A surdez nos coloca numa condição que interfere na maneira como apreendemos o mundo, nos comunicamos e consequentemente, no modo como nos relacionamos com as outras pessoas.
O nível prático
Sabemos que não podemos ficar paralisados, no lugar de vítimas das circunstâncias.
Objetivamente, o melhor a fazer é buscar ajuda e informação. Uma consulta com um otorrino especialista em surdez e um fonoaudiólogo vão esclarecer as suas dúvidas e apresentar as opções possíveis para a reabilitação auditiva no seu caso específico.
Frente ao diagnóstico de perda auditiva, não menos importante é a maneira como lidamos com o nosso próprio mundo interno. Especialmente com as nossas emoções.
Muitas vezes nos sentimos sozinhos, tristes, exaustos, ansiosos e angustiados em relação a essa característica que faz parte da nossa vida.
Esses sentimentos podem nos causar um intenso sofrimento psíquico, uma dor profunda na alma, que acaba comprometendo a nossa vida, gerando uma sensação de falta de perspectiva, de baixa auto estima e vergonha.
Os sentimentos
Os sentimentos são expressões psíquicas espontâneas, que não podem ser evitados ou controlados.
É muito comum tentarmos negar essas emoções, baseados numa expectativa coletiva de que precisamos ser fortes, estar sempre bem e enfrentando a vida de cabeça erguida.
No entanto, negar o que sentimos é uma solução que se mostra ineficiente – além de causar adoecimento físico e psíquico. Assim, o que era para ser normal, acaba se tornando patológico.
Busque AJUDA
Lidar com as limitações que a surdez nos causa é difícil e ninguém precisa se sentir culpado ou inadequado por estar sofrendo.
A melhor maneira de lidar com a dor emocional é acolhê-la, validá-la e dividi-la. Procure recursos que te ajudem a expressar o que sente: desenhe, pinte, borde, escreva, dê forma aos seus sentimentos. Busque alguém em que você confie e saiba que vai te ouvir sem te julgar ou que possa simplesmente estar ao seu lado.
Descubra no nosso grupo pessoas da sua cidade que estejam passando pelas mesmas coisas e os chame para conversar. Compartilhar o sofrimento e dividir as inseguranças traz conforto e coragem.
Não se reduza à deficiência
Reflita sobre a maneira como você se vê, reconheça o seu valor, as suas habilidades, desejos e capacidades como pessoa, não se reduza à deficiência.
Não seja capacitista com você mesmo, se achando incapaz ou inferior. Resgate a pessoa única e especial que você é. Caso necessário, procure ajude profissional.
Psicoterapia e medicação, quando necessário, são recursos que podem aliviar o nível de sofrimento psíquico e te ajudar a lidar de um jeito saudável com as próprias emoções. Não tenha medo de pedir ajuda!
*Post por Alice Mathiason Lewi – Psicóloga ligada à Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica e usuária de aparelhos auditivos
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1 Comment
Edvaldo
06/10/2021 at 11:24É um privilégio fazer parte deste grupo é receber tantas informações mas que possamos saber mais sobre os deficientes com a surdez auditiva unilateral?
A nova lei aprovada no Senado e na Câmara Federal com a alteração no artigo 4 da constituição realmente já nos dão os mesmos direitos dos bis laterais? Obrigado um no dia e uma otima quarta feira OBS a pec aprovada dando os direitos dos unilateral igual ao q são bilateral é a pec 1361 aprovada em 2016 se tiverem mais alguma informação sobre esses direitos dos uni será um privilégio saber mais um pouco.