“Oi Paula, sou a Ana Letícia. Fiquei muito feliz em participar do evento de implante coclear e conhecer mais sobre o assunto! E mais feliz ainda de conhecer você, queria ter ficado mais pra conversar, mas eu tinha que embarcar pra Petrópolis!
Na verdade queria te trazer pra Petrópolis comigo, tipo um chaveirinho pendurado na mochila! Conheci o Crônicas há pouco tempo, há uns 2 meses atrás. (esse post foi escrito em 2020)
Foi quando resolvi buscar por um aparelho auditivo melhor, e na consulta com minha fono ela me apresentou o blog. Em relação ao Implante conhecia pouco, e minha Fono me apresentou essa tecnologia, me incentivando a pesquisar a respeito. Se preparem que agora vem textão, quero te contar um pouco a minha história!
Não vou saber contar muito o momento em que adoeci.
Eu tinha 1 ano e meio e meus pais falam que não ficou muito bem estabelecido o diagnóstico, se foi meningite, encefalite ou uso inadequado de antibiótico.
Mas ultimamente me cresceu uma vontade enorme de ir atrás dos prontuários e buscar toda a minha história. Minha audiometria revela perda neurossensorial profunda em orelha esquerda e severa em direita. Quando adoeci parei de andar e falar, e com o apoio dos meus pais e meu irmãozinho gêmeo fui voltando aos poucos..
Bem, os médicos diziam que seria muito bom que eu interagisse com outras crianças, e iniciou como terapia a escola. Como eu era muito pequena, minha mãe se voluntariou na escola para ficar perto de mim, e começou a fazer teatrinhos, fantoches e contação de histórias.
Por ela ter despertado esse lado artístico virou escritora e sempre incentivava a leitura. Eu e meu irmão não éramos aquelas crianças que queriam brinquedos e mais brinquedos, nosso maior presente eram livros e mais livros.
Meu pai também me ajudou muito e talvez nem tivesse a noção de que estava ajudando através da música. Ele sempre gostou de cantar e tocar violão, e tenho certeza que a cantoria foi fundamental na minha recuperação. Eles cuidaram e fizeram tudo que podiam por mim.
Fiz terapia com psicólogos e tratamento com fono. Não sei exatamente com quantos anos (acho que perto de 5 anos) coloquei meus primeiros aparelhos auditivos nos dois ouvidos, mas não fazia efeito no ouvido esquerdo. Mesmo assim usei um tempo. O apoio e amor da minha família foi fundamental na minha vida e recuperação. E por isso, sou muito grata a eles.
Minha infância e adolescência foram relativamente tranquilas, não escondia minha surdez e sempre falava com as pessoas em volta, colegas e professores.
Lógico que eles tinham que repetir várias vezes a mesma coisa quando eu não entendia, e muitas vezes ficava sem entender e deixava pra lá mesmo. Na escola, não tive dificuldades, sempre sentava na frente e lateral, aprendia com facilidade a matéria.
Só uma curiosidade na infância e adolescência, sempre que assistia televisão só pegava uma parte do desenho ou novela. Passava uma novela inteira sem saber o nome do personagem às vezes, mas quem criava a história era eu. Através das cenas, minha imaginação sobre o que o personagem falava estava a 1000 por hora! Imagino que muitas crianças devem fazer isso e ninguém à sua volta percebe.
Mas a minha queixa mais forte era: “Mãe, estou sempre excluída, não tenho amigas”. Sempre chegava em casa chorando. E olha que isso não passou, até hoje tenho esse sentimento de solidão, que é o meu maior sofrimento.
Não podia/posso ir a uma pizzaria, parque de exposição ou boate que voltava/volto chorando, exceto quando estou com minha família e namorado que é super atencioso comigo.
Sempre achei melhor me isolar e ficar calada, porque hora que eu abri a boca para falar alguma coisa o assunto sempre estará lá na frente, ou vou falar alguma bobagem que não tem nada a ver com o assunto, ou porque não estou escutando absolutamente nada (não sei nem sobre o que estão falando numa roda de conversa).
Por mais que a gente se esforce e peça mil vezes para as pessoas repetirem, a gente cansa. Quando entro no carro então, impossível conversar…
A gente ri quando todos riem, faz cara de espanto quando todos fazem, e só responde “verdade, aham, entendi” quando na verdade você não sabe nem sobre o que estão falando.
Além disso, o cansaço também vem de tanta leitura labial que fazemos, e hoje é muito difícil encontrar pessoas que conversem olhando para você, elas estão prestando atenção em outras coisas ao redor e fazendo várias coisas ao mesmo tempo, além de falarem rápido demais.
Quantas vezes por exemplo já fomos ao médico (ouvintes e não ouvintes) e eles mal olham no nosso rosto enquanto conversam. Mas é claro que não são todos.
Muitas vezes ficam a consulta inteira de cabeça baixa escrevendo tudo aquilo que você está dizendo, mas não precisava ser o tempo todo.Não vou julgá-los, cada um tem sua maneira, mas penso que independente do paciente (ouvinte ou não), e também em outros ambientes fora do consultório médico, devemos dar toda atenção à pessoa está à nossa frente, ouvir, olhar e evitar distração com outras coisas ao redor, ou seja, estar 100% presente.
Estar em grupo é sempre um sofrimento, engraçado como eu prefiro a solidão. É melhor ficar em casa sozinha do que sair com as pessoas, fazer um trabalho em grupo ou ir a lugares barulhentos como uma pizzaria.
Me sinto bem no silêncio, traz paz e se eu pudesse ficava 24h por dia sozinha. Mas não há como viver isolada e fugir das relações sociais.
E pra ser sincera, só agora estou descobrindo que isso tudo é por causa da minha deficiência. Eu achava que ela contribuía sim, mas achava que meu isolamento era por ser tímida e fechada demais e com muita dificuldade de conversar com as pessoas.
Mas só agora que conheci o Crônicas é que comecei a entender de verdade a surdez. Só agora estou descobrindo que as pessoas com deficiência possuem este mesmo sentimento. Mas ninguém merece viver triste e só né, estar em grupo não deveria ser tão ruim… Ainda bem que essas informações estão disponíveis para todos nós, para que possamos virar essa página. Sei que vou vencer este desafio!
Hoje, estou no meu 3º ano de Medicina, e também encontro algumas dificuldades na faculdade, e meu coração pede para me abrir (isto aqui está virando um verdadeiro diário).
A primeira coisa que queria te contar foi quando passei no vestibular. Estava tão feliz em ter tirado notão (tirei 940 na redação), mas não estou falando para esnobar, mas para que outras pessoas percebam que não somos incapazes de passar no vestibular de Medicina.
Foi uma vitória imensa! Eu passei como candidata à vaga de deficiente no Prouni, e no dia da entrevista, ao apresentar a documentação (inclusive laudo e audiometria), fui questionada pela “Médica” responsável que dizia que eu não era deficiente porque usava aparelho, assim como quem usa muleta também não é.
Na opinião dela, o laudo estava incompleto, e exigiu outro com a assinatura da médica reconhecida pelo cartório. Assim fizemos, e ao retornamos para a próxima entrevista ela continuou questionando a surdez e mandou o laudo para ser avaliado pelo advogado. Por fim, conseguimos. Este só foi o primeiro desafio. Logo, vieram outros…
Ao entrar na faculdade tive medos, não sabia como seria a partir daquele momento sem meus pais por perto. No 1º dia de aula levei minha mãe comigo para a faculdade, com medo de não escutar nada no auditório durante a recepção dos alunos, mas a acústica estava boa e consegui ouvir tudo (já que palestras exigem um esforço muito grande e se tiver eco piora muito).
Levei ela no trote também, pois havia tirado meu aparelho por precaução. Imagine o meu medo de ir ao trote, e ainda sem ouvir nada…
Aos poucos fui me adaptando a vida acadêmica, sempre sento na frente e ouço bem os professores. Só não dá para copiar a matéria e olhar para o professor ao mesmo tempo para fazer a leitura labial, por isso comecei a gravar as aulas e escutar novamente em casa, já que posso voltar quando não escutar bem, principalmente quando a aula é de um professor peruano que fala português, mas com sotaque carregado.
Dentro da faculdade, recebo muito apoio da psicóloga. Ela está sempre me ajudando, lembrando aos professores da minha deficiência e eles sempre me procuram perguntando se estou entendendo a aula, para perguntar sempre quando não escutar.
Eles só esquecem às vezes que preciso de vídeos com legendas. Mas as dificuldades de um deficiente vão muito além disso, são questões sociais, e do ambiente.
Esse ano por exemplo comecei a frequentar hospitais, que não são nada silenciosos… Algumas vezes tive dificuldade de conversar com pacientes por haver várias pessoas falando em volta, por barulhos da reforma do hospital, ventiladores ligados (e mesmo assim sempre aviso os pacientes para falarem mais alto).
Cheguei a fingir uma vez que estava ouvindo um paciente, e fingir estar anotando por um curto tempo, e depois me despedi dele para não ficar chato dizer: “Me desculpe, não consigo te ouvir por mais que peço para repetir, e por isso vou para o paciente ao lado!“. É uma situação extremamente desagradável, que cheguei a comunicar para o professor, mas o que ele poderia fazer?
Além disso, esse ano começamos a aprender a ausculta cardíaca e respiratória. Ganhei do meu tio um estetoscópio eletrônico que aumenta o volume, e para fazer a ausculta preciso retirar o aparelho. Para minha surpresa e alegria, consegui ouvir alguns sopros, mas outros não consegui ouvir, muito menos caracterizá-los.
É muito difícil saber as características de uma ausculta, se o barulho é Tum ou Trum, Tá ou Trá, se está baixo ou aumentado. Isso é essencial para um médico. E como os professores podem ajudar? Eles até tentam, passam áudios no computador, tem paciência para que eu possa auscultar por mais tempo, não me cobram ausculta na prova.
Mas e quando eu me formar e estiver no plantão sozinha, como vai ser? Apesar de não escolher essa área para me especializar, ainda me preocupo, pois até chegar na residência tem muita coisa para rolar, muitos plantões..
Minha professora já até me perguntou: ‘Como você vai fazer?‘ Sempre vou correr atrás, acompanhar médicos cardiologistas para treinar meu ouvido, e já estou me programando para fazer isto nas férias. Mas me pergunto, o que o sistema pode fazer por nós?
Parece que na faculdade a surdez começa a se destacar...O ritmo de faculdade é muito rápido, e você tem que acompanhar. As pessoas falam rápido demais, devemos prestar atenção em dobro para não perder nada. E além de ouvir, precisamos entender.
E o pior, mesmo assim você será a última a entender o que está acontecendo à sua volta. Sempre vai ter gente falando: “Ué, você não sabia isso? Tem que prestar mais atenção nas coisas!” Fora da faculdade também sempre vai ter: “Você não sabia que eles estavam namorando? Já faz 3 meses.. Tem que prestar mais atenção Ana”. Haja energia, é preciso ser um Superman!!
Mas nada disso é pior do que aconteceu comigo na faculdade ano passado. Estava no Posto de Saúde, e apareceu um paciente com muita cera no ouvido, estava escutando muito pouco e foi feita a lavagem. Como de costume, ao término do dia descemos para discutir com o professor sobre os pacientes do dia.
O comentário dele foi: “Uma vez, tinha um aluno surdo aqui no posto também e ele era chato pra caramba, ficava perguntando “Hã” toda hora”. Todos os alunos riram. E continuou: “Costumo sempre dizer que de cego a gente tem pena, e de surdo a gente tem raiva”. Eu fui segurando, mas não aguentei, chorava igual criança. Foi o pior sentimento que tive na vida.
Logo em seguida ele me chamou para ir até a sala conversar, esperou que eu acalmasse um pouco e disse: “Você não sabe o tamanho do problema que você me causou, agora todos vão achar que eu sou um monstro. Eu não estava dizendo isso com relação à você, não é possível que você está achando que sinto raiva de você. Ou então você tem alguma doença psiquiátrica para ficar chateada comigo. Me desculpa se eu te deixei chateada, mas eu nunca mais vou fazer essa piada, pelo menos quando você estiver perto”.
Chorei a semana inteira igual criança, pois tinha acabado de descobrir que as pessoas tinham “raiva” de surdo. E fui me encolhendo cada vez mais…
Eu podia ter comunicado à faculdade e a psicóloga ou ter processado, mas eu sabia que esse professor seria mandado embora na hora, e meu coração no momento não pedia isso.
Sofri muito, no início senti muita raiva (não vou mentir) mas aos poucos ela foi passando e o sentimento que eu tinha era apenas de pena, pois ele ainda precisaria aprender muito na vida, o problema não estava em mim. Meu coração pediu para perdoá-lo, era a oportunidade batendo na minha porta de crescer, amadurecer e dar mais um passo na vida. Ninguém disse que perdoar é fácil, foi uma “baita lição”.
Cada desafio é uma nova lição aprendida. Escrever este texto não foi fácil, mas o maior desafio é compartilhá-lo. Confesso que pensei por vários momentos, guardar esse texto só para mim, continuar na minha solidão, mas preciso vencer essa barreira!
E retribuir a você por todo o bem que tem me feito ao ler o blog e os seus livros. Muito obrigada!
Um grande beijo Paula!
Ana Letícia’
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46 Comments
Rose barrera
31/12/2017 at 12:38Ana vc é realmente uma guerreira corajosa,eu tenho deficiência bilateral profunda a severa .
Utilizo mto leitura labial e usuária d aparelhos.
Vou começar fazer técnica de enfermagem,confesso q sinto medo mto medo mesmo,mas vou já comprar o esteto eletrônico.
Ouvindo sua história me deu ânimo e mais coragem,deve ser mto difícil ,desafiador, é impressionante sua coragem.Continue assim,Deus abençoe que vc consiga tudo d melhor e não deixe d contar para nós depois como está indo.bjaooo
Edna
15/08/2017 at 10:06Tenho deficiência auditiva, e gostaria de saber como faço para comprar um aparelho de pressão, sou estudante do curso técnico enfermagem, e tenho tido muitas dificuldades, para a auscutar a pressão arterial. Moro em Curitiba. Obrigada.
Nazle Leite
05/02/2017 at 09:22Ana, tudo bem?
vou começar amanha a cursar medicina, me manda um email:nazle_leite@hotmail.com ou me adiciona no face: Nazle Leite.
Seria ótimo poder comentar sobre as dificuldades dos deficientes auditivos na faculdade, eu tenho perda profunda bilateral.
Um beijo, aguardo seu retorno!
Maria Imaculada Wamser
03/08/2016 at 22:36Ana Letícia a maior dificuldade do ser humano é tornar-se pessoa. Você demonstrou em seu depoimento sua dificuldade, mas tenho certeza Deus tem um propósito imenso em sua vida no tocante á sua carreira. Não se preocupe com o tum tum, tá tá. preocupe-se apenas com as lágrimas e as dores do ser humano que essas em qualquer idioma ou na ausência deles as faces não mentem jamais. Bola pra frente. Lembre-se quando a guerra é difícil a vitória é mais saborosa E quando voce estiver já clinicando todos dirão.,nunca encontrei médica tão atenciosa , ela não tira os olhos de mim nem um segundo.
Semíramis Paterno
04/08/2016 at 12:16Que lindo depoimento! É verdade,uma médica que olhe seu paciente,com paciência e compaixão,cura qualquer doença, pois é capaz de “ouvir com os olhos e o coração”.
Itamara souza
27/07/2016 at 10:13Só quero te dizer que vc é uma vencedora, parabéns, seus pais devem ter muito orgulho de vc, sua história é um exemplo de perseverança, acho um absurdo que existam pessoas preconceituosas como este professor. tenho irma e sobrinhos surdos, quando as pessoas percebem que são surdos falam assim o dó, coitadinho aí eu falo ela é surda mais é uma criança muito esperta e inteligente e as pessoas acham que a surdez fazem deles coitados mais não são coitados são crianças que têm algas limitações mais que com o apoio da família e tratamento pode ter uma vida muito mais feliz.
Marcia Valeria Borges Costa
21/06/2016 at 21:45Ana Letícia,que Deus continue te abençoando,como vc é guerreira e vitoriosa,também sou deficiente auditiva,sofro muito com isso,mas procuro vencer cada etapa,cada obstáculo que a vida me oferece,também acabo deixando pra lá muitas coisas pra não ficar sofrendo,pedi a Deus um milagre e Ele me deu as Próteses
Auditivas,que seja assim e aceito a vontade do Pai que está nos céus,olhando por nós.Fique com Ele e seja feliz e torço por vc que será uma excelente médica,bjs!
Ana Lúcia Wamser
07/06/2016 at 22:30Ana Letícia, conhecia sua história sob a ótica de sua mãe, minha amiga “bruxinha” (leitores entenderão), escritora talentosa . Mãe de fibra que, mesmo se orgulhando da vitória alcançada por vocês, é discreta . Agora percebo quão grandes foram os desafios pelos quais passaram!…
‘Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor, não chore se o mundo ainda não notou…
Você é preciosa, mais rara que o ouro puro de ofir…”
Felicidades e muito sucesso!
Ana Lúcia
Zenilton Alves de Oliveira
06/06/2016 at 09:41Parabéns por sua escolha. Vá adiante. Grandes vitórias você já alcançou, só essa do perdão, é para poucos, você é uma escolhida. Não desista de seus planos por essa que é uma grande dificuldade. Conheci sua história por minha filha. Sim é possível.
Ester do Nascimento Cesar de Albuquerque
05/06/2016 at 11:55A minha está ainda sendo postulada,afinal,passei no curso de fisioterapia, enfermagem,Educação Física, e fiquei chateada,quando o professor,mandou esperimentar o estetóscopio,foi quando vi minha deficiência auditiva, bilateral, e com zumbido,dor de cabeça,são varios zumbidos,não consiguia ficar nas aulas, as vozes me enlouqueciam, o professor falava e eu me perdia, e perguntei em outra aula que ele levou novamente estetóscopio para vermos como deveria usá-los,se havia para surdos? ele disse extranahmente que não.Bom escolhi fazer fisioterapia,e não terminei, triste e isolada vivo.Já tenho outros cursos ,bahcarel em secretriado, bacharel em pedagogia, bacharel em psicopedagogia, e agora faço o curso de Direito e sofro muito de dores forte, perdi um aparelho que custou 2.000,00 dois mil reais,depois o outro não pude pagar todo, e me tomaram,devolvi a empresa,minha perca começou em 2010,não nasci surda, não sou de falar muito, e Deus fez isto comigo, tive dificuldade do governo do Estado de Pernambuco me doar os aparelhos, então consegui um,e o cachorro comeu,da vizinha, e ela disse se eu tirar na loto eu compro Dez, eu deveria ter colocado najustiça, mas aqui em Pernambuco vai da facada e morte certa.Todavia por piedade uma assistente social e fonaudiologa me deu outro aparelho que uso no lado direito, e siemsn ,mas o outro era melhor, eu choro de dores durante o dia e a noite, não consigo me realcionar, sofro preconceitos na faculdade,já sai de uma para outra, o espaço físico desta atual é bom,pois as salas são amplas, e as vozes ficam distantes, mais ainda doi, já pensei em dar um tiro no ouvido,pois pensem em sentir dores no ouvido todos os dias, além de zumbidos, de todo tipo,chiado, corneta,chuvisco,bombo,chueveiro, cachueira, olofote de fabricas antigas,e ainda tenho trasntorno bilolar o que me revolta neste pais, é a falta de respeito e cuidado com os deficiete,crianças pobres, idosos,mulheres pobres,etc, o art 5 e 6 danossa constituição Federal, explica sobre o direito a saúde, e a previdência social,onde está tudo isto? o que faço,preciso de um estetóscopio urgentemente.E também médicos que desculpram as dores que sinto, já me indicaram aparelhos ortondoticos e já estou providenciando,cirugia bucomaxilo facial,mas corro o risco de morrer sou 90 porcento alergica.sinceramente não me aguento mais.Me ajudem,gostaria muito de ir aos Estados Unidos, para os medicos avaliarem o que tenho no ouvido,porque o liquido eu perdi? os médicos daqui ainda não dizem nada confiante, e compro muito medicamento para dor, além de tomar injeçoes no hospital.Peço ajuda?
Maggie
01/06/2016 at 00:40Hola Ana Leticia, cada día me sorprendo más de que en este mundo yo no estaba sola, que existen muchas personas con la misma discapacidad que el mundo actual ignora. Sabes! para mi es una bendición haber encontrado este blog, e igual que tu estoy estudiando en la universidad la carrera de arquitectura, y también sufro las mismas complicaciones, complicaciones que poco a poco los he ido convirtiendo en mi fortaleza que me hacen sentir una mujer que lucha por sus sueños, he aprendido a poder relacionarme a querer estar en compañía y a seleccionarlas. Igual que tu sentía mucha timidez (aún lo siento, pero cada día es un desafío) y prefería la soledad… pero creo que Dios es nuestro mejor aliado, por algo nos envió a este mundo, sé que de nuestra discapacidad proviene nuestra bendición. Confía en él y siempre que necesites de fortaleza repite todo lo puedo en Cristo que me fortalece. Sonríe mucho!! 🙂
Semíramis Paterno
30/05/2016 at 12:14Ana Letícia,às vezes também acho melhor ficar sozinha a conviver com “gente boba”,rs
Mas se ficarmos sós,os outros é que perderão a oportunidade de nos conhecer,rs
Por isso,mostre sua alma profunda,deixe que os outros conheçam a criatura corajosa e especial que você é,que no seu silêncio,conseguiu construir um mundo interior tão rico e doce.Azar de quem não quiser ficar perto de você.Azar de quem não tiver olhos e ouvidos pra te escutar! Vão perder demais!!!!
Um beijo muito carinhoso
Semi
Gisele
30/05/2016 at 10:24Ana Letícia
Parabéns pela maturidade e sabedoria!
Talvez seu professor não precisasse ser demitido, pela idiotice cometida, mas um processo disciplinar dentro da faculdade com advertência e suspensão temporária de salários daria uma boa lição a ele. O que mais me espanta é que na área de saúde, muitas pessoas ainda têm exemplos horrorosos.
Sua sabedoria a coloca em um outro nível, acima de seu professor. Ele é quem vai aprender do moro mais duro: a vida ainda vai bater muito nele.
Felicidades! Sucesso! Outras vitórias merecidas estão a caminho!
Anita Gonçalves
29/05/2016 at 15:55Ana Letícia,
Fiquei emocionada com a história, tenho perda bilateral severa a profunda, sou Psicóloga, passei por muitos desafios e acredito muito na força da superação.
Tenho certeza de que você será uma excelente médica, você é inteligentíssima, sensível, acredito que ensinará muito aos seus colegas de profissão.
Parabéns continue assim!!
Dival
28/05/2016 at 16:15A todos que ainda estudam ou cuja profissao exija dialogo constante, como a medicina e seus pacientes.Lí que existe um aplicativo de celular( é claro que não é para os modelos mais simples) que transforma em texto tudo que é gravado por voce automaticamente.Diferente do gravador que vai lhe cansar para ouvir, o aplicativo fará com que vc leia no ato o que lhe falam.Se não me enganei é isto que entendí.Tem um aplicativo que é pago para instalar , mas tem um indiano que lançou um aplicativo totalmente grátis.
Qualquer equívoco na minha postagem , por favor me esclareçam, pois estou muito interessado sobre o mesmo. Portanto me escrevam: divalddj@ig.com.br
Lilian Ferreira
28/05/2016 at 15:29Olá, Ana! Não sei se se lembrará d mim, afinal, faz tempo… Aqui é a “tia Lilian”, sua professora do início d toda essa linda trajetória. Qdo comecei a ler o texto, não havia percebido q se tratava d alguém “conhecido”. P ser sincera, o meu interesse pelo texto era por causa da minha irmã mais nova, a Mirian, q tbm é professora e intérprete d libras p crianças. Qual não foi minha surpresa ao perceber q era vc, a Aninha querida. Lembro-me d muitas coisas emocionantes d qdo vc era minha aluna, aos 5 anos. Vc sempre foi muito autêntica, corajosa, carinhosa e super querida por seus amiguinhos. Tão inteligente, fazia tudo c muito capricho e gostava d participar d todas as brincadeiras, danças e atividades. Qdo não estava entendendo algo por dificuldade em ouvir, pedia: ” Arruma o meu aparelho, tia, ele não tá ‘consonando’ ( uma graça, como vc e seus coleguinhas falavam qdo pequenos!). E o melhor, qdo não queria ouvir ou participar, simplesmente desligava o aparelho (kkkkkk). Foi a minha única aluna q definitivamente tinha total controle qto ao q iria fazer ou não. Totalmente dona da situação!
Hoje, vc é uma mulher linda, inteligente e guerreira q, assim como a gde maioria das meninas da sua idade, está lutando p conquistar o seu espaço profissional, pessoal, enfim…
Eu me senti muito orgulhosa do seu texto! Pretenciosamente, acabei me sentindo parte da história. E, acima d tudo, Feliz por ter notícias d vc e da sua linda vida.
Tenho certeza q o seu coração será sempre guiado pré Deus a fazer as melhores escolhas e a superar qq obstáculo q se apresentar. Torço por novas notícias e, como agora, ficarei muito feliz por suas conquistas! Bjs
ANA CLÁUDIA RUFINO
28/05/2016 at 15:06Olá Ana Leticia!
Sua história é linda e inspiradora.
Eu para driblar a dificuldade que tenho de fazer leitura labial no professor e escrever ao mesmo tempo, eu uso um tablet com teclado separado ou notebook. E de quebra também gravo. Eu seu como são certas coisas…. Só quem passa é que sabe…..
Além de tudo demonstra ter uma nobreza de alma e caráter ímpar! Eu sei que você vai ser muito feliz na sua profissão! Tem tanta tecnologia. Você vai superar tudo. Beijo no coração.
Patricia silveira Rosa
28/05/2016 at 11:58Lindo depoimento!!! Agradeço pelo post, pois através dele tive o entendimento do dia a dia de meu pai. Achava que em alguns momentos meu pai tinha preguiça de tentar entender o que falávamos, mas na realidade ele realmente deve não enterder. Só te agradeço e parabenizo pelo lindo texto e maturidade !
Antônio Augusto Passo
28/05/2016 at 11:17Ana Leticia, sua palavras me fizeram sentir aos meus 38 anos de idade quando tive a oportunidade de fazer uma mudança em minha vida e me mudei para outro país onde a língua eu não dominava e quando li seu texto parecia que já tinha vivido isto, gostaria de agradecer sua palavra pois parece que esclarece uma etapa da minha passagem , obrigado e posso te afirmar que tudo isto vai acrescentar e fortalecer no seu crescimento .
Doroth Auais
28/05/2016 at 10:33Aninha, gratidão por compartilhar sua experiência de VIDA! Parabéns bela coragem….vc AGIU COM O CORAÇÃO! E por isso se mostra tão guerreira. Sei que vencerá qualquer obstáculo, pois vc é maior que eles! Acredito em você SEMPRE! Muita Luz e alegria em sua caminhada! Bjs encantados!
Jordana Barros
28/05/2016 at 08:15Olá Ana!! Caramba, fiquei emocionada com sua história, sou de Carandaí tbm e já conversamos algumas vezes, há alguns anos tinhamos amigos em comum na cidade e tive oportunidade d conhecê-la, n sei se recordará. Nunca soube de sua deficiência, nas poucas vezes que nos falamos, nunca pude notar. Faço medicina tbm, estou no quinto ano, faço no Rio, na minha sala tem uma menina c deficiência auditiva, e ela tb encontrou alguns desafio a mais ao longo do curso, e assim como vc, precisa retirar o aparelho pra fazer as auscultas… Ela é uma excelente aluna, a deficiência nunca a impediu d se dedicar, assim como vc. Gostaria de lhe dae os parabéns pois sei como esse curso é pesado e exigente, e vc já é uma gde vencedora. Caso tenha interesse e queira trocar algumas ideias, dúvidas e sugestões posso contar sua história pra essa amiga da minha sala q já está mais adiantada e pode te ajudar, dar dicas nessa parte de exame físico, se for d seu interesse entre em contato cmg, sou amiga da Jéssica, esposa do seu cunhado, ela t dará meu contato. Mais uma vez deixo a vc meus parabéns pela história e pela profissão linda q escolheu. E jamais deixe q comentários como o desse professor tirem o sorriso do seu rosto, lembre-se smp q vc é muito maior q isso. Bjo gde.
rejane michel
28/05/2016 at 01:43Ana!! Tb sou surda oralizada, usuária de AASIs desde os 8 anos de idade, e sou Cardiologista!! Eh fácil?! Nem um pouco… mas eh recompensador!!! Sugiro-te que explores ao máximo tido o que a tecnologia pode nos proporcionar, como estetoscópios potentes, eletrônicos… presta SEMPRE muita atenção no que as pessoas te dizem… seja com as palavras, seja com o coração… Deus nos fez ouvindo menos as palavras, mas como dizem alguns pacientes, escuto a alma deles!!! E que sejas assim… curar, raras vezes conseguimos, mas ouvir e aliviar o sofrimento de nossos irmãos, essa eh nossa obrigaçao… nao te permitas ter vergonha de teus AASIs… lembra que eles eh que te permitem estares onde estás… mostra com orgulho pra quem questionar o que eles são!! Estuda muito, treina muito, nao esquece que Medicina eh estudo, mas treino, principalmente pra nós, eh diário!!! E não desiste nunca de teus sonhos… perdoa os pobres de emoções… eles não sabem o que dizem!!! Mantém teu coração puro e tua cabeça erguida, quando se ama o que se faz, não existe o impossível!! Eu sou a prova viva disto!!! Beijão grande pra ti, e muitos Tum Tás na tua vida!!!! 🙂
Clérison Rocha
28/05/2016 at 00:17Vou pedir uma dica do gravador na sala de aula. Meu filho tem déficit no processamento auditivo e ele não consegue escrever a matéria do quadro e prestar atenção na fala é explicação ao mesmo tempo.
Quanto a sua surdez, nós escutamos muito mais pelo coração e nisso você é e sempre foi mestre…
Danielle Peluso
27/05/2016 at 21:37Aninha querida, tenho muito orgulho em ser sua prima e em ver o quanto vc cresceu e se tornou uma menina guerreira, sempre amorosa e inteligente!! Nunca desista dos seu sonhos e duvide do seu potencial!!! Bjos Dani
Ana Macli
27/05/2016 at 19:19Oi Ana!
Sou Ana e surda também, neurossensorial bilateral (profundo à E moderado a severo à D). Sou enfermeira. Sei como é desafiador lidar com o estetoscópio, ainda mais quando não se tem o eletrônico.
Sem intentar fazer qualquer comparação, pois cada pessoa tem sua própria experiência, consigo ser bem tranquila quanto à minha DA, pois me adaptei bem, já que iniciou na fase pós linguística (já falava bem). Eu sou a principal pessoa a iniciar piadas a respeito da minha surdez. Meus momentos mais comedidos foram quando tive que travar diálogo com gago! Kkkk Hilário, pessoalmente e por telefone mais ainda! Claro que eu não ri na hora, mas depois eu precisei contar essa piada pra alguém.
Mas falando sério agora, tenho uma idéia que gostaria de compartilhar sobre uso de estetoscópio + aparelho.
Que tal nos falarmos mais?
Acredito que há um pedaço especial dentro da imensa medicina em que vc estará perfeita e harmoniosamente atuante como médica a despeito desse detalhe da audição.
rejane michel
28/05/2016 at 01:46Oi Ana!! Gostaria de compartilhar de suas ideias sobre estetoscopio/aparelho!! Se puder meu email eh rejanemichel@hotmail.com!!! Abraços!! 🙂
Ana Cecília
28/05/2016 at 09:49Ei Ana,
Meu nome é Ana e sou estudante de enfermagem. Tudo bem?!
Procurei pelos comentários pra ver se alguém comentaria algo sobre o estetoscópio ou onde eu poderia encontrar o tal “eletrônico”!
Você não se importaria de compartilhar a tal “idéia” comigo?! Confesso que estou preocupada quando tiver q lidar com este instrumento! 🙁
Ahhh… Vou compartilhar a minha história, antes preciso tomar coragem! Rsrs
Desde já agradeceria muito,
Ana Cecília (meu email anacecilia2bh@hotmail.com)
Vanessa Veiga
08/07/2016 at 20:49Oi Ana,
Meu nome é Vanessa, sou estudante de enfermagem e utilizo o estetoscópio eletrônico!
Graças ao Crônicas da Surdez que tive coragem de encarar a faculdade de enfermagem sendo surda oralizada!
Caso queira saber mais, manda um email no va.veigag@gmail.com
Um abraço : )
Valeska
27/05/2016 at 19:05Meu Deus estou em lágrimas por dentro e por fora , a Ana você é o máximo um exemplo , já te amo muitoooo.
Elaine Gonçalves
27/05/2016 at 18:58Tenho uma filha de 21 anos que acabou de se formar biomédica e tem perca profunda bilateral e me identifiquei muito com sua história…principalmente a dificuldade de fazer amigos e se isolar, isso acontece com ela tb, até dentro da própria família…temos muito que conversar quer ser minha amiga?
Adelaide Terezinha do Nascimento Vitoreti
27/05/2016 at 18:53Aninha, minha linda, hj é um dia marcante em minha vida, nunca dele vou me esquecer. Com lágrimas nos olhos e o coração cheio de orgulho, leio seu texto, o mais lindo que já li. Você sabe o quanto eu amo vc e a admiro! Que vontade de abracar vc agora, colocar sua cabecinha no meu ombro e acariciar esse seu rostinho lindo! O que o professor fez doeu em mim, mas a grandeza do seu gesto foi maior. Quanta honra ser sua tia! Você é linda porfora e por dentro! E deficientes somos todos nós! Surdos somos nós, quando não ouvimos o coração daqueles q nos cercam! Fique feliz, Ana, porque vc é linda, inteligente e guerreira e tem uma família que a ama muito. Vc não é deficiente, tem limitações, mas, afinal quem não as tem? Obrigada por nos ensinar a ser melhores! Deus a abençoe! Bjs!!!
Silvani Marcolino
27/05/2016 at 18:51Ana, você é uma guerreira. Muito mais forte e corajosa do que pode imaginar. Você é um exemplo. Parabéns pelas suas conquistas, parabéns pela sua vontade de superar a surdez, e o preconceito dos desprovidos de sentimentos. Realmente o perdão é o melhor remédio pro coração . Com toda a sua vivência, voce vai se tornar uma profissional muito melhor do que outros, não tenha dúvida. Muito sucesso pra você! Bjo grande!
Márcia Paschoallin
27/05/2016 at 18:47Minha filha amada, tenho muito orgulho de você e principalmente de ser sua mãe. Aprendi e ainda aprendo muito com você. Se hoje sou uma escritora de literatura infantil devo isto a você. Muito obrigada por fazer parte da minha vida. Continue sendo esta menina guerreira, humilde e batalhadora! Não tenho dúvidas de que você será uma médica dedicada, carinhosa e caridosa; uma médica de “almas”. Você é um exemplo de superação! Linda no seu sentido mais amplo! Receba todo o meu amor. Paula, obrigada por nos proporcionar este presente através do “Crônicas da Surdez!”
Gero Baeta
27/05/2016 at 18:16Anna…te conheço desde pequena e sempre de achei uma.menina doce além.de.linda…mas além.disto.hoje lendonseu depoimento você conseguiu me emocionar….parabéns pela sua coragem.e pela.forma como enfrenta tudo isso…e sei do orgulho que seus pais sentem de você…você vai vencer tudo isso e será uma grande médica. …bjs do seu primo…Gero
Dalila Costa
27/05/2016 at 17:18O Minha Lindaa, como fiquei emocionada com suas palavras.Sua história de superação é maravilhosa…
Torço sempre por você, e sei que seu futuro vai ser maravilhoso,ainda mais ajudando as pessoas nessa profissão tão abençoada que você escolheu.
Sinto falta de você !!
|E pode contar sempre comigo, se precisar você sabe onde me encontrar!
Parabéns por sus conquistas!
Valeria Dutra Paschoalin Pacheco
27/05/2016 at 17:03Minha linda e doce afilhada, eu estou aqui com os olhos cheios de lágrimas ,pois vejo que vc cresceu e amadureceu nesses últimos tempos.Vc aí em Petrópolis e eu aqui em O.Branco.Estou muito orgulhosa da sua coragem de abrir seu coração para o mundo!Vc já é uma vencedora!! Te Amo!!Seja feliz …vc é linda do jeito que é.
Andressa Aguilar
27/05/2016 at 15:15Você é uma vitoriosa!
Vou guarda este depoimento para mostrar minha filha quando ela estiver maior, ela tem apenas 4 aninhos e e tem surdez profunda OE e severa no OD, nossa luta esta apenas no começo, os depoimentos compartilhados aqui no blog me ajudam muito a entender tudo que ela passa e o que estar por vim.
Parabéns e muito sucesso para vc!
marcia santos
27/05/2016 at 15:13E eu que sou louca por direito, e desisti por medo de não dar conta… As vezes até penso em fazer, realizar um sonho, mas a insegurança ainda bate forte. Mesmo usando o IC, não sei se conseguiria.
Érika
27/05/2016 at 14:55Medicina é realmente complicado. Sou também surda neurossensorial bilateral e vou ser bem sincera, me desculpem. Penso que você estará lidando com vidas e qualquer lapso pode ser fatal para o paciente. Às vezes, temos que ceder em nossos sonhos e reconhecer as nossas limitações. Eu não faria medicina, nunca me sentiria segura, apesar de haver especialidades “tranquilas”. Essa é a minha opinião.
João Vítor Paschoalin
27/05/2016 at 14:39Parabéns minha gêmea linda. Emocionante, vc é uma guerreira e eu sinto muito orgulho de vc!
Te amo !
Adriana Paixão
27/05/2016 at 14:38Ana Letícia você é uma imbatível menina!!! Quantos fazem tudo para entrar em uma faculdade de Medicina, ouvindo perfeitamente bem e não conseguem? Eu tive pena da instituição por ter um professor desse. Ele deveria ser o seu aluno, isso sim! Você tem muito mais à ensinar, do que aprender…
Uma sugestão: Você seria uma ótima palestrante e venderia muitos livros de resiliência e superação.
Parabéns querida! Por ser esse lindo ser de luz, nesta terra de tanta escuridão.
Bjus
Taís Natsumi Seki
27/05/2016 at 13:55Parabéns pelo lindo depoimento!! Eu também estou no terceiro ano de medicina e, muitas vezes, passo por isso, mas a minha turma sabe da minha deficiência, alguns professores também. Muita paciência e boa sorte durante a jornada!!! Quem sabe nos encontramos! Bjos!
Camila Camargo
27/05/2016 at 13:10Oi Ana Letícia, eu quero que você se sinta abraçada e com muito muito amor e compaixão. Você me superou sabia? Eu desisti de fazer medicina por medo de não ouvir pessoas usando máscara e porque no colégio eu não aprendia quase nada por não ouvir e os professores não ajudarem. Em fim, é uma história bem longa e dolorida que planejo contar à Paula mais tarde. Saiba que em cada momento que você se sentia bem só eu também senti. Cada lágrima que você chorou eu também chorei por mim! Sim ! eu chorei por mim porque dentro doía tanto tanto. Você não está sozinha. Nenhum surdo ou deficiente auditivo está. Ele apenas não sabe . Meu pai sempre diz que eu tenho que matar um leão por dia, ” andar armada com inúmeras balas, facão” , temos de estar preparadas para o pior ou qualquer situação que aconteça que escape pelas nossas mãos pelo simples fato de não ouvir. SOMOS FORTES, SOMOS GUERREIRAS. NÓS QUE ESTUDAMOS EM DOBRO PARA CONSEGUIR ACOMPANHAR OS OUVINTES! JÁ VENCEMOS ! Você na sua faculdade e eu concluindo a minha nesse final de ano.
Não se sinta só nunca. Só você sabe o que está passando , você é sua maior defensora e amiga. Confie nas suas garras que o sucesso baterá sempre àsua porta.
Izabel cristina Borsalho
27/05/2016 at 13:00Linda história e identifiquei com a da minha filha, Manuela, formada em arquitetura. Depois de formada sente dificuldade no mercado de trabalho, provalmente seja a deficiência auditiva.
Beatriz
27/05/2016 at 13:00Linda a sua história! Com o seu aprendizado, nos ensina a não responder a ignorância no primeiro impulso. Felizes serão os seus pacientes, que terão uma médica dedicada e atenciosa.
Deus a abençoe, todos os dias!
Natália dos Santos
27/05/2016 at 12:28Caramba! Que de maturidade e de vida! Eu provavelmente falaria com a psicóloga.. não aguentaria. Mas entendo sua percepção. São pessoas muito imaturas na vida. É eu tenho por mim que o universo se encarrega de ensinar a esses indivíduos sobre respeito ao próximo. Parabéns pelo depoimento. Como sempre me ajudando a superar os meus problemas. Bjs e sucessos na sua carreira!