelho auditivo porque supostamente a “promoção imperdível” duraria apenas até o dia seguinte. E também quase cometi a burrada de comprar um aparelho de surdez que já estava quase saindo de linha por causa de um desconto estratosférico.

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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

9 Comments

  • […] Relato de paciente com surdez em agudos […]

    Reply
  • Djalmanb@hotmail.com
    19/03/2019 at 08:38

    Agora entendi porque sempre digo todas as manhãs para minha esposa no ouvido dela qu a amo e ela diz: porque todo dia você fala algo tão baixinho no meu ouvido que até hoje não entendi ainda.?

    Reply
  • Andrea Gavinhos dos Santos
    13/10/2015 at 13:10

    Letícia, uso meus AASI desde março deste ano. Percebo que ao tirar os cabelos de cima do aparelho, escuto com mais nitidez. Os cabelos soltos não impedem de ouvir, mas qdo eu os prendo, escuto melhor, mais claramente. O vento também me atrapalha. E na verdade, adoro usar os cabelos presos, pois customizo meus AASI uma vez por semana. Comprei adesivos e bolinhas lindas!!!
    Qdo as pessoas me perguntam o que é, eu respondo: sou surda e já que não dá para mudar, sou uma surda chique, bem!
    Não esconda a alternativa que Deus lhe deu, mostre que embora você tenha uma deficiência, você é capaz de ser como qualquer outra pessoa.
    Deficiência não é sinônimo de incapacidade, acredite. Conheço pessoas que com deficiências sérias, que fazem coisas que eu, apenas surda, não sou capaz de fazer..risos
    Agradeço à Deus por ter me dado a chance de continuar fazendo as minhas coisas.

    Bjs

    Reply
  • Letícia
    13/10/2015 at 11:21

    Uma dúvida, talvez besta, que tenho é: Ao usar este AASI atrás da orelha, pode usar os cabelos soltos?
    É que pretendo comprar meu aparelho em breve, e eu uso muito o cabelo solto… Mas às vezes tenho a impressão de que atrapalha…
    Enfim, atrapalha mesmo ou não tem problema?

    Reply
  • Samira
    13/10/2015 at 05:33

    Oooops, apareceram 2 pontos de interrogação no final. Na verdade, era uma “mão fazendo jóinha / positivo”. 😉

    Reply
    • Fabiana
      22/10/2019 at 15:24

      Ola tenho uma filha de dez ano tbm com perda leve em agudos fiquei preocupada sobre o uso do aparelho mais para minha surpresa ela sobe ligar melhor que eu sobre isso perguntei se tinha vergonha de usar disse que nenhuma e qt os som do ar condicionado foi o primeiro que ouviu qd colocou o aparelho e disse nossa não sabía que o ar condicionado fazia barulho muito gratificante conhecer sua história e contar a minha tbm

      Reply
      • Pryscilla Cricio
        13/08/2020 at 17:41

        Olá Fabiana,

        Tudo bem?

        Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.

        https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/

        E para receber avisos sobre nossos eventos e cursos, por favor, clique e responda 4 perguntas (leva 30 segundos):

        https://forms.gle/MVnkNxctr1eahqR5A

        Estamos te esperando!

        Abraços,

        Equipe Surdos Que Ouvem

        Reply
  • Samira
    13/10/2015 at 05:31

    Bem-vinda à família de usuários de tecnologia para “OUVIR MELHOR E VIVER MELHOR!”
    ??

    Reply
  • Mariane
    12/10/2015 at 13:04

    Parabéns Dani pela superação deste obstáculo. .. que Deus continue te abençoando #TamoJunto

    Reply

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