A curiosidade alheia sobre nossa surdez irá nos acompanhar pelo resto da vida. Quanto antes nos acostumarmos com os olhares e não nos incomodarmos com eles, mais fácil será. Um par de aparelhos auditivos novos tem o poder de atrair uma legião de curiosos. Um implante coclear, ainda mais. Curiosos de vários tipos. 🙂
Os tipos de curiosos
Os que morrem de vergonha
Há aqueles que morrem de vergonha de perguntar “O que é isso?”, e apenas nos fitam com um olhar que mais parece um ponto de interrogação luminoso. Nesse caso, ficamos até com pena da pessoa e explicamos sobre o que se trata. Afinal, ela teve a polidez de não invadir a nossa intimidade.
Os educadamente invasivos
Há aqueles que são educadamente invasivos. Já vão logo indagando o que é pois não conseguem ficar sem saciar sua curiosidade. Desde que se limitem a uma ou duas perguntas, ok. Mais do que isso, extrapola a cota do bom senso, como quando metem a mão nas nossas orelhas sem pedir licença.
Os chatos tecnológicos
Há os chatos tecnológicos. Mesmo que escutem perfeitamente e não tenham nenhum caso de surdez na família ou no círculo de amigos – e mesmo nunca tendo visto um aparelho auditivo na vida – se acham experts no assunto. Eles nem perguntam nada. Eles afirmam! Sabem o que é um aparelho auditivo, para que serve, o que faz, o que não faz, quanto custa, qual o melhor modelo, como deve ser usado… Merecem um troféu pela chatice e pela esquisitice.
Os curiosis sem noção
Há os completamente sem noção. A última vez que topei com um desses, fiquei sabendo que a criaturinha comentou o seguinte: “Olhei bem dentro das orelhas dela e não vi nada de errado!”. São seres que supostamente obtiveram diplomas de Medicina e Fonoaudiologia pelo Instituto Universal Brasileiro (há outra explicação?). São as clássicas pessoas maldosas.
Consequências da curiosidade sem noção
É por causa de pessoas assim que muitos surdos se fecham e se recusam a usar algo que pode melhorar a sua qualidade de vida. Por medo desses olhares de raio laser, por medo do julgamento, por receio de passarem a receber um tratamento diferente. Aliás, isso se chama…CAPACITISMO.
Parece bobagem? E é uma grande bobagem! Mas isso acontece e vai continuar acontecendo. Quando criança, presenciei muitas cenas de uma menina sendo vítima de bullying e de comentários e falatórios extremamente maldosos por causa dos seus evidentes aparelhos auditivos. Naquela época, eu ouvia muito melhor do que ouço hoje. E, mesmo assim, aquilo me apavorava.
Eu sequer sabia da minha deficiência auditiva e mesmo assim não entendia como as pessoas (adultos e crianças) conseguiam ser tão más com um problema que nem era defeito de caráter. Vinte anos depois, as coisas continuam iguais! Como é possível isso?
Acho que o que falta é os pais de crianças sem deficiência ensinarem seus filhos a serem HUMANOS. Ensinar essas crianças a não olharem com medo, não julgarem sem procurar aprender antes, não apontarem o dedão. Pelo contrário, ensiná-los a a fazer amizade, estender a mão, oferecer ajuda e tratar com naturalidade o que não precisa ser tratado com tamanho estranhamento.
Assim elas se tornarão o tipo de adulto que faz falta no mundo hoje. Se você for parar pra pensar, nenhum de nós está livre de vir a passar por algo grave (como ter uma deficiência) na vida. Pense nisso!
Este post foi escrito em 2010, quando eu ainda era usuária de aparelhos auditivos e recém-saída do armário da surdez. Onze anos depois, permanece atual.
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19 Comments
patricia brandao
09/12/2011 at 20:44minha filha usa AASI a 2 meses notamos a curiosidade das pessoas ,principalmentedas crianças na escola ,mas ela sempre tem muita paciencia de explicar do que se trata e logo todosse acostumam ,creio que tudo que e diferente desperta curiosudade e umaquestaode saber lidar, sabemos que a vida inteira ela vai ter que conviver com isso .
Janaina
18/11/2010 at 19:47Sim Paula, assim como você eu tambem acredito que falte educação aos pais e consequentemente as crianças. Afinal, o ditado não diz que:
”Educação vem do berço.”
Estu adorando o blog, espero em breve assim que terminar de ler seus posts emviar-lhe meu relato. Bjs minha cara.
Bia
27/07/2010 at 19:13Acompanho de vez em quando o blog, e cada dia gosto mais do conteúdo publicado aqui. Não tenho deficiência auditiva, mas me interesso por histórias diferentes da minha. Acho tanto os seus textos quanto os depoimentos de outros leitores muito delicados, e é exatamente delicadeza que falta no dia a dia das pessoas. Não acho que o problema seja exatamente preconceito, no caso da surdez, mas uma questão de prestar atenção nas próprias atitudes. No meu ponto de vista a maior parte das pessoas que são exageradamente curiosas, apontam, fazem comentários desagradáveis, não faz por maldade. Falta um “semancol”, pra usar uma expressão bem fora de moda!
Sobre o texto que vc transcreveu no outro post, confesso que fiquei um pouco chocada. A autora foi muito infeliz quando se referiu ao processo de isolamento dos surdos. Quem quer se fazer de vítima, se faz, e não precisa de nenhum tipo de deficiência pra justificar, justifica até mesmo com coisas banais. E nem por isso essas pessoas deixam de merecer nossa compreensão!
Nossa, acho que meu comentário ficou bem nonsense! É que eu leio o blog sempre e nunca comento, quis falar tudo d euma vez só e acabei vomitando um monte de coisa…enfim, passei por aqui mais pra falar mesmo como eu acho esse espaço importante, democrático e muito agradável!
Beijos!
Elianinha
25/07/2010 at 22:35Dificilmente uma curiosidade alheia ser bem-vinda. Na maioria, Paulinha, são maldosas. Vejo pelo meu trabalho com aulas particulares. Se estou com 10 alunos, os curiosos de plantão, perguntam: “Mas realmente possuem dificuldades?”
Se estou com 5, já dizem: “É só para aumentar a nota, não?”
O trabalho sou eu quem faço e como devo proceder.
Ah, “quanto custa cada aula?”, “dá pra ganhar bem né?” “e você conhece a casa dos seus alunos?”.
Santa Ignorância, amiga. Já entendi perfeitamente o post, de início.
Beijão …
Parabéns pela força que deu pro Sadi em relação ao sorteio no blog dele. Valeu, anjinha!!!
tassikaminski (Tassi Kaminski)
25/07/2010 at 21:52Adoro os posts do @cronicasurdez ! Muito legal este último..faz refletir… https://cronicasdasurdez.com/a-curiosidade-alheia/
Greize
24/07/2010 at 15:52Oi guria..olha tudo que é diferente chama atenção.Da cor da pele a deficiência.A questão é como as pessoas são educadas a tratar disso.Exemplo: minha avó de 80 anos faz perguntas diretas, mas sinceras,coisas que muita gente pensa mas não fala.E também não relevo e nem me ofende, pq ela não teve estudo ou instrução.Outro dia perguntou se posso casar, ou faço bobo sozinha??.kkkkkkkkkkkkkkk( ela foi criada no interior..surdos no interior anos atrás já sabe como eram tratados né..aff sem cometários).Outras são crianças, alguns perguntam de cara.O que é isso no seu ouvido??Uma menina de 6 anos me perguntou essa semana,pensei,e tentei responder numa linguagem “Pedagógica”..rs.
“Ah, não tem gente que usa fones no ouvido para ouvir música?Então uso para ouvir melhor sua voz?Ela olhou para mim e a falou ah , ta vc não escuta direito né.Blza vamos brincar.kkkkkkkkk(tive que ir pq p/ ela era normal e sem preconceito, foi criada e esta sendo criada sem preconceitos) isso é mto bom, mas raro.Qto aos outors olhares, qdo o cabelo não tampa..fazer o que deixa que olhem.minha luta é bem maior que a curiosidade deles.Se for p/ o bem ok.Se for p/ o mal.Ignoro.Abraços da mineirinha.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião(incluo aqui deficiência). Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar e respeitar”. – Nelson Mandela
Pela Internet afora: Links da Semana! | Secrets of Beauty
24/07/2010 at 14:24[…] A curiosidade alheia – Crônicas da Surdez ( Paulinha arrasando, mostrando que deficiência auditiva não é tabu não) […]
Marcela Cordeiro
23/07/2010 at 03:34Poxa realmente foi bem desagtradável para muitos surdos que conheço aqui na minha cidade, por isso que 90% deles odeiam usar aparelho ou escondem com o cabelo, medo de olhares curiosos. Mas eu, quando coloquei pela primeira vez, esses olhares de curiosidades até me divertia, ninguém nunca encheu minha paciência, por incrível que pareça, virei o centro das atenções na escola e o povo foi até legal comigo, sabe… Ficaram felizes por mim, chamavam meu aparelho de “super máquina” de ouvir…hehehehehehe Eu tinha só seis anos! Acho que era pelo fato de eu, falar bem e fazia leitura labial, mas infelizmente com outros surdos, que apareceram anos depois na minha escola foi diferente com eles, sofreram bullying. Creio que foi mais pelo fato de serem adeptos da Libras e a fala ser muito prejudicada por não praticar numa fonoaudióloga, eu achei tão feia a situação que passei a protegê-los, qualquer gracinha eu ia lá e dava uma bronca daquelas nos coleguinhas. Funcionou por um tempo, até eu me formar. Era horrível de ver, tanto que falei para minha mãe e ela foi conversar com a escola, a escola fez uma reunião de pais para pedir que os pais dos alunos que perseguiam os surdos, que conversassem com os filhos e fazê-los entenderam que é importante respeitar os colegas, mas as mães “normais” desses alunos respondiam: Que eles deviam ir para uma escola de surdos e não numa escola comum, se quiserem que não os incomodem. Acredita? Pura ignorância! Isso só comprova o fato: crianças não são preconceituosas, são filhos de pais preconceituosos e ignorantes, eles só repetem o que os pais os ensinam e demosntram sus opiniões a respeito de tudo em sua volta.
Giana Loyola
22/07/2010 at 16:38Olá,
Eu também tenho dificuldade auditiva, de nascença.. E adorei “cair” no seu blog.
Espero que possamos ser boas amigas da surdez, hehe..
Encaramos vários preconceitos, mas sendo assim, sempre arrumamos um jeitinho de mostrar para a pessoa que podemos mais e que superamos as dificuldades..
Todos nós temos dificuldades, sejam diferentes ou não mas, somos iguais para com a sociedade.
Beijos e sucesso!
Mônica Mendonça
22/07/2010 at 10:20Amei o post, fala a pura verdade…
“Mães de filhos ditos normais, que não sabem ensiná-los a viver com as diferenças” e é isso mesmo, passo isso com um vizinho de apartamento com meu Marcelo, obrigada por escrever tão corriqueira infelicidade que nós mães de crianças surdas passamos, qdo veêm o Marcelo de IC+AASI primeiro olham como se fosse um extraterrestre e depois falam o que é isso????
Eu até entendo que é diferente, mas as pessoas não são discretas e sensíveis….
Parabéns por escrever posts esclarecedores.
Mônica Mendonça.
Sabine Schaaade
22/07/2010 at 09:46Paula adorei seu post!
Eu estou começando a passar por isso com o Gui.
Quando ele está sem aparelho ele arranca olhares pela sua beleza, pelos seus olhos azuis e seu sorriso fácil.
Quando ele está com aparelho os olhares mudam e muito!!! Isso eu já percebi.
Tudo bem eu sei que a curiosidade existe mas tem uma diferença muito grande entre curiosidade e falta de educação.
Tem gente que não se toca e não se contenta com uma ou duas respostas.
Aiiii isso me irrita, sabe?
Ontem eu até li seu post para meu marido e nós conversamos muito a respeito. Hoje eu consigo defender meu filho da maldade alheia mas eu penso muito no futuro e morro de medo do famoso Bullying na escola.
Infelizmente as pessoas confundem muito a surdez.
Já perguntaram se meu filho também é retardado ou só surdo.
Já ficaram espantados por ver que ele “fala” (na verdade balbucia pois tem só 5 meses), porque as pessoas acham que surdo também é mudo.
Enfim, tem horas que eu tenho toda a paciência do mundo, mas dependendo da forma que a pessoa chega em mim eu respondo mal mesmo, sabe?
Beijos Paula
Jane
22/07/2010 at 09:33Adoro o teu blog, Paula! Dia de post novo é dia de nova reflexão, que resulta em dia de crescimento. Obrigada por nos dar esse presente, querida!
selena
22/07/2010 at 08:23olha só. eu não sou deficiente auditiva ou tenho qq outro tipo de “deficiencia” (desculpe, não achei outro termo para usar). Que eu me lembre, nunca fui indiscreta ou maldosa ou de ficar olhando, essas coisas todas. Imagino que para um deficiente, a curiosidade das pessoas a respeito de algo que para si é normal, ou melhor o seu dia-a-dia, é um saco.
Mas convenhamos. Criança é curiosa mesmo e sempre vai perguntar pra que serve “aquilo que está na sua orelha”, “porque voce está sentado nessa cadeira (de rodas)”……Se ela for distraída como eu, é capaz de nunca ter reparado que o amigo não escuta bem, e se for mais avoada ainda (como eu tb), não vai cair a ficha que o amigo é surdo/deficiente auditivo.
Assim sendo, acho que o mais correto seria explicar com naturalidade “olha, isso é pra me ajudar a escutar melhor.” Acaba a curiosidade e pronto.
Obviamente não estou falando das crianças (e adolescentes e adultos) maldosos que gozam, praticam bullying, excluem. Pra esses, desprezo. São a escória mesmo.O melhor é torcer pra não ter esse grupo por perto.
borgesmariana77 (Mariana Borges)
21/07/2010 at 19:28RT @sweetestpblog New post no @cronicasurdez: Sobre a curiosidade e a maldade alheias http://tinyurl.com/277t3q8
patpintolemos (Patrícia Pinto Lemos)
21/07/2010 at 19:28RT@sweetestpblog New post no @cronicasurdez: Sobre a curiosidade e a maldade alheias http://tinyurl.com/277t3q8
Tweets that mention A curiosidade alheia… -- Topsy.com
21/07/2010 at 17:39[…] This post was mentioned on Twitter by Mariana Borges and Patrícia Pinto Lemos, Ana Carla Araujo. Ana Carla Araujo said: RT @sweetestpblog Novo post no @cronicasurdez: Sobre a curiosidade e a maldade alheias http://tinyurl.com/277t3q8 […]
Lak
21/07/2010 at 17:03Sabe, eu entendo e respeito a curiosidade alheia. Eu só tenho deficiência auditiva e não conheço quase nada sobre prótoses e ortoses não auditivas. Fico curiosa também, pergunto, tento me esclarecer a respeito. Por isso, tento ser compreensiva também.
E, como geralmente o cabelo fica solto e cobre as próteses (tanto o AASI quanto o IC) é rarissimo eu me deparar com olhares inconvenientes.
Quando isso acontece… bem, eu me divirto.
Mas gente chata e sem noção tem aos montes nesse mundo. E, como nem todo mundo tem a minha irreveência, realmente, tem quem sofra com isso. Lamentável…
Beijocas
anacarlaga (Ana Carla Araujo)
21/07/2010 at 12:48RT @sweetestpblog Novo post no @cronicasurdez: Sobre a curiosidade e a maldade alheias http://tinyurl.com/277t3q8
Sheilla Cris
21/07/2010 at 11:11Oi Paula!!! Sou super fã dos seus blogs!!! Todo novo post dou uma paradinha no trabalho pra ler, na certeza de que terei algum impulso consumista despertado ou algo para refletir.
Tive uma colega na faculdade que é surda, de vez em quando ainda mantenho contato com ela. Ela fazia a leitura labial muito bem, e sempre tinha amigos que lhe passavam a matéria naqueles casos de professores que por metodologia de aula ou por esquecimento não conseguiam ficar na frente dela.
Lembro que ela não nasceu surda. Teve uma virose ou algo do tipo quando tinha uns 12 ou 13 anos e ficou surda do dia pra noite.
E foi ela que me fez pensar na surdez pela primeira vez, um dia que estávamos no ponto de ônibus e eu estava com meu iPod, que simplesmente idolatrava, e eu pensei que aquilo era uma coisa totalmente inútil pra ela. Acabamos nos aproximando depois daquele dia.
Além disso, meu irmão é Chefe Escoteiro, e no ano passado entraram alguns membros no grupo que eram surdos e que usam a linguagem dos sinais. Meu irmão fez vários cursos, e vi o quanto isso é importante.
Desculpa pelo texto, hehehehe, mas como falei, vc me inspira =)
Ah, sei que é um tema polêmico, mas gostaria de ver aqui no blog um post sobre Surdez e cotas em concursos públicos…
Kisses