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Crônicas da Surdez

Surdez e Aeroportos: como a falta de acessibilidade e treinamento nos impacta

Os aeroportos não estão preparados para pessoas com surdez. Essa verdade dói, porque estamos em 2021 e esse post foi originalmente escrito em 2013. Quase dez anos depois, pouca coisa mudou…

O último voo que peguei foi em dezembro, para ir ao Rio Grande do Sul – foi a única vez que voei desde que a pandemia começou. Para quem tem deficiência auditiva, é o retrato do inferno: todos de máscaras, alto falantes por todos os lados e um ruído de fundo que é a cereja do bolo.

VAMOS AO QUE NÃO FUNCIONA

Começando do começo, vamos falar do que não funciona para as pessoas com deficiência auditiva em aeroportos.

GUICHÊS DE INFORMAÇÕES

Não possuem aro magnético, os funcionários (em geral, terceirizados) não são treinados para atender pessoas com deficiência auditiva, sejam elas usuárias de aparelho auditivo e implante coclear ou usuárias de Libras.

GUICHÊS DE ATENDIMENTO

Encontramos os mesmos problemas acima. Se você estiver viajando acompanhado, tudo fica mais fácil de resolver porque há alguém ajudando. Mas quando você viaja sozinho, complica. A melhor forma de lidar com isso é ter sempre no celular um app que converta áudio em texto para entender o que é dito quando for preciso.

Além disso, se estiver sozinho, não esconda a sua deficiência auditiva porque isso só vai lhe causar mais complicação!

Existe a possibilidade de avisar a companhia aérea sobre a surdez e, desse modo, ser colocado numa área separada e aguardar lá por um funcionário da companhia que vai te acompanhar até o embarque. Faça isso caso se sinta muito inseguro de viajar sozinho ou em caso de voo com conexões.

PORTÃO DE EMBARQUE

Por lei, pessoas com deficiência auditiva têm direito a entrar na fila prioritária de embarque. A questão é: faça isso se você tiver alguma identificação de PCD (como o RG de PCD, por exemplo) porque a surdez é a deficiência invisível.

A chance de ser xingado por outros passageiros e até mesmo impedido de embarcar por um funcionário da companhia aérea é alta se você não tiver um documento que prove a sua deficiência.

Caso não tenha, o jeito é chegar cedo ao portão de embarque e avisar um funcionário da cia aérea sobre sua surdez e pedir ajuda. É muito difícil ouvir o que eles falam para organizar as filas no meio do barulho e com máscaras. Não espere que as pessoas adivinhem que você tem uma deficiência e seja estratégico.

Nos EUA, por exemplo, eles chamam as filas de embarque pelo alto falante e não existe fila prioritária – apenas para quem voa de classe executiva. Quando eu estava sozinha, eu sempre pedia ajuda ANTES aos funcionários, mostrando os implantes e explicando que não conseguiria ouvir os chamados – e eles me ajudavam me chamando na minha vez.

DENTRO DO AVIÃO

Os funcionários não são treinados para lidar com passageiros que têm deficiência auditiva, as aeronaves (tirando alguns modelos bem recentes da Azul) NÃO têm acessibilidade na programação de bordo e nos avisos da cabine e tudo é feito via alto-falante.

IMPLANTE COCLEAR E DETECTOR DE METAIS EM AEROPORTOS

Essa é lenda, mas muita gente ainda passa perrengue em pleno 2021 por falta de informação.

O detector de metais não vai apitar se você passar com os implantes, e a coisa mais sensata que você pode fazer é desliga-los antes de passar para não correr o risco de que eles desprogramem.

Eu passo com dois implantes cocleares ligados pelos detectores de metais há anos e NUNCA aconteceu NADA. Já fiz isso quase uma centena de vezes.

Antes, eu me prestava para avisar sobre os implantes, ficava plantada meia hora esperando alguém vir me revistar, era levada para uma salinha separada onde um funcionário que nunca viu um IC na vida em geral me tratava como se eu estivesse mentindo e escondendo drogas na bolsa.

Cansei disso, fiz o teste por minha conta e segui vivendo! Experimente! Vai te poupar tempo e muita aporrinhação!

Uma vez, no Aeroporto do Galeão, eu estava prestes a passar pelo detector quando uma funcionária viu meu IC (deve ter feito algum treinamento) e deu um chilique não querendo que eu passasse por ele. Eu passei mesmo assim, nada aconteceu e ela ainda veio conversar comigo e dizer que estava surpresa. Rsrsrsrs!

COISAS QUE ACONTECERAM EM 2013

Nessa última ida a São Paulo, fui e voltei no mesmo voo que uma amiga. Na volta, estávamos as duas aguardando o voo da Azul, já havíamos feito nosso checkin, ticket na mão, tudo direitinho bonitinho.

Ambas fuçando no celular na esperança de conseguir um sinal de wifi (que pobreza de espírito não liberarem wifi em aeroporto, pelo amor de Deus) quando, do nada, ela me olha com olhos arregalados e diz: “CORRE!”.

Simplesmente saí correndo atrás dela porque não fazia idéia do que tinha acontecido. Quando olho pra trás vejo um povo correndo junto, todo mundo com cara de desatino. Enquanto corria pensava nas possibilidades.

Ataque terrorista? Incêndio? Arrastão? Avião caindo? Ai meldels! Que nada, nosso vôo tinha sido cancelado. Então, sabendo bem como é o perrengue de conseguir lugar em outro vôo num horário próximo, todos os passageiros saíram em disparada até o balcão da Azul.

Se ela não estivesse comigo, eu teria simplesmente ficado esperando o vôo igual a uma idiota, bem feliz, sem fazer idéia do que estava acontecendo. E por que?

Porque os aeroportos brasileiros são VICIADOS EM ALTO FALANTES. Jamais pensaram na possibilidade de que gente que não ouve também viaja – será que esses burros pensam que a gente vive trancado num porão?

São dezenas de TV’s espalhadas pelos aeroportos, custa avisar pela TV? Bueno, tanto custa que só avisam pelo alto-falante. E o pior é que além disso muitas informações mostradas nas TV’s estão totalmente equivocadas, fazendo a gente perder tempo procurando vôos em portões errados e, se bobear, nos fazendo até perder o vôo.

É o tipo de situação que penso que seria facilmente resolvida com bom senso. Avisa com som e com imagem, poxa. Qual é o drama? Alguns podem dizer: “Ah, você pode avisar a companhia aérea de que tem deficiência auditiva“. Sério?

Tem necessidade disso se uma simples TV pode me dizer se meu vôo está confirmado e de qual portão ele sairá? Será mesmo necessário ficar plantado naquele cercadinho com crianças que estão viajando sozinhas só porque não escuto direito? Ah, vá.

Adoro o aeroporto de Ezeiza em Buenos Aires porque lá todos os avisos são via TV. Não existe aviso por alto falante (o que certamente prejudica passageiros cegos). Me sinto segura e tranquila quando pego um vôo em Ezeiza.

Na real, ainda notamos que em váááários lugares e situações acessibilidade é vista como luxo, favorzinho, tapinha nas costas.

Justamente por não querer favor nenhum é que precisamos de acessibilidade: me dá as ferramentas que eu preciso em função de não ouvir e eu resolvo meus próprios problemas sem incomodar ninguém. Facílimo!!! Tenho vontade de arrancar os cabelos quando pessoas de saúde perfeita complicam a nossa vida em coisas tão banais.

Dentro do avião muitas vezes me acontecem situações engraçadas. Nesse vôo, o piloto falou algo pelo alto falante (oh vida, oh céus) e percebi que os passageiros que estavam perto de mim começaram a procurar por aquele papel plastificado que tem as instruções de segurança. Meu sangue gelou.

Para boa paranóica, meia dedução basta. Já comecei a pensar que o piloto tivesse avisado que o avião estava perdendo altitude e ia cair no mar, então era pro povo repassar as instruções de como sair do avião pelos escorregadores de borracha. Senhooooooooooor!

No fim, ele só tinha avisado que as comissárias iam passar com aqueles lanches pobrinhos da Gol e que os passageiros deveriam procurar o cardápio…hahahaha! 🙂

 

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Você se sente sozinho? Solitário? Não tem com quem conversar sobre a sua surdez? Gostaria de tirar mil dúvidas sobre os seus aparelhos auditivos? Gostaria de conversar com pessoas que já usam implante coclear há bastante tempo? Precisa de indicação de otorrino especializado em surdez e fonoaudiólogo de confiança?

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  1. Crônicas da Surdez: Aparelhos Auditivos
  2. Crônicas da Surdez: Implante Coclear
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About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

27 Comments

  • […] A surdez não é deficiência de caráter, a gente não ouve só o que quer (bem que gostaríamos), não temos audição seletiva, odiamos ser testados (‘ouviu?’, ‘tá de aparelho?’), chegamos ao final do dia em geral esgotados pelo uso contínuo de aparelho auditivo/implante coclear e leitura labial, muitas situações de diversão para os ouvintes para nós são sessão de tortura chinesa, sofremos com falta de acessibilidade… […]

    Reply
  • Gabriela
    09/04/2015 at 15:53

    Oi Paula, td bem? Você ja ouviu falar do aplicativo da infraero? Eles tem um aplicativo chamado “Infraero voos online” que vai atualizando todas as informações de voo, se mudou de portão, se esta atrasado ou foi cancelado. Acredito que possa ajudar bastante!

    Reply
  • Mariana Solano dos Santos
    07/11/2013 at 10:12

    Q tal nós fizessemos um abaixo assinado para convercemos os aereportos do Brasil? Quanto mais surdos assinarem melhor para o nosso país!

    Reply
  • Telma Souza
    22/08/2013 at 10:00

    Paula,

    Quero te agradecer por me dar o oportunidade de mostrar aos meus pacientes que é possível levar uma vida “leve” sendo portador de deficiência auditiva. Através de você, mostro à eles que é possível ser bonito, inteligente, fashion e bem sucedido.

    Parabéns!!! e muito obrigada

    Telma Souza
    Fonoaudióloga

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      22/08/2013 at 10:06

      Que legal ler isso Telma!
      🙂
      Indica o livro pra eles também.
      Beijo grande,

      Reply
  • Greize
    19/08/2013 at 11:56

    Isso só vai mudar, com uma ação conjunta da Anac e Infraero que controlam aeroportos no Brasil.Eles sozinhos não vão fazer nada.
    Ainda bem que vc estava acompanhada.Como será nos EUA?
    Pq alerta de ataque terrorista deve ter demais, surdos correndo mais que o Usain Bolt .rsrsrs

    Reply
  • Kassia
    15/08/2013 at 01:03

    Na primeira vez que viajei sozinha meu voo foi cancelado! Quase morri de susto, mas lá vai um elogio para o aeroporto de Curitiba que colocou o anúncio na TV e eu prontamente consegui outro voo…ufa!

    Reply
  • Carolina
    14/08/2013 at 15:30

    Já senti exatamente a mesma coisa, viajei pela primeira vez sozinha esse ano pelo Salgado Filho, pior que o voo tava atrasado e eu fiquei lá na porta esperando abrirem. E depois em Guarulhos, simplesmente não consegui entender nada. No avião nem se fala, o piloto ficava falando alguma coisa e eu nem ideia do que era, tendo de perguntar pro rapaz do meu lado, é bastante constrangedor porque ninguém gosta de ficar assumindo que tem uma deficiência auditiva. E mais ainda pedindo ajuda, seria super simples se eles facilitassem.

    Reply
  • Rivelino
    13/08/2013 at 23:35

    Paula.

    Você é um anjo, um amor de pessoa ao ser tão humana em tudo que você descreve, eu me indentifico muito com você assim como muitos por aqui tbém tenho deficiência auditiva e se bem como é isso que você passou no aeroporto, já passei por muitas situações assim seja em hospitais, dentistas, repartições etc onde sempre se chama as pessoas pelo nome ao chegar a vez dela e neste momento se fica dependente da ajuda de terceiros ou levar um amigo ou parente junto, ser deficiente auditivo neste brasil não é nada fácil.

    Aproveitando o momento que tal um espaço aqui no seu blog destinado ao “AMOR” eu queria tanto encontrar minha outra metade mas as pessoas estão muito duras com quem tem deficiência auditiva sempre querem altos papos via telefone e se você dizer que não usa telefone recebe um olhar de quem veio de outro planeta kkkkkk é triste.

    Um grande abraço Paula e que Deus permita que você continue nos brindando com seus maravilhosos textos por muitos e muitos anos.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      22/08/2013 at 12:36

      Obrigada pelas palavras tão fofas.
      E fica tranquilo que o que é seu tá bem guardadinho. As vezes a gente precisa amadurecer bastante até encontrar uma pessoa legal com quem dividir a vida. Deus tarda mas não falha!

      Abração,

      Reply
  • Cássia
    13/08/2013 at 11:11

    Pois é, vendo seu comentário sobre ficar sentada com idosos, crianças e etc…digo uma coisa adoro, rsrsrsrrs, assim sei que posso vagar no aeroporto sem me preocupar em perder o voo. Uma vez foram me pegar dentro do banheiro…rsrsrs, faço questão de avisar assim que compro a passagem, daí recebo tratamento diferenciado até meu destino.Enquanto a acessibilidade não chega, vou usando e me sentindo mais segura. Seus comentários são muito interessantes, inclusive me sinto um peixe fora d’agua em muitos deles, pois não tenho o mesmo nível financeiro e fico imaginando quão é mais fácil ser surdo tendo condições para arcar com todas as novidades que surgem no mercado tecnológico, quando vejo você falando que ouve música, fico babando, perdi audição adulta e não tem coisa que mais sinto saudade do que ouvir música. Felicidades a todos vcs surdos que tem condições financeiras para ter uma vida mais fácil, neste mundo surdo. Bjs!!

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      22/08/2013 at 12:35

      Cassia,
      Eu acredito que logo logo todo aparelho auditivo vai ter conexão bluetooth pra gente poder ouvir música direto neles. Acho que não demora muito pra isso acontecer.
      Vc é candidata ao IC?
      bjo

      Reply
  • Patrícia Maia
    13/08/2013 at 10:40

    Paulinha,
    Apesar de estar comentando pouco, sempre tento ler os blogs.
    Você sabe que meu irmão também tem problemas de audição e uma vez fiquei preocupada pois íamos nos encontrar no México. Ele sairia do Brasil e eu dos EUA.
    A primeira preocupação era com o voo e a segunda era com a imigração dele.
    Ao comprarmos a passagem com a Copa informamos a deficiência e ele teve um excelente atendimento (a Copa somente solicitou que ele levasse a audiometria para comprovação mas nem solicitaram).
    Ele chegou para fazer o check-in e a funcionário do atendimento já verificou a condição dele e solicitou que outro funcionário o levasse para o salão de embarque e o identificasse a um funcionário da Copa para aviso das alterações do embarque.
    Quando o voo foi chamado, o funcionário foi avisá-lo e levou ao avião para avisar a equipe de bordo do cuidado necessário e o tempo inteiro a equipe dava todos os avisos olhando para ele para que ele pudesse entender.
    No final do voo, um funcionário ainda o acompanhou na conexão do Panamá fazendo os mesmos procedimentos e o acompanhou na imigração do México para explicar que ele possuía esta dificuldade.
    Foi a única vez que meu irmão viajou sozinho, então não sei como seria nas outras empresas e em voos nacionais, mas o atendimento da Copa foi eficientíssimo no cuidado para ele não se sentisse preocupado com estes detalhes da viagem.
    Bjs e boa sorte nos próximos voos.

    Reply
  • Marta Gaino
    12/08/2013 at 22:09

    Paula, ja aconteceu comigo duas vezes que me lembro, a primeira estava em Viracopos voltando para Salvador com meu marido e resolvi ir comprar uma garrafa de agua naquela lanchonete peba, peguei uma fila enorme e quando voltei ao portao meu marido estava doido me procurando, o voo estava esperando apenas por mm, e ele disse que ja haviam me chamado tres vezes e eu nao apareci, eu nao ouvi me chamarem e ele me procurou e nao achou…sem comentarios… Na ultima vez estava voltando sozinha de Goiania e fiz conexao em Confins cheguei em cima da hora e quando procurei meu voo nas tvs, vi que estava atrasado, fiquei com medo de sair da frente da tv e fiquei acompanhando as mudancas, de repente as pessoas que tambem estavam esperando o voo para Salvador levantaram e sairam correndo para um portao do andar superior, eu como nao ouvi o chamado e nem consegui ver na tv, sai correndo atras do povo, atravessamos todo o andar de cima ate chegar no portao 10b, chegando la tambem nao tinha a informacao na tv e eu fiquei colada em uma familia com quem conversara la embaixo, na confianca de ser “adotada” por eles caso o portao mudasse de novo. Enfim, uma mulher adulta e independente e me sentindo como uma crianca que se perdeu da mae.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      22/08/2013 at 12:32

      Ja me aconteceu isso uma vez, fui dar uma voltinha no freeshop e a pessoa q estava comigo quase teve um treco me procurando pelo aeroporto pq o avião queria decolar, me chamavam pelo alto falante e eu neeem tchuns! rsrsrsrs

      Reply
  • mirian
    12/08/2013 at 20:06

    kkkkkkkk ai, só vc mesmo, eu morro de rir (pra não chorar), incrível como a gente se identifica com as situações neste blog amado!

    Reply
  • Maína
    12/08/2013 at 15:07

    Já passei mil perrengues em alguns aeroportos do mundo (dos melhores aos piores aeroportos) e, infelizmente, sempre tive que acompanhar os movimentos dos passageiros e dos funcionários das companhias aéreas, seja na sala de embarque/desembarque ou, dentro de avião, que me fez transformar uma viajante bem esperta e super alerta em todas as situações desde simples até complicadas! Será que há alguma maneira de chamar a atenção à Infraero sobre os nossos direitos de acessibilidade tais como chamadas via TV nos aeroportos, anúncios feitos pelos pilotos e comissários/as durante os vôos, etc. através da carta ou da petição? Bora colocar as nossas idéias e também arregaçar as mangas para entrar em contato e, claro, chamar a atenção às autoridades maiores? Afinal, todos nós, DAs, merecemos viajar em “peace in mind”!

    Reply
  • Paulo Sugai
    12/08/2013 at 14:07

    Realmente, Paulinha, sempre fico tenso quando viajo de avião, embora isso aconteça com frequência. A maioria dos vôos são tranquilos, mas já passei por situações complicadas – inclusive mudaram o portão de acesso ao avião 3x. Pensa em alguém que ficou desnorteado! Sempre tinha que ficar perguntando para alguém, porque a TV demorava para atualizar as mudanças e não tinha nenhum funcionário da TAM por perto.

    Ainda bem que você estava acompanhada nessa hora! rsrs

    Reply
  • Raul
    12/08/2013 at 11:24

    E preciso deixar aqui a minha grande admiração aos vizinhos argentinos…

    Uruguay e Argentina estão a anos luz de nós quando se trata do assunto acessibilidade.

    Por que é tão dificil entender que acessibilidade não é um favor e sim um direito pois um dia podemos precisar dela.

    Semana passada mesmo, estava esperando o sinal fechar, e logo que fechou, eu vi que ele ficaria fechado somente por 8 segundos! Oi? Um idoso ou qualquer pessoa com coordenação motora comprometida não conseguiria atravessar a tempo! Totalmente sem noção!

    Reply
  • Raul
    12/08/2013 at 11:22

    Acho engraçado quando vejo vocês reclamando desses episódios em aeroportos. Eu viajo bastante de avião e acho que meu santo é muito forte que nunca passei por esses episódios desagradáveis. Todos meus vôos ocorrem de maneira tranquila.

    Mas certamente o dia que acontecer, irei botar a boca no trombone e certamente, eles resolveriam na hora pois eles mais do que ninguém sabem que é causa ganha a nosso favor em caso de entrar na justiça de pequenas causas.

    Reply
  • Tatiana
    12/08/2013 at 10:53

    Aeroporto é um saco mesmo… Nunca passei por nada do tipo, mas sempre fico tensa, morrendo de medo de perder alguma informação, entrar no avião errado, ou sei lá o quê.

    Mas minha mãe (sempre ela, rs), não sai do aeroporto até eu embarcar, e a gente vai se comunicando assim, imagino que ela me avisaria. Óbvio que só dá certo na ida. Pra voltar da Inglaterra agora em setembro, vamos ver como vai ser…

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      22/08/2013 at 12:30

      Fica tranquila que vai dar tudo certo, qqr coisa é só pedir ajuda pra companhia aérea!

      Reply
  • Gilberto
    12/08/2013 at 10:13

    Não é só em aeroportos. Uma vez, em Berlim, anunciaram pelo alto-falante que o trem que eu iria pegar para Frankfurt passaria em outra plataforma. Quando o horário do trem chegou e ele não passou fui reclamar e imediatamente me puseram em outro trem para uma terceira cidade (cujo nome não em recordo) para pegar um expresso de lá para Frankfurt. Acabei chegando lá antes do que chegaria se tivesse pegado o Berlim-Frankfurt! Um viva à eficiência alemã! Mas, concordo com você! Essa situação de só anunciarem por meio sonoro é um saco! E quando você vai reclamar, dizem “Mas a gente anunciou pelo sistema de som!”

    Reply

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