Quando um paciente recebe a informação de que deve usar um aparelho auditivo, é muito comum que pense que é uma situação passageira ou que irá fazer a compra do aparelho e não será necessário retornar ao centro auditivo.
Ao fazer a primeira consulta de adaptação do AASI o usuário se dá conta da quantidade de novas informações que precisará aprender nessa jornada. Colocar e remover a pilha, posicionar o aparelho na orelha, aprender a limpá-lo e manusueá-lo de forma correta são apenas algumas delas. Todas essas atividades são tarefas de simples execução mas que, se desempenhadas de forma incorreta, podem atrapalhar o uso da nova solução auditiva.
Uma boa adaptação começa quando o usuário absorve que a solução auditiva fará parte da sua vida diária e estará presente em todos os momentos importantes. Assim como os óculos, usar os aparelhos auditivos diariamente torna o processo de adaptação e aclimatização mais natural. Quanto mais o paciente usar seus AASI, mais perceberá seus benefícios! Ver TV, falar ao telefone, participar das conversas com os familiares e amigos e das reuniões de trabalho se tonarão tarefas mais agradáveis e menos desafiadoras – e você se tornará mais ativo.
Durante o processo de adaptação, os Fonoaudiólogos propõem sessões de acompanhamento, que servem para que os usuários tirem dúvidas e falem sobre a nova experiência que estão vivenciando. Aos poucos, cria-se uma relação de confiança mútua. Nessas sessões, o profissional conseguirá ajudá-lo com novos ajustes do som após receber seu feedback sobre seus aparelhos auditivos. Esses ajustes são as novas programações, que poderão ser feitas para tornar a qualidade do som cada vez mais personalizada. É importante ressaltar que a boa adaptação também depende do tipo e grau de perda auditiva que o usuário possui.
Passar a ouvir sons que antes estavam esquecidos pode ser uma aventura diária: ouvir sons do ar condicionado, ventilador, sons de talhares, do trânsito… Todas essas novas sensações são enriquecedoras durante o processo de adaptação e devem ser compartilhadas com o profissional para as devidas orientações e, em alguns casos, adequação da intensidade sonora.
O processo de adaptação acontece sempre de forma individualizada e é cheio de novas experiências. Cabe ao usuário lidar com essas novas informações sonoras como um aprendizado diário, o que tornará a vivência auditiva rica e emocionante! 🙂
*Post escrito pela equipe da Telex Soluções Auditivas
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02/04/2018 at 9:58 am[…] com seu livro ‘’Crônicas da Surdez’’. Hoje estou com 55 anos, e já fiz uso de vários aparelhos auditivos. Nos últimos dois anos, já não conseguia mais muita ajuda dos AASI, minha surdez piorou tanto […]
Maria deLourdes
10/09/2017 at 2:46 amUsar aparelho AUDITIVO e a mesma coisa que usar óculos. Ambos são perdas. Eu sou surda familiar e nunca tive vergonha de assumir.
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24/08/2017 at 4:30 pm[…] Mirella Boaglio Horiuti, do Não Escuto – ela é especialista em adaptação de aparelhos auditivos e Mestre pela Escola Paulista de Medicina. E foi a Mirella ela quem mais me ajudou na jornada […]
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24/08/2017 at 3:59 pm[…] estranho, que faltava alguma coisa. Então aos 19 veio o baque, descobri que precisaria usar aparelhos auditivos. Esse resultado, que para mim era quase uma sentença, foi dado em São Paulo, cidade em que eu […]