São muitas as injustiças sofridas por quem tem deficiência auditiva. Não é mole, viu? Decidi fazer uma compilação de vários momentos ‘ninguém merece’ pelos quais nós passamos, com o objetivo de fazer com que vocês lutem mais para abrir portas importantes de acessibilidade para nós, surdos que ouvem.
É impressionante perceber as diversas maneiras através das quais uma pessoa com deficiência auditiva – com o perdão da palavra – se ferra. Nenhuma outra deficiência é tão injustiçada quanto a nossa. Duvida? A versão original deste post foi escrita em 2012, ou seja, há 10 anos. De lá para cá, pouquíssima coisa mudou. As injustiças sofridas por quem tem deficiência auditiva continuam aí, do mesmo jeito.
Venha para o CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM – sócios do Clube têm acesso aos nossos grupos fechados no Facebook, WhatsApp e Telegram com milhares de pessoas com deficiência auditiva dos quatro cantos do Brasil.
As INJUSTIÇAS sofridas por quem tem DEFICIÊNCIA AUDITIVA
1. Capacitismo no Mercado de trabalho
Estamos condicionados às “vagas para PCDs” que, em sua maioria, oferecem salários baixíssimos e chance zero de progressão na carreira. O certo seria que todas as vagas fossem abertas a todas as pessoas, sem impedimento quando se tem uma deficiência, seja ela qual for. Mas o desconhecimento geral da nação, a hipocrisia da “diversidade e inculsão” e o medo dos gestores segue gigante. Algumas empresas (em geral, multinacionais de tecnologia) abrem suas vagas para todas as pessoas, sem exceção. As pessoas com deficiência auditiva que são reabilitadas pela tecnologia (usando aparelhos auditivos ou implante coclear) ouvem pérolas como: “Você não é deficiente o suficiente”, “Se você usasse Libras sua surdez apareceria mais”, “Você é muito qualificado, infelizmente”.
O capacitismo no mercado de trabalha continua cruel com as pessoas com deficiência auditiva, e tudo começa no processo seletivo:os recrutadores LIGAM, as entrevistas online não têm legendas e as empresas não se importam DE VERDADE em oferecer acessibilidade.
2. Assento preferencial no transporte público
A surdez é uma deficiência invisível. Muitas pessoas já perderam suas próteses auditivas no ônibus e no metrô após levarem um encontrão de alguém num vagão lotado. Muitas pessoas já foram assaltadas no transporte público e tiveram que dar adeus para suas próteses auditivas – os ladrões acham que é um super fone de ouvido. E por que isso acontece? Porque as placas que informam quem pode sentar nos assentos preferencias têm os símbolos de todos, menos o símbolo internacional de surdez. Assim, não conseguimos proteger nossas próteses e nem temos acesso ao nosso direito de fazê-lo. As pessoas acham que somos meros folgados querendo se sentar onde não pode.
E o pior: as pessoas sem deficiência se sentem no direito de julgar as pessoas com deficiência auditiva como se não “merecêssemos” sentar em um assento preferencial. Mal sabem elas que, ao perder nossas próteses, temos que voltar para a fila do SUS ou tirar um empréstimo bancário para conseguir comprar outras – ou então, ficamos sem ouvir e sem poder trabalhar.
3. O maldito “0800 especial”
O único modo de contato de muitos lugares para as pessoas com deficiência auditiva é aquela inutilidade chamada ‘0800 especial para deficientes auditivos e da fala‘. E o pior: isso continua existindo porque nenhum político se presta para atualizar essa lei bizarra. Telefone TDD é uma geringonça dinossáurica que custa uma fortuna e não ajuda NINGUÉM. O SAC ideal que oferece acessibilidade para TODOS os surdos possui chat, central com intérprete de libras de carne e osso e atendimento via WhatsApp e telefone.
4. Bancos
O deficiente auditivo abre conta num banco e paga as tarifas como qualquer cliente, mas não tem como se comunicar com o banco fora do horário de expediente, a não ser que cometa fraude pedindo para alguém fingir que é ele ao telefone. Hoje em dia, alguns gerentes ajudam via WhatsApp e outros têm chats com aqueles BOTS infernais que não ajudam quem tem deficiência auditiva.
Seguimos reféns do 0800 para solicitações e pepinos de todo tipo. Aí vem a pergunta: como alguém que NÃO ouve/entende ao telefone vai resolver um problema através de ligação telefônica? E como alguém que NÃO tem um inútil Telefone TDD em casa poderá se comunicar com o “0800 especial para deficientes auditivos e da fala?” SOCORRO!
5. Cartão de crédito
A pessoa com deficiência auditiva tem cartão de crédito, mas não tem como se comunicar com o mesmo a não ser através do telefone. Tudo o que escrevi sobre a injustiça com bancos também vale aqui. Cartões de crédito tem zero atendimento via chat ou email. Não é patético? E o pior: a FEBRABAN não faz NADA para mudar isso e obrigar as operadoras de cartão de crédito a oferecerem acessilidade para os clientes com deficiência auditiva.
6. Universidades e escolas
Você tem deficiência auditiva e decide cursar uma faculdade, mas não tem acessibilidade alguma. Ninguém nunca ouviu falar em sistema FM, aro magnético e legendas. As universidades querem enfiar goela abaixo um intérprete de Libras para quem NÃO usa língua de sinais – mal sabem eles que a maioria absoluta das pessoas com deficiência auditiva no Brasil não usa LIBRAS.
Durante a pandemia do Coronavírus, a falta de acessibilidade digital foi de escandalizar qualquer um: nenhum EAD possui ferramenta de legendagem ou tempo real ou oferece aulas legendadas. As escolas não estavam preparadas para oferecer acessibilidade digital aos alunos com deficiência auditiva.
Nas aulas presenciais, muitos professores da rede pública, doutrinado na “cartilha da surdez” (aquela palhaçada capacitista que diz que todo surdo usa libras, surdo ‘de verdade’ não usa aparelho auditivo e por aí vai”) se recusam a usar o Sistema FM (fornecido pelo próprio SUS) para que os alunos que usam aparelhos auditivos compreendam a fala no ambiente de ruído. Muitos professores ficam bravos se você pede para que eles falem de frente para poder fazer leitura labial. Entretanto, se solicitar um intérprete de língua de sinais, será prontamente atendido. Quem entende isso?
7. Filas prefereciais
A pessoa com deficiência auditiva vai enfrentar fila numa repartição pública, aeroporto, banco, supermercado ou loja, e quase sempre paga mico porque ou não tem aviso luminoso, ou tem mas não é usado. Pior: muitos de nós somos atacados por idosos e outras pessoas que não fazem ideia de que temos uma deficiência invisível e a lei nos garante o direito de estar ali. Experimente tentar ouvir seu nome num local cheio de ruído quando você não escuta ou escuta mal. Por isso, faça o seu RG de PCD e ande sempre com ele na carteira.
8. Aeroportos
O passageiro com deficiência auditiva vai pegar um avião, mas periga de perder o mesmo porque, quando trocam o voo de portão, cancelam ou alteram o horário, avisam pelo alto falante na maioria das vezes. Nenhum aeroporto tem aro magnético. As TVs dos aeroportos dão avisos com um avatar de Libras, mas é raríssimo ver qualquer coisa com legendas. A acessibilidade para surdos nos aeroportos ainda se resume àquele avatar de Libras que ajuda pouquíssimas pessoas.
9.Teatro
Se você tem deficiência auditiva e decide ir ao teatro, é quase certo que vá precisar criar os diálogos na sua própria cabeça. Acessibilidade? Bobagem, estão querendo demais. Encontrar um teatro que forneça alguma tecnologia de legendas em tempo real, talvez na próxima encarnação.
10. Saúde
Se você tem deficiência auditiva e inventa de enfartar sozinho em casa, vai chamar a ambulância como? Com a força do pensamento? Afinal, ambulâncias, bombeiros, SAMU, polícia e outros serviços de necessidade básica não atendem através de WhatsApp. Apenas através de ligação telefônica convencional. Como é que você pede socorro quando não consegue ouvir ao telefone? Isso é o cúmulo.
11. TV
Os canais pagos fechados (como GNT, Multishow, Globonews e Globoplay) simplesmente NÃO legendam sua programação, em pleno 2022. Se não fosse pelos serviços de streaming como Netflix, Amazon Prime e HBO, eu já teria desistido de televisão de uma vez por todas.
11. Cinema
Se você tem deficiência auditiva ev ai ao cinema assistir a um filme nacional que teve patrocínio estatal (o qual você ajudou a pagar com os seus impostos) vai se deparar com falta de legendas (mas a janela de Libras possivelmente estará lá). E os filmes infantis (desenhos animados) nunca têm legendas. Mesmo os filmes estrangeiros têm poucas sessões legendadas e, quando tem, são em horário impraticáveis – a maioria é dublada.
12. Cursinhos preparatórios
Se você tem deficiência auditiva e decide gastar uma grana fazendo cursinho preparatório para concursos, descobre que as aulas online não têm legendas simplesmente porque ninguém achou que isso seria necessário.
13. TV a cabo
Se você tem deficiência auditiva e resolve pagar caro por um plano de TV a cabo, sem aviso prévio, sem justificativa algma, descobre que a TV a cabo decidiu dublar os seus seriados favoritos. O problema não é a dublagem, mas sim a falta de opção de legenda, oras!
14.Aparelhos auditivos
Se você tem deficiência auditiva e quer comprar aparelhos auditivos novos e com tecnologia atual, se depara com preços que, definitivamente, não são deste mundo. Além disso, é obrigado a se render ao modelo de negócio da indústria da audição, que é o mesmo desde os anos 50 ou 60: você não tem a opção de comprar o produto separadado do serviço, e acaba pagando por serviços que sequer utiliza. Cadê o PROCON para defender o consumidor surdo?
15. Consultórios
Se você tem deficiência auditiva e quer marcar uma hora num consultório médico, se depara consultório com a falta de atendimento whatsapp da maioria deles. Ao chegar lá, fica na sala de espera aguardando e se depara com uma TV sem o closed caption ativado. Osso duro de roer… A cereja do bolo é a secretária berrando seu nome porque esqueceu que você é surdo.
16. Elevador
A pessoa com deficiência auditiva fica presa no elevador. Começa a rezar pro anjo da guarda, afinal, aro magnético em elevador no Brasil é uma coisa tão improvável quanto conseguir ganhar na MegaSena. Enquanto isso, nos EUA e na Europa, qualquer interfone tem aro magnético – afinal, 1,5 bilhão de pessoas no mundo têm algum grau de surdez.
17. Palestras e eventos
A pessoa com deficiência auditiva paga uma palestra bem cara para se atualizar profissionalmente. Chegando lá, descobre que não há nenhum tipo de acessibilidade para ele. Legendas? Ah, não.
18. Hotéis
Os hotéis não são acessíveis a pessoas com deficiência auditiva. O serviço de quarto só é feito pelo telefone. Não existe despertador vibratório. O balcão da recepção não possui aro magnético. A programação da TV não possui legendas.
19. Reuniões
As reunião no trabalho são tensas quando você tem deficiência auditiva. Se forem presenciais, os colegas costumam esquecer de falar de modo que você consiga fazer leitura labial, usam máscaras ou falam todos ao mesmo tempo. Se forem online, muitas vezes são utilizadas plataformas que não oferecem a possibilidade de legendas em tempo real.
20. Audiências
Se você tem deficiência auditiva, vai se deparar com um sistema judiciário que não oferece acessibilidade. Que nunca ouviu falar em serviço de estenotipia, mas vai te oferecer intérprete de Libras. Há pouco, no julgamento do caso do incêndio da boate Kiss, um advogado com deficiência auditiva foi ridicularizado publicamente pelos seus constantes pedidos para que repetissem o que era dito. Uma vergonha: o lugar que deveria garantir o nosso pleno acesso à acessibilidade não é acessível. Para eles, acessibilidade se resume à rampa de acesso para cadeirantes.
E então gente, de quais outros “momentos ninguém merece” eu esqueci?
189 Comments
Remédio Para ZUMBIDO: Um GOLPE Pior Que O Outro Na Web
12/04/2022 at 09:15[…] você tenha deficiência auditiva, pode se tornar membro do nosso Grupo Surdos Que Ouvem com 22.000 membros. Nele, você pode […]
CATHARINA PACOVSKI
04/11/2020 at 19:15Oi Paula boa tarde, estou fazendo um trabalho para minha escola e amei tudo o que você escreveu. Você tem 100% de razão em todas suas palavras.
Queria saber, em sua opinião, qual seria uma das soluções possíveis para pelo menos um dessas super injustiças que os deficientes auditivos sofrem todos os dias.
bjss espero que você me respondaaa! e parabéns pelo seu trabalho uncrivel!
GUSTAVO ANTONIO RIBEIRO SANCHES
24/01/2020 at 19:16São muitas as injustiças sofridas por quem tem deficiência auditiva. Não é mole, viu? Apesar de fazer o maior esforço para não publicar coisas pessimistas por aqui, hoje decidi fazer uma compilação de vários momentos ‘ninguém merece’ pelos quais nós passamos!
É impressionante perceber as diversas maneiras através das quais um deficiente auditivo – com o perdão da palavra – se ferra. Nenhuma outra deficiência é tão injustiçada quanto a nossa. Paula Pfeifer Moreira
Pammelleye
23/12/2019 at 17:41Faltando sobre familia contra o deficiente auditivo.
Pryscilla Cricio
05/08/2020 at 18:16Olá Pammelleye,
Tudo bem?
Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.
https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/
E para receber avisos sobre nossos eventos e cursos, por favor, clique e responda 4 perguntas (leva 30 segundos):
https://forms.gle/MVnkNxctr1eahqR5A
Estamos te esperando!
Abraços,
Equipe Surdos Que Ouvem
Lúcia Helena Jayme Bueno
18/09/2019 at 11:21Ariadne, eu vivo essa realidade. Meu esposo qdo fala comigo e eu não respondo, ele diz assim: Cadê essa bosta de aparelho< você não está usando? e muitas das vezes eu ouvi o que ele diz, mas o meu estresse é tão grande que nem respondo. Fiz o implante coclear, e ele pensa que devo ouvir %. Muito chato isso.
Thayane
19/06/2018 at 21:04Me sinto frustrada,atualmente sou graduanda de biomedicina e tinha o sonho de ser perita criminal,durante uma aula sobre os passos para ser perita,perguntei a professora se eu era apta de concorrer a vaga,ela me disse”pessoas com deficiência fisica nao podem ser perito,delegado e nem policia”cheguei em casa pesquisei mt e vi q nao tinha como,ter o sonho destruido é mt ruim,agr tenho medo de nao ser apta a profissão de biomédica,por sorte a minha aula online disponibiliza legendas,mas na faculdade os funcionários de antendimento da secretaria te olham estranho quando pede pra falar mais alto pois vc possui deficiência auditiva
Márcia Lauxen
11/09/2017 at 17:43Hoje, dia 11/09/2017, nós acadêmicos do curso de Enfermagem realizamos uma visita técnica ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do nosso município. Perguntei se os profissionais que trabalhavam lá tinham algum curso de libras para se comunicarem com pessoas com deficiência auditiva e a resposta foi “Não, não temos nenhuma capacitação para comunicação com pessoas com deficiência auditiva, já atendemos indivíduos surdo-mudo e sabemos o quanto é importante estar preparado para atender essas pessoas.”
Bom, em alguns estados do Brasil os bombeiros e profissionais do SAMU recebem capacitação, mas e os outros estados? Ainda temos muito a lutar por atendimento eficiente e igualitário, pois todas as pessoas tem direito a saúde e a um bom atendimento.
Ariadne,sou def.auditiva
10/04/2017 at 21:51O pior é a ignorância:Já ouví que se eu uso aparelho auditivo eu tenho obrigação de escutar”melhor” que uma pessoa normal!Não entendem e o som chega diferente,distircido,mesmo sendo um aparelho digital….Affffffff…até explicar….
Erika
21/04/2017 at 02:13Oi me chamo Erika tenho dois filhos com perda auditiva neurosenssorial bilateral moderada severa e moderada e não acredito que hoje século XXI depois de tantos avanços terei que dizer a minha filha que não vai poder realizar o sonho dela de servir a Marinha do Brasil, porque? Será que somos incapazes pra eles? Estou muito indignada.
dayvson
10/11/2017 at 13:20sofro com perda unilateral profunda, e fui reprovado do concurso da marinha no exame audiometrico, o tal sonho q tinha acabou e optar por sonhar em outra profissao.
Gabriel Machado
20/04/2018 at 17:25exatamente!
Lúcia Helena Jayme Bueno
18/09/2019 at 11:19Ariadne, eu vivo essa realidade. Meu esposo qdo fala comigo e eu não respondo, ele diz assim: Cadê essa bosta de aparelho< você não está usando? e muitas das vezes eu ouvi o que ele diz, mas o meu estresse é tão grande que nem respondo. Fiz o implante coclear, e ele pensa que devo ouvir %. Muito chato isso.
Pryscilla Cricio
13/08/2020 at 18:12Olá Lúcia,
Tudo bem?
Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.
https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/
E para receber avisos sobre nossos eventos e cursos, por favor, clique e responda 4 perguntas (leva 30 segundos):
https://forms.gle/MVnkNxctr1eahqR5A
Estamos te esperando!
Abraços,
Equipe Surdos Que Ouvem
Marilza Marçal da Silva Oliveira
21/08/2020 at 17:23Eu também, passei e passo por varios obistaculos
Já tive vontade de desanimar da vida mas o Deus que sorvo me dar forças pra dar a volta por cima
Karina Vieira
13/01/2020 at 02:19Eu sou deficiência auditiva gostaria sabe tem direito ser bombeira
Eu falo bem igual ouvinte.
Eu queria muito trabalho no hospital bombeiro para dar aula libras no Rio de Janeiro.
Ariadne,sou def.auditiva
10/04/2017 at 21:46Tá bem isso que vivemos no dia á dia!
Fora o preconceito…..Já tive situações de ser tratada como”retardada” me perdoem a palavra, mas é assim que algumas pessoas reagem quando você demonstra que é surda!
Caline
29/08/2017 at 18:09É verdade Ariadne sofro muito com isso por dizer que sou retardada e muito mais passei e passo por situações que mim fazem isolar das pessoas.Criei dentro de mim um sentimento de medo,incapacidade e de uma tristeza imensa que mim machuca muito a cada passar dos dias!Eu mim sinto um palhaço no circo,sei que meu familiares as veses falam algo que não querem mim machucar,amigos tbm e outros que se dizem amigos.Sofro com piadas de mal gosto passei por situações horríveis q jamais vou esquecer.É triste mais tenho que conviver com isso! OBS:Tenho sonhos e Objetivos de Crescer de sentir alguém como sempre quis ser!!
Hélio Ricardo
02/01/2017 at 14:09Esse post tem tudo haver comigo. Tenho dificuldade de ouvir nos dois ouvidos. Faço uso de um aparelho auditivo no ouvido direito, passo um sufoco quando as vezes o aparelho auditivo não funciona bem. As pessoas deveriam ser mais humildes, afinal ninguém é perfeito.
Paula, quem usa aparelhos auditivos ou implante coclear é dado como portador de deficiência?
Em um currículo tem que marcar como portador de deficiência?
Quanto as vagas numa empresa e concursos públicos? Concorre com outros portadores de deficiência?
Grato.
FELIZ 2017 PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA!!!
ISAAC VIANA
03/12/2016 at 00:48O deficiente auditivo está fazendo um trabalho de laboratório em grupo na faculdade e não entendeu bem algum processo; Se pergunta os outros colegas tentam explicar rápido, pois não dará tempo de terminar os relatórios; Se pergunta ao professor, mesmo sabendo que aquele usa aparelho auditivo, fala super rápido, pois para ele problema auditivo não é nada, já que o deficiente tem um “ouvido alternativo”.
rodrigo adriano da silveira
08/09/2016 at 22:33cara blogueira isto o que você escreveu é a verdade pura e só mudaremos no dia que tivermos uma educação inclusiva entre deficientes auditivos,surdos,mudos,cegos e cadeirantes na mesma sala de aula com alunos normais pois muitas coisas simples e banais da vida se tornam um martírio para um deficiente pois vá na europa ocidental,estados unidos e japão lá todo mundo têm de estudar junto para entederem as diferenças entre as pessoas isto nós precisamos fazer e outra coisa nossa educação no brasil é uma piada pronta de 5 categoria pois hoje vivemos na era dos aplicativos tipo wattshapp,skype e outros meios eletrônicos e vivemos no tempo da gaverna ou seja estamos no mínimo 200 anos atrasado em educação e tecnologia de ponta.
Ana Paula
29/05/2016 at 23:51Muito bom! Infelizmente tudo isso acontece mesmo…
Keila Almeida
01/02/2016 at 13:07Achei esses comentários de que deficiência é pior, muito preconceituoso. Chamar alguém de senhor Cego, péssimo. Antes de mais nada somos pessoas, temos nomes por exemplo. Bem quanto deficiência melhor ou pior não existe, qualquer limitação seja ela por deficiência ou não são igualmente ruins para quem as tem. só acho!
Joao marcos
26/06/2015 at 19:23É isso !!!.
Joao marcos
26/06/2015 at 19:14Nossa, achei interessante esse post e engraçadinho. Não tenho nenhuma deficiencia, mas acabei pesquisando por que os surdos sao tao felizes no google e parei aqui. Eu tenho 17 anos e gostaria de aprender a linguagem de sinais. Quando eu vou para escola, eu vejo um grupo de jovens da minha idade conversando em linguagem d sinais, e eu fico pensando: ” nossa eu sou tao triste, e eles mesmo com barreiras ( infelizmente ), vivem felizes, sorridente “. É isso. Ah e eu sei oq é sofrer preconceito pq sou gay, mas vamos tentando ser feliz ^^ .
JOVENILDES RIBEIRO DA SILVA
17/06/2015 at 13:30quando não sofrem coisas piores… imagine- se na seguinte situação: você é deficiente auditivo, algo adquirido recentemente (situação de deficiente) você estava adaptada a uma vida de ouvinte totalmente longe dos problemas da deficiência, mas tragédias acontecem e um triste dia você se vê perdendo metade daquilo que pensava ser seu- sua saúde! daí para frente sua vida restringe-se a lutar contra as circunstâncias adversas, mas como o instinto natural e a sobrevivência: você luta com garras de um herói para se aceitar até aí tudo bem os problemas são só seus, não envolvem ninguém. a saga apenas começou na sua vida; você agora terá que precisar de compreensão das pessoas de atenção especial mas quem de que as pessoas vão satisfazer essas necessidades?então você cursa o seu ensino sem nenhum tipo de amparo … você não pode se sentir preparado para concorrer uma vaga na universidade porque você teve um ensino médio deficiente mas como você quer cursar uma faculdade você tenta arranjar quem lhe instrua mais então você cursa libras e descobre que os preparatórios não tem interpretes de libras enfim ninguém pode te ajudar, mas você não se da por vencido afinal tem fé em Deus e Deus tem fé em você A saga continua… você começa a estudar em casa sozinho afinal nem tudo esta perdido!depois de onze meses de estudo terá que prestar o vestibular e descobre que não ha prioridades ou seja você vai ter que concorrer com a massa meu amigo, mas no vestibular você dispõe e um interprete de libras e dois fiscais em sala afinal vestibular e coisa séria não e mesmo? bom para sua surpresa você passou no vestibular driblou a concorrência e conquistou o tao sonhado premio: uma vaga na faculdade, mas quando chega o primeiro dia de aula você descobre que a universidade não dispõe de interprete de libras, veja bem você perdeu tanto tempo estudando libras para dar nessa, bom nem tudo esta perdido , a saga continua….no próximo comentário as injustiças sofridas em sala de aula pelos deficientes auditivos
AMC
30/03/2019 at 01:06Sou militar e adquiri deficiência auditiva a 15 anos.
De toda luta pelo ideal, suar a camisa e fazer a diferença, hj sou apenas um número ou um zero esquerda na instituição, aguardando tempo para aposentar.
O que apenas valeu é a consciência tranquila de dever cumprido.
Sandro
25/05/2015 at 16:32O Sandro tem perda auditiva de 80%. Os aparelhos para surdez não surtem qualquer efeito. As mensagens chegam ao cérebro diferentes da realidade, além dos ruídos constantes, interferências no som, rídos muito altoss como bombas, trovões etc. são insuportáveis, amplificados pelos aparelhos O que ele é hoje, é resultado de treinamento intensivo durante quase 20 anos. Fez Escola de 1º grau no Estado com a participação da Mãe durante 8 anos na Associação de Paes e Mestres e trabalhos diários na escola. Conseguiu fazer também escola de 2º grau com extremo esforço, com treinamento em leitura labial e linguagem dos sinais.,
• Teve grande dificuldade para arranjar emprego, sofreu “bulling” de colegas, foi maltratado por chefes e como todos os surdos ,sofrem discriminação, inclusive por parte do Governo, que revisou a lei há pouco tempo e esqueceu-se dos surdos, o qual favorece tipos de deficientes e exclui totalmente dos benefícios a comunidade surda no Brasil, constituída de milhares de deficientes auditivos. INJUSTIÇA SEM PRECEDENTES.
eliza de oliveira
10/05/2015 at 01:03Aconteceu um fato muito engracado onde eu trabalhava.
Tenho surdez unilateral e. No momento estava no telefone com uma cliente e a minha colega no meu ouvido surdo me pedio ajuda e eu nao escutei, dai uma cliente comecou a se desfazer de mim e disse:”elA e surda, finge que nao escuta ” dai eu desliguei o telefone a tempo de escutAr exatamente o que ela falou. Fiquei mal mas respondi a ela que era surda sim, pq tinha deficiencia auditiva desde nascida e minha colega de trabaalho confirmou. A cliente!? Ficou com cara de taxo ….depois ri bastante.
Agnes
11/04/2015 at 00:40Poisé…é um saco isso…tenho 16 anos,com 3 diagnosticaram perda auditiva neurosensorial bilateral progressiva, desde pequena ate hoje sofro com esse preconceito…até porque gosto muito de física e se você perde uma frase sequer já não entende a concepção dela. Na minha escola, é uma dificuldade fazer amizades pois as pessoas acham que estou simplesmente ignorando elas, aí quando explico que tenho perda as pessoas dizem “duvido!!!Aposto que está inventando”…e até conseguir explicar já perco a paciência. É uma luta pra nós todos, mas fazer oq né?Talvez tenha um propósito nisso não sei. Gostaria muito de trabalhar em laboratórios de experimento cientifico na França, mas a perda dificulta muitoo. Tentei usar aparelho por 3 anos seguidos,não deu certo para mim…o fonoaudiologo disse q seria melhor buscar a lingua de sinais,mas hoje ta por isso mesmo.
Abraço e boa luta a todos!
Cleriston
26/01/2017 at 00:44É complicado ja tenho 23 anos. Quando criança tive infecção e perdi audição do ouvido direito com o passar do tempo. Perdi do direito tbm. Mais ainda consigo ouvir e me conunicar com as pessoas. Enfim devido a esse problema. Acontece muito das pessoas falarem e eu não ouvir depois elas acham que estou ignorando. Eu não consigo manter uma conversa com o grupo. Pois alguns falam baixo. Acabam me chamando de anti-social. Tenho muito pouca amizade tbm por esse motivo. . Se pego fila de deficiente sempre vem alguém me avisar q estou na gila prioritaria. Tenho q mostrar a carteirinha. Muitos ficam de olho torto qd estou na fila inclusive atendente.. em outros locais tbm. Até msm em ônibus motoristas duvidaram. Pois eu conseguia ouvi eles. Fui numa festa falei de entrar na fila prioritaria tive que detalhar meu problema e mesmo assim o cara não acreditou mesmo eu mostrando a carteirinha como eu disse antes só pelo fator de ter ouvido e entendido ele falando.. muito chato..
Christian
01/04/2015 at 07:54Marcele, não pense assim.
Existem empresas sérias que de alguma forma apoia, inclusive, financeiramente o PNE.
Encontrei com um rapaz durante a etapa de exames para ingressão no quadro da Prefeitura do Rio (acabei optando por outra empresa, na qual trabalho hj)e ele me disse que o Banco do Brasil e CEF oferecem quando 50% do valor do aparelho, 100%.
Então, não desista, pois vc, assim como as pessoas ditas “normais” tem o mesmo direito. Direito a vida ser vivida da maneira mais saudável e prazerosa possível.
Eu mesmo, trabalhando nesta grande empresa nacional, me deparo com algumas barreiras na aquisição de equipamentos telefônicos que me atendam melhor, ou outros dispositivos, incluindo a ortese, que me dê uma condição mais próxima do “normal”. Mas se eu esperar, por exemplo, que o sindicato exija uma melhora nas condições para aquisição das minhas necessidades … aí eu tô ferrado.
Então, Marcele, cabeça erguida e tudo vai dar certo. Estarei na primeira filha, mesmo que virtualmente, para bater palma para a sua vitória.
Abraço.
Marcele
28/05/2015 at 12:10Obrigado Cristiam, devemos sempre colocar fé em Deus, sei que não é fácil, mas para Deus nada é impossivel, estou 7 meses desempregada e até agora nada pq? porque ele dizem q não posso trabalhar na area administrativa pq tenho perda e não posso atender telefone se não pode piorar, fala sério, tenho perda moderada,
e agora fico sem saber oq fazer!!!!
Cleriston
26/01/2017 at 00:52Tenho perda auditava nos dois ouvidos od perda profunda. Oe de grau moderado a moderamente e acredite trabalho em restaurante. Com um pouco de esforço consigo entender oq as pessoas falam. Mais muitas vezes pesso pra falar mais alto. É chato. O médico disse que não é bom eu trabalhar em restaurante pois pode piorar minha perda. Mais n posso ficar desempregado. Então vou seguindo nessa área seja oq Deus quiser. Muitos duvidam da minha deficiência. Tenho colegas de trabalho q inclusive ja ficaram perguntando se é verdade mesmo q sou deficiente pois aparentemente n parece. .
Marcele
11/03/2015 at 19:20Fico triste quando leio esses tipos de comentários, realmente é uma situação muito difícil, só quem tem essa perda sabe o quanto é muito dificil… eu tbm tenho perda auditiva e isso me dói.. sofri no meu ultimo emprego pq o chefe dizia que eu era diferente de todo mundo, me tratava como se fosse uma retardada, e hoje fico com medo de trabalhar conseguir algo melhor pra minha vida por causa do precoceito, é muito triste…. me sinto uma isolada, um nada, um lixo.
Gilson
03/03/2015 at 13:22Acho que o pior é se passar por mal educado, quando algum desconhecido que não sabe da sua situação, fala com você e a pessoa acha que você não deu atenção. Antes do implante acontecia isso direto comigo em lojas. É incrível a quantidade de pessoas que te pedem informação sobre algo ao invés de pedir a algum funcionário da loja. Aí você está olhando alguma mercadoria ou olhando para outro lugar a pessoa chega por trás e diz “Bom dia. Você pode me ajudar?” e você se passa por ignorante.
Junior
20/02/2015 at 16:44Kkkkkkkk, eu tenho problema de audição mesmo idai? Eu não pede pra nasce assim , nem eu e nemniguém , algumas coisas nesse texto são verdade mais quem dissne que agente não pode dirijir?eu só rindo a vida é minha quero ver quem vai ser um des ses pra não eu dirijir!, mais voçê está criticando agente ai tanbém qual foi ta doido, as vezes sou semgraça aló quem é pronto thau kkkkkkkk meus amigos se retam , falam mal de mim e ñ pego ninguém mais sou lindo
andrea
08/10/2014 at 14:01Ola
Eu sabia. Outra coisa. Para quem tirar carteira de habilitação, basta nao oralizar!
se oralizar, detran coloque obrigatorio protese
se nao oralizar, detran coloque livre!
E por isso, existe a lei de acessibilidade, só somente bilateral que nao precisa protese!
vamos a luta!
abracos para todos!
andrea giovanella
19/09/2014 at 12:24A Paula
Outra coisa,
Existe adaptação para em casa! campainha que acenda luz! tambem vibração…
Poxa!
Maioria dos surdos (nao usam aparelhos e nem sao orais) que moram sozinhos e ou familia totalmente surda. Eles tem campainhas iluminadas em casa… eu ja visitei mais 50 casas de surdos que moram…
E problema, familia de deficiente auditivo nao apoiam para colocar campainha de acender luz!
entendeu?
isso é ADAPTAÇÃO! nao é só para ouvir… e sim para VER e SENTIR!
“O deficiente auditivo mora sozinho e vai dormir. O alarme do seu carro dispara. Os vizinhos sabem que ele está em casa, tocam na campainha, não obtém resposta. Aí arrombam a porta…”
Bom discussao!
andrea
sam
02/07/2017 at 18:57Puseram uma lampada no meu telefone no meu trabalho, assim que o telefone toca, a luz acende, o problema é que de 10 ligações que eu atendo, as pessoas falam pelo nariz e não entendo, finjo que a linha caiu e desligo e corro para o banheiro.
Valéria Lima
20/07/2014 at 23:57Paula ri muito com todos,alguns me coube como uma carapuça ajustadinha.
G.A.
09/07/2014 at 15:12Olá, me identifiquei bastante com o texto de NDP, tenho 27 anos, sou servidora pública, e tenho perda bilateral progressiva. Quando NDP citou como não sabe como será sua relação no trabalho, posso mostrar que tudo depende do modo que vc encara a vida. Quando cheguei no setor, tive vergonha de falar para as pessoas da minha deficiência, mas lógico, que as poucos todos notaram. Foi um choque quando um colega no meio da conversa citou “e você com esse problema…” me senti muito mal, muito constrangida. Outra vez, estava usando aparelho com cabelo por cima, uma colega falou e não compreendi, ela veio com a pérola “já não escuta direito e ainda põe os cabelos por cima da orelha…”, com um tom de brincadeira mas que no fundo machucou bastante. é cosntante também estar usando o aparelho com cabelo cobrindo e vem um colega e de forma carinhosa nos toca a cabeça para cumprimentar, e de repente passa a mão e sente aquele objeto estranho na minha orelha, causando aquela “saia justa”. Mas com o tempo e a convivência venho criando intimidade com as pessoa, hj eu me esforço para encarar a situação com uma dose de humor. Às vezes quando não compreendo algo, peço pra repetir com um “fala novamente que eu sou surda” seguido de uma risada. Mas não é todo dia que a gente tem saco pra isso, principalmente quando lidamos com pessoas que desconhecem nossa dificuldade. No meu setor, uma estagiária tem a voz muito aguda, nem as pessoas de boa audição compreendem bem o que ela fala, e ela já percebeu minha dificuldade extrema em ouvi-la de modo que a gente evita até se comunicar, sendo que ela é uma pessoa super agradável, que eu gostaria muito de me aproximar. Mas de modo geral, a situação no trabalho não é das piores. Fico imaginando no dia que mudar de emprego, como será este novo ambiente, o tormento que vai ser acostumar as pessoas do meu convívio a lidar com minha deficiência, a ter que passar por tudo novamente. No fundo sei que não posso me intimidar com isso, não posso deixar que isso atrapalhe minha ascensão profissional. Outra situação ruim é quando me deparo com pessoas que convivi quando tinha boa audição, ficam sem entender nada. Pra quem já amadureceu sua auto-aceitação soa muito fácil dizer que vai usar seu aparelho sem vergonha, que vai “gritar” pro mundo sua deficiência e que os outros que se danem, mas não é bem assim. Não é da noite para o dia que isso acontece. Atualmente estou solteira, meu último namorado depois da minha perda se agravar soube da minha perda auditiva por uma “amiga” minha, que não sei por qual motivo, no dia que fui apresentá-lo ela rápido soltou com risos intensos que eu estava surda e ele sem entender coisa nenhuma. Fiquei hiper magoada com aquilo, até hoje não esqueci, mas enfim, no fundo foi até bom pq evitou eu ter que criar uma situação para contá-lo. Mas fico imaginando como irei fazer nos próximos relacionamentos. Sou muito tímida, acho que terei que explorar meu lado racional pra revelar à pessoa de modo como se eu tivesse me aceitado, que não é verdade, ou se deixarei a pessoa perceber por si só como venho fazendo com todos aqueles que me deparo na minha rotina. Tenho plena consciência que não devemos nos isolar do mundo e das oportunidades por nossa perda, mas dizer que é fácil por tudo isso em prática, ainda tá bem longe da minha realidade.
maura da silva
27/06/2014 at 15:01SOU SURDA BILATERAL Ñ USO PROTESES POIS Ñ DEU CERTO.REALMENTE É MUITO CONSTRANGEDOR PQ VIRA ALVO DE CRITICAS,SEM CONTAR Q FICA MUITO DEPENDENTE E QUANDO TEM QUEM AJUDA.POR MAIS Q A PESSOA SE ESFOÇA A IMDEPENDENCIA,CHEGA UM MOMENTO Q Ñ TEM COMO SE VIRA, FICO MUITO NERVOSA COM ESSA SITUAÇÃO,É UMA DEFISIENCIA GRAVISSIMA E SEM RECONHECIMENTO DE DIREITOS,TENHO 3 TIPOS DE BARULHO EM CADA OUVIDO FALTO 1 GUAU P/FICAR LOUCA,PARECE Q INTERFERE NA VISÃO,NA CABEÇA,AGENTE FICA TOTALMENTE DESCONEQUITADA E DESAMPARADA.ABRAÇOOOSSSSS
sam
02/07/2017 at 19:00Maura, meu zumbido piorou, tenho vários tipos de barulho também, até de garrafa de vidro se esfregando. É triste.
Christian
29/05/2014 at 13:10Tenho 42 anos e comecei a reclamar da perda quando tinha 21.
Pôxa, confesso que me emocionei com vários relatos. Mas foi o relato da NPD que mais me tocou. Gostaria de poder conhecê-la por e-mail e trocar experiências, pois ainda passo por situações bem semelhantes, mas com certa gingada.
Para as NPDs:
É verdade, nenhum aparelho devolve 100% da audição. E não é só isso, eles se tornam ultrapassados muito rapidamente ou pelo menos é assim que as empresas de orteses procuram passar para a gente. Fora os problemas que acontecem quase que, cronologicamente simétricos, e que muitas vezes só vão tornar a acontecer quando a garantia se foi.
NPDs, o isolamento nas conversas realmente são muito desagradáveis e mesmo a minha ex-esposa, as vezes duvidadva que era a minha deficiência que me isolava, e sim a minha anti-socialidade. Foi muito duro ouvir da minha ex-companheira algumas frases chatas. A verdade é que ninguém está preparado para reconhecer a deficiência que não se encherga. Cadeirante eu vejo, cego também é facilmente identificado, mas o surdo…puxa q pariu!!!!
Detalhe importante NPDs: o uso do aparelho é de fundamental importância para estimular os nervos sensorias m(acho que é assim que se chama)dos ouvidos, por isso, nem pense em deixar de usá-lo, ãcelerei muito a perda da minha audição nessa investida.
Não se isole, busque a adaptação ao ambiente.
Hoje trabalho na Petrobras e me sinto bem incluído no ambiente de trabalho. Algumas dificuldades, mas eu sempre busco, junto ao meu chefe e equipe, a minha melhor adaptação.
Descontos no aparelho:
Ouvi de um rapaz em uma seleção de emprego que o Banco do Brasil, custei 50% do valor da ortese. Acredito que deva existir outras.
A Petrobras tb colabora.
Mas concordo com a NPD, os aparelhos são caríssimos e não adianta recorrer ao SUS. Aparelho bom é aparelho caro.
Eu uso tb um só e estou indo atrás da aquisição do segundo. O primeiro é da Telex, mas segundo algguns depoimentos que segui, irei testar tb o da Siemens. Inclusive o rapaz que conversei na seleção de emprego, usava um da Siemens, com conectividade, ou seja, vc consegue, com o uso de alguns aparelhos, atendero o cel e o telefone fixo no aparelho (via blootuth) e ouvir tb a tv (inclusive, com o volume abaixado para todos, menos para vc).
Sinto muita falta de um representante na tv (como já sitaram a Glória Perez) e na política. Deveríamos ter o mesmo direito dos outros deficientes, mas como nos intitulam, não somos deficientes, mas portadores de necessidades especiais. É mole?
Abraço a todos.
E-mail: christianvidal@bol.com.br
Lorena
28/05/2014 at 10:10Olá,pessoal!!! Desculpem-me mas não pude deixar de rir com algumas situações,não referentes à surdez,mas a ignorancia por parte dos ouvintes.
Eu também sou ouvinte e confesso que até há algum tempo atrás,eu não compreendia o surdo,tinha vergonha de ficar perto,mas no meu caso era porque eu tinha vergonha de não saber conversar com surdo e não por preconceito.Era louca para me comunicar com eles,mas não sabia como,até que uma amiga me disse para fazer curso de libras!! E pessoal, eu estou amaaaandooooooo…
Meu professor é surdo e eu fico muito feliz quando ele entende os gestos que eu faço.Acredito que o interesse tem que vir por parte dos ouvintes e não dos surdos,pois somos nós ouvintes que temos que nos informar melhor.Sei que existem casos de preconceito mesmo,mas também existem casos de falta de informação para os ouvintes em relação ao surdo,falta de interesse por parte do governo de dar mais opções aos ouvintes como por exemplo:cursos nas igrejas são poucas que oferecem e mesmo assim a maioria são da religião evangélica.Isso tinha que ser obrigatório em todas as igrejas oferecer este curso de libras,empresas em geral, públicas e privadas,escolas também,pois até onde eu sei é contratado apenas um intérprete para o aluno surdo e os os alunos ouvintes,não precisam se comunicar com o colega surdo??Querem tanto incluir os surdos na sociedade,mas não dão oportunidades de informação aos ouvintes para se aproximarem mais dos surdos.Digo por experiência própria,pois aqui na minha cidade no Espírito Santo,são poucos cursos que existem e mesmo assim não tem nenhuma divulgação,a pessoa que tiver interesse em um desses cursos tem que sair á procura,pra falar a verdade eu nem sabia que oferecia este curso por aqui,se não fosse minha amiga.Mas a Mensagem que eu quero a deixar à vocês surdos é que apesar de toda a dificuldade,vocês são verdadeiros guerreiros,são determinados,corajosos,não tem medo de lutar!E isso é muito admirável sim!!! São exemplos para todos nós.Depois que conheci o meu professor de libras, meu mundo mudou completamente:Tenho 29 anos e duas fillhas,trabalho como telefonista.Antes não pensava em voltar á estudar,apenas trabalhar me bastava.Hoje, minha vida depois desse curso me fez pensar em fazer uma faculdade em Pedagogia com uma especialização em Libras e Educação para Surdos,pois tenho grande sonho de dar aula adivinha para quem???
kkkkkk….exatamente! para os surdos! Amooo… demais essa galera!!!!
De uma coisa vocês podem ter certeza, se há uma diferença entre surdos e ouvintes,é que vocês surdos são superiores a nós ouvintes, só pelo fato de vocês terem garra,força de vontade e uma paciência invejável!!!! Ok,levanta essa cabeça gente!!!! Vocês são admiráveis.
Um GRANDE beijo á todos!!!!!!!
Layane
03/05/2014 at 15:06Olá, tbm sou deficiente auditiva, mas falo bem até porque venho perdendo a audição desde criança e descobri aos 21 anos essa imensa perda. Tenho uma perda profunda nos 2ouvidos nos sons agudos. Faz um mês que comprei os meus aparelhos e fui procurar os meus direitos. Me formei na faculdade de farmácia, e atualmente faço mestrado numa federal. Quando entro no ônibus e apresento minha carteirinha de isento, todo mundo fica olhando, me sinto muito constrangida pelas pessoas não considerar uma pessoa que fala mas não ouve bem, elas não entendem que tenho uma deficiência ao ouvir determinados sons. As pessoas acha que todos que tem essa deficiência tem que ser obrigatoriamente mudo e surdo total. Tenho até medo de entrar numa fila preferencial e alguém vim reclamar. Eu só acho que as pessoas com esse tipo de deficiência tem que ganhar muito respeito como qualquer outra.
Anderson
06/11/2016 at 23:08oiii
Sou def. auditivo, moro blumenau, tenho 31 anos.
Estou procurando alguem que seja deficiente auditivo que poderia ajudar um pouco melhor na comunicação…
LEILA
11/11/2016 at 01:12oi Layane… vc tem zap? vai o meu
(91) 983139375
bag8
03/05/2014 at 08:50Sinto-me satisfeita por ter encontrado este cantinho precioso dos blogues :). Eu entendo perfeitamente essas injustiças todas. Identifico-me com alguns, só alguns porque apesar de ter surdez profunda bilateral tenho implante coclear que é aproximado de uma boa audição. Mesmo tendo implante, a audição não chega a ser perfeita, longe disso! Sinto dificuldades todos os dias mas já me habituei e a forma de superar isso é agradecer pelas coisas boas da vida e quando consegues atingir objectivos como pessoas normais 😉
Está faltando qualquer coisa aí, a galera esquece que és surda por uns instantes e começa a zoar com você porque andaste a trocar as palavras e acabas por dizer que entendeste certas palavras que são consideradas embaraçosas. E quando botam um assunto, interferes no assunto mas como ouviste mal, disses outro assunto completamente diferente e a galera olha para voçê com um olhar constrangedor. Ehh, é tão frustante!!
Andréa Corrêa
28/04/2014 at 17:34Muito bem colocado… faltou o constrangimento nos detectores de metal… nos bancos mesmo, só vou em último caso… ter que esperar para entrar pela porta de deficientes e todo o banco te olhando sem entender nada… sem contar que nesse tempo de chamar o gerente para pegar a chave, já passaram 10 na frente…
sueli aparecida barbosa
16/04/2014 at 13:52me enquadrei praticamente em quase todas a situações citadas acima ainda faltou colocar a ¨célebre frase¨ mas se vc é surda como consegue falar normalmente e aí é preciso explicar para o indivíduo que faço leitura labial… Alias estou indignada e não sei ao certo como digerir a situação que vivi ontem numa clinica de audição fui fazer uma audiometria e antes conversei normalmente com a fono depois fui para a cabine e percebi que ela começou a se estressar por que eu não sinalizava os sons que ela enviava e ela chamou minha atenção 3 vezes dizendo que eu precisava prestar atenção porque ela pode perceber que eu ouço sim.. OUÇO SIMMMM MAS VENDO dependo exclusivamente da visão para ter uma comunicaçõa tranquila com uma pessoa e ela subentendeu que eu ouvia mas não respondi aos sons por falta de interesse como posso sinalizar um som que não tenho certeza que estou ouvindo.. me senti ofendida por se tratar de uma fono que precisa entender que cada caso é um caso..tenho perca total de visão e audição do lado direito… para facilitar minha convivencia com amigos e parentes sempre digo que sou ESQUERDISTA PARA QUE FALEM COMIGO PREFERENCIALMENTE DO LADO ESQUERDO ONDE AINDA TENHO UMA MÉDIA DE 30% DE AUDIÇÃO …Resumindo gostei muito deste blog porque podemos contar as experiências boas e ruins geralmente mais ruins do que boas..
PARABÉNS PELO BLOG!
Ana Eliza Rocha
15/04/2014 at 17:00Oi,Paula!
Nossa estou adorando o seu blog,sou surda oralizada,minha deficiência auditiva foi causada por rubéola,uso proteses desde os 10 anos e hoje estou com 26 anos e sou funcionária pública.
Lendo o seu texto, percebi que é o meu caso,rsrsrs. Realmente não é fácil.Sem contar que ainda há pessoas que não tem paciência de coorperar conosco,acham que o fato de usarmos aparelho significa que a nossa audição se igualou com a delas.Não se comunicam de maneira correta e fácil para nós entendermos.E já declarei no trabalho e em casa, fico longe do telefone!!rsrsrs
deise
27/03/2014 at 23:48Para quem tem dificuldades em comprar aparelhos vai uma dica: pegar com o seu médico otorrino uma carta de solicitação dos aparelhos e o ultimo exame de audiometria.Passar no posto de saúde(Ama)ou no hospital são Paulo casa da Prótese que dão aparelhos gratuitos de ótima marca eu ganhei os aparelhos estou gostando muito. São marcas exelentes como Phonak,Oticon,Siemens.Tome cuidado com alguns médicos otorrinos porque eles vão querer que vc compre porque eles ganham comissões.
Boa sorte!
wilker
25/02/2014 at 15:17triste é saber que um infeliz qualquer que por imprudencia, impericia ou qualquer outro erro particular perca um dos membros, ainda assim esta pessoa terá mais direitos e beneficios do que o deficiente auditivo, que na maioria das vezes é congenito, nasceu assim…
esse é o país que vivemos
Anonymous Surdium
13/12/2013 at 16:48Ou seja, redução de gastos econômico-financeiros àqueles que são extremamente prejudicados na sua caríssima aquisição protética, bem como em sua locomoção social, não… Mas, critérios subjetivos e inconstitucionais de redução da acessibilidade e do bem-estar social a esses oralizados, isso sim. Ora, essa lei discriminatória aos referidos insuficientes sensoriais é um paradoxo total! Causídicos, jurídicos, juristas e operadores do direito, acoooooordem e ouçam-nos ao menos uma vez na vida!!!
Anonymous Surdium
13/12/2013 at 06:26Olá, Paula Pfeifer! Nós, deficientes auditivos, já dispomos do “Símbolo Internacional da Surdez”, admitido por DETRAN no Brasil, vindo até em forma de adesivo plástico para colarmos no vidro do bendito carro, como sinal de alerta. Porém, o custo reduzido ao adquiri-lo, bulhufas! Nada mais injusto, pois os realmente prejudicados no seu direito de ir e vir e na sua mobilidade, são precisamente nós que não ouvimos direito e, por isso mesmo, temos que sempre gastar o dobro ao ficar indo, vindo e retornando o tempo todo pra “repetir-conseguir-finalizar” nosso intento, compromisso ou objetivo social. Não obstante os constrangimentos, por vezes nem sequer alcançamos as coisas dentro do definitivo prazo… Daí as propaladas chances são indubitável e cruelmente reduzidas, aumentando nossas ensurdecedoras perdas com insuportável apatia, angústia e depressão. Cadê o justo e o direito que, dizem, nos assiste?
NDP
10/12/2013 at 18:26Oi Paula! Ja faz uns 6 meses desde que descobri seu blog, foi numa fase de depressão profunda minha em que eu passava tempos na internet pesquisando sobre esse mundo de deficientes auditivos e pela curiosidade em saber se alguém mais sofria com situações constrangedoras, humilhações e afins, assim como eu. Comecei a sentir dificuldade para ouvir quando eu tinha uns 15 anos (hoje tenho 25), eu sempre aumentava o volume da tv, pedia pras pessoas repetir o que falavam e aí então falei pra minha mãe que queria ir pro médico, pq eu não estava ouvindo bem, fui no otorrino, fiz audiometria e então descobri que tinha perda bilateral progressiva. Quando ouvimos que minha opção era aparelho auditivo ficamos meio em choque, eu não queria isso, nem minha mãe, a gente queria uma cirurgia, algo que “resolvesse”, entende?! Então, seguimos pra outros otorrinos e outros exames, não tinha jeito, só ouvíamos dos médicos que minha opção era aparelho, como eu não tinha outra opção, aceitei e tive meu primeiro aparelho, não sei dizer o modelo, era um que colocava dentro do ouvido, resolvi que ia tentar usar em um ouvido só, pra tentar me adaptar e também pelo custo. A primeira vez que usei enchi os olhos de lágrimas, pois eu conseguia ouvir até os passos das pessoas, porém foi só o começo, logo percebi que todos os sons eram amplificados e não só o que eu tinha dificuldade em ouvir, tenho uma queda grande nos agudos, desenho animado nem pensar, não entendo nada, com ou sem aparelho. Então, eu estava na sala de aula e eu ouvia a professora falar mais alto, mas também ouvia todo borburinho da galera da sala e no fim acabava não entendendo nada, aí eu tirava o aparelho. Foi uns meses de tentativas em me adaptar e não conseguir nada, desisti, me formei no ensino médio sem aparelhos mesmo, em 2005. Aí, em 2007 eu comecei a fazer faculdade, não conhecia ninguém e como tenho perda progressiva ja ouvia bem menos, fiz pouco mais de 1 mês de facul e desisti e só nesse tempo passei por muitas frustrações e situações constrangedoras, eu não falava que tinha DA, tinha vergonha e boiava quando professores faziam perguntas para mim durante a aula, ficava um pimentão de vermelha por não ter entendido, sério. Fiz minhas malas e voltei pra casa, foi quando entrei em depressão. Na segunda metade de 2008 ergui a cabeça e resolvi tentar de novo, mas aí falei pra minha mãe que eu PRECISAVA de um aparelho auditivo que eu conseguisse me adaptar ou nada feito. Minha mãe me deu o maior apoio, eu ja tinha sofrido bastante até aí e entre pesquisas e indicações de pessoas, fomos pra Porto Alegre pra então consultar com um otorrino mais bem conceituado. Além da audiometria fiz vários outros exames, infelizmente ele não me explicou totalmente meu problema, mas tenho também o que deve ser a perda neurosenssorial que vi vários falando aqui (sei que é algo ligado a isso) e de novo, cirurgia nenhuma era opção, era aparelhos e ponto final, escolhi um dos melhores aparelhos disponíveis, que não tapa a orelha (pq a sensação é horrível, né?!), com o “fiozinho” de silicone transparente, com a parte que fica atrás da orelha na cor pérola, gostei do design, achei discreto e desta vez comprei para os dois ouvidos, pois o médico me convenceu que eu precisava mesmo era usar nos dois. Esse aparelho, muito mais moderno que meu antigo tinha inúmeras possibilidades de ajustes e a ideia era que eu sempre voltasse no consultório para ajustar conforme sentisse necessidade, infelizmente moro longe de POA e não pude voltar a ajustar com a mesma fono, da qual eu tinha gostado. E então foi, comecei outra faculdade, com o aparelho novo, aos poucos fui perdendo a vergonha de dizer aos amigos que tinha DA, quanto aos professores, eu achava que seria inútil falar, pois não se tem acessibilidade da mesma forma na faculdade, nos últimos semestres que cursei eu falei pra três professores e como ja esperava, não mudou nada. Minha facul era carregada de trabalhos e apresentações e pior, de perguntas dos professores (e colegas) durante as apresentações, eu ia pra casa com a cabeça estourando, fazia o maior esforço do mundo para conseguir entender as perguntas e aí então eu percebia que o aparelho não me ajudava 100%, que eu nunca conseguiria me igualar aos colegas na audição. Eu sempre ficava muito tensa em textos ditados pelos professores, em chamadas quando a galera da sala tava no maior burburinho, eu tinha vontade de levantar e gritar “calem a boca, que eu quero ouvir a professora”, também quando colegas sentados atrás de mim me chamavam e aí ficavam chamando até alguém que estava perto de mim me cutucar e me avisar que o fulano ta chamando e aí o que eles fazem? largam aquele “tu ta surda? Meu Deus, te chamei várias vezes” e caem na gargalhada, te deixando mega sem jeito na frente de todos. Fui até minha paciência esgotar, no 7° período da facul e quando me dei conta que tava na hora de procurar um estágio e o que eu ia enfrentar dali pra frente, desisti mais uma vez. Falando um pouco do assunto do post, das situações que passamos, em grupo de amigos eu ja desisti de tentar entender tudo, fico na minha, sou a pessoa que não fala ou fala quase nada, que não ri junto da piada que alguém contou e aí sempre perguntam “pq tu ta quieta?”, “ei, tu não fala?”, “mas conversa com a gente guria” e é por essas e outras que muitas vezes recuso os convites e prefiro ficar em casa. Um dia conversei com uma amiga sobre meu problema e aí entramos na parte de relacionamentos e ela disse “deve ser ruim, tipo, o cara ta contigo na cama no escuro e fala alguma coisa bonitinha, de sentimento e vc nem entende o q ele falou”, e é mesmo, é horrível, tanto pq as vezes a pessoa repete 3 vezes no escuro e vc continua não entendendo, pq não adianta olhar pra ela. Quanto ao interfone, eu tenho uma cachorrinha, quando eu morava sozinha era graças a ela que eu sabia que alguém tinha tocado, pois ela acoava e até hoje, mesmo morando com minha mãe é graças a ela que eu percebo que estão tocando o interfone. TV aberta eu não assisto, nada mesmo e na tv a cabo assisto o que tiver legenda disponível, cada vez mais estão dublando os programas e não dando opção de legenda na sky, é triste! Filmes e séries que é o que mais gosto de ver, eu vejo online com legenda. Palestras, cursos de inglês é coisa que eu nem tento mais. Bom, fugi da minha saga q eu estava contando, pra falar um pouco do assunto do post, mas então, hoje eu curso faculdade (pela 3° vez) na Unopar que disponibiliza ensino a distância, apesar de muitos criticarem a faculdade, dizeram que é coisa de preguiçoso, eu estou achando tranquilo, pq até as vídeo aulas q passam nos dias presenciais eu posso assistir depois em casa pelo site da facul e aí, eu coloco meus fones de ouvido e consigo entender. Ainda sofro com apresentação de trabalho, mas é só uma por semestre, então não posso comparar com o que ja passei. Hoje em dia, eu uso meu aparelho quando sinto necessidade, pois ainda não me adaptei totalmente a ele, isso me deixa muito triste, ahh e também uso só em um ouvido, pois não consigo usar nos dois, me sinto perdida em meio aos sons e as vezes parece que entendo melhor até sem, tipo, quando a pessoa está falando perto de mim. O mercado de trabalho vai ser um desafio, eu ainda não sei como vou lidar, ja acho que vou torrar a paciência de todos meus colegas de trabalho por faze-los repetir mil vezes as coisas, mas a gente vai tentando né, um dia eu espero achar um aparelho que NO MÍNIMO, me faça sentir confortável num grupo de amigos ou palestra, por exemplo, mas no momento não tenho grana pra investir e pelo que vi falarem aqui, o aparelho que o SUS disponibiliza é muito ruim, o que imagino, muito inferior do que eu ja possuo. Desculpa pelo textão, acho que precisava desabafar. Beijo Paula, seu blog é demais!
Manuel Gomes
12/12/2013 at 02:19Oi,
Para dizer que revejo-me totalmente no teu caso! Até parece que acabei de falar de mim mesmo… Não é nada fácil encarar a vida desta forma, ao contrário do que muitos pensam, só quem passa pelo que nós passamos tem noção da imensidão do nosso sofrimento!
Não sei se usas Skype ou Facebook, se quiseres podíamos trocar contacto, seria bom ter alguém que entende e passa o mesmo com quem conversar 🙂 Qualquer coisa o meu mail é: mail_messenger@sapo.pt
Mariana Solano dos Santos
07/11/2013 at 09:47“sou brasileira e nao desisto nuncaaaaaaa” tsc ;), adorei.
Mariana Solano dos Santos
07/11/2013 at 09:43Concordo com a Alexandra do dia 16.09.13, tambem tem surdos q mentem q nasceu ouvintes e depois perderam a audiçao, eles gostam de se exibir, sei diferenciar as pessoas q perderam de verdade a audiçao quando crinças e os mentirosos… Jessica eh assim, e isso nao eh nada bom!
Mariana Solano dos Santos
07/11/2013 at 09:36Nao li ainda o livro mas vou procurar na livraria, sério? Nao vi o depoimento, eu li tudo tao rapido pq era tao comprido… Obrigada pelo aviso. Bjos. Obrigada por vc ter visto o meu comentario:*( sei q na maioria do pessoal nasceram ouvintes e perderam a audiçao quando jovem, mas mesmo assim fico feliz, mto obrigada a Deus por este blog existir! ), nao obrigada.
Mariana Solano dos Santos
06/11/2013 at 19:33Uau estou impressionada com o seu blog! Tenho treze anos, me sinto amada, sou de classe media, leio muito desde pequena( nao consigo ficar sem ler uma revista ou livro por um dia ) e o meu único problema é que nao consigo fazer muito amigos, o que me faz me sentir um pouco solitária… Eu nao dependo de minha mãe para me comunicar com as outras pessoas, sou surda MAS nao digo para as pessoas q sou surda só para nao me perguntarem coisas bestas, sempre escondo meu aparelho com o meu cabelo, nunca largo meu aparelho. Sou inteligente, sei desenhar super bem e falo mais ou menos, nao sei falar direito com palavras compridas, fico gaga (rsrsrsrsrrs), nao terminei a fonoalogia pq eu sempre reclamei q só treino o s. Minha familia me ama, a escola eh uma porcaria pra mim, só me aceito como a surdez parte de mim nao orgulho de ser surda, pensei em cursar psicologia, pq assim os surdos nao precisam de interprete pra entender oq os psocologos comuns estao falando, sonho abrir uma psicologia só para surdos q querem resolver seus problemas pessoais, estou na sétima série e nunca fiquei de recuperaçao(ufa). Vi que tem surdos ja formados aqui nos comentario, me senti feliz com isso pq tive medo de nao poder me dar bem na vida social, esse blog me ajudou pra dedéu! Que todos os surdos sigam um bom caminho!
Crônicas da Surdez
06/11/2013 at 19:36Seja bem-vinda.
Tem ate depoimento de surda oralizada e psicóloga, você viu?
Quer mandar o seu depoimento?
Leu o meu livro Crônicas da Surdez? Espero que sim.
Beijos
MARCOS SAMUEL DE OLIVEIRA
22/10/2013 at 21:59Boa noite,
Sou deficiente auditivo bilateral de grau profundo(CID H90.5), desde os 5 anos de idade, Bacharel em Administração, Técnico em Química e Meio Ambiente, casado e pai de 2 crianças…Gostei muito da cronicas…mas, aprendi com o tempo a quebrar as regras…ou seja num dos casos dizem que deficiente auditivo não tem direito de isenção de IPI(é um caso mt injusto!), mas isso não me faz desistir…continuo ainda fuçando na Receita Federalpor este direito, pois estou valendo do Senado Federal que aprovou o direito aos surdos.
Não é coisa fácil, mas desistir jamais…quem sabe um dia.
Não desista de seus sonhos.
Abraço.
Samuel
clason-samuel@hotmail.com
samuel.mark@bol.com.br
Nuccia
01/10/2013 at 18:38olá, meu nome é Nuccia, sou surda bilateral desde 2007, com anacusia total. Não uso aparelhos, pq não tenho os nervos auditivos, daí nem adianta. Sei Libras e sou oralizada, alias eu falo p caramba. Sou biologa, com mestrado em bioquimica, quase fechando o doutorado. Também sou bailarina há 11 anos.
Perguntas que jáme foram feitas quando avisei que sou surda:
– Surda??!! Mas você fala!
– Ué, como surdo pode ter tatuagem?
– Mas, minha nossa, como você consegue dançar sendo surda?
– Por que raios você tem celular se não atende, só envia SMS?
– Tadinha, vai ficar solteira pra sempre… Surdo não consegue namorar, não é?
Sim, são situaçoes dificeis, bem como todas as citadas no post. Nem por isso eu deixo de erguer minha cabeça e enfrentar tudo de frente. Falo, danço, tenho 7 tatuagens, eu uso meu celular do jeito que eu quiser, namoro e transo bastante. Se um surdo não fizer ou mostrar, os ouvintes nunca saberão ou aprenderão a respeitar.
Parabéns pelo blog. N.
Maxiliano Batista Barros
26/09/2013 at 16:48Gostaria que algum amigo deste blog pudesse me indica um advogada para esclarecimento de uma situação que vivo referente ha uma aluna surda que até hoje não tem interprete em sala de aula, mesmo sendo de IF. meu e-mail:
maxilianobarros94@gmail.com
Alexandra
16/09/2013 at 00:40Gente, outra coisa super, hiper, mega, ultra irritante é quando informo que sou surda, e a pessoa não quer acreditar, aff. Só porque sou oralizada.
Mania de acharem que todo surdo é necessariamente mudo e todo mudo é surdo. Quer dizer que além de surda ainda terei que ficar muda para agradar a maioria, rs. Haja paciência, mesmoooooooo.
Luzia Castro
15/09/2013 at 20:40Gostei e me identifiquei com praticamente tudo que esta escrito no texto. Tenho deficiência auditiva grave, faço de uso de aparelho do lado esquerdo pois o lado direito já perdi. As vezes tenho raiva do mundo por ter que depender de pessoas para um simples agendamento de consulta, é muito estressante você não conseguir se comunicar como deveria. Sou descriminada ate mesmo dentro de minha própria casa pela minha própria família. Dificuldades para fazer amigos. As vezes tenho vontade de não existir.
Alexandra
16/09/2013 at 00:48Oi. Sei o que é isso. Mas te digo que é possível superar, tudo. Sou birrenta e não me curvo facilmente, se pisam no meu calo eu grito e grito bem alto, seja lá quem for. Ôpa, estão pisando no meu pééééééé.
Quando alguém me diz, por preconceito, que eu não vou conseguir, aí é que me dedico mais, e termino conseguindo, rs. Como diz uma frase que já foi moda no passado: “Sou brasileira e não desisto nuncaaaaaa”. Não desista também. Apesar das dificuldades a gente consegue, dá trabalho, mas a gente consegue.
Aline Maggio
13/08/2013 at 19:59Esqueceu do atendimento médico, do mercado, dos shopping, lojas e restaurante. E toda hora ter que dizer o que? ou dizer que vc é deficiente auditivo, praticamente nos não temos independência comunicativa.
Ana Paula Correia da Costa
14/07/2013 at 21:42Boa noite gente, segue a sentença do processo judicial da isenção de IPI para compra de carros com desconto. Esta é a nossa realidade, o que eu pude entender é o deficiente auditivo é de outro mundo…
PROCESSO 0003667-90.2009.4.03.6100
Autos com (Conclusão) ao Juiz em 18/01/2013 p/ Sentença *** Sentença/Despacho/Decisão/Ato Ordinátorio Tipo : A – Com mérito/Fundamentação individualizada /não repetitiva Livro : 1 Reg.: 37/2013 Folha(s) : 65 TIPO AAÇÃO CIVIL PÚBLICA nº 0003667-90.2009.403.6100AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALRÉ: UNIÃO FEDERAL26ª VARA FEDERAL CÍVELVistos etc.O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ajuizou a presente ação civil pública em face da União Federal, pelas razões a seguir expostas:Afirma, o autor, que pretende garantir a isenção do IPI na aquisição de veículo Okm para pessoas surdas ou com deficiência auditiva.Alega que a isenção do IPI está disciplinada na Lei nº 8.989/95 e que a Secretaria da Receita Federal informou que tal isenção não se aplica às pessoas com deficiência auditiva por ausência de previsão legal.Sustenta que tal negação viola normas constitucionais e legais, que garantem a inclusão social da pessoa com deficiência e, em consequência, viola os princípios da isonomia e da dignidade da pessoa humana.Sustenta, ainda, que a interpretação da Receita Federal, ao excluir somente um tipo de deficiência do benefício fiscal, é equivocada e discriminatória.Acrescenta que o argumento de que a isenção deve ser interpretada literalmente, por força do artigo 111, inciso II do Código Tributário Nacional, não pode servir de justificativa para afrontar a Constituição Federal, norma hierarquicamente superior.Afirma que as pessoas com deficiência auditiva, beneficiárias da isenção de IPI, são aquelas que possuem perda de audição, bilateral ou unilateral, total ou parcial, de 41 dB ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz, conforme o artigo 3º, inciso I c/c artigo 4º, inciso II do Decreto nº 3.298/99.Pede que a ação seja julgada procedente para determinar que a União Federal conceda a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI nas aquisições de veículos automotores de fabricação nacional a pessoas com deficiência auditiva, quando comprovado o implemento dos demais requisitos legais para tanto, nos requerimentos administrativos apresentados.Notificada, a União se manifestou sobre a petição do autor, alegando, preliminarmente, sua ilegitimidade ativa. Afirma, ainda, que as normas gozam de presunção de constitucionalidade e que a ausência de previsão legal para isenção do IPI leva ao indeferimento dos pedidos formulados para a concessão do benefício fiscal para os deficientes auditivos.O feito foi extinto sem resolução de mérito por ilegitimidade ativa do Ministério Público Federal. Contra essa decisão, foi interposta apelação, a qual foi dado provimento, bem como foi dado provimento à remessa oficial, para declarar a legitimidade do Ministério Público Federal, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para o regular processamento do feito (fls. 159/164).A antecipação de tutela foi indeferida às fls. 171/174.A União apresentou contestação às fls. 181/185. Nesta, afirma que os portadores de deficiência auditiva não estão em condição equivalente a dos portadores de deficiências física, visual, mental ou autismo, uma vez que não têm a locomoção afetada. Sustenta que, por se tratar de benefício fiscal, a interpretação da lei deve ser literal, não podendo ser ampliado o gozo do benefício por pessoas não autorizadas. Acrescenta que deficiência é o gênero e que a deficiência física e auditiva são espécies e distintas. Pede, por fim, que a ação seja julgada improcedente.É o relatório. Passo a decidir.A preliminar de ilegitimidade ativa do MPF restou superada pela decisão proferida pelo E. TRF da 3ª Região.Passo ao exame do mérito propriamente dito.A isenção de IPI por ocasião da aquisição de automóveis novos está regulada pela Lei nº 8.989/95.O artigo 1º, em seu inciso IV e em seus 1º e 2º, elenca os requisitos que devem ser preenchidos para que seja concedido o benefício fiscal de isenção de IPI sobre automóveis de passageiros de fabricação nacional, nos seguintes termos:”Art. 1o Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversível de combustão, quando adquiridos por: (Redação dada pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003) (Vide art 5º da Lei nº 10.690, de 16.6.2003)(…)IV – pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu representante legal; (Redação dada pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003)(…) 1o Para a concessão do benefício previsto no art. 1o é considerada também pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. (Incluído pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003) 2o Para a concessão do benefício previsto no art. 1o é considerada pessoa portadora de deficiência visual aquela que apresenta acuidade visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20, ou ocorrência simultânea de ambas as situações. (Incluído pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003)(…)”E a IN SRF nº 988/09 dispõe sobre as condições da pessoa portadora de deficiência física e visual, nos seguintes termos:”Art. 2º As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos, poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi). 1º Para a verificação da condição de pessoa portadora de deficiência física e visual, deverá ser observado:I – no caso de deficiência física, o disposto no art. 1º da Lei nº 8.989, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 16 de junho de 2003, e no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, com suas alterações posteriores; eII – no caso de deficiência visual, o disposto no 2º do art. 1º da Lei nº 8.989, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 2003. 2º A condição de pessoa portadora de deficiência mental severa ou profunda, ou a condição de autista, será atestada conforme critérios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2, de 2003. 3º O direito à aquisição com o benefício da isenção de que trata o caput poderá ser exercido apenas 1 (uma) vez a cada 2 (dois) anos, sem limite do número de aquisições, observada a vigência da Lei nº 8.989, de 1995.Desse modo, os deficientes auditivos não estão incluídos na regra isentiva.E, de acordo com o inciso II do artigo 111 do Código Tributário Nacional, a legislação tributária que trata de outorga de isenção deve ser interpretada literalmente.A propósito, confiram-se os seguintes julgados:”TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. ART. 6º DA LEI 7.713/88 COM ALTERAÇÕES POSTERIORES. ROL TAXATIVO. ART. 111 DO CTN. VEDAÇÃO À INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. 1. A concessão de isenções reclama a edição de lei formal, no afã de verificar-se o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos para o gozo do favor fiscal. 2. O conteúdo normativo do art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, com as alterações promovidas pela Lei 11.052/2004, é explícito em conceder o benefício fiscal em favor dos aposentados portadores das seguintes moléstias graves: moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. Por conseguinte, o rol contido no referido dispositivo legal é taxativo (numerus clausus), vale dizer, restringe a concessão de isenção às situações nele enumeradas. 3. Consectariamente, revela-se interditada a interpretação das normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, restando consolidado entendimento no sentido de ser incabível interpretação extensiva do aludido benefício à situação que não se enquadre no texto expresso da lei, em conformidade com o estatuído pelo art. 111, II, do CTN. (Precedente do STF: RE 233652 / DF – Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma, DJ 18-10-2002. Precedentes do STJ: EDcl no AgRg no REsp 957.455/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, DJe 09/06/2010; REsp 1187832/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2010, DJe 17/05/2010; REsp 1035266/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 04/06/2009; AR 4.071/CE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 18/05/2009; REsp 1007031/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/02/2008, DJe 04/03/2009; REsp 819.747/CE, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/06/2006, DJ 04/08/2006) (…)”(RESP nº 200900068267, 1ª Seção do STJ, j. em 09/08/201, DJE de 25/08/2010, DECTRAB VOL. 0194 PG 19, Relator: Luiz Fux – grifei)”TRIBUTÁRIO. IPI. AQUISIÇÃO DE AUTOMÓVEL NOVO. ISENÇÃO. PORTADOR DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA. DESCABIMENTO. HIPÓTESE DE ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. INTERPRETAÇÃO LITERAL (ART. 111, II, DO CTN). LEI Nº 8.989/95. CONDENAÇÃO EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ DA FAZENDA PÚBLICA. RATIFICAÇÃO. 1. Trata-se de Apelações em Mandado de Segurança, interpostas por ambos os litigantes contra a sentença a quo, que denegou a segurança, por entender que, no direito tributário brasileiro, a isenção deve ser interpretada restritivamente, consoante preceito contido no art. 111, II, do CTN, não havendo como ser el no caso concreto, os portadores de deficiência auditiva. 2. Busca o Contribuinte a extensão de um benefício fiscal que não lhe foi concedido, ao arrepio dos princípios da legalidade tributária e da interpretação restritiva das isenções fiscais. 3. É cediço que o art. 111 do CTN prevê a impossibilidade de se interpretar extensivamente legislação tributária que concede benefício fiscal e pode ser aplicado, ainda que por analogia, não só nas hipóteses de isenção tributária, mas também nas hipótese de redução de alíquota ou alíquota zero. Precedente do STJ: EDcl-AgRg-REsp 1.093.720 – (2008/0197083-8) – 2ª T – Rel. Min. Humberto Martins – DJe 01.07.2009 – p. 930. Precedente desta Corte: AC 2007.81.00.019485-4 – (454874/CE) – 1ª T. – Rel. Francisco Cavalcanti – DJe 02.12.2008 – p. 185. (…)”(AC nº 200883000179163, 2ª T. do TRF da 5ª Região, j. em 11/05/2010, DJE de 20/05/2010, p. 260, Relator: Francisco Barros Dias – grifei)Compartilhando do entendimento acima exposto, verifico que não é possível estender a isenção do IPI aos deficientes auditivos, como pretende o autor, uma vez que a regra isentiva deve ser literalmente interpretada e esta não faz menção a tal deficiência.É de se salientar, por fim, que a Administração está completamente vinculada à lei, só podendo fazer o que a lei determina. Trata-se do princípio da legalidade.A respeito do assunto, CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO ensina:”Assim, o princípio da legalidade é o da completa submissão da Administração às leis. Esta deve tão-somente obedecê-las, cumpri-las, pô-las em prática. Daí que a atividade de todos os seus agentes, desde o que lhe ocupa a cúspide, isto é, o Presidente da República, até o mais modesto dos servidores, só pode ser a de dóceis, reverentes, obsequiosos cumpridores das disposições gerais fixadas pelo Poder Legislativo, pois esta é a posição que lhes compete no Direito brasileiro.”(in CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO, Malheiros Editores, 19ª ed., 2005, pág. 90)Assim, não havendo lei que estabeleça a isenção do IPI ao deficiente auditivo, não pode, este juízo, estender tal benefício.Diante do exposto, julgo IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO e extingo o feito com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, inciso I do Código de Processo Civil.Tendo em vista que esta ação foi proposta pelo Ministério Público Federal, não há que se falar em condenação em honorários advocatícios. Custas ex lege.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Viviane
19/07/2013 at 11:08Penso que tudo na vida tem seu lado bom e outro ruím. Essa por exemplo de não pagar IPI,tambem, é o lado bom. Imagina se já pagamos tão caro, tantos impostos, será ótimo este desconto…comprei o meu com isenção do imposto, mas foi por causa da promoção da concessionária. Tomara que o proximo eu consiga o desconto, conforme a lei. Afinal ela está aí para ser cumprida.Todos tem direito a alguma coisa em alguma situação…
Jessé Maia
05/07/2013 at 11:33Oi, Paula Pfeifer,
Primeiramente, vou me apresentar: meu nome é Jessé Maia e sou deficiente auditivo (profundo bilateral). Gostei muito do seu blog, porque é muito importante compartilhar a informação sobre as coisas úteis e desconhecidas que podem ajudar as pessoas com deficiências.
Gostaria de compartilhar uma boa notícia que o congresso nacional está com o projeto de lei que permite as pessoas com deficiência auditiva a comprar o carro sem IPI. Esse está encaminhando para a câmara dos deputados para aprova-lo.
Se quiser saber dos detalhes, veja no link: http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=66369
Ao entrar no link, clica na seção Tramitação.
Espero que esse projeto seja aprovado.
Natalia
05/07/2013 at 02:01Tenho que ser sincera ao dizer que quase chorei lendo algumas coisas nesse post, tem coisas aí que são muito humilhantes pra mim, não sei se um dia vou superar essa deficiência.
Manuel Gomes
06/07/2013 at 15:25Senti e sinto o mesmo que você! Alguns comentários acham até piada e se riem das situações resultantes da própria deficiência mas eu não consigo ser assim. Sei que não é o melhor e tenho perfeita noção de que enquanto não superar este preconceito a vida irá continuar a ser cinzenta e solitária… A nível social e relações é difícil demais… É inacreditável como pode ser uma deficiência como esta tão banalizada e muitas vezes alvo de chacota… Estou completamente esgotado psicologicamente… Penso nisso a toda a hora e a minha vida desde está completamente estagnada… Também não sei como ou se vou algum dia superar esta deficiência…
Viviane
19/07/2013 at 11:00Manoel Gomes e Natália, bom dia.
(desculpem pelo tamanho do texto)
Saibam que se fizerem um esforço, vão conseguir superar isso sem medo. Pode nao ser fácil. Tambem tive que passar pela fase de aceitação, pois meu problema é bilateral e progressivo. E ainda sou nova. Pensávamos que a surdez é só para quem nasce com ela ou para as pessoas idosas…( certa vez estava na recepção da fono para manutenção dos aparelhos, quando falei com uma senhora que estava acompanhada da mãe (idosa)que usa aparelhos por causa da idade. Ela ficou chocada ao saber que eu é quem estava com deficiencia auditiva por ainda ser jovem, achava que eu estava acompanhando alguém…)Ledo engano. Pode acontecer em qualquer idade. A pessoa nunca imagina que vai ficar surda ou quase surda de uma hora pra outra. Mas quem não tem medo de encarar os obstáculos da vida, consegue se reerguer e seguir em frente…
Se há pessoas que zombam da gente, de certa forma, elas podem um dia chegar em situação pior do que a nossa, pois não sabemos o dia de amanhã. Já observaram quantas pessoas no mundo tem certa dificuldade, seja física ou mental? Não sou religiosa, mas acredito em Deus…Temos que pedir a ELE que nos proteja, nos dê força e coragem para enfrentar com mais naturalidade possivel. Claro que as vezes sentiremos falta de ouvir como antes, que agora temos que tomar mais cuidado. Isso é natural, pois não somos máquinas. Mas penso o seguinte: Sou capaz e sei que há pessoas em situação pior. Se posso ir atrás de algum tratamento, o jeito é me cuidar e viver da melhor forma possível. Existe a familia e amigos que nos apoiam, há tambem pessoas sem pre-conceito.
Não somos coitadinhos, mas tambem temos nossos direitos. A lei está aí para que seja cumprida.
Abraços e tudo de bom…
Ana Paula Correia da Costa
25/05/2013 at 02:06Olá gente eu sou deficiente auditiva perda bilateral . Eu sempre digo que só existe duas deficiência é mais descriminada a auditiva e a visual tem que ser no famoso ver pra crer.
No nosso caso da audição, eu sempre ouço a famosa frase ” você é surda” eu respondo: “sou por que algum problema” gente a pessoa cala a boca na hora.
nosso pais fala tanto em questão da descriminação que não pode mais existir que tudo isso tem que acabar, mais como acabar se a própria justiça cria barreira sobre nós, eles são os primeiros talvez a não nos aceitar.
por quantas e quantas vezes já fui descriminada, pessoas riam e falavam com deboche gritando o que eu pedia para repetir. nós temos que nos unir e lutar pelos nossos direitos criando uma ONG, para as pessoas os deficientes auditivos não são nada. que leis são essas que este pais cria, que falam tanto em democracia, igualdade e entre outros mais na hora de agir eles eliminam os deficientes auditivos fora por acharem que somos umas pessoas qualquer.
nós podemos conseguir nossos direitos lutando por eles como agente luta no nosso dia a dia com tantos preconceitos utilizados no texto acima.
ISABEL CRISTINA CALUCI DEL DUCA
12/05/2013 at 11:23Sou deficiente auditiva, faço uso de aparelho.
Aproveito minha deficiência para ouvir só aquilo que é construtivo. Não me permito baixar a guarda nunca. Não dependo de governo ou nenhum tipo de ajuda. Trabalho como supervisora de departamento fiscal, compro meus aparelhos, pago minhas contas. Só quero e tenho trabalho. Me mantenho sozinha. E acho que é disso que precisamos, trabalho, pois enobrece e dignifica o ser humano. Não passo constrangimento por ser surda, pois quando me falam algo que não escuto e vem logo a pergunta: VOCÊ É SURDA?, respondo, acertou. Dá pra falar mais alto?
Faça como os rios, não transpõem obstáculos, apenas os contornam e chegam aos mares…
Cristhiane
13/03/2013 at 23:10sou deficiente auditiva: tenho audição flutuante e com isso o tom de voz também é flutuante, muitas pessoas não acretida que tenho perda de audição, fui perdendo desde criança e tive que prestar muita atenção aos gestos.tenho muitas dificuldades no trabalho, em relacionamento interpessoal, onde trabalho eles mandam pessoas embora por não ter um bom relacionamento interpessoal, já fui colocada em uma roda no local de trabalho por isso foi humilhante…..
Luana do Nascimento Aragão
04/03/2013 at 23:56Eu não concordo com todos esses itens…
Também me sinto, às vezes, ‘excluída’ das conversas pelo fato de não ter uma audição perfeita. Mas isso não é motivo para se rebaixar. Tento ser uma aluna esforçada, procuro ser o melhor do que eu já posso ser.
É chato, é, todas as pessoas não são perfeitas, todos têm problemas. Em vários momentos, penso em que poderei fazer, qual profissão seguir, qual rumo tomar. Vejo também por outro lado, deficientes auditivos possuem lado bom.
O certo seria, uns ajudar os outros, de modo que, closed caption exista em programas, legendas em vídeo-aulas, pessoas que falem com mais calma.
walmir
03/03/2013 at 19:13Sou surdo, desde os cinco de deficiência profunda , e concordo com os textos baseados pois nos surdos sofre com aqueles que não tem problemas, viram as costas para nós, é difícil pois já superei , no trabalho o patrão não quer saber de você , só coloca serviço e mais serviço, enquanto os outros tira satisfação de você , eu não acho justo e com certeza nos unidos com deficiência somos mais fortes que eles , e não sabem . Abraços
Larissa Ohana Silvestre
28/02/2013 at 11:14Eu gostei muito de seu texto, é muito interessado, porque já aconteceu comigo e outros surdos, sofremos muito por isso, é? Então vamos lutar muito por isso, vamos! Sou deficiência auditiva profunda, acabei de formar na faculdade, Pedagogia. Eu sofri muito que não consegui trabalhar como funcionária das empresas,nada. Hoje eu consegui trabalhar como auxiliar de pedagogia, gostei, mas eu quero trabalhar com surdos,crianças,adultos, mostro eles que são capazes de fazer melhor no futuro como eu, só precisamos de lutar bastante até fim.É muito dificil alguém entende sobre deficiência auditiva, até os pais tbm. as vezes escondem seus filhos surdos, eu vi muito aconteceu aqui. eu queria acabar esse sofrer tudo. Deus se quiser, vai planejar melhor tudo possivel. Beijos
Rafael
19/02/2013 at 07:03Ri demais com algumas situaçoes,sou deficiente auditivo desde os 9 anos,bilateral severa a profunda.
mas um das mais cruéis dificuldade e injustiça é quando vc leva um currículo em uma empresa. a unica forma de contato é vc deixa um telefone de um familiar que more com vc ou amigo proximo. muito triste saber que muitos surdos presisam trabalhar e enfrentam essa difilcudade.
ser surdo é dificil, mas aprendimo a levar isso na boa
adilson bispo
14/02/2013 at 15:29o pior de tudo que trabalho na area da saude quando estou esplicando algo para alguem …sempre vem um mal humorado e diz …nao liga nao ele è surdinho mesmo….
Carlos Ney Ferreira
01/02/2013 at 07:41O SUS JÁ DISPONIBILIZA APARELHO AUDITIVO CUSTO ZERO.
PRAZO DE ENTREGA 06 A 08 MESES.
Daniel Silva
31/01/2013 at 16:31Li este post e compartilho a todos os meus amigos que tbém passaram a mesma coisa…
A única coisa que mais frustou e deixará mais frustrado em outras pessoas com a mesma deficiencia pela vida toda: ser jogador de futebol profissional.
Já ouvi muitos casos como este tentando debater o principal assunto: apito tecnológico. até hj nada foi realizado. dá na mesma de um alarme do carro que quase mata o cara de susto! eita realidade cruel….
ELIZABETH SOARES
26/01/2013 at 15:07Sou mãe de um deficiente auditivo e concordo plenamente com o texto. Ele serve para embasar UM PROJETO DE LEI.
Andrea
24/01/2013 at 16:44Achei o site mto interessante. Passo por essas situações poucos constrangedoras, mas, enfrento essas obstáculos da vida cotidiana. Sou dificiente auditivo muito desafiadora. Fico por aqui! Obrigada pela atenção.
francisco francimar vieirta
16/12/2012 at 23:28gostei deste link é a verdade atual que vivemos neste país precisamos de pessoas para defender nossos direitos um abraço para todas pessoas deficientes como eu.
Patricia
12/12/2012 at 23:54Confesso que me rachei de rir ao ler esse post e os comentários…Sou def. auditiva desde os 3 meses,devido a meningite,e até hj uso o aparelho mas com a ajuda da leitura lábial eu entendo…
Passei por várias situações assim como todos citaram,principalmente na hora de conversar em grupo eu fico de fora, e por isso não costumo palpitar as coisas.
Já teve casos de as pessoas se surpreenderem com minhas atitudes ou momentos dificeis que achavam que eu não teria como passar por elas.
Realizei um grande sonho que era viajar para o exterior,e fui sozinha na cara dura,fazendo conexão em outros paises ,mesmo sem falar bem o inglês…
E hj sou concursada pela área de Turismo,e estou fazendo um projeto de acessibilidades para alguns pontos turísticos da cidade,e por ser o meu primeiro projeto (não tive prática na área do turismo,depois de formada por ter trabalhado muito tempo em outra),estou me virando como posso com ajuda de algumas pessoas.
Então td o que vc já passou,acaba sendo uma superação.
Abrs
ISENÇÃO NA COMPRA DE VEÍCULOS – quem tem direito? « Terapia Ocupacional
07/12/2012 at 15:34[…] https://cronicasdasurdez.com/as-injusticas-sofridas-por-quem-tem-deficiencia-auditiva/ […]
LPO
30/11/2012 at 21:22se não fosse um blog eu diria que estavam falando de mim, pois tenho deficiência auditiva grave, e na faculdade geralmente não escuto nada que os professores falam apesar de sentar próximo ao professor, não consigo fazer amigos ou seja na realidade eu os evito, porque nunca consigo escutá-los e isso é péssimo, outra coisa as vezes deixo de dar carona porque durante a carona eles ficam puxando conversa e eu fico confirmando e rindo apenas para disfarçar o que é péssimo, fico triste também de saber que tem muita gente com o mesmo problema e sem solução, agora mesmo surgiu uma oportunidade para ganhar um bom dinheiro o qual estou precisando muito e adivinha para ficar apenas cordenando uma equipe através da linha telefônica, deixei de progredir muito na minha vida pessoal, sou bombeiro militar e infelizmente sou obrigado a trabalhar na parte administrativa porque não escuto o que não gosto….
Mais ainda acredito em DEUS.
Daniela
03/12/2012 at 15:05LPO!
Me graduei em Ciências Contábeis no 1° semestre desse ano.
Tinha dificuldade para ouvir tbm…mas, mesmo assim, fiz amigos e consegui ter excelentes notas. Melhores que os colegas de sala.
Escrevo por experiência própria: sinceridade é uma libertação.
Vc deve falar com seus professores da sua deficiência. Vc deve falar com seus colegas de sala. Abrir o jogo. Vc não tem que ter vergonha disso.
Escrevo para vc pois era exatamente assim. Sentia culpa pela deficiência.
Vc não tem que se envergonhar de nada!
Vc usa AASI? Sua perda é de qual nível?
Continue acreditando e tendo fé.
Vc não perdeu uma oportunidade legal. Essa oportunidade não é adequada a vc. Não fique se culpando e se punido. Ter uma deficiência já é um fardo grande demais para ser carregado com culpa e pena de si mesmo.
Se quiser conversar sobre isso, estaremos aqui.
Abçs;
Tâmara
15/01/2013 at 16:06Concordo plenamente!
Tive as melhores amiga na epoca da faculdade e tive os piores no colegial!
Na faculdade o pessoal ja esta mais conscientizados dessas coisas!
Quando formei agradeci cada uma delas sem elas n teria formado! Muitas vezes comprava a minha briga com o professor sem noção. O toque q tem prova tal dia pq o professor falou rapido e no final da aula… Se to lembrada do trabalho tal, quando dava exercicio para fazer oral… elas me falavam o q era p ser feito.. coisas bobas mas q me salvaram!
Eu tive sorte de ter las!
seja sincera, vc encontrara alguem com bom coração.
Baby
22/11/2013 at 13:45Suas lutas podem ser grandes, mas o Senhor sonda os corações e ouve sua mente independente de sua voz, até mais!
Fabio Balan
01/10/2012 at 12:56Eu tenho problema de audição (só ouço 10% para baixo), nasci com assim.
Tenho 26 anos. Sempre falei que o governo brasileiro é ladrão, safado, ignorante e PRECONCEITUOSO.
Pois o governo manipular o povo brasileiro que todos os tipos de deficiente que são inocentes e coitadinhos.
Pelo contrário, o governo está rindo muito do povo brasileiro pois não consegue ser rico e raçudo, só consegue ter preguiça de trabalhar e fica reclamando de político.
O povo brasileiro acredita muito no que governo fala. Na boa, TENHO DÓ DELES!
Ninguém me ouviu e o povo brasileiro continua ouvindo sobre político, jornal nacional (manipulação e imagem falsa) e sociedade. Mandei meus pais não vêem TV! Pois a TV é a coisa de burra. Eles não concordam comigo. Ai tudo bem, fazer o que, né? É fácil aguenta em ter PACIÊNCIA?!
Depois fala que estou enganado, só porque eles acham que sou inocente (por causa de deficiente auditivo)… vai entender!
Eu manjo muito de expressão facial, vejo o povo brasileiro que não sabe nada de nada!
90% pessoa ignorante
10% pessoa esperta
Estou enganado? SEJA SINCERO!
Abraços!
Cintia Rigoto
19/09/2012 at 00:10Olá pessoal, acabei de descobrir esse blog e adorei. Sobre a crônica da surdez, faltou falar que custam o olho da cara e a gente nem pode abater do imposto de renda. Quanto ao IPI reduzido tô acompanhando a tramitação no Senado, mas tudo é tão devagar. Tô pensado em entrar na Justiça, será que dá certo? ????????????
Karen
31/07/2012 at 22:59Pior que é verdade!!!
Que inclusão é essa que estão falando por aí e nem um terço das coisas que foram ditas aqui facilitam a vida do deficiente auditivo.
Quanta ignorância!!!!
Está na hora de começarmos ironizar as pessoas, quem sabe acordemos-as?
Milhões de bençãos a todos os deficientes auditivos.
beijos.
Daniela
30/07/2012 at 12:38Rafael
Muito obrigada pelo links.
Também vou enviar e-mails.
Mas seria melhor, se todos nós nos uníssemos para melhorar a acessibilidade não somente em bancos mas no geral ( entretenimento, educação etc…).
Matheus
03/02/2013 at 13:01Também acho. Devemos nos unir e lutar pelos nossos direitos. Assim, não seremos ignorados.
JF
29/07/2012 at 22:47CORRIGINDO …UM PAR DE BRINCO 😀
JF
29/07/2012 at 22:45em Sao Paulo no SHOPPING CENTER NORTE .. uma vez no cinema TENTEI …pagar meia entrada acreditando eu, que toda pessoa com aparelhos auditivos teria esse ….digamos ” privilegio ” ..
ai o rapaz do caixa respondeu :
___Audiometria ..vc tem audiometria ????
e eu respondi :
___Nao queridouuuuuuu ..Praaaaa queeee Audiometria ???? …enganei o tolinhouuuu !!! …
Isso aqui sao DOIS PARES DE BRINCOS COM PILHAS DURACELL …..dawnnnnnnnnnnnnnnn
Adoramm testar minha tolerancia ..uffff
Daniela
30/07/2012 at 12:36Deficiente auditivo paga meia entrada no cinema?
Não sabia disso.
Mariana
23/07/2012 at 16:00Me identifiquei com algumas coisas, mas nunca me identifiquei com essa: “O deficiente auditivo vai visitar um amigo. Ao chegar no prédio, constata que o interfone não tem vídeo e se vê naquela infeliz situação de ficar fazendo força na porta pra adivinhar quando o amigo a está abrindo…” É bem assim! hahahah Achei que eu era a única!
Sobre a fila especial, eu nunca uso, justamente por causa dessa gente sem noção e não tenho saco com isso, com a forma que nos olham, balançando a cabeça negativamente e bufando, como se a gente estivesse roubando algo. Uma vez, esse ano, eu estava em um supermercado e a fila normal estava gigantesca, aí como eu não queria perder uma sessão de cinema, que faltavam alguns minutinhos pra começar, eu acabei indo numa fila especial, e gente, mal cheguei, já tinha um cara falando alto, apontando pra mim e rindo de forma bem irônica. Não entendi nada do que ele disse e não queria me meter na confusão, mas perguntei pro caixa, mesmo sabendo que eu tenho direito, “Eu, deficiente auditiva, posso usar quando quiser essa fila, né?” E o caixa disse que os def. auditivos têm direito sim. Mas tu acha que o babaca que gritou comigo, me deixando constrangida, se calou com essa? Eu saí rindo desse louco, porque só rindo mesmo, viu?
Eu sei que temos que usar sempre a fila especial, pois temos esse direito e sobretudo temos que nos mostrar que existimos. Só assim, mesmo passando por esses constrangimentos, que as coisas podem mudar.
Beijos, Paula!
Daniela
23/07/2012 at 15:18Como comentei a pouco, perdi uma entrevista de emprego pois a responsável do RH me ligou. Pedi para ela me mandar um e-mail com as informações do processo seletivo e ela se recusou.
No lazer anda bastante complicado. Queia assistir um filme esse fds e descobri que na cidade de São Paulo inteiro não há nenhuma cópia legendada disponível.
Não sei se vcs sabem da questão dos canais a cabo HD. Tenho tv paga para ter maior variedade de programação ( legendada).
No início do ano, pedi para colocar os canais HD( melhor imagem). Descobri depois que com o pacote HD não há a possibilidade de selecional Closed Caption. Nem mesmo os canais que não são HD.
Mandei e-mail para a NET e obviamente disseram que não poderiam fazer nada.
A grande maioria dos canais não tem legenda. Discovery ( todos); Hystory e vários canais de filmes só tem a disponibilidade de dublagem. O Discovery por exemplo term a disponibilidade mas NÃO FUNCIONA.
Já entrei em contato com a NET e me falam que é responsabilidade do canal.
Vcs não acham que é possível fazermos um abaixo assinado solicitando essa acessibilidade?
Abaixo assinado eletrônico mesmo. Se tivermos muitas assinaturas, terão que fazer algo. Se não expressarmos as nossas necessidades isso nunca vai mudar.
Mariana
23/07/2012 at 16:08NET, GVT, SKY e afins adoram ficar fora disso e deixar a responsabilidade só para os canais, né? Como somos consumidores, é dever deles contemplar as nossas necessidades. Aqui em João Pessoa, tem uma operadora que nem funciona com CC. Nem dá para ativar CC na Globo, por exemplo, o que é um grande absurdo, já que o canal disponibiliza CC em todas as novelas, nos desenhos, nos filmes… Então, a responsabilidade não é toda do canal.
Rafael
24/07/2012 at 12:26Pessoal,
Quanto a esta questão de legendas na programação da TV fechada acho que estamos apontando para os caras errados.
Canais de TV são de concessão PÚBLICA, ou seja, no mínimo precisam do aval do GOVERNO FEDERAL para que funcionem.
Portanto, acho que o mais efetivo é solicitar aos nobres (cof) e ilustres (cof, cof) representantes no Congresso Nacional que promulguem uma lei que **EXIJA** de todas as operadoras de “TV a cabo” a disponibilidade de legendas ou Closed Caption em todos os programas, independentemente da origem (país, produtora) ou gênero (documentário, variedades, filme e até desenho animado).
Se o filme/documentário/etc é dublado, então obrigatoriamente, por causa desta lei, teria de ser acompanhado de legendas ou closed caption que funcione em 99% do tempo no ar.
Acho que só assim a coisa vai pra frente, na pressão e por força de lei com multa pesada e até cancelamento da concessão em caso de não-cumprimento.
A ironia máxima é que dublar exige tanto ou mais esforço que inserir apenas legendas em um programa. Vejam só…
Enfim, eu mesmo já sofri muito com essa frustração, hoje em dia não assisto mais TV (só futebol, rs) e compro todos os documentários e filmes que me interessam, assim tenho sempre legendas, seja Português ou Inglês. Até hoje não assino nenhuma TV justamente porque não quero ficar boiando na hora que passa um documentário do Discovery, que sempre gostei, mas é um dos que mais pisam na bola ao não incluírem os surdos na sua audiência – sem trocadilhos, rs.
Daniela
24/07/2012 at 12:31Então vamos fazer algo?
É o nosso direito.
Podemos escrever uma carta com essa exigência ou um abaixo assinado.
Estamos na época de eleições pessoal!
Essa época é a melhor para exigirmos nosso direito.
Rafael
24/07/2012 at 15:43Daniela, não quero jogar água no chopp, mas a porcaria é que este ano as eleições serão municipais (prefeituras e vereadores), portanto acho um pouco complicado de exigir este tipo de matéria fora da alçada dos candidatos, já que a concessão de transmissão de sinais de rádio e TV é regida por leis federais.
O que acho mais efetivo por ora é o contato com o(s) representante(s), senador e/ou deputado federal, de seu estado – todos têm escritórios políticos em seus redutos eleitorais, podendo receber em audiência os eleitores – e a partir daí trabalhar em cima desta proposta.
Ou entrar em contato com deputados e senadores comprometidos com estas causas, como o ex-jogador Romário (que tem uma filha com síndrome de Down) e costuma apoiar este tipo de luta.
Aqui dá para achar os e-mails de deputados:
http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa
Ou a lista inteira: http://pastebin.com/hYPnUy6N
🙂
Eu mesmo irei escrever alguns e-mails para esse pessoal.
Renata
19/07/2012 at 13:35É isso mesmo Lak, sempre fico nas filas preferenciais e sempre tem um chatinho querendo saber por que estou ali, explico exatamente isso que disse acima. E quando o profissional está atendendo se impacienta por eu não responder a uma pergunta que ele fez, tipo assim: “- CPF na nota?” – E eu sem nada ouvir ou ler os lábios da caixa, levo um super sustão com o cutucão que recebo na mão e sem tentar deixar transparecer a raiva que sinto por essa falta de preparo, procuro responder da forma mais educada possível, e ainda por cima peço desculpas… É mole???
Renata
19/07/2012 at 12:34Pessoal, copiei esse post da Paula Pfeifer no meu face, alguém compartilhou e olha só que comentário legal que postaram lá: “Caramba Re… existe uma coisa que acredito muito que é ” você só saberá o que é, quando andar com meus mocassins” e de fato. Nunca pensei no deficiente auditivo assim. Em todas essas dificuldades que se apresenta a eles. Esse texto deveria circular mais e quem sabe mudaria a mente de pessoas que como eu, por não sentir na pele, não sabe o que é isso, e quem sabe mudar e fazê-los “enxergar” todo esse despropósito que se comete com pessoas tão inteligentes e capazes como vc e outros, que de deficiente não tem nada, muito pelo contrário, viver com tantas limitações requer força, coragem e mais ainda desenvoltura e inteligência superior porque fácil é ter todos os sentidos a seu favor e reclamar de tudo e pior, não fazer nada. Coisa que vcs não fazem e por isso merecem todo meu respeito e admiração. bjus!”
Mauricio Palladino
19/07/2012 at 09:35Sou assessor de comunicação na Apae de Anápolis/GO, onde mantemos um serviço de referência de atenção à saúde auditiva, com atendimento, diagnóstico e fornecimento de próteses auditivas através do SUS. Por isso sou defensor das causas das pessoas com deficiência.
Mas o amigo não acha que um deficiente auditivo que não apresente dificuldades de locommoção causadas por outras deficiências ou pela idade, não tem necessidade nenhuma de filas preferenciais para deficientes?
Daqui a um ano completo 60, com muita saúde e em plena atividade, graças a Deus. Será justo eu entrar na fila do idoso, tomando o lugar de quem realmente precisa?
Crônicas da Surdez
19/07/2012 at 10:16Mauricio,
Eu entrei uma vez na vida nessa fila e tive uma experiência tão grotesca (relatada aqui em forma de post) que nunca mais fiz isso.
Se a lei diz que é uma fila especial para deficientes e não especifica QUAIS podem/devem entrar na fila, aquele que quiser, entra.
A mentalidade do brasileiro em relação a deficiências em geral é essa: ‘será que você merece?’, ‘se a gente sentir pena de vc então vc merece’. Não é assim que as coisas funcionam.
Eu não uso essa fila, mas o fato de pessoas sem deficiência acharem ou deixarem de achar que eu mereço estar nela pouco importa, pois a lei me garante esse direito.
Me manda mais informações sobre esse serviço de atenção auditiva de Anápolis?
Um abraço,
Lak Lobato
19/07/2012 at 13:18O uso das filas preferenciais, por deficientes auditivos, se dá porque teoricamente os atendentes deveriam ser mais preparados que os demais, para lidar com a nossa deficiência de comunicação. Porque sim, temos dificuldade de nos comunicar, seja pelo atendente que articula mal, seja pela péssima acustica do local, seja porque o atendente não fala lingua de sinais fluentemente (em casos de usuários) e, teoricamente também, ele deveria ter mais paciência para entender alguém com dificuldade de dicção, que pode falar de uma maneira difícil de se compreender e que leve o atendimento a ser muito mais demorado. A fila é para quem tem dificuldades e necessidades especiais, não meramente de locomoção ou movimento.
Ines
20/07/2012 at 10:17Exatamente Lak!
Ana Carolina
23/07/2012 at 23:47Olá amigo! Também sou de Anápolis-GO. Sou surda oralizada e costumo entrar nas filas preferenciais, principalmente em aeroportos e bancos. Não creio que estou pegando o lugar de quem mais precisa. Acredito que o pessoal que trabalha no atendimento nas filas preferenciais tem mais delicadeza e disposição para atender melhor as pessoas de acordo com a sua deficiência. Por exemplo, no aeroporto de Paris,quando fui voltar pra o Brasil, tinha uma fila preferencial de check-in, e a atendente escreveu DEAF na minha passagem, para que os próximos atendentes estejam conscientes de que sou surda e que se precisar, eles podem recorrer a outros mecanismos de comunicação. A moça me encaminhou ao portão certo, onde iria embarcar e fica com a responsabilidade de me avisar pessoalmente, caso mudem de portão. É isso… Espero que minha resposta tenha sido esclarecedora! 🙂
Geraldine mãe do Mauricyo surdo bi-implantado
18/07/2012 at 22:49Sheila eu já ouvi varias vezes ‘ai coitadinho..tão pequeno e ter que usar estes aparelhos.’ e eu digo: ‘graças a deus né minha senhora que com estes aparelhos ele pode lhe ouvir’….e o Mauricyo dá ‘tchau’ e eu… dizer ainda ‘tchau’ como lhe falou agora…a pessoa fica desconcertada….ou tem uns que olham com uma cara de doença contagiosa…eu dou risada, porque santa ignorancia
Eduardo dos Santos
18/07/2012 at 20:09Concordo plenamente com todas estes fatos sobre a deficiência auditiva. Muito pior ainda, é o caso das pessoas com deficiência auditiva e visual ao mesmo tempo. Infelizmente, eu me encaixo neste grupo.
Algumas dicas de minha experiência pessoal em alguns pontos.
Quando viajar de avião, sempre book o atendimento especial para deficientes, independente se para voos nacionais ou internacionais. Das empresas aereas nacionais, tive uma experiencia melhor com a Gol que com a TAM. Esse book faz com que um usuário da companhia aérea te aguarde na saída de um voo e te leve para a esteira das bagagens, bem como outros auxílios. A Gol cumpriu isso bem quando eu viajei com ela, já com a TAM tive que me incomodar um pouco mais.
As empresas aéreas no exterior são muito boas neste aspecto. A maioria dos aeroportos (bologna-Itália, Londres-Inglaterra e Frankfurt-Alemanha) tinham uma ótima infraestrutura para isso. Inclusive, não tive que aguentar “olhares de desconfiança” nos aeroportos. Deu tudo certo lá fora, só fui me estressar mesmo quando voltei ao Brasil. Mas nada que um pouco de paciência e se dirigir ao guichê e falar para alguém te acompanhar até a entrada a ala do voo, não resolva.
Claro, alguns podem achar um saco ficar dependendo dos outros para se locomover num aeroporto, mas acho muito mais traumático perder o voo por não escutar a mudança no alto-falante. Como minha visão não é das melhores também, sou obrigado a carregar um monóculo para me ajudar a enxergar de longe quando preciso (odeio essa mania de colocar telas lá no alto nos aeroportos).
Com relação ao aprendizado de idiomas, isto é realmente traumático, especialmente em turmas convencionais. Não por acaso, eu passei a estudar com professores particulares (inglês e francês). Com eles, eu peço para escreverem com canetas especiais e repetir sempre para mim de forma que eu possa fazer leitura labial em lingua estrangeira (ou ao menos pegar algo do movimento dos lábios). As provas de proficiência em idiomas aplicadas no Brasil por universidades estrangeiras também tem uma boa acessibilidade. Eu fiz o IELTS, da universidade de Cambridge, na Cultura Inglesa da minha cidade e a experiência foi proveitosa. A prova de listening era com leitura labial. O examinador lia um texto na sua frente para você em bom tom e com boa articulação. Me saí mal neste teste, é verdade, mas isso foi mais por ter me esquecido do maldito aparelho e não ter praticado taanto a leitura labial em inglês (não assisti muitos vídeos). A Universidade de Cambridge também ampliava o tamanho da letra das provas, mas me esqueci de fazer em tempo hábil e isso afetou um pouco meu desempenho na prova de reading.
No final deste ano, estarei fazendo a prova de proficiência em Francês da Aliança Francesa e vou, novamente, pedir toda a acessibilidade necessária. Tal como aconteceu na prova de inglês, vou ser o primeiro da escola a solicitar este atendimento.
Fica a dica: porque não conversar com o instituto de idiomas para que as provas que envolvam audição pura (listening, écoutez) seja realizada de forma acessível a surdos? Por exemplo: um professor ler o texto em voz alta na frente do aluno? Acho que a avaliação seria justa e eficiente.
Bom, estes são meus toques pessoais de encontrar soluções aos nossos problemas.
Allons-y ! De petit à petit, on arrivera là — les sourdes aussi.
Crônicas da Surdez
19/07/2012 at 10:18Eduardo,
Seja bem-vindo ao Crônicas!
🙂
Abraço,
Simone
18/07/2012 at 15:54Sim, tenho conhecimento. Já provei em uma empresa de comércio exterior que tenho capacidade no trabalho e me demitiram. A chefa e a psicóloga da agência de emprego estavam na reunião – percebi que a chefa não quis ficar sozinha – já perguntei qual a causa da demissão e a psicóloga tomou a iniciativa de responder. Elas me “convenceram” a assinar a carta de demissão, pois não quiseram explicar melhor. Aaaff…
Quanto ao concurso público, o edital diz que é reservado a 5% para candidatos PcD. Aliás, já estou estudando. Deus me abençoe no caminho. Ah, eu vou passsar!! Obaaa. Rs.
Obrigada por tudo, Rafael.
Kilme Reis
11/07/2015 at 12:13Parabéns ao site.
Simone, tb sou PcD em empresa privada e aprovado em 3 concursos, a dica do Rafael é válida, apesar da menor concorrência, estudar é preciso. Têm muitas oportunidades no setor público, bem mais que no privado, onde as vagas PNE são reservadas a cargos da base, com menores salários.
Simone
14/07/2015 at 10:23Klime Reis,
Fiz a prova de CP que fui convocada a trabalhar no Detran.
Estou trabalhando até hoje.
Simone.
Rafael
18/07/2012 at 12:57Exatamente todas as situações são típicas da minha vida. Desde criança já se percebe essa diferença e hoje com 30 anos arrumo um jeito pra lidar com essas agruras do dia a dia.
Quando banco/cartão de crédito liga, por exemplo, coitado do atendente repetindo até que eu entenda… rs — mas às vezes quem se irrita sou eu depois de confirmar todas as informações (CPF, nº do cartão, nome da mãe, endereço) a p*rra da ligação cai enquanto o atendente te passa pra outro setor. Aí começa tudo de novo… uma coisa engraçada é fazer um puta esforço pra entender quando te ligam e depois de um suadouro porque acha que é algo importante e não quer desligar antes de saber do que se trata, tu descobre que é uma ligação oferecendo produtos/aumento de limite no cartão/pacotes de serviços/etc. Desligo rindo.
Várias vezes, quando dá para resolver algo em minha cidade, vou pessoalmente (quando posso) à empresa/banco/loja ao invés de ligar. Demora e cansa bem mais, mas poupa frustrações.
Sem desmerecimento, há de reconhecer que o brasileiro em geral tem uma cultura preguiçosa (ou também analfabetismo funcional) e, por isso, acha que falar ao telefone fica melhor ou mais rápido para explicar algo do que digitar um e-mail (ou SMS) com coerência e eficiência. Quando em negociação por e-mail ou SMS me pedem o telefone já digo logo que não me liguem porque não vou entender 80% do que me disserem e que é melhor ficar por e-mail mesmo. Isso acontece muito com lojas.
Faculdades, já me larguei duas mesmo estudando “por conta própria”. A maior parte dos professores não têm, definitivamente, o menor preparo pedagógico para lidar com as situações diversas encontradas na população brasileira. Com alguns professores tive até que me reunir na sala deles e explicar a situação, ressaltando a necessidade de falar voltado pra frente (irrita quando explicam olhando/escrevendo no quadro) e articulando melhor os lábios, proferindo com mais clareza os sons da voz.
Mas tem outras coisas também que são fruto de simples erros governamentais/jurídicos, como a questão de acessibilidade às próteses e vagas PNE. Uma merda ter que pagar impostos altíssimos em uma necessidade básica para poder ouvir melhor. Qualidade de vida não é preocupação principal por aqui, já sabemos disso há mais de 500 anos atrás.
Curiosidade: alguns anos atrás em concurso público federal me candidatei a vaga de PNE, mas passando em 1º geral em meu estado (e 4º colocação geral no Brasil) e pelo que me lembro não foi necessário me empossar em vaga de PNE, liberando-a para outro colega. Hoje tenho ajuda das secretárias e colegas caso precise resolver alguma questão por telefone – passo pra eles o fone e eles me “traduzem”. E quando tentam me oferecer um telefone para ter na mesa (todos têm) sempre recuso.
Enfim, é uma luta diária, mas quem não luta todo dia?
Abraços…
Simone
18/07/2012 at 13:25Rafael, vc não está trabalhando como funcionário público mesmo?
Rafael
18/07/2012 at 15:28Simone, estou sim, o que expliquei é que ocupei uma vaga de “pessoa normal” ao invés de ocupar vaga de PNE (que tem uma classificação à parte nos certames) por causa da classificação – quem é PNE não precisa necessariamente estar entre os primeiros colocados da ampla concorrência para ser chamado se for classificado entre os primeiros da classificação PNE.
Simone
18/07/2012 at 15:37Obrigada.
Este mês vou fazer a prova de concurso público municipal e olha que tenho que concorrer contra mais de 17.800 candidattos?!! Deus me ajude nesta caminhada. Quero trabalhar No caso de empresas privadas, já mandei vários CVs e só resultou em uma chamada para entrevista de emprego (já fui e nada), já penso que é puro preconceito, pois tenho qualificação e experiência.
Parabéns, Rafael, por ter passado no concurso público. Creio em que vc está feliz no seu trabalho.
Rafael
18/07/2012 at 15:44Obrigado, Simone. Sucesso pra você também.
Uma boa alternativa pra superar preconceitos é o conhecimento. Ele é só seu e depende só de você, mesmo que achem incapaz por ser surdo ou cego ou…
De qualquer forma, antes de entrar no concurso dá uma lida no Edital para ver se provêm vagas de PNE. Se sim, normalmente são menos concorridas (mas não significa que tenha que se esforçar menos) e pode aumentar as suas chances.
Mas acima de tudo: muito estudo. 🙂
Marcilio Marcolino
18/07/2012 at 09:54Tenho uma irmã de 46 anos que ficou surda em Dezembro/2011. Realmente, infelizmente, somente depois desta situação me percebi o quando é dificil a surdez. As vezes fico em casa com a minha familia e retiro o som da televisão e fico imaginando a minha irmã. Mas ela é realmente uma batalhadora, ela tem 3 lojas e consegue gerir tudo praticamente sozinha. Treinou os seus funcionários para se comunicarem com ela apenas por SMS, skype, … ela realmente está nos dando uma lição de vida. Morei 20 anos fora do Brasil e o Brasil aidna tem MUITO o que avançar nesta parte em relação aos deficientes de toda natureza.
Muita força e perseverança para todos, que como a minha irmã, sofrem de problemas de audição.
Bruna
18/07/2012 at 01:07Outra situação, não sei vocês. Mas comigo acontece MUITO quando em grupo conversa super animados, obviamente o assunto tava sendo super interessante. Mas você fica perdida no meio de tanta conversa que estava rolando, só entende a metade. Ai pergunta para alguém o que estava acontecendo, e a pessoa corta sem dó nem piedade, como se eu não fosse entender aquilo, ou não quisesse que eu enturmasse mais ali. Situação super chata, rs.
Enfim, tem muitos mais itens que nós deficiências auditivas sofremos né?
Mas felizmente, por mais que sofremos com isso, conseguimos vencer vááários obstáculos por cima disso tudo. O que nos tornam mais fortes ainda 🙂
Rafael
18/07/2012 at 13:03Ah, isso acontece comigo também…
Conversa em grupos é a coisa mais difícil do mundo de acompanhar. No começo até vai, porque é só um ou dois falando, mas quando vai se desenvolvendo e mais integrantes falando, você já não sabe mais pra quem olhar/acompanhar e se perde todo.
Mas alguns amigos já me conhecendo e vendo a minha cara de paisagem perguntam se eu entendi e repetem a pergunta ou comentário (se for algo engraçado que contam e eu não rio depois, já sacam, rs)
bag8
03/05/2014 at 08:34Heey, eu sinto exactamente a mesma coisa! Conversas em grupa é tão fora da minha praia e é muito frustante não poder rir de algo que não consegui ouvir porque se repetirem a piada, o riso já não é tão bom como da primeira vez 😉
Mateus
30/03/2015 at 11:53nesse caso sai fora desse tipo de reuniaozinha.. converse preferencialmente com no maximo duas pessoas ao mesmo tempo
Bruna
18/07/2012 at 01:03Nossa, isso infelizmente retrata bem a nossa situação mesmo. Para o médico? É muito chato quando eu vou sozinha, por que nem são todos os médicos que tem paciência de entender o que eu vou falar ou quando o médico fala calmante na minha frente, para resolver esse problema? Escrevendo no papel para o médico saber o que se passa, e o médico ficar sem paciência mais ainda para escrever o que deve fazer e o que não deve fazer. Situação super chato! Mas isso só acontece quando o médico não tem paciência =/
E na parte do telefone, é um saco também. Eu sempre deixo aviso que só utilizo somente mensagem pra caso que precisem de mim. Mas eles parecem fazer questão de ligar do que mensagem.
Nos Estados Unidos é bem mais avançado pra esse tipo de deficiência. Tem legenda na TV em todo canto do lugar do mundo. Sempre tem Acessibilidade caso que alguém precise. Enfim, tem mil utilidade pra isso. Agora, Brasil? Zero, zero e zero!
Gê Santos
18/07/2012 at 00:02Tudo é pura verdade, mas a pior de todas é quando estamos em casa mesmo usando aparelho se não entendemos o que foi falado, já vem a famosa pergunta: você está de aparelho????? não suporto isso.
Odeio quando percebo que alguém está falando de mim para outros sem minha permissão.
lourdes
18/10/2013 at 15:39nossa; e eu sou surda bilateral severa outro dia estava eu no metrô e veio até mim um cego perguntando qualquer coisa e eu nem se quer ouvi nadinha . meu… o cego ficou bravo mas tão bravo acenava tipo me recriminando eu sou surda mas prestei atenção em tudo em minha volta é claro ele só estava querendo ajuda para descer as escadaria depois de alguem ter ouvido ele e ter guiado ele é que pude saber. eu até chorei pois não pude ajudalo é horrivel ser surda nem amigos ti toleram
Mateus
30/03/2015 at 11:50Odeio quando estão falando de mim para os outros sem minha permissão, ou pior, falando para os outros que vc tem deficiencia auditiva e esses outros riem da situação. Se tiver que falar vc mesmo fala, se não falar é pq está calculando se a pessoa vai reagir de maneira educada e esportiva.
catarina
17/07/2012 at 23:03Fiquei muito triste ler e ter o problema com meu sobrinho Fabio .Surdo agora fez implante e ainda não ouve esta fazendo o tratamento e mae e professora na escola que ele estuda ate a mae e discriminada e muito triste o amigo da sala de aula ajuda ele anotar alguma coisa a mae da uns trocados para a colega fazer isto e ele e muito nervoso . Pois e triste .Mas Deus esta vendo tudo ele vai ser muito feliz e ouvir tambem minhas oraçoes são feita e toda a familia minha irmã que e a mae dele esta deprimida ,triste com tudo que acontece .Tenho certeza que ele vai ter recompesa de Deus. esta na 7/serie .Neste momento sinto pela mae e Fabio.Itaguaçu.Es.
Daniela
23/07/2012 at 15:08Pelo que eu saiba, a adaptação do IC é bastante complicada.
Ele está tendo acompanhamento de fono,psicólogo e otorrino?
andrea
09/10/2014 at 18:04A CAtarina
Muito bom rezar! ter Fé!
Existe a pessoa surda nasce quer ser muda!
existe a pessoa surda nasce que quer ouvir!
Dificil escolher para quem quer?
Espere até ele muda… Converse com sobrinho, treine ele, leva ele para fonoaudiologia para treinar sempre sem parar!
nao precisa ficar triste…
O mundo do silencio nao traz tristeza!
A felicidade é ter ele ser feliz que nao importa ele fala ou nao fala.
Existe lingua brasileira de sinais que é lingua! que pode salvar seu sobrinho?
Eu sou bilingue! surda profunda…
olha, pede sua mae e voce ler sobre artigos da doutora Gladis Perlin que primeira surda doutora do Brasil que fala sobre identidade surda!
http://valpimentinha.blogspot.com.br/2012/03/doutora-surda-gladis-perlin.html
Jesus vai ajudar seu sobrinho e sua mae
Abracos
andrea
Jardel
17/07/2012 at 22:21senhores e senhoras
eu tambem sou deficiente, eu fico p… da vida com o seguinte.
o governo da o aparelho… porem nao conta q em uma regional composta de 3 a 5 milhoes de pessoas , sendo aproximadamente uns 5 a 10 mil são deficientes auditivos é limitao a 5 aparelhos por mes… quer outra… nos compramos aparelhos auditivos e não podemos declarar como despeças medicas.. detalhe.. isso não é MP3.. e sim uma protese q na qual sai muito caro.
impostos sobre os aparelhos são iguais a de eletrodomestico.
carro… nem pensar.. paga impostos do mesmo jeito,na qual o dinheiro do carro poderiamos utilizar para manutenção de aparelhos na qual nunca sai menos de 500 reais por vez.
engraçado q a lei cria uma discriminação entre os proprios deficientes, de todos as deficiencias a q tem menos direito é a auditiva.
praticamente somos obrigados a conviver com ela e pagar impostos de pessoas normais lembrando que temos despesas a mais com aparelhos auditivos.
Karen
23/12/2013 at 00:36Concordo com Jardel.
Os deficientes auditivos são os que tem menos benefícios em comparação com os outros tipos de deficiência. Um absurdo!
É evidente que quando maior grau de surdez que a pessoa tem mais caro o aparelho é. Como os deficientes podem ter um trabalho com salários baixos podem pagar uma prestação em 10 vezes que na maioria dos casos ultrapassa os 500 reais? Não deveria ter ICMS e nem outros impostos sobre os aparelhos importados, um absurdo e pior, nem pode ser declarado no IR, conforme citado o colega Jardel. Os custos de manutenção e pilhas são os gastos que temos que quase mensalmente para manter os aparelhos em ordem e olhe lá.
Nem descontos para aquisição de automóveis porque não estão inclusos na lei, ou melhor, descartaram os deficientes auditivos. Onde já se viu uma mentalidade na sociedade que surdo não dirige? Quando eu dirijo, meus amigos ficam ADMIRADOS como eu dirijo super bem.
E tudo o que foi escrito acima, Paula, é uma realidade que a maioria dos deficientes auditivos sofrem em pleno século 21!!!!! Era da tecnologia!!!!
Está na hora de colocarmos boca no trombone e exigir leis que garantam os nossos direitos!
beijos oralizados!
andrea
09/10/2014 at 17:55Ao Jardel
Povo nao percebe!
Isso mesmo…
Por isso, falo, leio labiais e nao uso protese! bom economia?
bom aprender sem uso de protese…
è dificil e complicado
abracos
andrea
Janise
17/07/2012 at 22:16Taí, Paulinha! Você disse tudo o que nós, surdos oralizados, passamos… Detesto ir ao banco resolver algumas questões, pois ao dizer que sou surda, sou implantada e que gostaria que o atendente falasse olhando pra mim, o que acontece? Simplesmente, parece que o problema é do meu marido, que me acompanha. Sou a titular da conta, mas é mais fácil falar com quem ouve, né? Sem contar médicos, enfermeiros, pessoas de supermercados, etc, etc, etc. Acho que ficou claro pq eu ainda não aceito a surdez, embora já esteja presente em minha vida há mais de 3 anos. É muita solidão, Paulinha! Abraços.
Marcelo E.
17/07/2012 at 12:31Uma coisa que sempre me deixou “Pluto” são as entrevistas de emprego… A gente coloca no currículo, logo abaixo do nome, em negrito, que tem SURDEZ TOTAL e pede contato PREFERENCIALMENTE por e-mail, deixa o número de celular seguido do aviso “Somente para mensagens de texto” e depois a entrevistadora fica ligando para seu celular vinte vezes por hora… Numa dessas perdi as estribeiras, compareci à agência somente para perguntar à entrevistadora, em voz bem alta e na frente de todas as pessoas, se ela sabia ler currículos… Dei uma bronca, chamei de incompetente, disse que uma pessoa daquelas não devia saber trabalhar direito, virei as costas e fui embora. Nunca mais voltei lá.
Ines
18/07/2012 at 11:31Hahahaha, morri de rir com seu post! Fiquei imaginando a cena! Mas cá pra nós, salvo exceções, esse pessoal de consultoria em RH não saca nada de interpretação de texto. Já cansei de comparecer a entrevistas infrutíferas porque havia sido convocada para um cargo que não tem praticamente nada a ver com o que está no meu CV. Fala sério!
Daniela
23/07/2012 at 15:06Perdi uma entrevista de emprego dia desses, pois a moça ligou no meu celular.
Disse que como sou deficiente auditiva, ela poderia me mandar o endereço da entrevista via e-mail.
Ela simplesmente não enviou…
Renata
17/07/2012 at 11:56Maravilhoso saber que tantos outros passaram/passam pelo mesmo que eu, me vi em quase todos os itens que você Paula Pfeifer soube colocar tão bem. Pessoa vamos espalhar pelas redes sociais, quem sabe a gente consegue sensibilizar as pessoas e tornar o Brasil um pouco mais consciente da surdez oralizada.
Ines
17/07/2012 at 09:57Adorei o post! E ri muito também. Nada como rir da própria desgraça pois me reconheci em quase todos os itens que você colocou. Acho que somos mesmo lenda urbana: ninguém acredita na nossa existência. Alguém aí tem contato com a Glória Perez? Nosso drama daria uma boa novela (e talvez me fizesse voltar a assistir novelas haha). Bjs
clarissa gomes de sousa
17/07/2012 at 08:41nao sei mais o que eu faço, nas aulas de ingles sem reprovo no listening. o cara fala muito rápido, minha audição, é perda bilateral moderada a severa, nao entendo nada. Ainda nao tenho proteses adequadas, visto que nao tenho dinheiro suficiente, e a protese do sus, tá pessima,nao me adaptei.pense numa vida dificil.
Daniela
23/07/2012 at 15:05Estou na mesma que vc Clarissa.
Carmen
03/09/2013 at 21:00Eu também estou na mesma situação meninas, descobri a perda a pouco tempo, ainda sem diagnóstico definido, só que é bilateral de moderada pra severa, e sem próteses ainda. Me sentindo perdida!
andrea
09/10/2014 at 17:50A Carmen
nao importa que ouve bem ou ouve mal. sou professora de letras!
Curso existe varios metodos!
voce procurar curso só escrita e leitura! nao conversação!
primeiro entrar no curso de leitura e escrita de qualquer idioma.
segundo ir ao fonoaudilogia só falar em treinamento. E ou contratar particular professor de idioma?
Assim, vai conseguir ler os labiais e falar corretamente!
Eu ja estou aprendendo ler e falar em espanhol, atraves do CNN espanol, filme com legenda espanhol, livro com espanhol..
Aquisição de linguagem vai entrar na sua mente… em tempo acaba conhecer letramento e alfabetização de outra idioma.
ok? boa sorte!
abracos
andrea
Flavia Sereia
17/07/2012 at 08:28Nossa, me vi em cada parágrafo desse post. todas essas dificuldades enfrentamos diariamente. Já falei muitas vezes que os deficientes auditivos são esquecidos porque pouca ou nenhuma acessibilidade há para nós.
bjs
andrea
09/10/2014 at 17:43A Flavia Sereia
tudo bem
oralismo nao parece deficiente! como age normal como age ouvinte!
nao dá para perceber que é deficiente. pois fala bem? como vai imaginar conhecer pessoa falar nao saber que nao ouve?
E por isso, tem que sinalizar junto com oral… para saber e vai respeitar pessoa surda e nao deficiente auditiva
entendeu?
abracos
andrea
Greize
16/07/2012 at 22:27O post não foi pessimista, e sim realista.Quem é ouvinte vai ler e pensar, nunca imaginei que os deficientes auditivos passassem tudo isso.Texto ótimo para os governantes lerem, também.
Qto a “cursar faculdade e pedir intérprete de língua de sinais, será prontamente atendido.”Em algumas, e depende do Estado,muitos que usam Libras entram na justiça pedindo, ainda não é realidade a parte do prontamente em todo o Brasil.Falo isso, pois fiz uma pesquisa.
No mais as dificuldades apresentadas acima, são de todos sejam oralizados ou sinalizados.Enfim , a luta diária, da vida do surdo brasileiro.
Bjo
Ewerton Luiz
16/07/2012 at 21:48Olá,
Me assustei com a quantidade de obstáculos do nosso dia a dia, mas a realidade é nua e crua e nos resignamos em muitos casos para não nos estressarmos.
Evito ao máximo locais com muito barulho/pessoas, porque não consigo compreender o que é falado, que dizer de interfones? Horríveis, muitas vezes simplesmente dou meia volta.
Apesar de tudo o bom humor ainda reina. 🙂
Eliane Leitão
16/07/2012 at 16:39Sou mãe de uma engenheira deficiente auditiva, sei e sinto tudo que foi descrito acima, adiciono ainda o fato de que qdo vc tem curso superior com duas pós, e vai para uma seleção de trabalho e com certeza viram o curriculo, chega lá e o emprego é para nivel médio… as empresas NÃO contratam profissionais com nivel superior… a lei é para nível médio, e aí?
andrea giovanella
19/09/2014 at 12:19A Eliane
é verdade! ja vi as empresas…
andrea
09/10/2014 at 17:41A Eliane Leitao
Tudo bem
Isso existe.. mas nao tem nada a ver com emprego x ensino!
eu sou superior e consigo trabalhar como ensino medio formado.
Empresa esta te enganando… eles falam para nao dizer que nao aceita deficiente auditiva e ou pessoa surda para trabalhar.
enrola.. por dizer enino superior x ensino medio
cuidado por assedio moral!
abracos
andrea
Sheila Carvalho
16/07/2012 at 16:18E quando alguém vem falar com sua filha em algum lugar público e ela fica com aquela cara de “Ãhn?” e você precisa pedir pra pessoa falar mais alto pq a criança é surda? Ouvir o clássico: “Aaaaiiii que dó…” é de matar!
Diefani Piovezan
17/07/2012 at 17:17Espera ela crescer, vai ouvir muitos “Nossa, mas que dó, tão nova, tão bonita” e vai sentir vontade de dizer “tinha que ser velha e feia tb?”
Rafaela Borsato
03/09/2012 at 22:05Afff….fico de saco cheio disso!
A pessoa olha pro Tom, vê os AASI e dispara AHHHHHHHHHHHH TADINHO!!!
Ai gente q ódio!
Aí qdo o menino FALA, pq ele é oralizado a criatura arregala os olhos e pergunta : NOSSA ELE FALA??????HAM???
Ainda bem q meu filho é super descolado!
A última q ficou FA LAN DOOO COM E LE DES SE JEITO AS SIM SE PA RA DIN HO E AOS BER ROS ouviu da criança : ” Mãe pq ela fala assim? Que mulher esquisita! Avisa pra ele q eu já entendi!”
andrea
09/10/2014 at 17:38A Rafaela Borsato
tudo bem
isso mesmo…
è piada… as pessoas falam sao bobas…
parece nunca viram…
Parece alienigea!
Ja aconteceu comigo.
pessoas falam isso pois pensam com pena!
isso dá nojo!
abracos
andrea
Beatriz
05/12/2013 at 21:46Essa foi ótima!!! “tinha que ser velha e feia tb?” kkkkkk
andrea
09/10/2014 at 17:35A sra. Sheila Carvalho
Adorei seu texto…
ja aconteceu comigo
abracos
andrea
Simone
16/07/2012 at 15:01Hum…tem uma coisa. Que a gente se lembre que eu sou surda. Aliás, aconteceu comigo na semana passada. Explico:
Um dia, uma pessoa avisou ao meu marido Pedro por celular que mandaria um e-mail para mim. E aí, quando ele chegou em casa, fui avisada. Verifiquei na minha caixa de entrada que não tinha o e-mail desta. Esperei um tempo. Voltei ao computador e verifiquei outra vez na caixa de entrada. Chegou. Então, eu e a pessoa nos combinamos ver pessoalmente um outro dia em uma empresa.
O dia chegou. Fui à empresa. Então, quando cheguei à portaria, só vi os vidros temperados (não dá para ver nadaaaaa!!!) e umas pessoas, sendo que é uma segurança. Vi uma fresta no balcão da portaria onde entra o ar. Tomei ousadia de abaixar um pouco e deixar o meu RG para a recepcionista. Só vi a mão dela. Mesmo assim, falei para ela, desse jeito, que queria falar com a pessoa. Me senti uma idiota, falando com a “mão dela”, sabe? Após isso, eu me levantei e esperei. Uns minutos passaram e nada. Abaixei de novo e vi a mão dela, percebi que estava segurando um gancho de telefone. Que situação! Levantei-me. Decidi falar um pouco com a segurança, pedindo ajuda. Ela viu e me respondeu que tem que esperar por ela dar a resposta. Ai, ai. Precisei ter a maior paciência do mundo. De repente, surgiram o meu RG e o crachá de visitante. Peguei-os. Não me senti satisfeita porque não recebia nenhuma instrução de vir até a pessoa. Sentindo-me perdida, voltei a pedir ajuda da segurança. Ela me falou novamente que eu tenho que esperar ainda. Abriu a porta da portaria e apareceu um rapaz. Ele foi até a mim e me convidou para ir até o local onde eu estaria com a pessoa.
Que coisa, né, gente.
Paula, vidros temperados são um OBSTÁCULO para o deficiente auditivo. Não pode ver a cara! Não pode ler os lábios!!!! AAffff!!!! Que haja mais respeito…!!
andrea
09/10/2014 at 17:34A sra. surda Simone
è piada em baseado real!!
Ja aconteceu comigo. E por isso nao oralizo na rua, nem banco e nem publico.
somente oralizo só pessoa intima e familiar
Imagina voce…
Bom texto
Andrea (surda)
Simone
14/07/2015 at 10:19Andrea, NÃO é piada. É verdade! NUNCA inventei isso. ACONTECEU mesmo comigo.
Dou graças a Deus que estava tudo bem comigo na entrevista, mas não resultou em êxito.
O tempo passou…Fiz a prova de CP que fui convocada a trabalhar no Detran. Estou trabalhando.
Beijos.
Milton Carvalho
16/07/2012 at 14:54Eu sou cego e ouço muitas vezes nas ruas: “Acho que ser cego deve ser a pior coisa do mundo. Eu prefiria ser surdo a ser cego!” Definitivamente a sociedade não conhece as reais limitações de uma pessoa com deficiência. Parabéns pelo post. Muito bem humorado e ao mesmo tempo, sério!
Forte abraço.
Milton Carvalho
Lak Lobato
16/07/2012 at 15:18Pois é, sendo que um cego não tem dificuldade de interagir com os outros, surdos sim. A surdez breca justo o que nos torna uma sociedade: a comunicação.
Apesar da cegueira limitar mais no campo pessoa, ela é absolutamente mais libertadora do que a surdez, que enclausura a pessoa. Enclausura no sentido interpressoal e isso é horrivel.
Beijos
Diefani Piovezan
17/07/2012 at 17:15Eu, como surda, me desespero com o fato de poder ser cega um dia, acho que o mesmo deve ocorrer com um cego, mas isso porque pensamos “as duas coisas podem vir juntas.” Em qualquer uma há barreiras a serem quebradas, mas o foda da surdez, é que nos limita exatamente onde a Lak disse, nos limita na comunicação. Inclusive, Helen Keller que era surdo-cega certa vez disse:
“Sou tão surda quanto cega. Os problemas da surdez são mais profundos e complexos, senão mais importantes que os da cegueira. A surdez representa desgraça muito pior, pois significa a perda do estímulo mais vital – o som da voz que nos traz a linguagem, que agita os pensamentos e permite que permaneçamos na companhia intelectual do homem. Se pudesse viver novamente, faria muito mais do que fiz pelos surdos. Descobri que a surdez é deficiência muito mais grave do que a cegueira”.
andrea
09/10/2014 at 17:32Ao sr. cego Milton Carvalho
concordo voce perfeitamente…
As vezes atrapalha muito a vida de ser cego para ouvir aos sons que ouvintes nao respeitam… isso dói muito…
Eu sou surda profunda e oralizo,mas odeio som. Imagina voce cego?
ser surdo-mudo sente melhor e feliz do que surdo oralizado?
muito bom texto
abracos
andrea
Ser surdo melhor do que ser cego…
mas nao é tao pior!
Pior coisa é pessoa surdo-cego e autista! ou deficiente multipla?
Deni
16/07/2012 at 14:52Tem itens que não concordo, maasss vai de cada um, ou citando Caetano Veloso: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é…”
Yuri Sandro
16/07/2012 at 14:41Ah pedi ao médico de Detran para tirar “uso obrigatório de otofone ou prótese auditiva” na minha CNH ao renovar. Deu certo!
Diego Srna
16/07/2012 at 14:16Otofonee?!?! OIII ??
Rsrs.
Gostei desse blog, parabéns !
Abraços !
Gabi Antunes
16/07/2012 at 14:11E mais uma coisa, não conheço nenhum filme brasileiro lançado atualmente, já viram né!
Gabi Antunes
16/07/2012 at 14:08Nossa gente pura verdade, a pior coisa pra mim, é médico, banco, palestra, e eu sempre aviso o povo que não atendo telefone mas eles insistem em ligar, eu simplesmente escuto uma língua do além no telefone!
Eu rir muito com esse post, adorei, realidade crua!
Na faculdade eu exigia que colocasse a legenda, a gente fica sem graça, mas nem adianta, tem que exigir, sempre exigir, exigir sempre! 😀
Leonardo oliveira
16/07/2012 at 14:01para piorar ainda tem aquele deficiente auditivo não pode fazer concursos para Policia militar,civil,federal e marinha, porque são reprovado no exame médico e quando tentar entrar em concursos nas vagas de pne em qualquer outro concurso também é reprovado por ter em uma das quatros frequências estabelecida por lei não possui 41 decibéis. Sendo que Organização mundial da saúde e Conselho federal de fonoaudiologia classificar e definir pelas soma das médias das quatros frequências.
demer damas
18/07/2012 at 15:01Olá, quando tinha a idade de alistamento militar , la fui eu a entrevista na marinha do Brasil nos corpo de fuzileiros navais , é uma das forças nacionais em que quase não se dispensa novos fuzileiros , tendo pelo menos na minha epoca eram 5 anos de serviço. Pois bem , retirei o aparelho pois sabia que iria ser dispensado ,exames coletivos , e eles chamavam o pessoal , me chamaram pelo nome umas 4 vezes e o cara aqui boiando , um capitão de mar e guerra persebeu que era eu e me chamou para uma conversa ,e falou assim . “amigo ponha o seu aparelho se tiver , coloquei o aparelho e o cara explicou , gosto de jovens que queiram servir o seu país ,e não arrumam desculpas para ser dispensado do serviço militar , pois bem no seu caso infelizmente não podemos aceitar , bom porque ? imagine se vc num submarino ou nos nossos navios de combate , e vc ser o responsável pela artilharia ou qq que seja a sua função na força naval . vc recebe a ordem de ataque se entender otimo e se não entender , ate vc entender que era para atacar o inimigo com seu equipamento de guerra , o navio ja afundou com toda a tripulação.
Outro exemplo suponha que a policia militar tenha o melhor atirador de elite e o cara é surdo, o comandante fala pra ele vc atira no meliante assim que eu mandar , e tem duas pessoas com numeros no local , um com camisa 60 e outro com 70 , a ordem é atira no sessenta e o cara atira no setenta porque entendeu que era porque que a ordem era no setenta. pronto esta feito a lambança matou o inocente.
Sendo assim em qualquer força militar. pode se ter equivocos que ponha a segurança do agente militar e da população e da operação em curso .sou forçado a concordar pq realmente é de extremo perigo e exige uma audição perfeita .
Quanto a lei não entendi amigo , sou concursado e não tive problema algum em minha nomeação.
Angela
24/11/2016 at 16:54Infelizmente aqui no Brasil! É uma bosta!
Você sabia que 4 países permitem surdos trabalham no serviço militar.
andrea
08/10/2014 at 14:04Pois é
Deficiente auditiva nao concorda pessoa surda..
mas lembra-se
Pessoa surda sofre menos porque tem lei!
Deficiencia auditiva esta atrasada!!
abracos
andrea
Desculpe, não ouvi!» Post » Vencendo o medo de falar em público
16/07/2012 at 13:27[…] semana pra todos e não deixem de ler o excelente texto do Crônicas As injustiças sofridas por quem tem deficiência auditiva, que é um soco no estômago pelo retrato claro da nossa realidade! […]
Lak Lobato
16/07/2012 at 13:01Não sei se concordo com todos os item, assim falando de mim e por mim, mas tem uns que cutucam bem afiado na ferida. E sim, falando em termos gerais, se não é exatamente isso, é porque você esqueceu alguma coisa e é bem pior.
Como diz o Jairo, pra chorar pelado no asfalto quente!
Beijos
Yuri Sandro
16/07/2012 at 12:58Assino embaixo!!!
Eduardo
27/07/2012 at 19:02Gostaria de deixar um recado Paula Pfeifer e aos leitores , tambem tenho deficiencia auditiva desde os 4 anos de idade hoje tenho 42 anos.
No meio destas injustiças aos deficientes , vamos relatar tambem nossas vitorias , vamos mostrar aos nossos colegas que tambem somos capaz de fazer algo util.
Podemos começa com as profissões acertos e dificuldades.Vamos orientar os deficientes auditivos a escolher uma profissão adequada.
ja sabemos que tem Advogado com deficiencia auditiva ,Analista de suporte ( no meu caso ) já conheci professores ,etc….
andrea
08/10/2014 at 14:02Pois é,
Deficiente auditiva sofre mais
Pessoa surda nao sofre…
entendeu
abracos
andrea
Vicente Borges
03/03/2016 at 21:45Paula P. Moreira,
Vc consegue escutar, após o implante coclear?
Parabéns pelo blog.
Obrigado.
Vicente
vicente@borgesneto.adv.br
Paula Pfeifer Moreira
07/03/2016 at 16:55Sim Vicente. Até escrevi um livro sobre isso “Novas Cronicas da Surdez: epifanias do implante coclear”
Abraço