A surdez – ou perda auditiva – acomete nada menos do que 1,5 bilhão de pessoas no mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, segundo o IBGE revelou em 2021, mais de 2 milhões de pessoas têm algum grau de surdez. A surdez é muito democrática: acomete pessoas de todas as idades, começando pelos bebês. O diagnóstico precoce é FUNDAMENTAL e o Brasil possui uma das melhores políticas públicas de saúde auditiva do mundo. Infelizmente, isso não é muito divulgado porque o lobby anti-reabilitação auditiva feito pelos militantes radicais da LIBRAS é muito difundido por aqui. Porém, se a surdez é uma realidade para você, saiba que o SUS fornece aparelhos auditivos das mesmas marcas e fabricantes que você encontra nas lojas. Vamos começar? Antes de mais nada, fica o convite: filie-se ao CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM.
Surdo é só quem não ouve nada?
Essa é uma mentira clássica sobre a surdez. A surdez tem graus: leve, moderado, severo e profundo. Surdo NÃO É só quem não ouve nada. E a lei brasileira possui critérios específicos para considerar uma pessoa com surdez como pessoa com deficiência auditiva.
Quais são as causas da surdez?
A surdez pode ser causada por diversos fatores, incluindo doenças, lesões, exposição a ruídos excessivos e envelhecimento. Alguns dos principais fatores de risco para a surdez incluem:
- Idade avançada: A perda de audição é comum à medida que as pessoas envelhecem, com mais de um terço das pessoas com mais de 65 anos apresentando algum grau de perda auditiva.
- Exposição a ruídos altos: A exposição a ruídos excessivos, como música alta, tiros ou máquinas barulhentas, pode causar danos permanentes às células ciliadas no ouvido interno, levando à perda auditiva.
- Histórico familiar de surdez: A surdez pode ser herdada geneticamente e pode ser mais comum em algumas famílias.
- Lesões na cabeça: Traumatismos cranianos ou lesões na cabeça podem causar danos ao ouvido interno e levar à perda auditiva.
- Uso prolongado de medicamentos ototóxicos: Alguns medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos e medicamentos quimioterápicos, podem danificar as células auditivas e levar à perda auditiva.
- Doenças: Algumas doenças, como meningite, sarampo e caxumba, podem causar surdez, especialmente em crianças.
Como é feito o diagnóstico da surdez?
O diagnóstico da surdez geralmente envolve uma combinação de exames físicos, exames de audição e avaliação do histórico médico do paciente. Algumas das maneiras mais comuns de diagnosticar a surdez incluem:
- Exame de audiometria: Um teste que mede a capacidade do paciente de ouvir diferentes frequências e volumes de som.
- Exame de orelha: Um exame físico que verifica se há alguma obstrução ou dano no ouvido externo ou médio.
- Exame de imagem: Um exame de imagem, como uma tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), pode ser necessário para avaliar o ouvido interno e verificar se há algum dano ou obstrução.
- Exame BERA (teste de emissões otoacústicas): Um teste que mede a resposta das células ciliadas no ouvido interno a sons.
O que é a surdez NEUROSENSORIAL?
A perda auditiva neurossensorial é uma condição caracterizada pela perda auditiva progressiva e permanente que pode afetar indivíduos de qualquer idade. Ela pode ser classificada em diferentes graus (leve, moderada, severa e profunda) e pode afetar um ou ambos os ouvidos.
As causas da perda auditiva neurossensorial estão relacionadas ao nervo auditivo ou à cóclea, uma estrutura do ouvido interno. Embora os mecanismos responsáveis pelo processamento da audição funcionem corretamente, as células nervosas não conseguem interpretar os sinais de forma adequada – ou porque estão danificadas, ou porque morreram, e, quando morrem, as células ciliadas não se regeneram. A surdez neurosensorial é comum em idosos, mas também pode ser causada por exposição prolongada a ruídos altos, traumatismo craniano, doenças que afetam as células auditivas (como meningite, caxumba e esclerose múltipla), condições genéticas e de nascença.
Os sintomas da perda auditiva neurossensorial podem incluir dificuldade em entender a fala, especialmente em ambientes com muito ruído, incapacidade de ouvir sons em volume adequado e ouvir sons imaginários como apitos e chiados (o maldito zumbido no ouvido). Também pode haver sensação de zumbido nos ouvidos e necessidade de aumentar o volume da televisão e do telefone celular. É importante notar que a perda auditiva neurosensorial pode ser progressiva. Faça uma AUDIOMETRIA uma vez por ano e consulte um médico otorrino especializado em surdez para um checkup auditivo geral.
Como é a surdez CONDUTIVA?
A perda auditiva condutiva é uma condição em que a transmissão de som entre o ouvido externo e o interno é afetada, podendo ocorrer em um ou ambos os ouvidos. A surdez condutiva pode ser suave, moderada, severa ou profunda e é diferente da surdez neurosensorial, que tem suas causas no ouvido interno.
Os sintomas da surdez condutiva podem ser manifestados em um ou ambos os ouvidos, e a condição pode ser diagnosticada por um fonoaudiólogo ou outro profissional da área com exames auditivos e de ouvido.
A maioria dos casos de surdez condutiva pode ser tratada através de métodos médicos, como cirurgia (a cirurgia de estapedectomia, colocação de tubo de ventilação ou carretel e timpanoplastia) ou o uso de aparelhos auditivos e implantes cocleares.
As causas da surdez condutiva incluem obstruções no canal auditivo, infecções, perfuração ou ruptura do tímpano, cistos e tumores. É fundamental procurar um médico otorrinolaringologista.
Existe SURDEZ TEMPORÁRIA?
A exposição a sons e ruídos excessivos pode prejudicar a audição, levando à perda auditiva temporária, que é uma forma do corpo se autoproteger. A surdez temporária é caracterizada por uma perda repentina de audição, geralmente associada a uma infecção nos ouvidos ou a uma piora abrupta de uma condição auditiva preexistente. Os sintomas incluem zumbidos, sensação de pressão no ouvido e desconforto na região.
As causas da surdez temporária podem incluir doenças autoimunes, infecções no ouvido, pancadas na cabeça, uso de antibióticos ou inflamatórios, além da exposição constante a sons e ruídos muito altos. Embora a recuperação espontânea ocorra em cerca de quinze dias, os barulhos excessivos podem prejudicar as células auditivas permanentemente, tornando a condição irreversível.
O tratamento da surdez temporária varia de acordo com a causa do problema e pode envolver medicamentos ou o tratamento adequado para outras doenças subjacentes. É importante consultar um otorrinolaringologista ou ir a um hospital o mais rápido possível para obter o diagnóstico correto e receber o tratamento adequado. Esteja atento aos sinais que o seu corpo dá e cuide da sua saúde auditiva de perto.
Fale sobre a surdez SÚBITA
O médico otorrino Dr. Luciano Moreira – especializado em surdez e cirurgias da audição – explica em detalhes tudo o que você precisa saber em caso de surdez súbita. Especialmente, o que você NÃO deve fazer.
Como é a surdez por otosclerose?
A otosclerose é uma condição médica que afeta a audição devido a um crescimento anormal de ossos no ouvido médio. Isso pode resultar em perda auditiva condutiva e/ou neurosensorial, que ocorre quando a condução do som é bloqueada ou reduzida. A otosclerose pode afetar uma ou ambas as orelhas e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens e em mulheres.
Os sintomas da otosclerose incluem perda auditiva gradual, zumbido nos ouvidos e tontura. A perda auditiva geralmente começa em uma orelha e pode se espalhar para a outra com o tempo. Os sons podem parecer abafados ou distorcidos, e pode ser difícil de ouvir sons de alta frequência. Em casos mais graves, a pessoa pode ter dificuldade em compreender a fala, especialmente em ambientes ruidosos.
O diagnóstico de otosclerose é feito por um médico otorrino especialista em ouvido com base em um exame físico, exames de audição e-ou exames de imagem.
O tratamento para otosclerose envolve o uso de aparelhos auditivos ou cirurgia. Os aparelhos auditivos são uma opção comum para tratar a perda auditiva condutiva leve a moderada. Eles amplificam o som e ajudam a melhorar a audição. No entanto, em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia de estapedectomia, que envolve a remoção do tecido ósseo anormal e a colocação de uma prótese no lugar do osso defeituoso.
Qual é a importância da reabilitação auditiva?
A reabilitação auditiva é fundamental porque a audição é um sentido essencial para a comunicação, interação social e qualidade de vida. Quando uma pessoa apresenta uma perda auditiva, ela pode enfrentar diversas dificuldades em sua vida cotidiana, como problemas de comunicação com familiares, amigos, colegas de trabalho e outras pessoas ao seu redor.
A perda auditiva também pode levar a sentimentos de isolamento, depressão e ansiedade, além de impactar negativamente o desempenho escolar e profissional. Em idosos, a perda auditiva não tratada pode estar associada ao declínio cognitivo e demência.
A reabilitação auditiva, portanto, é fundamental para ajudar a pessoa a recuperar sua capacidade de comunicação e interação social. Ela pode incluir o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares, terapia de fala e outras técnicas para melhorar a audição e a compreensão da fala.
O que acontece se eu não tratar a surdez?
A surdez não tratada traz várias consequências negativas para a saúde e bem-estar das pessoas. Aqui estão algumas delas:
- Isolamento social: A surdez pode afetar a capacidade de comunicação das pessoas, o que pode levar a sentimentos de isolamento e solidão. Isso pode levar a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
- Dificuldades de comunicação: A perda auditiva não tratada pode dificultar a comunicação com amigos, familiares e colegas de trabalho. Isso pode afetar a capacidade de trabalhar e realizar atividades cotidianas.
- Problemas cognitivos: A perda auditiva pode levar a problemas cognitivos, como dificuldade em entender conversas ou lembrar informações importantes. Isso pode levar a problemas de memória e cognição. Veja o que a surdez não tratada faz com o seu cérebro.
- Risco de acidentes: A surdez não tratada pode aumentar o risco de acidentes porque você não escuta alertas de perigo, buzinas, avisos de incêndio, ambulâncias, pedidos de socorro, etc. Nos idosos, o risco de quedas aumenta muito.
Em resumo, a surdez não tratada pode ter consequências significativas na vida das pessoas, incluindo problemas de saúde mental, isolamento social, dificuldades de comunicação, problemas cognitivos, risco de acidentes e problemas de saúde geral. É por isso que a reabilitação auditiva é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar das pessoas com perda auditiva.
Como os aparelhos auditivos podem ajudar na surdez?
Os aparelhos auditivos são uma forma eficaz de ajudar pessoas com perda auditiva a recuperar a capacidade de ouvir e participar ativamente da vida cotidiana. Esses dispositivos funcionam amplificando os sons e enviando sinais sonoros ao cérebro do usuário, permitindo que eles ouçam melhor e com mais clareza. Existem diversos tipos de aparelhos auditivos disponíveis, desde modelos mais simples até modelos mais sofisticados que utilizam tecnologias avançadas, como Bluetooth e cancelamento de ruído. A escolha do aparelho auditivo adequado dependerá do tipo e grau de perda auditiva do paciente, além de suas necessidades individuais. Crieir um curso online rápido de 1h e 30min de duração que reúne tudo o que aprendi em 41 anos convivendo com a surdez 24hs por dia e que vai te fazer economizar muito dinheiro, tempo e energia para voltar a ouvir. Torne-se aluno AQUI.
Onde posso encontrar pessoas com surdez para conversar e fazer amigos?
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- Não cair em golpes (a internet está abarrotada de golpistas do zumbido, de aparelhos de surdez falsos e profissionais de saúde que não são especializados em perda auditiva!)
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OS ERROS QUE EU JÁ COMETI ao comprar aparelho auditivo
Eu já passei pela saga da compra de aparelhos auditivos várias vezes. Já fui convencida a me endividar para comprar um aparelho auditivo “discreto e invisível” que sequer atendia a minha surdez. Já fui enganada ao levar um aparelho auditivo para o conserto na loja onde o comprei: a fonoaudióloga disse que ele não servia mais para mim sem sequer verificá-lo ou fazer uma nova audiometria. Já quase caí no conto do vigário de gastar uma fortuna num aparelho auditivo para surdez profunda “top de linha”, cujos recursos eu jamais poderia aproveitar devido à gravidade da minha surdez. Já fui pressionada a comprar um aparelho auditivo porque supostamente a “promoção imperdível” duraria apenas até o dia seguinte. E também quase cometi a burrada de comprar um aparelho de surdez que já estava quase saindo de linha por causa de um desconto estratosférico.
Mas VOCÊ não precisa passar por isso.
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