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Crônicas da Surdez / Acessibilidade

Surdez e autoescola: como foram minhas aulas práticas

Foto: Shutterstock

Este post é de 2012 e nele eu conto como foram as minhas aulas na autoescola. Naquela época, eu usava aparelhos auditivos e estava na surdez severa.

Olhem o email que recebi do Matheus:

Olá Paula mais uma vez quero te dar os parabéns pelo site sempre acompanho as atualizações dele,li seu comentário sobre o natal e me fez lembrar de uma coisa que aconteceu esses dias comigo, estou tirando carta e essa semana comecei a fazer aula pratica de carro e peguei um Palio zero bala pra dirigir! Que ótimo né? Eu também achei isso só não imaginava que o motor fosse tão silencioso que não escuto nada e não tem conta giros. O primeiro dia foi muio ruim, aí o jeito foi pedir pra fono aumentar o volume do meu aparelho (que não é lá aquelas coisas mas quebra um galho) que estava abaixo do necessário. Agora dá pra escutar um pequeno ruído do motor mas aguentar aquele barulho irritante do ar condicionado está sendo muito estressante! Podia pelo menos ter pedido um carro com contagiros ! Aí a instrutora fala pra mim “ah mas não é recomendado olhar em contagiros pra trocar de marcha”. Mas será que nunca pensaram na possibilidade de alguem que não escuta direito ter que dirigir sem escutar o motor e sem saber se o carro está pedindo marcha ou pedindo redução? Claro que não né, só quem não escuta bem pensaria nessa possibilidade.”

Nova Scotia road

Depois, recebi esse da Anna:

Paula, você disse que dirige, como foi a auto-escola? Pergunto porque ano que vem terei que tirar carteira e estou tensa pensando nas aulas práticas!! Imagina o instrutor falando e eu necas de entender as instruções? Ele explicava antes de você fazer, ou você conseguia entender direitinho mesmo tendo que olhar pra frente? (comigo isso não rolará não). Me dá uma luz?”

Como tirei carteira de motorista?

Vou contar como foi quando resolvi tirar carteira de motorista. Eu devia ter uns 21 anos. É lógico que a minha primeira preocupação foi imaginar como seriam minhas aulas práticas. Peguei uma instrutora bem compreensiva e expliquei pra ela que não escutava bem e que precisaríamos de alguns ajustes pra coisa funcionar.

Ouvir e entender as orientações dela de “dobra à direita”, “dobra à esquerda”, “estaciona” e “pára o carro” estava fora de cogitação. Numa boa, deficiente auditivo é incapaz de dirigir e conversar ao mesmo tempo, não dá. Pra resolver o problema, combinamos que ela faria sinais com a mão bem perto da direção me  ‘dizendo’ com eles o que eu deveria fazer.

E deu super certo!!! Foi simples, prático e tranquilo. Tirando o fato de que eu era péssima (apagava o carro umas 10x por aula, no mínimo) não tive problemas. No dia da prova prática, expliquei para o examinador e pedi que ele fizesse o mesmo que minha instrutora fazia, e foi tranquilíssimo. Para minha surpresa, até passei na prova! Hahahahaha!! 🙂

Mão dobrada pra esquerda: dobre à esquerda!

Mão dobrada pra direita: dobre à direita!

Palma da mão pra cima: pare o carro.

Palma da mão fechada: estacione!

Era assim que a gente se entendia nas aulas. Claro que quando ela sinalizava pra dobrar, eu sabia que poderia dobrar lá na próxima rua. É preciso ter cuidado pra não causar acidentes, né? Quem não gostou da idéia pode pedir pro instrutor providenciar cartões de instrução, aí ele coloca perto da direção, você olha e entende. Dá na mesma.

Como eu escrevi no post anterior, acho complicado dirigir se nem com os aparelhos auditivos você não escutar nadinha. Se esse fosse o meu caso, penso que abriria mão de dirigir. Mas sei que existem muitas pessoas nessa situação que dirigem muito bem, obrigada.

E aí, quem topa contar como foram as suas aulas de direção pra inspirar quem está a um passo de entrar pra auto-escola??

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

18 Comments

  • Corrinha Marinho
    18/04/2017 at 13:37

    Olá, muito bom esse espaço aqui onde nós deficiente auditivo se identifica! Minha instrutora da autoescola foi super atenciosa comigo, muitas vezes tivemos que estacionar o carro na rua para ela me dizer as instruções a seguir. Quase impossível dirigir e ouvir as pessoas falando com vc! Tem barulho de vento, ou ar condicionado, barulho do motor…tudo isso torna-se estressante! Consegui passar na prova de direção, piloto tanto moto como dirijo carros (categoria ab)! Na minha carta tem uma restrição na observação a letra “b”! Tenho orgulho dela por não ser tão fácil para nós, sem falar nas aulas de legislação, o professor explicando e vc lá na primeira fileira atenta a boca do professor o tempo todo para fazer a leitura labial! Mas é isso aí! Não desistem, vale a pena!

    Reply
  • Eliane
    25/04/2016 at 23:29

    Quando eu tirei carteira de motorista eu tinha 28 anos e usava um aparelho auditivo somente. Dirigi muito pouco pois não gostei, ficava nervosa sempre e me acostumei a sair com o marido. Minha cidade naquela época era bem pequena, bem fácil de ir em casa almoçar e retornar ao trabalho então meu marido me pegava. Todas as voltas que eu precisava ele me levava acho que me acomodei e não quis mais saber de direção. Atualmente estou aposentada, uso muito táxi, ônibus executivo e é sempre mais fácil para andar no trãnsito de Floripa. Não me arrependo de ter deixado de lado…..agora não volto mais a dirigir mesmo implantada com os IC’s .

    Reply
  • adriana freitas
    31/12/2013 at 17:26

    Olá, nossa muito bom esses comentários fiquei mais aliviada!
    É que comecei as aulas praticas de direção vou ter minha 2ª aula mas achei um pouco difícil eu olhar p o instrutor e andar com o carro ao mesmo tempo é não dá mesmo fazer isso !
    disse tudo p o instrutor q não escutava nada de som ok, mas ele não fazia muitos gestos certos para q eu pudesse entender ele falava muito e quando via já estava falando rápido e ficava difícil eu entender oq ele estava falando ,e olha q minha leitura labial é muito boa ,bom mas foi boa a aula estou confiante quero muito minha habilitação perdi minha audição a 6 anos atraz. gostaria q algum me dissesse oq eu digo p o instrutor p q ele poça me ajudar nas aulas p ser mais fácil eu entender as coisas q tenho q fazer quando estiver no transito ok? hã tb queria saber se a Paula usa no seu carro um adesivo azul no formato de uma orelha com o corte p ver q é deficiente auditivo , onde encontrar esse adesivo é no Detran??Grata Adriana.
    Belo horizonte MG

    Reply
  • daniela
    23/05/2013 at 11:58

    BOM DIA!!!

    ADOREI SEU BLOG, MUITO BOM! SOU FONOAUDIÓLOGA E VC ME DEU DICAS PARA TRABALHAR COM MEUS PACIENTES QUE VÃO TIRAR A CARTEIRA DE HABILITAÇÃO.BJUS

    Reply
  • Anna
    26/01/2012 at 21:22

    Nossa, Paula, tirou um peso enorme das minhas costas, tô bem feliz de ver que muitos deficientes dirigem numa boa, é só questão de paciência e treino!
    Ano que vem devo finalmente ter tempo para tirar minha carteira, e com certeza usarei as dicas de vcs para as aulas 🙂
    beijo!

    Reply
  • Mariana
    19/01/2012 at 23:35

    No primeiro dia de aula, nem dei partida, porque não me senti preparada (medrosa! hahaha), mas depois foi tranquilo (menos a parte de mil e uma estancadas, rs, mas isso acontece com todo mundo), porque foi quase como Paula disse, sinalizar para esquerda, direita, mudar a marcha (eu também dependia dos sinais para mudar a marcha), etc. Basta que converse antes com o instrutor e se preferir, dirigir primeiro em um campo sem trânsito. Na prova prática, eu dirigi com as pernas tremendo horrores e quase não conseguia fazer a meia-embreagem por conta disso, rs, mas deu certo. 😀

    p.s.: tive que pesquisar na net como é conta-giros, mas uma coisa que meu namorado me deu dica (não sei se serve para qualquer carro, mas enfim, eu faço isso), porque eu era péssima, trocava marchas antes do pedido ou bem depois, aí meu namorado me orientou o seguinte: que quando você está na segunda marcha, você só troca para terceira marcha quando, no velocímetro, estiver por volta de 30km/h, para quarta, quando estiver mais ou menos 50km/h e pra quinta, quando estiver acima de 60km/h e estável. 🙂

    Beijos

    Reply
  • Rafael
    16/01/2012 at 17:35

    Paula, copia o meu comentário para o Matheus ok. Estive um pouco ausente do blog e estou me atualizando aos poucos.
    Matheus, vc disse que o seu carro não tem conta giros, saiba que tem como colocar um original sem precisar trocar o carro. Meu 1º carro tb foi um palio sem conta giros, fui numa loja de som top aqui da minha cidade e o cara arrumou um conta giros usado (provavelmente carro batido), mas estava novo e colocou no meu carro, mantendo a quilometragem atual e tudo o mais, serviço de profissional, foi um tremendo quebra galho.
    Quanto ao barulho do motor, com o tempo vc não vai precisar mais dele para se nortear nas trocas de marchas a vibração do carro, o tempo e a velocidade já te darão essa noção.
    Agora Paula, quanto ao barulho do motor, é só trocar o silencioso que como o próprio nome diz, tem a função de silenciar o barulho que o motor emite, muitos boyzinhos fazem isso para fingir que o carro é esportivo, uma vez que carros turbos emitem barulhos mais altos.

    Abraços

    Rafael

    Reply
  • Ligya
    15/01/2012 at 13:14

    Olá, desde o inicio deixei claro ao meu instrutor sobre minha deficiência e o fato de dirigir e explicar ao mesmo tempo ser totalmente impossivel. Então ele me dava instruçoes antes de fazermos algumas manobras e usava as mãos para sinalizar paradas, seguir em frente, mudar de marcha e etc. Obvio que não é uma coisa super “facinha”, mas dá pra desenrolar tranquilo, afinal pessoas com deficiencia, seja ela qual for, parece desenvolver outras formas, ainda que sem querer, de compensar determinadas perdas. Então as aulas práticas tornam-se prazerosas, não há o que temer e também não encontrei dificuldades nenhuma no DETRAN em termos burocráticos. Pra falar a verdade nem precisei passar por junta médica especializada, fiz apenas aqueles testes psicotecnicos e medicos que qualquer pessoa faz.

    Reply
  • Simone
    13/01/2012 at 13:12

    Oieee.
    Bem, vamos lá. Sobre dirigir, auto-escola…tenho 43 anos, dirijo desde os 18 anos, são 25 anos de estrada/pista/rua.
    Já dirigia um pouco o carro antes dos 18 anos com a supervisão do meu pai na estrada de terra. Já informada por ele que não é permitido dirigir com essa idade, mas me deu uma chance para aprender a dirigir com o meu pai! 😀 Ele ficava contente comigo. Mas era pouca a quilometragem dirigida por mim, né…!
    Era complicado eu obter a carteira de motorista! Por quê? Porque eu sou deficiente auditiva. Me lembro de que a minha mãe me comentou que toda pessoa deficiente tem que passar por mais exames, além dos tradicionais. :/ Então, explicando um pouco melhor a história.
    Primeiro, eu obtive aulas práticas de carro. Fiquei um pouco nervosa, sim, só dou graças por o instrutor ser compreensivo e legal para comigo. É fácil entender com as mãos como a Paula descrevia para seguir o caminho. Uma vez, o instrutor ficou distraído num momento, e aí, estavámos chegando ao fim de um quarteirão onde dá para ver outra rua do lado, eu percebi que um carro estava passando rápido que não parava o que me fez parar o carro. O instrutor “acordou” da distração que percebeu a minha atenção, após tudo isso acontecer, me deu um parabéns e prosseguiu, falando que eu iria passar logo na prova prática. 🙂 Dei um sorriso.
    Quanto à prova teórica, fiz o teste e passei.
    Tem mais: o psicotécnico. Fiz e passei. Confesso que não gostei daquele teste porque me atrapalhava um pouco, mas mantive firme, é claro, a psicológa me observava.
    Exame de vista! Como eu usava óculos, o médico oftamologista observou que eu devo continuar isso. Isso não tenho dúvida. Hahaha. 😉
    Esses eram os exames tradicionais, gente. Sabe quais os exames que precisei fazer, além disso? Ir ao otorrinologista e a um neurologista! Horrível! Fiz os exames de audiometria (otorrino) e de percepção sensorial/neurológico (neurologista). Neste, eu não passei no primeiro teste, a técnica me mandou fazer novamente o exame. Passei.
    E agora? Vcs me perguntam.
    Bem…eis a parte mais CHATA. Os resultados dos exames (todos!) foram levados a CIRETRAN em Campinas/SP (eu morava em Sumaré/SP, pois é pequena que não tem apoio aos deficientes no CIRETRAN). Foi necessário marcar a hora com um médico clinico no CIRETRAN. E aí, no dia em que eu e minha mãe fomos para lá, fiquei surpreeendida ao ver o que tem lá. Pessoas deficientes! Cegos, diversos def. físicos (mão, perna, braço) – tbm tinham algumas pessoas que têm amputação de uma parte. Observei que fui a ÚNICA deficiente auditiva.
    Sabe o que me chocou, gente? Ao entrar, eu fiquei assustada ao ver o médico! Porque ele tinha idade e FUMAVA muuuuuuito! A minha mãe teve a paciência de responder as perguntas sem fim do médico. Não parava de fumar, mesmo fazendo a tarefa de examinar, de conversar, de observar por fora como eu dirijo! Eu não gostava de cheirar a fumaça do cigarro! Ai! Aquele médico NUNCA me deu uma boa impressão. Feio, barbudo, calvo, magrelo, de óculos e cruel. Mas a boa notícia foi que eu fui aprovada!! 😀 Ufaaaaaaaa!!!! 😀
    Bem, gente, eis a minha história. Olha como foi bem demorado eu obter a carteira de habilitação!!! Né???
    🙂
    Até lá.
    Abraços.

    Reply
  • Raquel
    12/01/2012 at 09:53

    Hahahahahahahahahahahahahahah!!!!! Tenho boas lembranças da auto-escola! Passei pela mesma coisa que a Paula, o carro morria umas 10x/aula e o instrutor fazia sinais para me orientar.

    Agora dirijo meu carro há 1 ano e poucos meses e depois de dirigir tanto na Av Brasil, já me acostumei. Quanto ao contagiros, no começo olhava muito e agora que me acostumei, olho menos e às vezes consigo até sentir se preciso reduzir ou aumentar.

    Claro que para quem começa é super tenso, vai passar por várias experiências perigosas e até engraçadas. Vou falar uma experiência minha: Tenho trauma de ladeira!!!!!!!!!!! Não é todo lugar que tem ladeira. O Yuri já viu eu dirigir em ladeira e sabe que morro de medo. Agora estou melhorando por costume. Só dirigindo muito para perder o medo e se acostumar! E olha que eu achava que seria impossível eu dirigir pq era mt medrosa rs!

    Reply
    • Yuri Sandro
      12/01/2012 at 09:59

      Hehehe mas com o tempo e a prática, vai virar craque em ladeiras! =)

      Reply
      • Raquel
        12/01/2012 at 10:09

        Yeeeaaahhhh =)

        Reply
    • Mariana
      19/01/2012 at 23:40

      Ai, meu deus, Raquel, também me desesperava com ladeira. rs Era a parte mais temida que fazer baliza! Cruzes, hahahaha. Mas hoje em dia, esse medo passou, porque é só questão de prática mesmo, de hábito.

      Reply
      • Raquel
        20/01/2012 at 11:51

        =) No final tudo dá certo!

        Reply
  • Yuri Sandro
    12/01/2012 at 08:16

    “Aí a instrutora fala pra mim “ah mas não é recomendado olhar em contagiros pra trocar de marcha”.” Huahauaha
    Sempre olhei em contagiros para trocar a marcha sem problemas!
    Nem aparelho auditivo adianta pq os carros estão cada vez mais silenciosos, ainda mais os flexs. O meu tb é e nem sinto vibração nada!
    Dica básica pra carros 1.0: ao chegar 20km/h no velocímetro, mude pra 2ª marcha. 40km/h: 3ª marcha. 60km/h: 4ª marcha. 80 km/h ou mais: 5ª marcha.

    Ah na autoescola? Normal como qualquer aula do colégio, como único surdo da turma. Claro q perdi exame prático por causa da maldita ladeira, muito comum aqui em Salvad0r-BA, que eu tinha mt dificuldade em parar e partir sem o carro morrer. Tive que fazer aulas práticas extras para treinar nas ladeiras e passei numa boa! No exame prático, estavam eu, instrutor alé do pessoal do Detran, que nunca viram surdo dirigir! rsrs Mas isso foi em 1995.
    Boa sorte pra futuros motoristas surdos! =)

    Reply
    • Mariana
      19/01/2012 at 23:41

      Ow, nem tinha visto essa tua dica, também postei e ainda me dependo muito disso para trocar as marchas, rs.

      Reply
  • D.Damas
    11/01/2012 at 13:29

    Olá paula ,a minha experiência com a carteira como a maioria aqui é sempre muito difícil a parte burocrática é sem dúvida um terror de tão complicado , ao menos na minha época sendo que para a entrevista com o médico do Detran-DF me custou longos 4 meses , isso em 1989 e hoje soube que ainda demora um pouco menos mas demora .
    Só depois desses papéis do Detran que somos liberados para a auto escola . Bom ai é pagar e mandar ver . Eu já tinha uma base ja dirigia desde os 15 anos andando por fazendas , nesse ponto é a única coisa que não concordo em aprender a dirigir cedo demais porque o motorista tende a ter maus hábitos , vamos chamar de vícios adquiridos durante esse período de “aprendizado”, todo mundo pensa que é só por marcha acelerar e esta tudo beleza , ledo engano . a minha instrutora na época perguntou vc sabe dirigir ? eu sei , então ta vamos dar uma volta e ver como vc se sai . Ai que ela mostrou tudo que eu fazia de errado , exemplo , pé na embreagem ao passar a marcha e ficar com a mao descansando no cambio , dirigir com uma mão , e por ai vai , tive que tirar todos os vicios . durante essas 10 aulas .
    Quando eu tirei os vicios ela falou agora sim vamos marcar sua prova prática e pegar a carteirinha.
    No dia escolhido , quando entro no carro , entra mais tres agentes do Detran , preparei o carro , o pessoal pode parar , vc é deficiente auditivo ? sim sou , pois esta tudo errado , vc vai fazer a prova especial e em outro lugar . Foi quando exigiram a placa verde com a tarja vermelha no chevettinho da auto escola , mais o retrovisorsão , nesse meio tempo demorou 1 mês , porque o detran nao aceitava a placa normal , tinha que fazer a placa etc , mais custos , ate que convenceram o Detran que nao seria necessário a placa verde .
    No dia D , novamente tres agentes que eram um médico , um agente de transito normal e um tradutor libras, o percurso era outro , fiquei nervosão , suava pra caramba , com o tempo fui relaxando e o tempoda prova era muito maior que o convencional , fiz a prova as 14 horas num dia muita secura em Brasília , quem conhece Brasília sabe do que estou dizendo fiquei em torno de 35 a 40 minutos rodando por Brasília esse percursos especiais eles escolhem na hora do teste , foge totalmente dos treinos que o pessoal faz , eles o tempo todo pertubam , mandam freiar imediatamente , ultrapassar , fazer controle de embreagem numa super rampa , testam mesmo ate ver se vc sai do sério . Mas no fim me deram a boa noticia que iria receber a carteira em casa .
    Com treinos tudo se acerta , a sugestão é procurar auto escolas que ja tiveram experiencias com deficientes em geral , melhor ainda com deficientes auditivos/surdos . Boa sorte aos novos motoristas 🙂

    Reply
  • D.Damas
    11/01/2012 at 13:29

    Olá paula ,a minha experiência com a carteira como a maioria aqui é sempre muito difícil a parte burocrática é sem dúvida um terror de tão complicado , ao menos na minha época sendo que para a entrevista com o médico do Detran-DF me custou longos 4 meses , isso em 1989 e hoje soube que ainda demora um pouco menos mas demora .
    Só depois desses papéis do Detran que somos liberados para a auto escola . Bom ai é pagar e mandar ver . Eu já tinha uma base ja dirigia desde os 15 anos andando por fazendas , nesse ponto é a única coisa que não concordo em aprender a dirigir cedo demais porque o motorista tende a ter maus hábitos , vamos chamar de vícios adquiridos durante esse período de “aprendizado”, todo mundo pensa que é só por marcha acelerar e esta tudo beleza , ledo engano . a minha instrutora na época perguntou vc sabe dirigir ? eu sei , então ta vamos dar uma volta e ver como vc se sai . Ai que ela mostrou tudo que eu fazia de errado , exemplo , pé na embreagem ao passar a marcha e ficar com a mao descansando no cambio , dirigir com uma mão , e por ai vai , tive que tirar todos os vicios . durante essas 10 aulas .
    Quando eu tirei os vicios ela falou agora sim vamos marcar sua prova prática e pegar a carteirinha.
    No dia escolhido , quando entro no carro , entra mais tres agentes do Detran , preparei o carro , o pessoal pode parar , vc é deficiente auditivo ? sim sou , pois esta tudo errado , vc vai fazer a prova especial e em outro lugar . Foi quando exigiram a placa verde com a tarja vermelha no chevettinho da auto escola , mais o retrovisorsão , nesse meio tempo demorou 1 mês , porque o detran nao aceitava a placa normal , tinha que fazer a placa etc , mais custos , ate que convenceram o Detran que nao seria necessário a placa verde .
    No dia D , novamente tres agentes que eram um médico , um agente de transito normal e um tradutor libras, o percurso era outro , fiquei nervosão , suava pra caramba , com o tempo fui relaxando e o tempoda prova era muito maior que o convencional , fiz a prova as 14 horas num dia muita secura em Brasília , quem conhece Brasília sabe do que estou dizendo fiquei em torno de 35 a 40 minutos rodando por Brasília esse percursos especiais eles escolhem na hora do teste , foge totalmente dos treinos que o pessoal faz , eles o tempo todo pertubam , mandam freiar imediatamente , ultrapassar , fazer controle de embreagem numa super rampa , testam mesmo ate ver se vc sai do sério . Mas no fim me deram a boa noticia que iria receber a carteira em casa .
    Com treinos tudo se acerta , a sugestão é procurar auto escolas que ja tiveram experiencias com deficientes em geral , melhor ainda com deficientes auditivos/surdos . Boa sorte aos novos motoristas 🙂

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