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Crônicas da Surdez / Acessibilidade / Deficiência Auditiva / Surdez / Surdos Que Ouvem

As PIORES MENTIRAS sobre surdos, LIBRAS e acessibilidade

As mentiras sobre surdos e sobre surdez parecem ter vida própria. Elas são a prova de como as fake news grudam na cabeça das pessoas e atravessam décadas sem serem questionadas. Este post está em constante revisão e evolução desde que foi publicado pela primeira vez, em 2011. Doze anos depois, as mentiras sobre surdos e surdez continuam as mesmas. E os mentirosos continuam recebendo acesso às verbas públicas e privadas enquanto os maiores interessados – a população surda – continuam recebendo uma educação de péssima qualidade e mal têm acesso à reabilitação auditiva no Brasil.

É muita irresponsabilidade da parte de jornalistas, escritores, educadores ou qualquer outra pessoa cujo trabalho atinge muita gente publicar informações erradas a respeito do assunto surdos e surdez. São tantas generalizações equivocadas que é difícil escolher por onde começar. É muito desgastante ler as mesmas mentiras de sempre sobre surdos e surdez, que só continuam circulando por causa da preguiça de pesquisar sobre o assunto e o mau caratismo de quem espalha fake news em 2023.

Atenção: é MENTIRA que todo surdo usa libras ou que a língua de sinais é “a língua natural dos surdos”.

Mentiras comuns sobre surdos e surdez:

  • “Todo surdo é mudo”
  • “10% da população brasileira é surda”
  • “Surdo é só quem não ouve nada”
  • “Surdo de verdade usa língua de sinais”
  • A maioria dos surdos usa Libras
  • “A maioria dos surdos é analfabeta”
  • “A língua de sinais é a língua natural do surdo”
  • “Surdo usa ou tem que usar Libras
  • “Crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos”
  • “Todo surdo precisa de intérprete de Libras.”
  • “Acessibilidade para surdos é ter um intérprete de língua de sinais”
  • “Quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida e nunca terá a chance de ouvir”
  • “Todo surdo faz parte da comunidade surda”

Vamos esclarecer essas mentiras, então? Para começar, fique sabendo que a surdez tem graus: leve, moderado, severo e profundo. A LEI brasileira NÃO considera todos os tipos e graus de surdez como deficiência auditiva (para fins de benefícios e direitos). O SUS fornece aparelhos auditivos gratuitos e possui uma das melhores políticas públicas do mundo de reabilitação auditiva.

É mentira que maioria dos surdos usa Libras

Conforme o gráfico abaixo, do IBGE em 2021, você pode verificar que a maioria das pessoas com algum grau de surdez não usa Libras.

maioria dos surdos NÃO usa libras

É mentira que 10% da população brasileira é surda

Segundo o IBGE, há 2,3 milhões de pessoas com algum grau de surdez no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional em Saúde realizada em 2019. Essa mentira é contada para garantir acesso às verbas públicas e para vender tecnologias de acessibilidade que ajudam apenas surdos sinalizados.

quantos surdos existem no mundo

SURDOS QUE OUVEM

Sou uma SURDA desmentido dessas mentiras

Sou surda. Eu NÃO me comunico usando Libras. Eu falo. Escuto com implantes cocleares. Nunca estudei em escola especial. Não preciso de intérprete.

Acessibilidade pra mim tem a ver com legendas nos programas de TV, avisos luminosos em certos locais, atendimento via chat, SMS e coisas assim – aquela janelinha de Libras na TV e chinês para mim são a mesma coisa.

Sobre os surdos oralizados: os surdos que ouvem

Existem surdos sinalizados (que se comunicam apenas através de língua de sinais) e os surdos oralizados. Surdos oralizados usam aparelhos auditivos ou implantes cocleares (ou não usam nenhum dos dois, inclusive) e costumam ser experts em leitura labial. A maioria das pessoas com algum grau de surdez no Brasil e no mundo são surdos oralizados – e não surdos sinalizados, como acredita o senso comum por causa das mentiras sobre surdos e surdez.

Alguns surdos oralizados também conhecem a Libras e se comunicam com seus amigos, colegas, e parentes que são sinalizados por meio dela. Assim, esses surdos oralizados são considerados bilíngues.

Os surdos oralizados dominam o português falado e escrito; por isso, não necessitam de uma terceira pessoa envolvida na sua comunicação (um intérprete).  Sua comunicação é 100% independente. Eles não vivem em função da surdez, nem convivem apenas com outros surdos dentro de uma comunidade fechada. Além disso, não se identificam com a chamada cultura surda.

Se existem dois tipos de surdos e os mais variados graus de surdez, então vamos esclarecer isso! Hoje em dia, afinal, ser surdo não significa viver no silêncio – os aparelhos auditivos de última geração e os implantes cocleares estão aí para ajudar milhões de pessoas a voltarem a ouvir.

Quem é maioria?

Caso você ache que a maioria dos surdos no Brasil não ouve, não fala, e estuda em escola especial, então preste atenção na quantidade de lojas de aparelhos auditivos que existem na sua cidade. Elas existem por causa da quantidade de pessoas surdas que usam tecnologia para voltar a ouvir!

Libras X Português escrito

Aos que amam citar a lei de Libras (língua brasileira de sinais), que a reconhece como modo de comunicação e expressão dos surdos sinalizados do Brasil, vale a lembrança: na própria lei está escrito que a Libras NÃO substitui a modalidade escrita da língua portuguesa. Em países desenvolvidos, ninguém sai da escola sem saber ler e escrever satisfatoriamente, seja surdo ou ouvinte. Não há desculpa. Enquanto isso, no Brasil, o governo gasta zilhões com a educação bilíngue de surdos, e não há retorno desse investimento. Os surdos saem das escolas especiais com parco conhecimento de português e matemática e não conseguem acesso ao mercado de trabalho. De bilíngue, essa educação não tem nada. Pergunte aos envolvidos e tire suas conclusões.

Admiro muito os surdos bilíngues. Contudo, não consigo ver vantagem em se comunicar somente através de Libras e sequer dominar o português escrito. Aliás, como ficam as perspectivas profissionais de quem não domina o português escrito? Quase nulas, e fadadas a empregos que pagam somente 1 salário mínimo.

E, pensando especificamente nos defensores da “cultura surda”, como alguém pode achar que um pai ou uma mãe que querem dar ao seu filho surdo a opção de ouvir estão “aniquilando a criança”? Por acaso alguém já viu um deficiente visual dizer que um deficiente visual que usa óculos ou faz uma cirurgia para recuperar a visão está se submentendo ao mundo dos que enxergam? Me poupe. É muita falta de argumento. Você pode negar a realidade o quanto quiser, mas não pode negar as consequências de negar a realidade.

Update em 2022: estamos melhorando…

Esse post foi originalmente escrito em 2011. De lá para cá, muita coisa mudou. Em 2022 já podemos ficar mais tranquilos, porque a cada dia que passa o mundo inteiro aprende que existe alternativa para quem não quer viver no silêncio, e que existe DIVERSIDADE dentro da surdez.

A tecnologia evoluiu tanto que hoje surdez é sinônimo até mesmo de audição. Existem MILHÕES DE SURDOS QUE OUVEM NO MUNDO!

LEIA O RELATÓRIO MUNDIAL DA AUDIÇÃO

Disponibilizado pela OMS em março de 2021, ele mostra que há hoje no mundo mais de 1,5 BILHÃO de pessoas com ALGUM GRAU DE SURDEZ, além de atentar para os prejuízos bilionários da perda auditiva não tratada.

CLUBE DOS SURDOS QUE OUVEM: junte-se a nós!

clube dos surdos que ouvem grupo

A sua jornada da surdez não precisa ser solitária e desinformada! Para que ela seja mais leve, simples e cheia de amigos, torne-se MEMBRO do Clube dos Surdos Que Ouvem. No Clube, você terá acesso às nossas comunidades digitais (grupos no Facebook e no Telegram), conteúdos exclusivos, descontos em produtos e acesso aos nossos cursos*.

São 21 mil usuários de aparelhos auditivos e implante coclear com os mais diferentes tipos e graus de surdez para você conversar e tirar suas dúvidas a respeito do universo da deficiência auditiva (direitos, aparelhos, médicos, fonos, implante, concursos, etc).

MOTIVOS para entrar para o Clube dos Surdos Que Ouvem:

      1. Estar em contato direto com quem já passou pelo que você está passando (isso faz toda a diferença!)
      2. Economizar milhares de reais na compra dos seus aparelhos auditivos
      3. Aprender a conseguir aparelho de audição gratuito pelo SUS
      4. Não cair em golpes (a internet está abarrotada de golpistas do zumbido, de aparelhos de surdez falsos e profissionais de saúde que não são especializados em perda auditiva!)
      5. Conversar com milhares de pessoas que têm surdez, otosclerose, síndromes e usam aparelhos para ouvir melhor
      6. Conhecer centenas de famílias de crianças com perda auditiva
      7. Fazer amigos, sair do isolamento e retomar sua qualidade de vida
      8. Pegar indicações dos melhores médicos otorrinos e fonoaudiólogos do Brasi com pessoas de confiança

Se você for mãe ou pai de uma criança com perda auditiva, uma das comunidades digitais do Clube é um Grupo de Telegram com centenas de famílias se ajudando mutuamente todos os dias.

  como comprar aparelho auditivo

OS ERROS QUE EU JÁ COMETI ao comprar aparelho auditivo

Eu já passei pela saga da compra de aparelhos auditivos várias vezes. Já fui convencida a me endividar para comprar um aparelho auditivo “discreto e invisível” que sequer atendia a minha surdez. Já fui enganada ao levar um aparelho auditivo para o conserto na loja onde o comprei: a fonoaudióloga disse que ele não servia mais para mim sem sequer verificá-lo ou fazer uma nova audiometria. Já quase caí no conto do vigário de gastar uma for

About Author

Paula Pfeifer é uma surda que ouve com dois implantes cocleares. Ela é autora dos livros Crônicas da Surdez, Novas Crônicas da Surdez e Saia do Armário da Surdez e lidera a maior comunidade digital do Brasil de pessoas com perda auditiva que são usuárias de próteses auditivas.

177 Comments

  • […] Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras, talvez seja aquilo que mais faz os ouvintes se lembrarem dos surdos. Quando o presidente fala na […]

    Reply
  • Katlem Ferreira
    13/05/2021 at 13:03

    Olá pessoal, me chamo Katlem Ferreira, estou em pesquisa e encontrei o site, vou falar um pouco dessa pesquisa. Sou interprete de Libras e já estou na área a 10 anos, trabalho em uma escola de ensino fundamental, e este ano vou acompanhar um aluno com surdez. Mas antes mesmo do primeiro contato, ele já me fez rever tanta coisas e criar vários questionamentos na minha cabeça. Ele não é alfabetizado em Libras e pelo que fiquei sabendo, nem em português, porém já é um adolescente. Me relataram que ele não quer aprender Libras e nem quer ir no AEE. Aí me veio a pergunta: “E quem disse que ele é obrigado a aprender a língua de sinais? É um direito dele!” Vai ser um desafio pra mim que trabalho com a língua e é natural querer me comunicar através dela. Mas preciso entender que existe a opinião dele e respeitar isso. Estou em busca de estratégias de alfabetizar ele, sem focar na língua de sinais, tendo em vista que ainda estamos em uma pandemia e ele não faz uso de celular. Quem tiver referência de literatura que possam me ajudar, eu agradeço muito pela ajuda.

    Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 02:20

      Oi, Katrem! Amei você começar a pensar assim “fora da caixa” com relação a surdez. Eu tenho um conhecido que diz “as vezes não é que a criança seja hiperativo, talvez a professora seja supermorta” quer dizer que enquanto a gente não rever pensamentos as vezes cristalizados não tem como as coisas andarem. Acho que posso te ajudar, se puder e quiser entre em contato comigo pelo patricialisan@hotmail.com. Abraços

      Reply
  • renata mendes
    21/09/2020 at 14:30

    Gente o que venho relatar aqui, talvez alguém não goste ou vai sair do objetivo do foco discursado. Bem eu estou fazendo algumas pesquisas para minha TCC na área da libras. Na minha cidade tem 890 pessoas surdas, e ninguém faz nada por elas. Então fui estudar a língua para que de alguma forma eu possa ajudá-las, após pandemia vou começar um projeto começando pela minha igreja para expandir a libras. Aqui na minha cidade tem 5 surdos que sabem a libras, mas na minha humilde opinião, bem minha colocação é o seguinte, independente de sermos surdos ou ouvintes somos pessoas únicas onde cada um tem sua forma de ser em sociedade. Mas muitos surdos aquele ditado toda regra é excessiva, com exceção, tem muitos surdos egoístas que se faz de vitima na sociedade. Exemplo se eu sou surda e vejo o público ouvinte interessado em aprender a língua que eu digo ser própria minha, eu tenho é mais que apoiar. Mas eu venho participando de alguns grupos em redes sociais, e fico a observar. Não entendo ao mesmo tempo que essa exceção quer um Brasil bilíngue, querem que os ouvintes apoiem estudem sua língua, os mesmo não colaboram, não apoiam. Observo vários surdos a dizer que quem pode ensinar a libras é somente os surdos. Mas veja só, estariam dispostos a mudarem para as cidades mais periféricas do Brasil ajudar esses surdos lá esquecidos. É amor que tenho pela língua e fui estudá-la uma vez que sou professora de língua portuguesa e quero que meus alunos aprendam o português independente da deficiência que venha possuir. Na minha realidade vivida fico muito triste em ver. Pessoas que cobram por uma inclusão e não contribui para que isso aconteça. Qualquer opinião que as vezes o ouvinte vem expor alguns surdos, se colocam como vitima do audismo, tudo é blá- blá -blá. Na verdade da mesma forma que a língua portuguesa não é própria dos ouvintes, a libras também não é própria dos surdos. Somos duas culturas diferentes que para comunicarmos utilizamos de ambas línguas. Infelizmente pensei várias vezes em desistir de estudar, mas se eu estacionar no tempo como poderei ter respaldo em ajudar, quem realmente precisa. Fica tudo sem nexo para mim, estou tentando entender. Se alguém de vocês surdos ou ouvintes quiserem me ajudar nessa pesquisa agradeço. É uma situação difícil de ouvintes que acham que o surdo precisa realmente saber português para ensinar a libras. Como surdos não aceitam quem sabem português e libras ensinar a libras, fica uma guerra travada. Se todos buscam por um país bilíngue é preciso dar as mãos. Vejo também surdos cobrando valores altíssimos para ensinar a libras. Enquanto alguns ouvintes estão fazendo voluntariamente. Gente infelizmente é uma realidade muito triste. Mas continuarei com meu proposito firme de realmente ajudar quem está esquecido. E não serei egoísta em não passar meus conhecimentos. Mas também vejo muitos surdos maravilhosos dando seu sangue para mudarmos nossa realidade, enfim tantas lutas que os surdos enfrentaram para chegar até aqui. Mas enfim ainda temos 80% de surdos que não tem conhecimento dos seus direitos.

    Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 02:41

      Oi, Renata vou responder aqui. Se você brigar comigo vou compreender, Tá? É um pouco difícil te dizer algumas coisas (até ri de você criticar o pensamento das pessoas surdas porque pensam “como pessoas surdas) mas quem sabe se você se informasse um pouco mais? Exemplo: as necessidades de pessoas surdas não se resumem a Libras. Não há uma aceitação tão natural do intérprete de Libras (nem da Libras) por todas as pessoas surdas, nem todas vão apoiar que todos aprendam libras ou a necessidade de tantos interpretes. A Libras não é a segunda língua oficial do país (ao menos na prática) então pode ser entendida como uma tecnologia assistiva para pessoas surdas. Já nos foi tomado muitas coisas até nossa possibilidade de nomeação (há quem ache que pode dizer se somos surdos ou não) é natural que as pessoas surdas desejem decidir sobre o ensino e aprendizagem da Libras, muitos só querem ganhar dinheiro “em cima” desse publico, ou seja “amam a Libras, mas não a pessoa com surdez. Essas pessoas com surdez que você não “entende” talvez estejam exercitando uma coisa chamada “lugar de fala” que é outra boa expressão para você pesquisar mais. Procure ouvi-los de forma mais empática talvez compreenda porque estão se posicionando assim. Boa sorte nos seus estudos.

      Reply
  • Thaís
    06/09/2018 at 19:46

    O post é bem antigo e eu cheguei nele bem atrasada através de uma busca simples que fiz no google, apesar de já acompanhar o blog há um tempo.
    Tem um ditado que diz que quem tá de fora da situação consegue ver as coisas de uma forma mais clara, sem o calor da emoção. Sou ouvinte, sou graduanda em libras, pois trabalho com vários surdos sinalizados e o curso tem me feito pesquisar um pouco mais sobre o mundo surdo, inclusive sobre os surdos oralizados (já que a surdez não se resume em língua de sinais), motivo pelo qual acompanho o blog, pra conhecer as duas realidades, e desde o início tenho a séria impressão (e vários comentários só reforçam isso) que existe uma disputa entre os surdos sinalizados x oralizados, quem é mais surdo, quem é mais incluído/excluído, libras x implante.. acho que vcs deveriam é se unir mais, pois, independente da escolha e oportunidades de cada um, cada um tem suas especificidades, como qualquer ser humano, mas em torno de uma mesma deficiência. O país de mais intérprete de libras, precisa de mais legendas, estenotipia, precisa ser INCLUSIVO, e vcs, no calor da emoção, acabam se excluindo mutuamente.

    Paz!

    Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 02:12

      Oi, Thaí, desculpa me meter no seu comentário, mas como está falando de pessoas surdas… Vou contribuir numa colocação sua: “inclusive sobre os surdos oralizados (já que a surdez não se resume em língua de sinais)” Na verdade há uma diversidade em todas as deficiências porque nós pessoas somos diversas mesmo. Não é que a surdez não se resuma a Libras (pois não se resume mesmo). Mas a surdez não se resume a pessoas que se comunicam por meio da Libras. E de modo algum há uma disputa entre pessoas com surdez, mas existe um documento (Lei da acessibilidade, acredito eu) onde se diz que pessoa surda é aquela que utiliza Libras e pessoa com deficiência auditiva é a que se comunica pela fala, isso causou um estrago no nosso atendimento e entendimento. Quem dera que se eu não utilizasse Libras não fosse mais surda. E ainda há o capacitismo “você não fala libras então você não é surda de verdade” ou “você não é surda, está entendendo o que estou falando” ou ainda, “mas se você fala, você não é surda, porque os surdos de verdade não falam porque eles não escutam”. Esse documento e o conceito estão em desuso, felizmente temos o Estatuto da PCD de 2015 que trouxe o novo conceito e nomeia a todos como pessoa com deficiência auditiva (independentemente de utilizar libras ou não, na verdade a Libras nem entra em voga nessa questão, seria como se dissessem que só tem deficiência física quem utiliza cadeiras de rodas quem não utilizar não tem deficiência de verdade). O novo conceito veio, mas restou um trabalhão e muitas ofensas para nós que somos surdos oralizados. Não acho que precisamos nos unir na surdez, acho que precisamos que nos respeitem na nossa diversidade, iniciando com a abolição desse pensamento de que acessibilidade para surdez é apenas Libras. Desejo boa sorte nos seus estudos.

      Reply
  • Carla
    15/03/2018 at 09:45

    Olá Paula, trabalho com um aluno de 7 anos que tem o implante no lado direito desde os 4 anos, porém essa criança esta com dificuldades de falar. Ele consegue ouvir mas não corresponde com as demandas nas atividades, não compreende quando falamos com ele. Normalmente aponta, balbucea, faz gestos, mas não consegue falar as palavras que ele deseja expressar.
    Acredito que o processo de memorização das palavras será um pouco demorado, mas enquanto a fala?
    Palavrinhas básicas do dia a dia ele não entende, como pegue a bolsa! Pegue o caderno, Olha o sol, a chuva, entre outros.
    Ele tem atendimento com a fono duas vezes na semana. Também no AEE (somente oralizado) e na escola é trabalhado somente oralização.

    Você pode ou tem alguma explicação nesse caso? pode me ajudar?

    Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 01:51

      Oi Carla, estou respondendo sua pergunta porque sou uma pessoa com surdez que consideram como bilíngue. Espero ajudar, acredito que neste caso, após um dos acompanhamentos multiprofissionais que esta criança deva fazer, poderia se começar a oferecer a mesma outras línguas, como a Libras por exemplo, no meu caso, aprender Libras, inglês, intensificou meu aprendizado do português. E se poderia aproveitar a plasticidade cerebral da idade para aprender várias línguas. É preciso também pensar na diversidade das expressões e no seria mais confortável e reconfortante para a criança neste momento. Quando um ouvinte responde a uma pergunta é o resultado de anos ouvindo desde o útero. Nós pessoas com surdez que enxergamos (há os que não enxergam além de não ouvirem) temos um processo bem visual de “ouvir”, imagino que essa criança tenha tenha essa experiência de “ouvir” bem intensa por meio da visualização. A partir do momento que se aprende que tudo tem um nome e vamos aprendendo esse nome, tudo vai mais rápido. Lembro que minha alfabetização e inicio de leitura era observando como a boca das pessoas se movimentava, tocando no pescoço, mas tinha muitas figuras também, muitas estorinhas da turma da Mônica e outros quadrinhos, e muitas expressões também que foram essenciais para entender as falas, enfim, não tem receita de bolo, mas acho que apenas oralizando com a criança seja insuficiente pois todos os outros sentidos são importantes para a audição. Não desista, vocês vão conseguir. Desejo boa sorte e um abraço carinhoso para vocês.

      Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 02:23

      Carla, esqueci de acrescentar que a Helen Keler iniciou com Libras mas posteriormente falava fluentemente 4 línguas, quem sabe se você “enriquecer” essa comunicação, ele não fica mais feliz e passe a se comunicar com você.

      Reply
  • Ana Lucia Santiago
    08/11/2017 at 08:40

    Sim Paula. Tenho aprendido sobre deficiente auditivo. Quem compartilha o que tem de experiência divivi e multiplica. Amor ao próximo, simples assim

    Obrigada!

    Reply
  • Timótheo Machado Henrique
    06/11/2017 at 11:31

    Cara, Paula… bom dia!
    Já algum tempo lhe acompanho de longe, tentando compreender mais o mundo dos surdos oralizados e que usam IC e AASI… pois sou intérprete de Libras e penso que devo conhecer todas as possibilidades de uma pessoa surda.
    Ao ler este seu texto, considero válido em muitos aspectos. Mas tem um ponto que sinceramente, erraste em cheio! Pessoas que usam óculos ou que se submeteram a cirurgias para voltar a enxergar, não são consideradas Pessoa com Deficiência, muito menos com Deficiência, Visual! Eu uso óculos desde meus 12 anos, e nunca fui apontado com deficiente, ao contrário dos colegas que usam aparelhos auditivos… nunca compreendi, essa construção social – não que eu queira ser considerado pessoa com deficiência. Então seu deboche é pífio e sem cabimento.
    Peço que seja mais racional e menos emotiva em suas postagens, lhe admiro tanto, venho aprendendo contigo nesse tempo. Sem mais termino e agradeço por sua atenção.

    Abraços

    Reply
    • Paula Pfeifer Moreira
      06/11/2017 at 11:45

      Timotheo, tudo bem?

      Escrevi o seguinte: Ou alguém já viu um deficiente visual dizer que um deficiente visual que usa óculos ou faz uma cirurgia para recuperar a visão está se submetendo ao mundo dos que enxergam? Ah, me poupe, vai!

      Não foi deboche, isso nós sabemos bem que é o que acontece na surdez. TODO SANTO DIA tenho que ouvir que não sou surda. Meus implantes cocleares nao curaram minha surdez, muito pelo contrário. Eles me permitem ouvir, mas se a bateria acaba ou eles estragam, volto para o mais absoluto silêncio da surdez profunda.

      Portanto, me desculpe, mas não fui emotiva. São fatos.

      PS: muitos deficientes visuais que usam óculos são como surdos que usam aparelhos auditivos, sim. Dê uma pesquisada! 😉

      Abração

      Reply
  • Paloma B. S.
    30/09/2017 at 04:22

    Olá, Paula. Tudo bem?
    Em primeiro lugar, parabéns pelo seu trabalho e pelos esclarecimentos que fez. Sou ouvinte, trabalho com inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência na universidade onde estudo e sou pesquisadora sobre tecnologias assistivas para surdos. Gostaria de saber a sua opinião sobre a pertinência de tecnologias assistivas para surdos (sinalizados ou não) em situação de intercâmbio/ viagem internacional, pois este é o tema que tenho pesquisado. Agradeço se puder responder.

    Reply
  • Leandro Ramos
    08/09/2017 at 21:10

    Gostei muito do seu texto. Sou desenvolvedor de sistemas e uma vez ouvi, num curso de acessibilidade, que os vídeos da Universidade em que trabalho não são acessíveis por não terem legenda, então uma das professoras disse que também seriam necessárias interpretações em libras para aqueles que não são alfabetizados em português.

    Essas coisas me fizeram pensar muito e me dar conta de que trabalho no berço de muitas inovações (USP), mas quase 100% dos sistemas e sites são inacessíveis para cegos ou surdos que não leem.

    Reply
    • Patricia Lima
      08/09/2021 at 01:28

      Boa noite, Leandro é isso aí. Eu estudo numa instituição que escolheu durante a pandemia uma plataforma sem legenda para as aulas. Reclamei, liguei para o serviço de manutenção da plataforma e só me deram atenção quando ameacei denunciá-los, ao Ministério Público. Passaram a utilizar durante as aulas que eu participo um plataforma com legenda, mas não é algo oficializado, a cada novo professor, começa tudo de novo.

      Reply
  • Carmen
    28/08/2017 at 00:44

    Oi Paula.
    Sempre acompanho você…me ajuda muito.
    Já li teu livro.
    Sou surda oralizada e me comunico com leitura labial.
    Ainda não fiz implante…não posso ir ao cinema, ver um filme nacional porque não tem legenda.
    Fico frustrada com essa falha na comunicação.
    Existe alguma evolução nesse sentido?

    Reply
  • Hudson Bomfim
    05/06/2017 at 11:04

    Olá bom dia! Cheguei até aqui pois uma dúvida me persegue. Sou muito critico de certas atitudes governamentais. Um exemplo disso é o http://www.vlibras.gov.br/ que está presente em quase todos os sites do governo, bancos públicos e outros ligados a ele. Sempre pensei: “que maluquice é essa, se o surdo pode navegar pela internet em tese ele lê o Português, então qual a lógica de um sistema (que de certo não custou barato aos pagadores de impostos) para traduzir do Português para Libras?” Me senti muito ignorante sobre o assunto até ler o seu texto! Agora tenho certeza que essa “boa ação” teve outros interesses..

    Reply
  • Alessandra de Azevedo
    29/03/2017 at 19:24

    Olá, Paula, achei seu texto por acaso ao pesquisar sobre acessibilidade para surdos. Sou professora e pesquisadora na área de surdez e conhecer diferentes óticas é muito útil em toda pesquisa. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas, é possível?
    Você tem perda bilateral? Qual seu grau de perda auditiva? Você fez terapia fonoaudiológica? Por quanto tempo? Com que idade você fez o implante coclear? Você consegue ouvir e compreender fala por meio do implante? Caso sim, por que se autointitula como surda se você ouve? O termo deficiente auditiva não seria mais adequado?
    Espero sinceramente suas respostas.
    Grata, desde já.

    Reply
    • Paula Pfeifer Moreira
      30/03/2017 at 09:47

      Ola Alessandra

      Sou SURDA PROFUNDA BILATERAL e tenho dois implantes cocleares.
      Me ‘intitulo’ surda porque SOU surda. Apenas tenho a opção de ouvir quando estou com meus implantes, mas minha surdez não está e nem será curada.
      Sou deficiente auditiva, surda, chame como quiser – particularmente não tenho a mínima paciência com essas terminologias, quem tem deficiência auditiva é surdo, pra que essa insistência em querer categorizar as pessoas como se fossem ‘mais ou menos’ surdas? Sou tão surda quanto qualquer outro surdo que veja a surdez como mera diferença cultural.

      Fiz o primeiro IC em 2013 aos 31 anos e o segundo em 2016 aos 34 anos.

      Ajudei?

      Bjos

      Reply
      • fabiana
        26/02/2018 at 12:36

        Oi Paula

        Eu tbm sou surda e fiz um implante em jul/2016 e tenho uma duvida?
        Vc nasceu surda ou ja ouviu ???

        Reply
  • Beatriz Primay
    23/11/2016 at 16:36

    Meu irmão é portador de surdez profunda, sendo q em um dos ouvidos tem 20% de audição. Até bem velho ele não havia se adaptado a aparelhos auditivos e por quase toda a infância não fez uso deles. Eu e ele estudamos em uma escola SENSACIONAL chamada Instituto Nossa Senhora de Lourdes, na Gávea, Rio de Janeiro. Essa escola, na década de 80 – qdo estudamos lá – tinha um sistema misto, onde estudavam ouvintes e surdos. Nas primeiras séries estudávamos em turmas separadas, mas convivíamos na hora do recreio e nas demais atividades escolares. Os surdos tinham atendimento especializado com fonos, psicólogos e outros profissionais. Meu irmão quando entrou lá aos 6 anos não falava nada. Nadinha. Nadica de nada. E tb não utilizava libras. A comunicação era um modo familiar muito especial e restrito. A escola oralizou meu irmão, que escola maravilhosa. Lá era proibido o uso de libras, pq eles incentivavam a oralização dos alunos como forma de inserção na sociedade. Quando os alunos surdos progrediam, as turmas iam se mesclando entre surdos e ouvintes. Resumo da história, quando meu irmão saiu de lá, bastante cedo, no 3º ano do antigo primário, já falava e acompanhava turmas regulares. Saiu de lá para uma escola regular, por motivos financeiros da família. E assim ele foi pela vida, oralizado, escrevendo perfeitamente, tendo em vista a grande influência de minha mãe que sempre privilegiou o hábito da leitura. Vivemos toda uma vida sem usar LIBRAS. Meu irmão tinha amigos surdos também, muitos oriundos da mesma escola. Ele trabalha, cursou ensino superior, adora cinema. Hj tem 40 anos. Muito mais tarde eu tive a oportunidade de, no meu trabalho, receber um surdo como auxiliar de escritório, que veio dentro das cotas para deficientes que as empresas necessitam preencher. Pois bem. Ele não era oralizado. Eu pensei, ok! Vou escrever o que preciso explicar a ele. Mas… hããã??? ele não conseguia compreender patavinas do que eu escrevia. Muito pouco. Com a dificuldade que tivemos, ele numa atitude bem arrogante, tirou da mochila um calhamaço de papel… e me esfregou na cara (quase isso). Era a lei de LIBRAS. A atitude dele era: vc é obrigada a saber LIBRAS, olha a lei! Conclusão da história, nos esforçamos muito para que ele pudesse compreender as tarefas que precisava executar. Tentamos aprender libras, mas a vida profissional é dinâmica, e aprender um idioma não é assim com um estalo. E se vc tem uma pessoa que apresenta uma barreira dessas, é como um estrangeiro no próprio país.. Conclusão é que não pudemos ficar com ele, pq simplesmente não conseguia compreender as tarefas que precisava executar. Ir pegar um papel em outro setor… uma assinatura com uma pessoa específica… Explicar o local em que ele precisava levar um documento.. usar word, escrever um bilhete então nem pensar. Tudo era difícil.. Enfim, concluí que meu irmão teve sorte por ser oralizado, pq facilita a convivência dele com a sociedade no qual ele está inserido. Ele não se sente de qualquer forma entre dois mundos. Pelos surdos sinalizados muitas vezes ele foi hostilizado. Bem mais velho, lá pelos 30 e muitos ele fez um curso de libras, para poder conviver melhor com colegas sinalizados. Mas a vida dele até então seguiu o rumo de uma vida como outra qualquer. Ele vive no mundo, tem amigos, namora, viaja, tem filho, trabalha e estuda é feliz. E ponto.

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    • Paula Pfeifer Moreira
      24/11/2016 at 08:15

      Incrível! Conheço seu irmão da internet! E é isso mesmo…O que me deixa mais feliz hoje em dia é que a nova geração de surdos já sacou a importancia da tecnologia e da reabilitação auditiva para a VIDA REAL. E NADA barra o avanço da tecnologia, ela fala por si só. Graças a Deus! Viva a autonomia e a independência. Que as novas gerações de surdos se reabilitem e tenham o emprego que quiserem, fora de cotas, realizem todos os seus sonhos e não se definam por um detalhe como esse! Beijos!

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  • Gabriela Cordeiro
    03/10/2016 at 20:08

    Oi Paula, eu descobri seu site por um acaso,pois eu estou fazendo um projeto sobre como ajudar as pessoas surdas a se comunicar socialmente e seu site foi de grande ajuda. Quero dizer que gostei muito e que você esta fazendo um ótimo trabalho divulgando sobre este tipo de deficiência. O meu projeto tem como objetivo as pessoas que acabaram se tornando surdas (como em acidentes de trabalho e etc) e não aprenderam LIBRAS para se comunicarem mais facilmente com as pessoas, ditas como normais (apesar de que “normal” é relativo), que também não sabem LIBRAS, gostaria de saber se você teria alguma sugestão ou então alguma dica para ajudar-me e ajudar meu grupo. Muito obrigada pela atenção e novamente, gostei muito do seu site.

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  • Ricardo de Abreu
    26/08/2016 at 12:40

    Olá Paula! Estou fazendo uma disciplina de Libras na faculdade e pesquisando mais sobre o tema eu me deparei com o seu blog. Muito obrigado pelas informações e por me mostrar um aprofundamento de informações na comunidade de surdos. As generalizações e superficialidade de informações no mundo moderno são a principal barreira cultural da crise em que vivemos. Uma crise cultural tão séria que está provocando crises econômicas, políticas e sociais. O problema que vocês enfrentam é enfrentado por diversos outros grupos e minorias e também por pessoas não pertencentes a minorias (veja os movimentos negros, o dos direitos das mulheres, o dos lgbtq, e até mesmo dos pais que querem maior participação na criação dos filhos).
    Se as pessoas se informassem mais sobre esses assuntos que “são chatos” ou “não devem ser discutidos”, o mundo seria um lugar bem melhor. Obrigado por compartilhar mais da sua vivência comigo e com o mundo. Já virei seu fã.

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  • Keity Abi-Ackel
    12/06/2016 at 07:54

    Olá Paula!
    Primeiramente, parabens pelo seu trabalho.
    “Segundamente”, eu sou professora de Libras e trabalho com surdos falantes de Libras há 9 anos. Sou fonoaudióloga, mas nao trabalho com oralização. E, na contramão de outros comentários que li aqui de pessoas que trabalham com Libras, eu adorei sua fala (seu texto).
    Peço desculpas se a nossa comunidade ficou meio bitolada quanto a Surdez, porém a inclusão é uma coisa muito lenta e passa por esses lapsos.
    Quando dou aulas, sempre explico que o surdo oralizado é muito diferente do surdo não-oralizado e, por ser tão diferente assim, não chamamos de surdo, apenas de Deficiente Auditivo (nada a ver com o grau da surdez). De fato, sempre explico que não há “dois tipos de surdo”, mas sim que cada surdo é diferente, pois cada pessoa é diferente.
    Mesmo assim quero lhe dizer que esse auê todo é muito importante para o surdos usuários de Libras, pois a maioria deles nao conhece o portugues nem em sua forma escrita. ou seja: têm dificuldade até para pegar um onibus. Achei seu desabafo incrível e acredito que, no futuro, tenhamos uma visão mais ampla da surdez, mas por enquanto, essa visão que foca na Libras é extremamente necessária e é tambem, muito provavelmente, a única que teremos.
    Eu possso me comprometer, em contrapartida, a fazer um trabalho menos monocramático e enfatizar mais essa dualidade. Vou divulgar seu trabalho tambem.
    Os pais de criaças surdas, principalmente, precisa te ver, te ler e te ouvir.
    😉

    Reply
    • Keity Abi-Ackel
      12/06/2016 at 07:55

      Patrícia, se você quiser ajuda para escrever melhor – sem compromisso com a Libras – me procure. keityabiackel@yahoo.com.br

      Reply
    • Paula Pfeifer Moreira
      13/06/2016 at 11:13

      Obrigada Keity e seja bem-vinda!

      Reply
    • loyane
      27/05/2021 at 12:43

      Quanto a aprendizagem, vida social e convivência com o outro em auditivo e ficou clara a colocação que o surdo também pode falar? Faça um parágrafo colocando sua ideia do que entendeu sobre o assunto?

      Reply
  • Patricia Lisan
    05/06/2016 at 12:10

    Sou surda oralizada. Vi aqui muitas ofensas. Mas penso que todos só contribuiram para exemplificar o quanto somos diferentes, cada um tem uma realidade, mesmo sendo todos surdos. Me assustou um pouco a forma como algumas pessoas justificaram seu sucesso ou preferências e denegriram oque era diferente de si ou que não concorda. Paula, deixo uma sugestão para continuar desse post o que mais gostei. Por que vc não cria outro, onde a gente só se apresente (caracteristicas, sucessos e dificuladades) e aí quem sabe com as várias apresentações um não aceite melhor o outro e talvez os que precisem de “um help”, como eu, possam ser ajudados. Começo comigo: Sou surda bilateral, oralizada, tentei os aparelhos auditivos e me queixo de ruídos e barulhos e infelismente não me adaptei(obviamente não é birra, desculpa e etc). Escuto mt pouco, então em ambientes barulhentos (escuto alguns barulhos) ou de mt movimentação não escuto nada. Não leio lábios com excelência, pois as pessoas gesticulam demais normalmente e penso q na verdade estou lendo a “expressão delas” não apenas os lábios. Escrevo mal o português. Demoro “séculos” para escrever qualquer coisa. Não consegui aprender LIBRAS, também não consegui aprender inglês. Estou cheia de dificuldades e me sinto igual a filha da Sandra “no meio de dois mundos ou entre vários mundos”. Me sinto mt triste. Já cheguei a pensar q meus amigos q usam LIBRAS são mais felizes sim. Compareci este ano a Conferência da PCD. Não tá boa a coisa. Me senti ignorada mts vezes, a acessibilidade se resumia a interpretes e com todos usando micrfones próximos a boca, “não escutei quase nada”. Não vi nenhuma referência ao surdo oralizado ou aos vários exemplos de diversidade que vi aqui. Estamos longe da cidadania. Atualmente faço mestrado em Neurociência e Comportamento e tenho mts dificuldades em acompanhar as aulas, grupos, e tudo mais. Se digo que sou surda, me tratam como se tivesse deficiência intelectual, então não divulgo. Não consigo acompnhar as datas de entrega de trabalhos, estou com mt dificuldade no português escrito. Estou com inveja de todos aqui que escrevem mt bem o português ou qualquer outra. Então é isso. Sou surda, oralizada, não escuto quase nada, não escrevo bem o português. E não consegui aprender outras línguas. Preciso de um serviço p supervisão dos meus trabalhos do mestrado, mas não existe aqui na UFPA. Ou de apoio sobre como aprender a escrever bem sendo surda. Alguém pode me ajudar?

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    • João Pedro
      02/04/2017 at 13:30

      Oi, Patrícia. Vi seu desabafo e pensei em motivá-la através da atitude (em querer aprender), pois infelizmente, temos que nos “virar nos trinta” devido a dinâmica que o avanço tecnológico proporciona nos demais setores da vida, incluindo lazer.

      Antes de mais nada, gostaria de dizer que a compreendi perfeitamente o seu desabafo do qual a Senhora insinuava estar em desvantagem, e como tal, eu poderia em estimulá-la a continuar aprimorando, pois uma vez determinado, o surdo – seja oralizado ou não – irá longe no que tange o desenvolvimento pessoal.

      Pois bem, tenho 23 anos de idade, sou surdo oralizado, com uma perda situada entre moderada e profunda, o que estimo ser uma perda bilateral superior à 80%, segundo constavam as várias fonoaudiólogas para uma “segunda confirmação”. A gravidade é maior na audição esquerda, que proporciona primariamente ao som grave que propriamente nos agudo e médio (níveis importantes para uma comunicação ideal).

      E obviamente, assim como ocorre contigo, o meu dia a dia também está recheado de surpresas desagradáveis, cujo a sociedade teima em classificar os surdos na condição de deficiente mental, que convenhamos, não é bem verdade. Porém, não me ocorre com uma certa frequência, pelo fato de que estou sempre empenhando em ultrapassar barreiras das quais sabemos serem preconceitos. O primeiro passo foi investir em uma leitura básica já na tenra idade, a começar numa revista em geral que satisfaziam a minha curiosidade com relação ao mundo (temas como tecnologia, astronomia, política, economia, saúde e até astrologia mesmo). Com o passar do tempo, fui me capacitando para compreender as relações e finalidades com que um assunto possam repassar uma ideia central, até ao ponto de desenvolver uma leitura dinâmica, ainda que em constante desenvolvimento. Desde então, minha mente trabalha à mil ideias que possam ajudar a tornar uma comunicação em geral bem coesa.

      Enfim, o segredo para dominar uma boa escrita seguida por leitura dinâmica é persistir no aprendizado, pois quando menos se espera, você já desenvolveu uma capacidade que a levará num patamar de ouvinte. Sim, é duro dizer isso em vista que sou surdo, porém, me identifico mais como um “surdo oralizado” que pendendo pela sinalização, pois infelizmente, a sociedade ainda não está preparada para adaptar ao todo às pessoas surdas, principalmente se formos observar comentários de pessoas que sentem discriminação na pele.

      Então, Sra.Patrícia, continue desenvolvendo e aprimorando o estudo, não se abata por simples questões que venham segregar da sua pessoa à sociedade, pois são frutos de sua imaginação, e reconheço o seu potencial, inclusive os sinalizados. Gosto de imaginar que todos nós temos potenciais se tivermos empenhados em desenvolver à nossa pessoa, pois do contrário, não existiria ouvintes com analfabeticamente funcionais, não é?

      Abraços e sucesso para ti!

      Obs: à autora do Blog, continue desenvolvendo bons artigos dos quais possamos refletir das nossas atitudes face à sociedade em geral.

      Reply
  • Jamila Lopes
    19/05/2016 at 14:11

    Paula, adoro seu blog. Sou surda unilateral hj mas passei alguns meses sem ouvir praticamente nada e assim conheci um pouco da sua história. Estou iniciando minha pesquisa para o tcc (graduação em Serviço Social), vou falar sobre acessibilidade para surdos oralizados. Quero que as pessoas saibam que nem todo surdo precisa de intéprete de LIBRAS para ter acessibilidade, mas acho lindo o trabalhos com LIBRAS também. Você pode me indicar algum livro ou autores que tratam do assunto?
    Parabéns pelo seu trabalho. bjos.

    Reply
  • HELENA
    16/05/2016 at 10:59

    Obrigada por direcionar-me. Estou escrevendo um artigo o tema escolhido pela faculdade: DIDÁTICA DE INCLUSÃO DO SURDO NA ESCOLA. Confesso que fiquei irritada com tantas repetições de pensamentos que focam surdez como deficiencia necessaria de inlusão, mas estudos complicados que aparentam nÃo concluidos.Lendo sua cronica inspirei-me e disse: SURDO FALOU MELHOR QUE TODOS ARTIGOS QUE LI

    Reply
  • Renata Rocha
    28/01/2016 at 21:20

    É possível surdos de nascença se tornarem escritores? Eu creio que sim e estou escrevendo uma estória de um personagem justamente com essas características, porém, já fui questionada sobre isso. Uma moça disse que surdos de nascença escrevem mal, será isto verdade? Eu sinceramente acredito que a surdez não implica no desempenho de um escritor (desde que haja um constante hábito de leitura, é claro), mas é sempre bom dar uma pesquisada antes de afirmar qualquer coisa, então, poderia me ajudar nesta questão?

    Reply
    • Keity Abi-Ackel
      12/06/2016 at 08:00

      Ouvintes de nascença também escrevem mal. Não tem a ver com a surdez e sim com seus habitos de leitura e escrita.

      Reply
      • João Pedro
        02/04/2017 at 13:37

        Concordo com a Keity.

        Sou da teoria de que todos temos potenciais para qualquer finalidade se estivermos empenhados, contudo, com humildade.

        Abraços!

        Reply
  • Paula
    13/05/2015 at 16:46

    Oi… Gostei dessa ideia, pois precisamos melhorar pra frente. Nasci deficiente auditiva, não tinha aprendido libras para comunicar, ninguém sabia me comunicar quando era pequena, entrava na pré escola normal, mudava começar para estudar na escola normal, uma professora comentava que não conseguia comunicar como não queria adaptar para ajudar. Fui a escola especial com surdos, aprendia muito pouco, mas foi bom somente comunicar através de libras. Um dia acontecido, minha mãe não gostava de usar gestos como libras, falava que acreditava para capacitar de ouvir pouco. Eu já traumatizava com mãe porque percebia que não aceitava usar. Então, ficava estudado a escola especial em 3 anos, também fui a fonoaudiologia e pedagogia, elas diziam que eu ia capacitar de estudar com crianças normais na outra escola. A minha mãe conseguia resolver um vaga da escola, a diretoria de escola pedia para eu fazer uma provinha como eu saiba escrever. Ela me dava para eu fazer tudo, depois reunia com professores, eu aprovava entrar na 2ª série. Nunca repetia estudos, sempre passava toda a vida para conseguir. Porque adaptei ler labial, escrita e libras, pois estudei todas as escolas sem interprete, se for com interprete para me atrapalhar muito para dar atenção, porque tenho problema de visão também como chama se Retinose pigmentação, não enxergo muito bem lados, só centro. Prefiro prestar atenção somente professores do que interprete, só quando vir uma reunião da empresa ou qualquer lugar, vem palestra também, independem precisam ter um porque eles falam rápido ou movem cabeça, não dá para entender quando não ouvir. E como estou agora, convivo uma vida normal como qualquer pessoa normal, falo, escrevo, comunico atraves de libras somente quem usar e uso implante coclear quando eu tinha 22 anos para fazer cirurgia, porque eu gosto de ouvir sons, já usava aparelhos comuns que não ouvia nada e só sentia vibrado pois reclamava que não gostava de sentir, me incomodava tanto. Estou com IC (implante coclear), minha vida mudou muito, não senti mais vibrado e só ouvi, mas não completei ouvir tudo. Normalmente, tento aprender mais. Eu comecei ajudar algumas pessoas surdas para mudar uma vida, nunca reforço para eles operarem…. É muito importante para entender o que necessita de aprender muito coisas como estudar, comunicar em escrito, ler coisas. Infelizmente, nem todos, eles sempre reclamam a vida deles como pessoas falarem “coitado” ou eles respeitam. Eu fico chateada por surdos mesmo, não por ouvintes. Falta entendimento e conhecimento.

    Então, já consigo ajudar minha amiga surda, aquela época era que ela viveu esse jeito como surdos, e agora ela transformou outra pessoa, não é mais como antes. Ela adorou escrever demais para conversar com qualquer pessoa pelo email, chat, etc… Esforçou trabalhar, estudar e malhar por tudo como eu fiz. Ela não usa IC, vai usar aparelhos comuns e fala pouco depois melhora. Luta muito na vida dela, ela acredita “sou surda que capacito qualquer coisa para aprender”. Admiro muito. E agora falta mais surdos.

    Reply
  • Rayane Moreira
    17/04/2015 at 12:35

    Oi, parabéns pelo texto mas gostaria de te falar que o que você descreveu está bem acima da realidade do nosso país. Normalmente, os surdos oralizados são os que tem boa condição financeira. E infelizmente, grande parte dos surdos brasileiros não tem a condição de usar aparelhos de ultima geração e essas coisas.. :/
    A língua de sinais vira uma necessidade afim de sair das “mimicas”, um surdo que nasce no meio de uma família ouvinte ou precisa de muita paciência ou de muito dinheiro.

    Reply
  • Sheila Andrade
    12/04/2015 at 02:52

    Eu tenho uma opinião.Se uma pessoa é surda e consiguiu a falar pela proposta da oralização,vamos respeitar por ela ter conseguido.E aprendi também, que o melhor para uma pessoa com surdez se comunicar, é o uso de “Libras”.Há muitas discussões sobre a melhor maneira do surdo aprender a se comunicar.
    Abraços!

    Reply
    • João Pedro
      02/04/2017 at 13:48

      Olá, Sheila.

      Olhe, não queria ser rude contigo, mas discordo da sua tese de que sejamos obrigados a comunicar unicamente por LIBRAS. Sou surdo oralizado porque eu queria participar ativamente na sociedade, pois infelizmente a mesma não consegue adaptar culturas heterogêneas por justamente ainda não estar preparada, e isso aflige não somente às várias deficiências, como também questões étnicas e até por fatores políticos. E é uma crônica global.

      Então, se o surdo realmente tiver condição, conversar oralmente seguida por LIBRAS seria de grande utilidade, pois na ausência de LIBRAS, você comunica oralizado e vice-versa. Ainda estou aprendendo LIBRAS, pois reconheço que há surdos que realmente não conseguem comunicar qualquer meio que não sinalizações, e isso até contribui uma relação sadia na troca de ideias, desde nos setores profissionais ao lazer.

      E inclusive todos nós – oralizados ou sinalizados – podemos desenvolver várias línguas não nativas, pois a globalização abre portas para nos introduzirmos cada vez mais à sociedade, seja para o bem ou para o mal. Mas ainda assim, temos a certeza de que todos somos capazes para qualquer coisa na vida desde que queiramos, e não será a deficiência que irá nos emperrar nos obstáculos.

      Abraços!

      Reply
  • Cláudia
    10/10/2014 at 18:23

    O desabafo é válido. Acredito que acessibilidade vai muito além que uma janelinha, e rotular uma pessoa pela sua deficiência é uma forma de preconceito. E a sociedade,ainda está muito a quem das informações em relação aos surdos,as suas diferentes formas de comunicação eu como parte da sociedade, também partilho dessa deficiência intelectual, até então não me interessava pelo assunto, até o momento, quando comecei a cursar a disciplina de libras e percebi que os surdos oralizados ou que usam linguagem de sinais, são inteligentes, comunicativos e merecem e necessitam das mesmas oportunidades de aprendizados que os ouvintes, pois tem capacidade de aprenderem assim como qualquer outro ser humano.

    Reply
  • Idália
    02/10/2014 at 18:13

    Compreendi completamente sua “indignação”. Não sou surda, mas compartilho da ideia da não generalização, sobre toda e qualquer coisa. Existem diferentes “tipos” de surdos, mas para quem está do outro lado parece mesmo difícil compreender isso, e pior aprender sobre …
    Discordo de algumas falas que li entre os comentários falando que a Língua de sinais (LIBRAS) seria algo inútil, não, não é. Se para alguns surdos há a possibilidade da oralidade, para outros não, e, para estes, para os que vivem uma surdez completa, a LIBRAS é sim libertadora, é sim também um modo magnífico que lidar e “oralizar” falar do e para o mundo. Se estamos falando de diversidade que sejamos abertos e compreensíveis. Respeito é bom, todos querem e todos merecem. Parabéns pelo Blog.

    Reply
  • Mercedes Wendhausen
    15/08/2014 at 17:20

    Compreendi teu desabafo perfeitamente…no meu caso sou ‘surda’eventual em função de uma tal Síndrome de Meniérè
    e levo a vida na base de um de cada vez…tem-me rendido ótimas vivências!
    Boa sorte! 😉

    Reply
  • paulo roberto fernandes da silva
    04/08/2014 at 23:31

    Tenho um filho com 31 anos e e surdo com durdez profunda já fiz de tudo para fazer a operação ele não aceita,tem uma filha ouvinte,eu peço pelo menos vai numa fono ele fala pão papai agua e outras palavras mais só que se comunicar em libras,eu preciso de sua ajuda por favor me ajude meu tel 022-3853-9502 ou 022-98137-4450

    Reply
  • Marisa Fucillini
    22/06/2014 at 19:52

    Paula Pfeifer – Crônicas da Surdez!
    Sou Fonoaudióloga e trabalho com surdos/pessoas que tem perda de audição, que buscam a oralização. No caso de crianças pequenas, é um desejo dos pais, e acho que como responsáveis desta criança eles tem todo direito de optar por aquilo que acham que seja melhor para seus filhos. Pois haverá tempo de aprender Libras em qualquer tempo de suas vidas,com ou sem uso de AASI ou IC. Mas se tratando de desenvolver a linguagem oral quanto mais precoce o uso de aparelhos auditivos ou realização de implante coclear maior sucesso se tem. Teria casos e casos para contar, coisas ruins e coisas boas se tratando desse assunto. E quando leio o que escreves, parece que me alivio de uma vontade que eu tenho de dizer a muitas e muitas pessoas. E o que mais dói no meu coração é quando escuto alguém dizer : “Surdo tem que estudar em escola de surdo”;”Nasceu surdo e deve aceitar essa condição de mudez”; “Surdo tem que viver com sua comunidade surda, lá eles são felizes”…Nossa!!! São tantos absurdos, que colocam para aqueles que tem sua acuidade auditiva diminuida nos seus mais variados graus. É preciso conhecer O Código Internacional de Doenças, para classificar melhor, é preciso saber dos exames que existem e nos mostram os graus e tipos de perda de audição. Muitos não tem nem idéia sobre os aparelhos auditivos, sobre os tipos de aparelhos, sobre a potencia de cada tipo. Muitos não tem idéia do que seja um Implante Coclear;e hoje sobre o Sistema FM, que muito tem auxiliado dentro da sala de aula. E ainda mais, muitos não tem idéia do que existe para beneficiar essas pessoas, do investimento que o SUS faz (e se faz é porque acredita nos resultados). Poderia ficar aqui escrevendo, escrevendo…mas finalizo dando meus Parabéns aos pais que enfrentam o desafio de também proporcionar a oralização aos seus filhos que tem perda de audição. E a esta página Crônicas da Surdez que põe em discussão as mais várias opiniões. Abraço
    Marisa

    Reply
  • PAULO MAURICIO DA CONCEIÇÃO
    29/05/2014 at 20:12

    Tem gente que quando fala de surdo se refere exclusivamente a quem nasceu surdo, como se isso lhes conferisse um S maiúculo na surdez e uma posição hierárquica superior.
    É só ver no Censo de 2000 o número de surdos com os diferentes graus de perda auditiva, os que não ouvem absolutamente nada (anacusia) são minoria, a grande maioria pode sim ser beneficiada pelas diferentes técnicas existentes. Essa coisa de inventar nomes como “deficientes auditivos” parece ter surgido de burocratas que morrem de medo de dar nome aos bois. Surdo é surdo, cego é cego, míope é míope, essas terminologias ridículas disfarçam na verdade um enorme preconceito, o medo de ofender uma pessoa com deficiência, seja ela qual for. Como se a pessoa com deficiência fosse uma “coitadinha” que já sofre tanto, então vamos usar nomezinhos carinhosos.

    Reply
  • maira
    27/05/2014 at 13:18

    olha, gostei das informações só considero que em hipótese alguma necessitamos ser grosseiros e agressivos. violência nada constrói. nada. veja o mundo ai o que tem se tornado, surdos ou não, ou com qualquer característica específica, nada nos dá o direito da agressividade. Explicar, ensinar é sobretudo um ato de amor, ninguém gosta de aprender sob berros e pancadas.

    Abraço da amiga que só obteve aprendizado na pancada,
    Maíra

    Reply
  • Cleber
    18/01/2014 at 02:56

    Minha irmã, Luciene, é surda não fala libras, faz faculdade, porém não tem uma amiga ou amigo, eu gostaria de saber se existe um clube ou vocês se encontram para que eu possa levar minha irmã ela vive muito triste pela solidão, tenho certeza que com amigas ela seria muito mais feliz!
    Fico o aguardo,
    Obrigado,
    Cleber

    Reply
    • Gabriele
      28/10/2016 at 15:38

      Sim, associação dos surdos 🙂

      Reply
  • Mariana Solano dos Santos
    07/11/2013 at 14:20

    Nao irrite a dona do blog, tambem sou surda e sei oralizar, sei falar libras mas nao me orgulho disso, eu acho q a dona do blog tem razão… Fiquei um pouco de raiva da minha mae pq ela nao aceitava q eu me virasse sozinha nas aulas, sou oralizada e perdi tempo com interprete, a mae quer q eu seja como os surdos “normais”!

    Reply
  • Carilissa
    24/09/2013 at 14:55

    Paula, sou surda como você. Detesto usar rótulos, surda oralizada ou surda sinalizada. Me orgulho muito por ter a oportunidade de estudar na escola de surdos e onde aprendi a igualidade. Me desculpe, não concordo muitas coisas que tu escreveu aqui e não foi necessário escrever essas coisas… que todo surdo.. todo surdo precisam de interprete ou bla bla. Eu oralizo MUITO bem, escrevo português e sinalizo também. O que tu precisa mesmo é dar uma pesquisada sobre surdos pois tu aqui generalizou quase tudo e muitos pesquisadores ficaram abalados com as suas frases. Libras é uma LÍNGUA tão bela e rica em cultura, faz a maioria de surdos a serem independentes não quanto os surdos oralizados (embora não goste de rótulos). Interprete de Libras na TV é acessibilidade SIM, e para ti a acessibilidade podem ser as legendas ou pessoas falarem de frente como a Xuxa faz. Todos e TODOS deficientes precisam de acessibilidade ué. Pesquise muito mais, menina! Tem surdos implantados que não conseguem escutar e outros conseguem, tudo depende de cada um. Cuidado generalizar! Tenha mais respeito e tenha uma visão melhor…. com cautela e respeito tu vai saber muito mais. Vai por mim querida! Carilissa – Caxias do Sul – Mestre em Educação!

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      24/09/2013 at 15:04

      Carilissa,

      Escrevi o post justamente para reclamar da generalização que a mídia faz sobre surdez. Há alguma mentira abaixo?

      •todo surdo é mudo
      •todo surdo se comunica através de LIBRAS
      •a lingua de sinais é a língua do surdo
      •crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos
      •todo surdo precisa de intérprete
      •acessibilidade para surdos é a janelinha com o intérprete na TV
      •quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida
      •todo surdo faz parte da ‘comunidade surda’

      Se vc frequenta a comunidade surda sabe bem que isso tudo aí acima é generalização. Nem todo surdo é mudo, nem todo surdo usa Libras, a Libras não é a língua de todos os surdos, nem todas as crianças surdas estudam em escola especial, nem todo surdo precisa de intérprete, acessibilidade para surdos NÃO é unica e exclusivamente janelinha de libras, quem nasce surdo hoje na maioria dos casos só continua surdo se quiser (vida IC e AASI de ultima geração trazendo as pessoas pro mundo dos sons) e nem todo surdo frequenta comunidade surda, muito pelo contrario.

      Portanto, nao entendi quando me pedes mais respeito, sendo q escrevi o post para explicar para as pessoas sobre a DIVERSIDADE EXISTENTE NA SURDEZ.

      E pesquisar mais, o que quisestes dizer com isso? Que devo me render à generalização equivocada sobre a surdez? Tente ler o texto fora da ótica da comunidade surda e verás que não escrevi nada demais.

      Reply
      • Simone
        24/09/2013 at 15:10

        ÓTIMA!!! a-m-e-i.
        Sou surda oralizada. Não sei nada sobre libras. Já me constrangeram, dizendo: “Vc precisa aprender libras!” Nem estou a fim disso!
        Ainda prefiro as legendas e estenotipia em todo meio de comunicação – cultura e educação, puxa-vida. Filmes, peças de teatro, palestras, seminários, etc, etc.
        TORÇO para que o Estatuto da Pessoa com Deficiência cause um impacto em favor de nós! Eu sei que ainda não é oficial.
        Simone.

        Reply
  • Crônicas da Surdez
    17/06/2013 at 16:02

    Oi Natani,
    Neste site falamos apenas sobre surdos oralizados.
    Um abraço,

    Reply
  • Camila
    01/05/2013 at 22:20

    Eu sou surda, vida escola especial muito tempo antigo, minha mae e pai são ouvir não sabe língua sinais, por isso mae não tinha dinheiro pagar fonoaudiologia muito caro! nosso são pobre vida normal, até agora conseguiu social surdo cultural facil entra qualquer lugares boa vida comunidade LIBRA muito importante. olho aberto outra vida social pobre mais dificil não tinha dinheiro fonoaudiologia. pensamento bem diferente tua é merece!!!
    bjs….

    Reply
  • jovanete
    03/03/2013 at 11:40

    Bom dia!como surdo oralizado
    como vc é tratado na escola,
    e suas dificuldades ,gostaria de saber como ocorre sua aprendizagem vc tem professor de apoio,as aulas sao diferenciadas

    Reply
  • SÉRGIO SILVA
    27/10/2012 at 23:25

    OLÁ, PESSOAL!
    SOU PROFESSOR DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DE RORAIMA – RR. TENHO 36 ANOS DE IDADE, NÃO APRESENTO NENHUM TIPO DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA. ESTOU CURSANDO GEOGRAFIA À DISTÂNCIA.
    MINHA PASSAGEM POR AQUI É PARA PARABENIZAR CADA PARTICIPANTE POR EXPOR SUAS IDEIAS E OPINIÕES, AFINAL,NÃO PODEMOS PENSAR COMO A SOCIEDADE OU O GOVERNO QUER QUE PENSEMOS. O IDEAL É QUE, NA NOSSA LUTA DIÁRIA SAIBAMOS RESPEITAR AS OPINIÕES ALHEIAS E TIRAR DELAS, PARA NOSSO ENRIQUECIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL APENAS O QUE É ÚTIL E EDIFICANTE. PEÇO SE ALGUÉM PUDER E QUIZER, ENVIAR-ME DICAS DE COMO TRABALHAR UMA CRIANÇA SURDA NUM AMBIENTE DE ESCOLA PÚBLICA, ONDE NEM GOVERNO NEM SOCIEDADE VOLTA SEUS OLHARES PARA ESSAS CRIANÇAS.
    TENHO UM PROFUNDO SENTIMENTO DE RESPEITO PELAS PESSOAS PORTADORAS DA SURDEZ, POIS RECONHEÇO NELAS UMA LUTA INCANSÁVEL PARA SUPERAR A DEFICIÊNCIA. AÍ VAI MEU EMAIL: SERSIL34@HOTMAIL.COM.

    Reply
  • Emily
    02/10/2012 at 18:44

    Oi, eu adorei o seu site e embora eu não seja surda, compartilho desse sentimento de repulsa a ignorância e preconceito em relação a esse assunto. As maioria das pessoas agem como se uma pessoa surda fosse alguém fadado a viver excluído,sem poder se comunicar, o que é uma visão arcaica, preconceituosa e digna de quem não tem conhecimento/não o procura.

    Reply
  • Daniel
    18/09/2012 at 16:12

    Desculpa o que vou falar, se as pessoas acham por falar é fato que pode estar falando no sentimento o que não entende a vida dos surdo, quem derá, se fosse facil de resolver os problemas da vida dos surdos, eu sou surdo de nascencia, tenho 27 anos, moro em minas Gerais, cidade Brasília de Minas Proximo a cidade Mirabela e montes Claros. Claros meus queridos irmãos por não compreender o respeitos dos surdos, te garanto uma eu sou feliz como sou, se hoje tem comunicação em libras, digo uma coisas, minha lingua é diferente da lingua portuguesa dos ouvintes, aprendam a se entrosar nesse meio de comunicação com surdos, eu como surdo não sou obrigado a usar aparelho e nem outros surdo são obrigado a usar, usa se quiser usar ou sentir bem, porem existem uma etica que pra isso nós buscamos o nosso direito, e eu valorizo minhas interprete e principal minha comunicação em libras. Sou surdo mais sou feliz como DEUS me fez, e não vou me mudar como eu sou, se vocês não aceita como nós surdos é, não precisa preocupar, Deus aceita como eu fui nascido. Ok. Obrigado, Desculpa, se fato não foi essas explicação que foi entendido, Desculpa, Abraço a todos aqueles que faz parte da comunicação surdas.

    Reply
    • Carla Pinheiro
      21/11/2018 at 17:11

      Ameeeeeei a sua expliação

      Reply
      • Pryscilla Cricio
        25/08/2020 at 15:47

        Olá Carla,

        Tudo bem?

        Venha para o nosso grupo fechado no Facebook com mais de 15.300 pessoas com deficiência auditiva que usam aparelhos ou implantes. Para se tornar membro, é OBRIGATÓRIO responder às 3 perguntas de entrada.

        https://www.facebook.com/groups/CronicasDaSurdez/

        E para receber avisos sobre nossos eventos e cursos, por favor, clique e responda 4 perguntas (leva 30 segundos):

        https://forms.gle/MVnkNxctr1eahqR5A

        Estamos te esperando!

        Abraços,

        Equipe Surdos Que Ouvem

        Reply
  • Cláudia
    15/01/2012 at 23:33

    Extremismo e preconceito são lamentáveis!!! Liberdade aos surdos pra escolherem como preferem viver…cada um a sua melhor maneira!!!

    Reply
  • Renato Guimarães
    11/01/2012 at 18:51

    Não havia lido o final do post onde vc indica uma leitura sobre o implante coclear! Se quiser, pode desconsiderar parte do outro comentário.

    Reply
  • Renato Guimarães
    11/01/2012 at 18:36

    Paula,

    Gostei muito deste post! E fiquei impressionado com o número de comentários! Parabéns pelo sucesso do seu blog. Espero que eu consiga com que as pessoas leiam o meu – meu objetivo é atingir mais as pessoas ouvintes, para tentar mudar os pré-conceitos sobre a surdez. E estou procurando ler muito sobre isso.
    Nos meus próximos posts, quero abordar o surdo sinalizado e em um outro os oralizados, e falar sobre o implante coclear. Você teria material, as vezes artigos, sobre esta temática e que pudesse me enviar?

    Att

    Reply
  • Amanda Carolina
    12/12/2011 at 21:35

    Para uns e outros, tenho que defender a autora. Antes que entendam errado, como a autora do blog já foi mal entendida, não tenho nada contra os surdos que usam LIBRAS! Acho maravilhoso, e inclusive sou quase bilingue! Mas, tenho uma vida que usa mais a voz que LIBRAS e cresci assim, não é fácil perceber que sou surda excluida da comunidade surda, porque não falo bem LIBRAS, só porque a sociedade assim determinou. Tenho amigos sinalizados e oralizados bilingues. Porém, como a autora, fico decepcionada ao ver, que muitos deles, com uma inteligência incrível, não dominam o português escrito, porque se focaram no LIBRAS mais que na Língua Portuguesa.
    Minha família desde o começo me estimulou a ler, experimentar o que quisesse, sem nenhum obstáculo desnecessário. Inclusive, pra vocês terem noção, estudei em um dos maiores colégios da minha cidade, não-especial para surdos, fui a primeira da turma por 8 anos por ter notas altas, falo inglês, espanhol, e aprendendo mais um, e ainda passei no vestibular sem cota e LIBRAS na Universidade Federal de Pernambuco. Até hoje não uso interprete, porque nunca senti necessidade de um. Mas se eu sentisse, COM CERTEZA pediria um! Não tenho vergonha de ser surda, eu falo a todos que sou surda, e explico que tem surdos inteligentes que falam por LIBRAS, que estudaram em colégios especiais, que possuem potencial pra serem pessoas bem-sucedidas no futuro, mas que também tem surdos oralizados que NÃO PRECISAM de ajuda para se comunicar em qualquer lugar sem recursos, porque, vamos combinar, o Brasil é super precário nesses requisitos, pra todos os deficientes. É isso que a autora quer dizer: que o pensamento geral das pessoas NÃO se aplica a TODOS os surdos! NADA DE PRECONCEITO, NADA DE DISCRIMINAÇÃO. Nunca pararam pra pensar que surdos oralizados sofrem preconceito também? Que pra eles serem o que são assim, passaram por dificuldades sem número? Que apesar de serem independentes, não precisarem de interpretes, ainda tem dificuldades como qualquer um outro surdo, não necessariamente mais ou menos? Apenas escolhemos um mundo onde dominamos o português escrito, e este papo de não pertencer a dois mundos é bobagem. Eu mesma tiro aproveito destes dois mundos, e me sinto super orgulhosa de ser SURDA! Agora, realmente, ao invés de se informar, vão atrás de surdos sinalizados, bilíngues ou oralizados, e conheçam ELES EM pessoa! Pra vcs entenderem o que a autora tá querendo expressar!

    Reply
  • emeli marques
    18/11/2011 at 03:22

    Leida,

    bem, responder para vc que, é claro, li a introdução do texto (a qual vc tomou tempo em repetir) me parece desnessário. É óbvio que li, Leida. Cada um faz as “leituras” com as “vozes” que tem. As que não temos vamos aprendendo nos discursos dos outros. Teci comentários sobre esses pontos por considerá-los não tão claros como a autora me pareceu querer enfatizar. Não que depois de minha escrita, sobre cada ponto, eu tenha dirimido dúvidas, não! Nem tive essa pretenção. São, percepções que podem e devem ser discutidas. Afinal, este espeço tem esse objetivo, pois não?! Porém, se as peguntas estão colocadas pela mídia é porque elas, ainda, procedem e precisam ser exaustivamente respondidas, através de todos os viéses, até que outras diferentes indagações sujam e os temas avancem, mudem em relação às pessoas surdas. Há muito o que dizer sim. Eu respeito as opiniões aqui colocadas, mas usando as palavras da autora, “me corta o coração” tantas colocações etnocentristas e “dadas” como verdades absolutas. Para mim, a discussão importante não está relacionada a possibilidade da pessoa surda falar com voz (isso foi comprovado há muito tempo). E isso só é possível devido a capacidade inata do ser humano de desenvolver quaisquer línguas, sendo surdo ou não. Por isso, os surdos que não passaram ou que sobreviveram ao controle da sociedade majioritária, ao longo dos séculos, desenvolveram essa língua maravilhosa, encantadora, producente, e outros adjetivos dessa ordem, chamada comumente de Língua de Sinais. Língua essa que chamou atenção de Sócrates quando, refletindo com seus discípulos sobre a capacidade dos seres humanos de se comunicarem de forma tão sofisticada, fez referência a forma de comunicação dos surdos-mudos, com os gestos, corpo e expressão facial. As pessoas surdas não são obrigadas a utilizá-la, mas os que querem emitir opiniões a esse respeito, poderiam pelo menos conhecê-la, antes de darem opiniões tão controversas e por vezes prejudicais. Quando se fala das LS, fala-se de algo tão precioso quanto às línguas orais. Fala-se de um único fato: a capacidade que nos diferencia dos outros animais, fala-se de Língua/Linguagem.

    Reply
  • Helena
    17/11/2011 at 21:23

    Oi, Paula.
    Leio o blog há algumas semanas, estou para te mandar um depoimento do meu caso, mas… sabe como é, sempre falta tempo!
    Sou avessa a debates, acho que esse post já rendeu uma variedade de opiniões que torna a minha, de certo modo, dispensável. Talvez no blog que pretendo criar um dia, se eu arranjar tempo pra isso… enfim! haha
    Bem, o que eu gostaria de acrescentar, depois de ler todos os comentários, é uma ideia… uma forma como eu vejo a minha própria surdez.
    Sou surda. Ainda e por enquanto, mesmo sem os aparelhinhos no ouvido, consigo ouvir, conversar. Se um dia, e muito provavelmente esse dia chegará, não ouvir mais nada, talvez escolha o implante coclear.
    O fato é que, para os que dizem que não sou surda ou não uma surda completa, tudo bem… ainda escuto, ainda tenho uma parte do meu sentido, mas isso não faz de mim uma pessoa normal, já que, não importa o quanto o AASI me ajude agora ou no futuro, o quanto o implante coclear poderá “me salvar”, EU NUNCA OUVIREI PLENAMENTE DE NOVO!!!
    E com isso eu quero dizer que nunca serei “normal” de novo!
    Não importa o grau de perda que se tenha, a audição, por mais que a tecnologia avance, jamais será perfeita!
    E esse conceito acaba com toda essa ladainha de ser ou não surdo!
    Somos todos surdos. Uns escutam mais, outros menos, outros nada. Mas TODOS sofremos!
    Sofremos humilhações e discriminações, mas sofremos, principalmente, ultrapassando os limites que o nosso corpo nos impõe.
    Ou é fácil aprender a ler lábios? Acompanhar um grupo numa conversa? Entender aquelas palavras que faltaram quando a pessoa virou as costas ou colocou as mãos em frente a boca?
    É fácil se acostumar com o AASI? Ou aprender uma língua usada com as mãos? Sentir mais sutilmente as vibrações ou desenvolver ao máximo a visão?
    Para os que nunca ouviram, é fácil aprender correlacionar sons que não se ouve com palavras que não lhe dizem nada??
    Enfim, sempre é difícil! E todos estamos lutando!
    A grama do vizinho sempre parece mais verde, mas isso é porque é vista de longe!
    Todas as 7 bilhões de pessoas que habitam este planeta passam suas vidas lutando e sofrendo, correndo atrás da felicidade.
    Por isso, não digam que sou menos surda que outro por ouvir decibéis a mais. Assim como não sou mais coitadinha (por ser surda) do que uma estrela de cinema ou uma criança faminta da África.
    Nos comentários de alguns, faltou respeito, tanto com a opinião quanto com a pessoa alheia, mas, em compensação, sobrou egoísmo!

    Reply
  • Dirlene
    16/11/2011 at 09:45

    Achei o texto interessante, como fonoaudióloga tento sempre esclarecer às pessoas com que convivo sobre as particularidades e possibilidades de uma pessoa surda, sobre a possibilidade de oralização e escolarização formal… Acredito que devemos utilizar todos os recursos disponíveis para que a criança ou sujeito surdo desenvolva suas habilidades comunicativas podendo assim lançar mão da libras, da oralidade, da escrita, AASI, IC, leitura facial, mas principalmente devemos nos preocupar com a informação a todos que nos rodeiam. O acesso à escrita é sim algo precioso em nossa sociedade e isso não só em relação aos indivíduos surdos, a escrita abre muitas portas, nos oferece diferentes oportunidades, é uma importante ferramenta de inclusão social. Não posso deixar de apoiar o uso da libras e acredito que esta é sim muito importante no desenvolvimento do sujeito que como primeira língua possibilitará o acesso à linguagem oral e escrita, atualmente com o teste da orelhinha que possibilita o diagnóstico precoce torna-se possível a intervenção precoce o que favorece o desenvolvimento da linguagem oral, porém devemos considerar que esta criança deverá aprender a lidar com esse mundo sonoro e que sua experiencia neste mundo dos sons se dará em momento posterior àquelas crianças ouvintes que já são expostas aos sons desde a barriga da mãe… É preciso buscar sempre informação de qualidade e ter claro que o objetivo final é uma comunicação de qualidade, que permita ao individuo participar ativamente dos seus círculos sociais (família, escola, igreja, trabalho, etc…) e não apenas defender um ideal ou ponto de vista.
    A LIBRAS possui uma estrutura linguística muito diferente da língua falada o que justifica a dificuldade que muitos surdos apresentam no momento da alfabetização e no seu trajeto de aprendizagem da língua escrita, mas existem profissionais capacitados para orientar e trabalhar com estas dificuldades, professores, fonoaudiólogos, psicopedagogos e outros profissionais da saúde e educação, todos podem ajudar para um desenvolvimento mais saudável.

    Reply
  • Leida
    14/11/2011 at 12:13

    Emeli Marques,

    Não conheço a Paula, portanto não estou aqui para defendê-la, mas fiquei intrigada com seu comentário…Como professora, você não leu a introdução que ela fez em seu texto, justamente não concordando com os absurdos que divulgam sobre os surdos ? Vou colocá-la de novo, para quem sabe, você consiga entender agora:

    “Me corta o coração quando um jornalista, escritor ou qualquer outra pessoa cujo trabalho atinge milhares de outras pessoas publica informações equivocadas a respeito do assunto surdos e surdez. É tanta generalização que não sei nem por onde começar. Em primeiro lugar, a parte mais desgastante (e isso é por preguiça de pesquisar o assunto) é ter que ler as seguintes bobagens:
    ?todo surdo é mudo
    ?todo surdo se comunica através de LIBRAS
    ?a lingua de sinais é a língua do surdo
    ?crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos
    ?todo surdo precisa de intérprete
    ?acessibilidade para surdos é a janelinha com o intérprete na TV
    ?quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida
    ?todo surdo faz parte da ‘comunidade surda’

    Reply
  • emeli marques
    12/11/2011 at 01:02

    Olá,
    alguém comentou que percebeu muito preconceito nesse texto que trata de “…notícias equivocadas sobre a surdez”. Concordo, é verdade! Se o objetivo é informar, informe, mas não julgue. Quem escreveu mostra muita desinformação, também, me desculpe. Há muitos comentários a fazer em relação ao texto. Entretanto, vou tentar comentar esses pontos que o/a autor/a relacionou:

    # todo surdo é mudo (Não. Todos os surdos tem condições de falar com a voz (primeira experiência nesse sentido foi em torno de 600 (A.C) e falar com as mãos, corpo, expressão facial quando usam a Língua de Sinais (LS). A surdez não impede que se desenvolva a voz. Mas, a língua existe simplesmente pela articulação dos sons. A língua está na mente (Chomsk). Por isso, ela pode se desenvolver, através da audição/voz ou das mãos, corpo, expressão facial/visão. E isso independe do ouvir ou não ouvir. Muitas crianças que ouvem e são filhas de pais surdos adquirem primeiro a LS e depois, quando expostas ao convívio maior dos ouvintes, geralmente, na escola, o português falado e escrito. Mas, também, essas crianças surdas de pais ouvintes, podem adquirir as duas línguas concomitante. A língua de sinais não é um privilégio das pessoas surdas. É privilégio dos seres humanos.)

    # todo surdo se comunica através de LIBRAS (Não, claro que não, pois mais de 90% das pessoas surdas são nascidas de pais que ouvem. Eles não sabem LS, é claro. Muitos surdos adquirem a LS, tardiamente, quando crescem e, teimosamente, às vezes, em relação a orientação dos pais, eles se envolvem com outros surdos que sabem LS (sinalizantes) e, assim, adquirem de forma natural, no convívio, na interação entre os pares. Isso, também, pode acontecer quando esses surdos chegam a uma escola de surdos. Outros surdos são “protegidos” por seus pais dos surdos sinalizantes, e, assim, são proibidos do convívio com eles, pois seus pais aprenderam, através, de orientações preconceituosas e equivocadas, que esses surdos não são boas companhias para seus filhos que são surdos “mais evoluídos” e, assim, passam para seus filhos, que só adquirem a língua oral/portuguesa, o mesmo preconceito que aprenderam da sociedade ou profissionais. Então, tornam-se “oralizados” e perdem o privilégio de adquirir uma língua de outra modalidade, de desenvolver habilidades que lhes são naturais: visão, expressão corporal, gestual, espacial.)

    # a lingua de sinais é a língua do surdo (pode ser assim considerada porque entre os surdos a LS é adquirida naturalmente, sem sofrimento, sem lições, sem exercícios, sem treinos de articulação de emissão, etc. como é a forma natural de aquisição de uma língua pelos seres humanos. Então, podemos dizer que todos podem ser bilíngues, no mínimo)
    # crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos (Depende da ideologia, da visão de mundo, da filosofia de quem organiza o sistema escolar ou escolhe a escola para seus filhos surdos. Se entendermos que adquirir língua é algo necessário desde que a criança nasce, as crianças surdas seriam encaminhadas a locais em que isso pudesse acontecer no convívio entre os pares. Por exemplo, creches em que tivessem funcionários/profissionais bilingues (surdos e ouvinte) de as crianças surdas se desenvolvessem através da LS garantindo assim a aquisição de uma outra língua com mais conforto, pois já teria uma primeira adquirida, naturalmente.

    # todo surdo precisa de intérprete (sim, entendendo a amplitude do termo intérprete até os surdos oralizados podem se encontrar em situações em que não poderão “ler” os lábios de quem fala, podem não ter nada escrito, mas mesmo assim poderão ter acesso às informações, através de um “repetidor”. Seria um avanço se os surdos sinalizantes tivessem intérpretes, em todos os atendimentos públicos, por exemplo, garantindo assim o exercício de sua cidadania.)

    # acessibilidade para surdos é a janelinha com o intérprete na TV (Não, a “janelinha” não satisfaz a necessidade de visualização da LS em relação as expressões faciais, através, das quais é transmitido no discurso várias informações de ordem sintática, semântica, morfológica etc.. A janelinha não acessibilidade, é hipocrisia. É preciso que haja um espaço maior para a visualização do intérprete de LS. Mas, acessibilidade é mais legenda nos programas televisivos, em canais abertos e fechados. Algumas programações de canais fechados, não paresentam legenda. Também, legenda no Cinema Nacional. Quando surdos, com os quais eu convivo não podem assistir Cinema Nacional, assim perdendo de conhecer mais sobre a cultura nacional. Ms, acessibilidadee extrapola a “janela” c/ intéprete e a legenda. Há muito mais o que fazer para a acessibilidade aos surdos sinalizantes ou oralizados)

    # quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida (Não e Sim. Explico, por enquanto, mesmo os implantados, estão no rol dos surdos. Não são ouvintes plenos. Não vejo nenhum mal nisso, pois são seres humanos pelnos. Também, se surdos em qq idade quiser aprender a “ouvir” irá fazer impante ou colocar uma prótese auditiva, no mínimo)

    # todo surdo faz parte da ‘comunidade surda’ (Infelizmente, não! Por motivos já expostos acima. Digo infelizmente, porque se estivem juntos na mesma luta, RESPEITANTO A DIVERSIDADE DENTRO DA SURDEZ, o poder instituido/governantes, talvez, avançassem nas leis, decretos, encaminhamentos em benefício da acessiblidade de todos os surdos)
    Abrs
    Emeli Marques
    (mãe de surdo e professora de surdos)

    Reply
  • Sandra Binder
    08/11/2011 at 20:31

    Parabéns,Maíra Bonna Lenzi, pela suas conquista apesar de toda a sua luta vc é uma vencedora! Provando q é tão capaz ou mais q muito ouvinte! Bem legal a a sua opção pela letras libras,. Como vc disse tbm acho a libras apaixonante e bem mais difícil do q parece e bem mais fácil tbm, se é q me entende!! Sucesso p vc!

    Reply
  • Sandra Binder
    08/11/2011 at 20:22

    LAK.LOBATO! Concordo c vc! as pessoas sairam do foco e sim sei q na teoria as coisas são mais fáceis,mas temos q chegar a um mínimo de entendimento p um bem comum! O q falei ñ é totalmente impossível,todos tem q ceder um pouco e ajudar pq o serve p um pode ou ñ servir p o outro,mas amanhã poderá sim servir p os filhos de ambos!!! apenas quis colocar a minha opinião e tentar fazer as pessoas apenas pensarem um pouco de quem sabe um dia tentarem de verdade! Tdos só tem a ganhar!
    Meu filho é usuário de parelho e se eu pudesse faria implante,mas isso já é um outro problema! Hj ele faz uma leitura labial fantástica,mas até a isso devo muito a libra,pq foi a libras q o fez focar na gente,no rosto da gente, q o fez PARAR e PRESTAR ATENÇÂO! Nunca parei a fono c ele,mesmo qdo ele começou a aprender a libras! Mas hj,vj como a libras na vida do meu filho esta sendo benéfica até p aprender a oralização! atualmente ele fala e entende muito mais coisas c o auxílio da libras! isso no caso do meu filho! E admiro muito a força de vcs tdos! Pq ñ é fácil enfrentar essa sociedade cruel nem tão pouco nesse modelo escolar tão precário! Conheço muito surdo bem mais capazes q muito ouvinte! Basta um pouquinho de força de vontade e meta!

    Reply
  • Sandra Binder
    08/11/2011 at 20:05

    AH! NINGUÉM É OBRIGADO A APRENDER A LIBRAS,É APENAS UMA OPÇÃO! ASSIM COMO POSSO OPTAR EM APRENDER O INGLÊS OU Ñ!!! Ñ É Q PQ Ñ CONVIVO C UM AMERICANO Q Ñ VOU APRENDER O INGLÊS,NEM PQ Ñ CONVIVO C UMA UM SURDO SINALIZADO Q VOU APRENDER A LIBRAS,É APENAS MAIS UMA OPÇÃO!!!! CADA QUAL SABE SE QUER OU Ñ!!!
    D.DAMAS,SIMONE ,VC Ñ SÃO OBRIGADOS,Ñ MESMO! E Ñ SÃO TEIMOSOS,É UM DIREITO DE VCS Ñ QUEREM A LIBRAS! TDOS SÃO CAPAZES DE CHEGAR A UM BOM EMPREGO E UMA FACULDADE,E CADA QUAL BRILHA NO SEU CAMINHO! TDOS SÃO CAPAZES!!! ORALIZADOS OU SINALIZADOS!

    Reply
  • Sandra Binder
    08/11/2011 at 19:55

    Ah! P mim,surdo é surdo! Seja com perda moderada,severa,profunda ou anacusia! P Mim o termo DA (deficiente auditivo) é um termo usado pela sociedade q tem medo de dizer ex: “fulana é surdo” e acha q dizer da é mais delicado,assim querendo diminuir ou mascarar a surdez! Gente,essa é MINHA OPINIÂO! Pq vou dizer q meu filho é DA se ele é surdo? existem o surdo PRÉ-LINGUAL(aquele q nasceu surdo) e o PÓS-LINGUAL(aquele q perdeu a audiçao,ou parte dela depois da faze oral) e esse tendo assim a memória auditiva,facilitando o aprendizada a língua falada,mas isso ñ quer dizer q impossibilita o pré-lingual da fala oral,quer dizer apenas q será mais difícil,ñ impossível! Vamos aceitar,assumir e procurar a melhor qualidade de vida e necessidade p cada um!

    Reply
  • Sandra Binder
    08/11/2011 at 19:38

    Bom,estava aqui lendo as diferentes opiniões de tdos! Cada um com “sua verdade”. sim,sua verdade pq cada qual realmente acredita naquilo q escreveu e defende! Como já havia escrito antes,tenho um filho q estuda numa escola bilíngue,inclusiva(mas ñ inclusiva como as q tem por ai).Felizmente a escola de meu filho já é inclusiva a uns bons anos,antes de se pensar em inclusão ou falar em inclusão a escola do meu filho já tinha como meta focar na proximidade de alunos surdos e ouvintes,de surdos sinalizados e surdos oralizados e hj atendem até outros tipos de deficiências tbm! Mas muito devem estar se peguntando COMO? COMO ESSA ESCOLA FUNCIONA? Vou tentar explicar. Turmas mistas a princípio! Tdos os alunos surdos(oralizados ou sinalizados) TODOS tem ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO. Ouvintes ñ precisa! Em sala de aula ñ temos intérpretes junto c professores,pq nossos professores SABEM LIBRAS. As aulas são oralizadas e sinalizadas pelo próprio professor! Assim, quem é surdo oralizado,tem suas necessidades alcançadas,bem como os surdos q precisam da libras tbm tem suas necessidades alcançadas,ainda assim existem aqueles q precisam das duas!!!! Acredite,das duas p terem uma melhor qualidade de aprendizado do PORTUGUÊS por ex! A escola foca como prioridade o PORTUGUÊS p tdos,surdos ou ñ! Afinal temos tantos ouvintes c um português péssimo por ai! Esse modelo de inclusão é um ótimo modelo pq ajuda a tdos! Tdos ,até ou ouvintes. Ex,o surdo oralizado(ou D.A) como alguns dizem tem a oportunidade de aprender uma nova língua q poderão usar ou ñ no futuro.mas q na escola usam bastante e ñ deixam de lado o PORTUGUÊS e se comunicam c tdos! O surdo usuário da LIBRAS ,tem a oportunidade de aprender e aprimorar o Português,o q inegavelmente é ótimo,na nossa sociedade preconceituosa. O OUVINTE,tbm tem muito a aprender c tdos os surdos. Aprendem uma nova língua(LIBRAS) e fazem amizades(p tda vida ou ñ) c todos os surdos ou DA(como alguns dizem).Mas inegavelmente,é q aprendem a respeitar o outro,a ñ ter preconceito,a aceitar cada qual com suas diferenças(seja ela qual for). Os ouvintes ainda se quiserem no futuro se tornar um intérprete,muitos conseguem e saem da escola com uma LIBRAS ótima.Podendo ajuda-los e muito nesse tempo de inclusão! Então ficam algumas perguntas!! PORQUE Ñ APRENDER LIBRAS,PQ Ñ APRENDER O PORTUGUÊS?PQ Ñ ACEITAR CADA QUAL COM SUAS DIFERENÇAS? Se vcs se unirem e lutarem TDOS JUNTOS para cada tipo de necessidades para cada tipo de surdez TERÃO MUITO MAIS FORÇA!!!! Tenho certeza q ninguém aqui quer diminuir ninguém,nem achar q ninguém é melhor q o outro. Cada caso é um caso!!!! Mas infelizmente algumas palavras aqui,estão rudes d+! De ambos os lados. O q é preciso entender é tdos precisam se unir,até mesmo p a sociedade poder conhecer as diferenças e necessidades de cada tipo de surdez ,pq juntos vcs serão mais facilmente notados!
    Alguém disse lá e, cima(ñ me recordo quem) q na luta da “sociedade surda” conseguiu-se tbm a legenda em novelas,filmes e cinemas e tv! Se eles(alguns deles)ñ sabem o português(como tbm alguém disse),pq eles Lutariam por isso? Q a propósito,tbm beneficiou aos outros surdos(ou DA),os surdos oralizados(aqueles q alguns tbm disseram,q é negligenciada a sua existência)! Tenho certeza q até aqui tdos(ou quase tdos) concordam comigo. Agora se eles sozinhos conseguiram,ou melhor estão conseguindo alguma coisa(eu ainda acho q estão apenas no princípio,ainda falta muito…). VCS Ñ ACHAM,Q JUNTOS TERIAM MUITO MAIS FORÇA? SE FAÇAM NOTAR! MOSTREM Q TDOS SOMOS DIFERENTES E Q TDOS TEMOS NECESSIDADES DIFERENTES,SURDOS OU OUVINTES! SE A SOCIEDADE Ñ SABE DA EXISTÊNCIA DE SURDOS ORALIZADOS;VCS PRECISAM APARECER,MOSTRAR A FORÇA E A INTELIGÊNCIA Q TEM! E PQ Q Ñ,JUNTOS? O RESULTADO SERÁ MUITO MAIOR E MELHOR!!! Aí,fica o meu toque!!!!
    Qto a LIBRAS,a alguns anos atrás(ñ tenho certeza,mas acho q 2004) ela foi oficialmente reconhecida como língua,assim como o Português e o Inglês! então pq ñ ser aprendido? Terá muitos benefícios,como MAIS UMA LÍNGUA,p alguns. O INGLÊS é importante p tdos,mesmo ñ usando nunca na sua vida,ele é importante. A LIBRAS tbm! Em pleno séc XXI,aonde as diversidades existem e inegavelmente estão ai para serem notadas e respeitadas,pq ñ aprender mais uma lingua? É mais uma opção c muitos benefícios!!P o professor p ex é ótimo tê-la no seu curriculum e tbm p o mercado de trab em geral. Quem o tem no curriculum,tem mais alguma chance! MAS ATENÇÃO,O PORTUGUÊS(mesmo q só escrito,mas perfeitamente escrito) É PRIMORDIAL,MESMO P AQUELE Q Ó USA A LÍNGUA DE SINAIS!!!
    Ah! Infelizmente nem tdo modelo de inclusão é como na escola do meu filho,ainda temos muito q reivindicar para termos um mínimo de dignidade em nossas escolas. P surdos ou ñ! Pra tdas nossas crianças e adultos!
    Ah! Uma ultima coisinha! SURDO-MUDO,ñ existe!!!! Nem p aqueles q usam a APENAS a LIBRAS. Primeiro o gens da fala é completamente diferente do da audição! E mesmo q eles ñ se comuniquem com a lingua falada (pela boca) ,eles se comunicam pela LIBRAS.Apenas vc pode ou ñ conhecer,como o Inglês ou Francês,por ex. Até pq eles são bastante inteligentes e dignos,assim como vcs! Aliás,todos somos!!!! Eu sou a favor dessa união!!!! Desejo a vcs tdos muita garra e dou meus parabéns,é assim q se começa uma luta,mostrando suas opiniões,e se fazendo presente! LEMBREM-SE,CADA UM TEM A “SUA VERDADE”,O Q Ñ QUER DIZER Q OUTRO ESTA ERRADO!!!

    Reply
    • Lak Lobato
      08/11/2011 at 19:59

      Sandra, bem bacana você explicar como funciona a escola bilingue português/libras, porque realmente, muitos não sabem como é o modelo atual.
      Mas, infelizmente, as palavras ásperas proferidas vieram dos defensores das duas correntes de pensamento.
      Por que a gente não se une? Porque a teoria é sempre mais fácil que a prática. E, alguns pontos, as filosofias divergem muito.
      É claro que há exageros de ambos os lados, mas existe muito radicalismo vindo de gente que não quer sequer admitir que possa haver espaço para algo além da própria visão.
      Eu dou o braço a torcer que a autora fez alguns julgamentos de juizo de valor, mas ela não atacou ninguém diretamente, ela atacou uma idéia que ela discorda. E, em vez de refutarem as idéias dela, um monte de gente veio ofendê-la. Pararam de debater a idéia – certa ou errada, ela tem o direito de opinar e os outros tem o direito de contestar a idéia dela – para debaterem ELA, dizerem que ela não era isso, que ela era aquilo, que ela não pode falar do que não sabe e mais um monte de blablablá tão ou mais agressivo do que a proposta original do texto.
      Não, não existe um único caminho que sirva para todo mundo. Mas, existe paixão e preferência. Existe direito de defesa aquilo que se acredita como melhor, porque, por experiência própria, parece melhor.
      De qualquer forma, o debate acirrado ainda é importante, porque até chegarmos a um consenso, há um imenso caminho a ser percorrido!
      Abraços.

      Reply
    • Crônicas da Surdez
      09/11/2011 at 09:53

      Sandra, me manda um email.
      Fiquei super curiosa a respeito da escola do teu filho e queria mais informações sobre!
      Me escreve!!!!
      Bjos,

      Reply
  • Simone
    08/11/2011 at 19:04

    Ah! Esqueci de acrescentar uma coisa. Sou usuária de aparelhos auditivos. Sem isso, não escuto nada, inclusive o choro do meu filhinho!
    😉

    Reply
  • Simone
    08/11/2011 at 18:59

    Alexandre.

    Está percebendo que tem vários surdos fluentemente oralizados?? Pois é! 😀
    Permitam-me apresentar um pouquinho. Eu sou Simone, como vc vê acima que coloquei um comentário meu em relação ao seu assunto (o surdo não entende).
    Tenho 43 anos, mãe de 2 meninos- 1 de 8 anos e outro de 4 meses). Não trabalho mais porque estou cuidando do meu segundo filho que é um bebê.
    Moro no interior de SP. A minha mãe teve rubéola durante a gravidez, e aí, eu nasci sendo surda. Desde os 4 anos, eu recebi tratamento fonoaudiológico, além disso, a minha mãe me fez treinar muito a fala e a escrita em casa o que resultou num progresso em geral, e aí, como eu obtive capacidade, não precisei mais de ajuda. Libras? Na epoca, foi pouco divulgado que a oralização foi a melhor solução. Dou graças a Deus por isso! Sair, conversar, namorar, viajar, etc. Menos atender telefone!
    E aí, fiz 3 cursos de graduação (não recomendo a ninguém a fazer mais de 2 cursos de longa duração, mas é muito bom fazer vários cursos de curta duração), sendo que um deles é interrompido e dois são concluídos. Não quis fazer pós ou especialização porque não senti isso no meu coração. Já aprendi inglês, mas esqueci. Rs!
    Me casei aos 32 anos e 9 meses. Estava grávida aos 35 anos e aos 42 anos. Os meninos estão com ótima saúde. Podem admirar…sou a ÚNICA surda na família. Ate hoje eu ajudo o filho mais velho na lição de casa porque o pai não está a fim disso. É mole? Que nada, estou orgulhosa de ser mãe de meninos falantes! O mais novo não pára de soltar a voz. (aaaa….oooo….) O mais velho adora me ajudar com a tarefa de cuidar do bebê. 🙂
    Enfim, levo uma vida normal.
    Mas, antes de eu finalizar, quero relatar a minha indignação ao ver os comentários das pessoas que preferiram atacar, intimidar, aborrecer, etc. Não entendo isso! A Paula apenas fez um belo post sobre a diversidade da surdez. Não tenho nada contra as libras, mas faço questão seriamente ao respeito da oralização. Sou a favor da tecnologia que ofereça vários benefícios aos surdos, aos deficientes auditivos!
    Já proclamo: viva a diversidade dos surdos! 🙂
    Olha, Alexandre, há muito para resolver. A Paula fez vários ótimos posts sobre isso, por exemplo, acessibilidade nos órgãos públicos. Adorei isso. Aqui no Brasil, tem que divulgar a existência dos surdos oralizados e não só os surdos sinalizados! Haja disposição e boa vontade por parte das pessoas para ajudar os surdos EM GERAL.
    Fico feliz quando tem surdos oralizados que se apresentaram aqui, representando a realidade. Fico admirada com aqueles surdos que estudaram em faculdades de conceito, mestrado, doutorado, etc, etc!!!
    Até!!
    Simone.

    Reply
  • Maíra Bonna Lenzi
    08/11/2011 at 15:37

    Me choca ler tantos comentários que desnorteiam a realidade ou àquelas que ficam na tentativa de engessar o perfil do surdo, esquecendo que há uma diversidade incrível dentro da própria surdez. Me enoja, no sentido de desprezo, àqueles que, de alguma forma, atinge o outro, sem embasamento.
    E, por favor, sem embasamento teóricos. Aqui o embasamento é prático mesmo, é advindo da própria pessoa surda. Nada mais eficiente do que isso.
    Comparar a vida de um surdo com outro é muito complicada, pois viemos de famílias diferentes com perfil social, cultural, demográfico, educacional, enfim…
    Vou me apresentar aqui também: sou Maíra, tenho 26 anos, nasci surda (sim, me considero surda) sem diagnóstico. Tenho perda severa no ouvido direito e profunda no esquerdo. Sem os aparelhinhos eu não escuto nem martelo batendo na porta (tive essa experiência ontem! rs rs), não escuto carro, nem trovão, nem buzina e nem a explosão de um prédio que teve aqui ao lado do meu trabalho (eu as vezes tiro o AASI para descansar). Fui sempre oralizada, comecei a fono aos 2 anos e fiz tb longos anos de Português com uma linguista. Passei duas vezes na federal em Brasília (UnB), me formei em dois cursos, estou no Mestrado no Rio, passei em concurso público e, por prazer (e muito!) faço Letras Libras no qual me formarei ano que vem.
    Sempre estudei em escola regular (não tão inclusiva assim – só a pré-escola que sim), ralei muito, briguei muito, mas estudei muito. Os surdos de Brasília me conhecem e sabe o quanto eu estudei, mesmo pequenininha. Leio muito e está aí o segredo da comunicação.
    Com a fono, com a família e muita leitura eu acabei desenvolvendo uma fala muito boa. Tenho aquele sotaque, porém nada demais. A escrita me proporcionou muita coisa, a ponto que aqui no trabalho, além de programar, também escrevo textos para publicação.
    Hoje a Libras me proporciona uma proximidade com outros surdos, muitos meus amigos e é, sem dúvida, uma língua muito encantadora. Mas abrir mão do Português escrito, não dá. Para mim, é inadimissível.
    beijinhos,
    Maíra

    Reply
    • Alexandre
      08/11/2011 at 17:21

      É isso aí, né.
      Continue seguindo em frente para fazer seu sucesso.

      Reply
  • Gabi VA
    08/11/2011 at 14:48

    Primeiramente vou me apresentar: Sou Gabriela Antunes dona do Blog No Ouvido de Gabi, este relata as experiências de uma surda oralizada.
    Bom, a Paulo deixo claro que ela não tem nada contra LIBRAS, o povo aqui está é equivocado, como sempre, aliás.

    Perdi a audição com 3 anos, falava mas não era alfabetizada. Moro em Macapá, isso, no extremo norte, bem perto da linha do equador.
    Como eu disse acima, não era alfabetizada, eu estudava em duas escolas, a escola especial Felipe Smaldone em Belém/Pará onde fazia um pesada fonoterapia que me possibilitou a oralização (Graças a Deus) e estudava numa escola normal. Eu nunca precisei de intérpretes de LIBRAS pra concluir meus estudos, nunca tive dificuldade, sempre a melhor a aluna. Hoje sou formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Amapá, por incrível que pareça, no meu estado sou a única surda que é Bióloga.

    Sim queridos sou surda, até mais surda que muitos por ai, vou colocar como prova meu exames médicos no meu blog e quero ver se vão dizer que não sou!

    A educação em casa foi essencial na minha vida, não é só a escola que contribui para nosso desenvolvimento e tem mais, ainda não entendo porque insistem que deficiente auditivo é diferente de surdo, não são sinônimos? Surdo é aquele que tem deficiência física no ouvido interno num é? Portanto é uma deficiência auditiva…mas isso tem que ser com o Aurélio né? hauhauha

    Comunidade surda nós surdos oralizados não estamos querendo acabar com LIBRAS nem criar uma cultura, deus me livre disso, queremos apenas que aceitem que existe diversidade na surdez. Respeito que é pouco é bom né, então custa nada tê-lo. Abraços!

    Reply
    • Gabi VA
      09/11/2011 at 01:16

      Ah obrigada :D, escrevi o nome da Paula no gênero masculino heheh beijos

      Reply
  • Alexandre Bet
    08/11/2011 at 11:47

    Ah só ¬¬

    Parabéns que conseguiu escutar bem, entender da escola, alguns tipos que você consegue. Porém, existe 1% surdos conseguem ouvir bem pra entender, antes de 6 anos sido ouvinte, ou meio-surdo.
    99% nao conseguem escutar nem entender da escola nem outros tipos, precisam de legenda, atendimento com conhecimento de Libras, ou surdos teimosos não querendo usar Libras, pois perdendo das suas informações.
    Você falta de perceber do nosso mundo.

    Todos surdos não significam mudos.

    Estuda mais comunidade surda antes de botar esse texto.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      08/11/2011 at 11:51

      Querido, você LEU o post??

      Eu nao estou atacando ninguem, só estou comunicando ao mundo que existe DIVERSIDADE DENTRO DA SURDEZ!!!
      Aceitem isso, poxa!

      “Surdos teimosos não querendo usar LIBRAS”? Sem comentários.

      Até,

      Reply
      • D.Damas
        08/11/2011 at 12:59

        Teimosia é as pessoas pensarem que nos os surdos oralizados temos que aprender libras por obrigação . Veja só vou exemplificar isso para ver se o povo entende .
        Como surdo oralizado , falo bem , escuto pouco mas escuto , o aparelho ajuda etc . a empresa mandou eu fazer um curso de libras etc , para uso profissional , sendo que meu trabalho tem um pouco de atendimento ao público em geral . Advinhem quantos surdos sinalizados foram no meu ambiente de trabalho ? Nenhum .
        Tirando o pessoal que eu fiz o curso , e que hoje não tenho contato , eu tenha utilizado a libras ? Nenhuma oportunidade de uso da lingua de sinais . Na rua nunca precisei da libras .
        Então estou dizendo que para a maioria a LIBRAS não serve para nada , essa é a diferença , que não querem entender. é isso ai .

        Reply
        • Alexandre
          08/11/2011 at 17:40

          Não é obrigação de utilizar Libras.
          Se você sentir bem da comunicação no meio da sociedade e continua assim.

          Não é que Libras não serve… Serve sim. Todas línguas servem.

          Eu não gosto de usar Libras nem Português.
          Como vou usar comunicação? continuo usando essas linguas.
          Fazer o que?

          Reply
    • Simone
      08/11/2011 at 12:20

      Alexandre!!!

      Por acaso, eu sou teimosa?? Só porque não quero libras?!! Tenha dó!
      Faz o favor de pensar que cada surdo tem suas aceitações. Oralizada, sinalizada ou bilingue.
      Voltando…não estou a fim de usar as libras porque eu tenho a minha boca e POSSO FALAR. Pronto. Quero agradecer aos meus pais e a Deus por ser oralizada! 😀
      Seu assunto trata-se de o surdo entender ou não. Nem é assim, Alexandre! Cada surdo tem suas dificuldades, seus limites, basta entender isso. No meu caso, sou surda de nascença e não posso atender o telefone. As legendas, os recursos prestam para AJUDAR o surdo a entender. É a minha interpretação.
      Concordo com a Paula – ela falou sobre a diversidade dos surdos. Aliás, não acha o post dela ótimo? 🙂 Ela merece um parabéns bem grande!
      Até.
      Simone.

      Reply
      • Alexandre
        08/11/2011 at 17:10

        Seu comentário está aguardando moderação.

        Sei

        Estou falando que você é de 1%, surdos “oralizados basicos” que estão tendo muita dificuldade de comunicar no meio da sociedade, pois são de 99% que encontrei muitos surdos oralizados basicos que quem seguiu os ensinamentos de quem? Estão com problemas de comunicar, e agora? como vai resolver eles?

        Reply
  • Fabiana (Santa Catarina)
    08/11/2011 at 09:08

    Oi, procure se informar sobre o conceito de surdez. Segundo decreto 5626/05 pessoas surdas são aquelas que se expressam através de lingua de sinais e tem experiencia visual.

    Então, você NÃO é Surda, você é, segundo a definição do decreto; deficiente auditiva, que tem perda de audição e não se comunica através da Libras.

    Lute pelos seus direitos, como deficiente auditiva, mas não queira destruir o que os Surdos vem lutando pelos direitos deles. Porque você não sabe NADA sobre o Surdo e tem um ponto de vista diferente. Não quer dizer que é o melhor.

    Você não está satisfeita com aquilo em que acreditamos (sim sou surda, meu português é tão bom quanto de um ouvinte, surpresa?) a luta que travamos e algumas batalhas vencidas como por exemplo a legenda nos noticiarios, novelas e programas de televisão, quem lutou por isso? Os mesmo surdos que você está pedrejando. Lutamos pela legenda para que todos tivessem acesso, surdos e deficientes auditivos, pois sabemos as diferenças, senão teria só interprete ao inves de legenda, sacou?

    Os surdos sofrem preconceitos há milhares de anos e infelizmente perpetua até 2011. Isso é fato, não tem como querer discutir.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      08/11/2011 at 09:14

      Você é bilíngue.
      Entendi, ou melhor, ‘saquei’!
      😉

      PS: faltou ler com calma o post, pois eu nao estou menosprezando os direitos de ninguem, apenas levantei a questão de que EXISTEM DOIS TIPOS DE SURDOS. Pouco me importa se vocês querem me enquadrar como ‘deficiente auditiva’ como se isso fosse algo possível de hierarquização (sou mais ou menos surda que você? who cares? e quem é você ou eu ou qualquer pessoa pra falar sobre isso nesse tonzinho “vc NÃO É SURDA”?). A verdade é que existem tanto os surdos sinalizados (ou Surdos, ou Seres Surdos, ou como vcs preferem ser chamados) quanto os oralizados. Chega de fingir que nós não existimos.

      Reply
  • Leida
    07/11/2011 at 20:48

    Às mães :

    Como mãe de um menino surdo (8 anos – oralizado – ótimo estudante em escola regular e feliz), ao ler os relatos das mães que optaram por LIBRAS ou educação bilíngue, bem como a exposição das dificuldades que tiveram com o processo de oralização de seus filhos, quando ainda eram crianças, entendo que suas decisões e os caminhos escolhidos, se deram com base nos recursos e opções que possuiam na época.
    Mas, em pleno séc. XXI, por que negar às mães das crianças de hoje, um maior número de opções tecnológicas, fonoterápicas e pedagógicos a seus filhos surdos ?
    Acredito que cada mãe e cada família tem o direito de escolher o caminho para seus filhos e ser respeitada em sua escolha, não é mesmo ?
    Confesso que desde que fiquei sabendo da surdez do meu filho ainda bebê, quando tive que decidir sobre qual caminho seguir, um dos fatores que contribuiu pela opção da oralização, não foi a negação da deficiência do meu filho, mas o fato de eu e meu marido ficarmos assustados com os discursos radicais dos usuários de LIBRAS. Respeito as mães que fizeram e ainda fazem essa opção para seus filhos, mas justamente por respeitar a diversidade de raças, culturas, religiões, opções políticas e sexuais, tenho horror a quem diz que suas escolhas são as únicas possíveis ou as melhores e fico triste em perceber tanta agressividade nos textos aqui de algumas mães…

    Leida

    Reply
  • Paulo
    07/11/2011 at 10:52

    Ninguem parou para pensar o seguinte: existem surdos oralizados sim. Creio que os surdos oralizados não devem desmerecer os surdos usuários de língua de sinais, pois é uma opção de língua. Todavia, acredito que os surdos profundos não oralizados não devam desmerecer a língua escrita. Conheço surdos oralizados que não optaram por libras e conseguem se adaptar facilmente à realidade. Minha esposa é surda, domina o português escrito e graças a isso, ela não vive somente numa comunidade fechada que se pauta em sua língua e cultura para não interagirem com o restante ouvinte; e também não fica na minha dependência para que eu seja uma bengala dela. Creio que deva existir um esforço de ambas as partes: dos surdos, oralizados ou não em querer aprender sobre o universo ouvinte; e aí vai do ouvinte querer se esforçar para integrar esse surdo em seu universo. Viver em comunidades fechadas simplesmente por causa de uma língua ou de um jeito de ser é uma forma bem fácil de dizer: eu não quero me esforçar. E é o que tenho visto na mior parte dos grupinhos de surdos por aí.
    Impor aparelhos ou implantes não seria o mais correto. Para a grande maioria há o som, mas não há língua, pois o cérebro se formou pensando de maneira visual. Deixemos que os surdos decidam o que é melhor pra eles. Há uma grande luta por uma educação diferenciada, que integre o surdo na língua portuguesa, mas eu pergunto: quantos surdos de fato querem aprender a língua pátria?
    Em resumo: é necessário aprender a língua de sinais sim, conhecer a histporia dos surdos e saber porque mutos agem de certas maneiras e aprender a língua portuguesa, e conhecer a cultura dos ouvintes para que os ouvintes possam saber quem são os surdos de fato (e não digo só no aspecto físico, de não ouvir, mas na identidade) para que trumas de surdos mais velhos sejam deixados de lado e superações de surdos mais jovens (e a grande maioria não-oralizada!!) comecem a acontecer.

    Reply
  • Jobson
    07/11/2011 at 02:38

    Surdo-mudo é, provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao Surdo, e ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio.
    O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência, sem conexão com a surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício.
    Por esta razão, o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons.
    Portanto, o termo surdo-mudo tem sido encarado pela cultura surda, como um erro social dado ao fato de que o surdo viveria num “silêncio” rotulado pela própria sociedade (por falta de conhecimento do real significado das duas palavras

    Reply
  • Diefani Piovezan
    06/11/2011 at 21:48

    Quanta falácia, me apresenta esses surdos oralizados que são infelizes e desistiram de faculdade que convenço eles a mudar de ideia rapidinho.

    Reply
    • Fatima Ampessan
      07/11/2011 at 00:27

      Diefani, falacia é achar que todos os surdos são iguais e têm as mesmas oportunidades/classe social/cultura no Brasil.

      Reply
  • Rafael
    06/11/2011 at 21:43

    Paula, por favor me corrija se estiver errado.
    O que está sendo proposto no post é a exposição de um problema que muitos surdos oralizados enfrentam ao serem constantemente rotulados. A surdez em momento algum pode ser classificada apenas de uma forma, assim como no post não está sendo condenado a sinalização. Porém é óbvio que a inclusão a Lingua Portuguesa escrita é uma obrigação e um direito de todo brasileiro, surdo ou não.
    Agora digo por mim, em nome dos surdos oralizados, que em momento algum queremos dimunir ou extinguir as conquistas já almejadas pela comunidade surda sinalizada. E ao mesmo tempo reconhecemos que elas são de grande valia. O que queremos é mostrar que existem outros tipos de surdez, outros tipos de acessibilidades a serem conquistadas neste mesmo campo e que principalmente queremos ser ouvidos e nos fazer presente dentro da nossa sociedade, muitas vezes discriminatória.
    Para isso não podemos ser rotulados, temos que dizer em alto e bom tom que nós existimos e exigimos o devido respeito, inclusive dos surdos sinalizados que insistem em nos ignorar assim como grande parte da sociedade. Queremos modificar nossas leis, sem prejudicar as conquistas dos demais e não apenas ser tratados como coitados nem como diferentes e sim com igualdade e respeito. Queremos assistir ao nosso programa de TV favorito e poder escolher entre a legenda ou o intérprete, porque sabemos que este também é importante.
    Enfim, lutamos e esperamos que seja uma luta justa, porque a causa não é nobre, mas um direito de todos nós brasileiros. E acima de tudo reconhecemos que independente da deficiencia a luta tem de ser igual para todos.

    Reply
  • Antonio Abreu
    06/11/2011 at 21:29

    Bem vindo visitar site Surdo e Língua de Sinais
    Cordialmente,
    Antônio Abreu

    Reply
  • Maria Aldenora Nogueira Machado
    06/11/2011 at 21:11

    Jon, só uma observação:
    Veja bem… eu não generalisei, disse que a MAIORIA dos surdos oralizados que não sabem libras têm pouco desenvolvimento cognitivo.Para comprovar isso vá nas escolas públicas que tenham surdos que não sabem libras, escreva um texto e peça pra eles explicarem o que estão lendo. Se possível, procure maior número de surdos. Com certeza,você mudará sua opnião. (Falo em escola pública, porque é onde se encontram o maior número dessas pessoas).
    Saiba que a grande maioria dos surdos vêm de famílias de baixa renda que não podem ter todo esse acompanhamento que você teve, e que também, muitos, mesmo com todos esses recursos não conseguem sucesso. Então,não se prenda as minorias procure entender a maioria e aceitar essas diferenças.

    Outra, a troca de uma letra na palavra, no caso (descriminado ou discriminado),
    não muda o sentido da palavra, então onde está aí a ausência do cognitivo?
    Desculpe se

    Reply
    • Jon
      06/11/2011 at 21:54

      Desculpe, mas a senhora generalizou (atenção, escreve-se com Z!) mais uma vez.

      A educação pública no Brasil, hoje em dia, é bem precária de fato. Mas cuidado: ela atinge não somente os surdos, mas também os ouvintes! Veja quantos ouvintes se formam nas escolas públicas sem escrever, ler ou interpretar um texto. Isso se chama analfabetismo funcional. O mesmo acontece com os surdos dos quais a senhora fala, independentemente da forma de comunicação (português ou LIBRAS).

      E você, como PROFESSORA, deveria saber que a troca de letra nas palavras DEScriminar e DIScriminar muda totalmente o sentido, sim.

      Em relação a preconceito de cor, raça, sexo, religião e afins, usamos sempre a palavra DISCRIMINAÇÃO, com “i”. É só lembrar de distinguir, que também é grafado com “i”. Pois quem distingue, separa, faz seleção, ou seja, discrimina.

      Agora, DESCRIMINAR, com “e”, tem ligação com o meio jurídico e quer dizer inocentar, absolver alguém de um crime. Lembre-se que “des” tem sentido de negação e que “criminar” vem de crime, ou seja, é o “não crime”.

      Reply
      • Raul Sinedino
        07/11/2011 at 09:44

        Que barbaridade ler esses comentários generalizados de uma professora. Por que é tão difícil a professora enxergar a diversidade que existe dentro da surdez?

        Vou me apresentar: eu tenho 34 anos, sou surdo bilateral profundo de nascença e sou oralizado. Graças a Deus a minha oralização fora um processo natural em virtude dos meus pais terem descoberto a minha surdez quando eu tinha 10 meses. Com 1 ano de idade, já estava fazendo terapia de fala o que contribuiu para que eu chegasse onde cheguei. Onde cheguei? Sou engenheiro químico formado pela UFRJ e atualmente trabalho como perito criminal no Instituto-Geral de Perícias do Estado do Rio Grande do Sul. Tenho plena consciência de que não fosse a minha oralização e o esforço dos meus pais para que eu fosse inserido na sociedade marjoritária ouvinte, não estaria onde estou.

        Antes que saia proferindo bobagens de que no fundo sou DA, que não sou surdo e blablabla. Como disse anteriormente, a minha surdez é PROFUNDA, ou seja, dependo exclusivamente da leitura labial.

        Grazadels que não sou a única prova viva do sucesso do oralismo quando BEM trabalhado, quando se cumpre de maneira fiel as receitas de um bolo para produzir um excelente bolo. Acho inadmissível que queira por culpa nos outros a simples incompetência de não conseguir oralizar uma criança surda.

        E VIVA a diversidade e a liberdade! Eu aceito qualquer diferença, só não aceito que neguem a minha existência, não aceito que falem bobagens sobre os surdos oralizados.

        Reply
  • Byanca (Bianca) Sousa
    06/11/2011 at 20:32

    Alô galera, eu sou surda oralizada e também sinalizada. Aqui vou comentar uma coisa para vocês se entenderam bem claro e vou escrever informalmente pelos quais eles comentaram…
    João: “cada caso é o caso, ninguém obriga explicar ao surdo sinalizado da importância da fala e ouvir, pois eles têm seus limites, os surdos ficam agrupados pela comunicação deles e não são obrigados de viver em grupos e você deve ser que tem o grupo de amigo também, e dai? Algum problema sobre isso? Sou surdo oralizado e também sinalizado, então eu te respeito e gostaria que você respeitasse a comunidade surda.”
    Mariana: “A sua opinião, né ! Mas não concordo ! Sou oralizada, como eu uso LIBRAS, claro que eu sei falar, para mim não ligo, os surdos são capazes, inteligentes e espertos, você se acha que eles são burros e não sabem falam, é isso ? Apenas eles são surdos, ué ! Eles usam LIBRAS e PORTUGUÊS, as duas !!! PENSA BEM ! Desde eu nasci surda !!!! Como eu sei falar ? , mas sempre uso LIBRAS!
    Ainda você não sabe o que é surdo e cultura surda. Fui”
    Ariana: “VC realmente nao é SURDA! vc é D.A (deficiente Auditiva)… seu texto mostra que vc precisa se informar mais sobre Surdez, Identidade/Comunidades Surda e Linguas de sinais!!!! o que infelizmente mostra seu PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO com tal grupo! Entenda a DIVERSIDADE e as DIFERENÇAS e principalmente tenha RESPEITO.”
    Essas pessoas ai em cima, eu concordo plenamente, porque eles sabem o que é a cultura surda, a comunidade surda, a diferença entre ouvintes e surdos, o preconceito dos ouvintes e dos surdos e o respeito de direito dos surdos. Você, crônica da surdez, precisa entender melhor, sabe por quê?
    Porque todos os surdos oralizados e sinalizados são aqueles que falam com as mãos e os ouvidos, pois já sabem, são pessoas deficientes auditivas, e têm suas línguas maternas, como primeira língua, e o português escrito ou oral, como segunda língua.
    Sabendo que os surdos sinalizados já sabem o português, são capazes de tudo, pois eles tem a inteligência! E os surdos oralizados, a mesma coisa ! VOCE NÃO SABE DE NADA, sinto muito, eu já conheço o mundo dos surdos oralizados e sinalizados, pois já vivei com eles ! QUER SABER DE UMA COISA, ELES TEM RESPEITO DA VIDA DOS OUTROS, TEM O AMOR PELA LIBRAS E PELO ORALISMO ! BEIJOS

    Reply
  • João Paulo
    06/11/2011 at 19:57

    Eitaaa, muita discussão aiii e com um tempo o fogo vai aumentando aiii

    CADA CASO É O CASO!!!

    Cada um tem o seu interesse e seus direitos! Então, FIMMMMMM

    Reply
  • s0ramires
    06/11/2011 at 19:01

    Tem gente que quando fala de surdo se refere exclusivamente a quem nasceu surdo, como se isso lhes conferisse um S maiúculo na surdez e uma posição hierárquica superior.
    É só ver no Censo de 2000 o número de surdos com os diferentes graus de perda auditiva, os que não ouvem absolutamente nada (anacusia) são minoria, a grande maioria pode sim ser beneficiada pelas diferentes técnicas existentes. Essa coisa de inventar nomes como “deficientes auditivos” parece ter surgido de burocratas que morrem de medo de dar nome aos bois. Surdo é surdo, cego é cego, míope é míope, essas terminologias ridículas disfarçam na verdade um enorme preconceito, o medo de ofender uma pessoa com deficiência, seja ela qual for. Como se a pessoa com deficiência fosse uma “coitadinha” que já sofre tanto, então vamos usar nomezinhos carinhosos.

    Reply
  • Jon
    06/11/2011 at 17:31

    A propósito, meu comentário também está direcionado às outras mães.

    Reply
    • Fatima Ampessan
      06/11/2011 at 20:01

      Que bom pra vc. Jon. Meus parabéns à sua família. Mas essa não é a realidade da grande maioria dos surdos brasileiros. A educação não é prioridade nesse país e todos sabemos disso. Que bom se isso fosse geral. Por isso, fale por vc., pelo SEU contexto, pela SUA vida. Mas não critique os outros, pq vc não sabe a realidade deles!!!

      Reply
      • Jon
        06/11/2011 at 21:10

        Fátima,

        Vocês propagam, de forma enganosa, a ideia de que os surdos oralizados têm fraco desenvolvimento cognitivo, são dependentes dos pais, vítimas do ouvintismo, infelizes, não sabem se virar sozinhos e sei lá mais o quê, e AINDA exigem respeito para com os outros?

        Eu falei por MIM e por TODOS os surdos oralizados, já que minha história é bem semelhante à deles, para refutar tais absurdos.

        E para sua informação, conheço a realidade dos surdos usuários de LIBRAS, sim. Inclusive tenho amigos sinalizados e bilíngues que me tratam muito bem e me aceitam como sou. O que não admito é sermos tratados como insignificantes, marginalizados, aberrações, párias infelizes que deveriam ser riscados da face da Terra e isso partindo de MÃES como vocês!

        Respeito é via de mão dupla e todo mundo gosta!

        Reply
        • Fatima Ampessan
          07/11/2011 at 00:20

          “O que não admito é sermos tratados como insignificantes, marginalizados, aberrações, párias infelizes que deveriam ser riscados da face da Terra e isso partindo de MÃES como vocês!”
          Vc. não me parece uma pessoa tão inteligente como está apregoando, rapaz!
          Vc. leu a minha resposta, mas parece que não entendeu o que leu! Quem te disse que eu trato surdos dessa forma? Onde está escrito que “eu propago, de forma enganosa, a ideia de que os surdos oralizados têm fraco desenvolvimento cognitivo, são dependentes dos pais, vítimas do ouvintismo, infelizes, não sabem se virar sozinhos e sei lá mais o quê”. Me parece que o preconceituoso aqui é você! Vc. não me conhece e está me rotulando e afirmando que eu falo e faço esse tipo de coisa? É verdade, respeito é uma via de mão dupla e não sei onde eu desrespeitei vc. pra vc vir falar tudo isso. Posso processar vc por ter escrito tudo isso me acusando de coisas que não fiz ou falei! Presta atenção no que lê e toma muito cuidado com o que responde!

          Reply
          • Jon
            07/11/2011 at 14:38

            Se a senhora tivesse lido TODOS os comentários aqui, saberia do que estou falando.

            Eu vejo a senhora exigindo respeito, porém leva tudo para o lado pessoal, atacando quem discordasse de sua opinião.

            E antes de me processar pelo meu próprio direito de defesa (se não me engano, vivemos em uma democracia onde há respeito à liberdade de expressão), sugiro que leia o texto que está neste link http://desculpenaoouvi.laklobato.com/index.php/2011/11/06/em-respeito-a-liberdade-de-escolha/ , que traduz tudo o que penso.

        • Fatima Ampessan
          07/11/2011 at 15:53

          Eu acho que vc. não tá bem, rapaz. Ou então, não sabe ler e entender o que lê! Quem me atacou foi vc. Não distorça os fatos. Os textos estão ai pra provar isso. Vcs. falam dos surdos como se fossem inimigos e, não se dão conta que são absolutamente iguais!!!Mas, não vou mais discutir com pessoas como vc., pq não vale a pena e não leva a nada!

          Reply
  • Maria Aldenora Nogueira Machado
    06/11/2011 at 17:23

    Por isso defendo que o surdo que fala libras e o portugês escrito não terá nenhum problema.

    Reply
  • Jon
    06/11/2011 at 17:20

    Para Maria Aldenora Nogueira Machado

    Tenho surdez profunda bilateral, de causa ototóxica, desde que eu tinha 8/9 meses de idade. Comecei a usar AASI a partir de 1 ano e meio de idade e não me lembro de ter reclamado de ruídos e barulhos em momento algum, desculpa tão usada por vários surdos que desejam se livrar dos aparelhos, muitas vezes por birra ou por orgulho, por que não?

    A senhora diz que a educação inclusiva é discriminatória (não se escreve descriminatória, ok? Perdão pelo meu baixo desenvolvimento cognitivo, segundo seu comentário aí em cima). Talvez seja, ainda mais em um país como o Brasil. Mas botar a culpa única e exclusivamente na escola pela formação da criança surda? Não, senhora. A família também tem um papel importantíssimo aqui! Boa parte do sucesso da minha oralização não veio da escola e sim da minha própria casa, sendo que fui estimulado pelos meus pais, pela minha avó, pelas minhas irmãs, pelos meus tios, pelos meus primos… atenção, ser ESTIMULADO é diferente de ser FORÇADO.

    Eu sou surdo oralizado (a senhora vai dizer que sou deficiente auditivo por ser protetizado, mas tenho perda auditiva igual ou até maior que a de muitos surdos), tenho nível superior (estudei na USP, na qual passei no vestibular mais difícil do Brasil sem cotas ou provas em LIBRAS), trabalho, viajo sozinho tanto para o Brasil quanto para o exterior e estou muito bem integrado na sociedade brasileira (e NÃO quando é necessário, como a senhora disse a respeito de seus filhos).

    E, para encerrar, quero parafrasear a própria senhora: “Então, é bom que antes de se publicar certos conceitos se tenha um conhecimento mais profundo da causa.”

    Reply
  • Crônicas da Surdez
    06/11/2011 at 16:47
  • Maria Aldenora Nogueira Machado
    06/11/2011 at 15:07

    Sou professora e mãe de 4 surdos. Todos os meus filhos são surdos que não se descriminam, aceitam muito bem as condições de serem surdos. Todos são sinalizados, usam a lingua de sinais como primeira lingua e o portugûes escrito como segunda. Todos têm nível superior, trabalham, fazem viagens nacional e internacional sozinhos, ( inclusove dois, são atletas de competições internacional), vivem integrados socialmente nas comunidades surdas e se necessario, de ouvintes também. Não entendo porque essa gente que não conhece o sentimento das pessoas surdas tentam disvirtuar suas lutas, suas conquistas. Hoje, tem muitos surdos sinalizados doutores, escritores, que sabem muito bem opinar sobre essas questões. Portanto, antes de publicar certas opiniões, tenham o trabalho de visitar as associações de surdos, de entrevistar os surdos, isso faz parte do respeito e não preconceito.
    Saibam que em média 80% dos surdos não censeguem ser oralizados,( estou falando de pessoas surdas, que é diferente de pessoas deficientes auditivas), e que é na escola bilingue que elas são capazes de aprender e se desenvolver, pois a sua lingua materna é a dos sinais e que portanto, como toda lingua, precisa de um ambiente linguístico pra se desenvolver.
    Essa idéia de educação inclusiva, ao meu entender, é descriminatória, é das pessoas que não aceitam a surdez. Digo isso, porque já passei por esse processo, quando tentei de várias formas que meus filhos fossem oralizados, estudassem em escola regular , na inclusão, e não conhecia o mundo dos surdos. Quando tive a oportunidade de conhecer, pude perceber porque que eles eram tão triste e isolados da sociedade. Conheço surdos protetizados, implantados, oralizados, mas, a maioria tem um fraco desenvolvimento cognitivo, é dependente dos pais, são pessoas facilmente manipuladas pelos familiares que descriminam a surdez e, na verdade, não são felizes. Conheço muito bem várias comunidades surdas, que de acordo com seu nível organizacional, são pessoas inteligentes, decididas, independentes economicamente,e muito felizes.
    O maior problema que os surdos enfrentam, é ainda o reconhecimemto de que eles não são deficientes, são sim, pessoas que têm uma lingua diferente, (libras),que precisa ser ensinada o mais cedo possível para que eles possam atingir um desenvolvimento igualmente aos ouvintes. Como já falei, precisa de um ambiente linguístico para se desenvolver e é numa escola específica, entre seus pares que isso acontece. Então, é bom que antes de se publicar certos conceitos se tenha um conhecimeto mais profundo da causa.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      06/11/2011 at 16:38

      Se me permite a pergunta: a senhora acha que eles teriam todo esse sucesso incrível se NÃO dominassem o português escrito além da Libras?
      Abraço,

      PS: esse blog atinge milhares de surdos oralizados e bilingues e nenhuma dessas pessoas tem ‘fraco desenvolvimento cognitivo, é dependente dos pais, pessoas facilmente manipuladas pelos familiares e não sao felizes’.

      Reply
  • GE
    06/11/2011 at 13:31

    Sabe quando eles irão entender o que é um surdo oralizado?????

    Quando tiver a oportunidade de ter um na familia.

    Enquanto isso em pleno seculo XXI, ficaremos lendo essas teorias equivocadas de quem não entende do assunto.

    Deveriam antes de publicar coisas que não sabem nos procurar, para darmos as informação correta.

    Reply
  • […] Outro post indispensável é esse sobe surdos e surdez, do blog Crônicas da Surdez. […]

    Reply
  • Ariana Boaventura
    06/11/2011 at 01:39

    VC realmente nao é SURDA! vc é D.A (deficiente Auditiva)… seu texto mostra que vc precisa se informar mais sobre Surdez, Identidade/Comunidades Surda e Linguas de sinais!!!! o que infelizmente mostra seu PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO com tal grupo! Entenda a DIVERSIDADE e as DIFERENÇAS e principalmente tenha RESPEITO.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      06/11/2011 at 16:39

      Minha cara,
      Quem é você pra vir dizer que eu nao sou surda??
      Supondo que você seja surda ( e nao uma ouvinte simpatizante com a causa dos fanáticos pela LIBRAS), quem te dá o direito de vir aqui afirmar que eu nao sou surda? O que voce sabe a meu respeito?
      Tenha dó.
      Agora além de tudo vocês querem também hierarquizar quem é MAIS ou MENOS surdo?
      Pelo amor de Deus.

      Reply
      • Lin
        15/02/2016 at 11:39

        Paula, vc é uma pessoa de personalidade forte rs Realmente ela falou demais ali. Mas da mesma forma que você chama algumas pessoas de fanáticas por LIBRAS, algumas delas podem te chamar de fanática por aparelhos. Não é fanatismo em ambas as situações, é apenas defender o que melhor funciona para cada um (mesmo que de forma exasperada). Só precisa entender isso. Se revolte com a imprensa e com as pessoas que a trata como coitadinha, mas não com as pessoas que também possuem uma deficiência.

        Reply
  • Rodolpho
    05/11/2011 at 23:56

    òia eu aqui! kkkkkkk
    a greise falou de mim, e óia eu aqui! se não tivesse falado tamém, eu ia aparecer do mesmo jeito. kkkkkkkkk
    bom, bora lá, antes de fazer meu comentáááááário mesmo, eu queria dar uma zoadinha básica. hahahahaha
    bianca, quem são os surdos oraluzados? esses eu não conheço. kkkkkkkkkkk to zoando.
    bom, brincadeiras a parte, bora lá…
    paula, gostei do seu post. e é o que você falou mesmo, é muita desinformação dos jornalistas, escritores, e tudo mais.
    e não é só com surdos, com cegos também, e com todas as deficiências.
    agora, eu to com uma dúvida aqui, não tem nada a ver com o post, mas já que eu to por aqui, bora tentar tirar, né? hahahaha
    bom: conversando com um cara que foi testar um rpojeto dele comigo na faculdade (não vou contar tudo aqui porque é uma loooooonga história) ele falou de uma calculadora colorida, e musical, que ele e uma professora fizeram.
    num certo ponto do papo, ele falou assim:
    nós estamos trabalhando também com deficientes auditivos, e pessoas de baixa audição. tá certo isso?
    bom, é isso aí. agora fa fé fi fó fui. kkkkkk

    Reply
  • Vanessa
    05/11/2011 at 21:03

    Olá,
    Concordo com você quando fala que os jornalistas precisam se informar mais e pesquisar quando vão publicar alguma coisa sobre a surdez (ou sobre qualquer outra coisa, né??? Vemos “equívocos” em várias áreas).
    Porém, enquanto você tenta, de um lado, justificar tua escolha pela oralização, acaba também sendo preconceituosa em relação aos surdos bilíngues, e assim contradizes a tua justificativa por um mundo de diversidade.
    Uma grande parcela dos surdos não ouve nada com os aparelhos auditivos, e não ouvirão mesmo que coloquem um implante coclear. Optar pela escola bilíngue é direito dos pais, assim como é direito quando eles optam pela escola inclusiva.
    Infelizmente nenhuma das duas têm garantido uma educação de qualidade para ninguém, nem para surdos oralizados, sinalizados ou ouvintes, porque, simplesmente, educação não é prioridade para os governantes e nem para os eleitores deste país.

    Se queres questionar se a Língua de sinais é ou não natural para os surdos, aí terás que te informar sobre linguística, o que isto significa linguisticamente para um ser humano, e não cometer o mesmo erro que os jornalistas que criticas, falando sobre uma área que não dominas.
    O silêncio não aprisiona ninguém! O que aprisiona é o preconceito e a ignorância.

    Abraço,
    Vanessa.

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      06/11/2011 at 16:42

      Vanessa,

      Eu nao tenho nada contra a Libras e admiro muito os surdos BILINGUES. Escrevi isso no post, talvez na pressa voce nao tenha visto.
      Mas nao vejo nenhuma justificativa para que um cidadão brasileiro, seja surdo ou ouvinte,nao domine o portugues escrito.
      Abraço,

      Reply
  • Mariana
    05/11/2011 at 15:24

    A sua opinião, né ! Mas não concordo ! Sou oralizada, como eu uso LIBRAS, claro que eu sei falar, para mim não ligo, os surdos são capazes, inteligentes e espertos, você se acha que eles são burros e não sabem falam, é isso ? Apenas eles são surdos, ué ! Eles usam LIBRAS e PORTUGUÊS, as duas !!! PENSA BEM ! Desde eu nasci surda !!!! Como eu sei falar ? , mas sempre uso LIBRAS!
    Ainda você não sabe o que é surdo e cultura surda. Fui

    Reply
    • Maria Aldenora Nogueira Machado
      06/11/2011 at 16:14

      Muito bem! Mariana, você é uma surda sem preconceito, inteligente, sabe opinar e respeitar os outros. É visão pequena demais achar que surdo não deve aprender LIBRAS. Digo surdo, não pessoas ensurdecidas, ouvintes que prederam a audição,etc. Uma pessoa surda com certeza tem maior desinvoltura usando a sua lingua natural, lingua de sinais.

      Reply
    • Crônicas da Surdez
      06/11/2011 at 16:44

      Mariana,
      Eu sou surda, sim.
      Que ótimo que você é bilíngue e tem um ótimo português. Uma pena que isso não aconteça com quem SÓ usa a Libras.
      Abraço.

      Reply
    • maria carolina bonfim
      08/11/2011 at 10:07

      Mariana, concorda com vc, sou surda profunda e uso duas Libras e Português. qual problema.? Sou Bilíngue. amo dois mundo linguas.

      Reply
  • Cláudia Paludeto
    05/11/2011 at 14:46

    Faço minhas as palavras de Sandra Binder e Ana Rachel!!!

    Reply
  • Silvia
    05/11/2011 at 10:47

    Olá, parabéns pelo post!
    O irritante é que muitas vezes a gente passa por “falso surdo” porque consegue se comunicar bem. NOssa limitação fica menos “visível”…

    bjos!

    Reply
  • Greize
    05/11/2011 at 10:40

    Voltando..rrs
    Gente qdo eu era Ouvinte eu também achava que tdos surdos eram mudos.Aliás eu não sabia nada sobre mundo surdo.

    Hj qdo vem pessoas falando com LIBRAs comigo eu começo a ficar com raiva.Mas me lembro que eu também era assim, não sabia de nada.
    Pq, qdo isso não faz parte da sua vida e vc não tem informações seja na escola ou na mída, vc não tem interesse e vive sua vida.

    Outro dia aqui no blog apareceu um cego, o Rodolpho, mta gente aqui perguntou como vc usa computador??A falta de informação é grande.

    Então é isso, da irritação sim, mas lembrem-se mtos realmente não sabem da diverisade e contam com a gente para ampliá-la.Divulgando esse Post do blog e explicando.Meus amigos todos são ouvintes, envio mtos posts para eles , tdos agradecem por terem mais informação.

    Fiz LIBRAS, mas sei mto pouco, mas a utilizo qdo o SL quer saber mais sobre a diversidade, confesso que os interpretes são so que mais me irritam, eles sim parecem fazer lavagem cerebral nos SL.
    Respeito tdos na sua individualidade, e tento informar aos que não sabem.
    Bjão

    Reply
    • Maria Aldenora Nogueira Machado
      06/11/2011 at 17:12

      Querida, veja a diferença, você não é surda, sua primeira lingua foi a lingua oral. As pessoas surdas têm como primeira lingua, os sinais. Então, com certeza você hoje não tem muita dificuldade de falar porque tem uma base linguística.

      Reply
  • Ana Regina Campello
    05/11/2011 at 10:40

    Pessoal,
    Apesar da terminologia criada pela Shirley Vilhalva (surda oralizada) no tempo de mestrado dela: “Surdos Usuários da Língua Portuguesa” e isso não define somente aos Surdos Oralizados e SIM aos Surdos BILÍNGUES. A língua portuguesa, na modalidade escrita, é dominada pelos número pequeno de pessoas surdas oralizadas e bilíngues. Duvido que a Língua Portuguesa possa favorecer a oralidade através da sonoridade (apesar do aparelho ou implante coclear) mas o SOM emitido pelos Surdos Oralizados ou Surdos Bilíngues Oralizados ainda continua DESTOANTE (é aquele que não segue uniformidade da voz humana). Portanto surdos usuários da língua portuguesa não só restringe somente as pessoas surdas oralizadas e sim Surda Bilíngue assim como eu e pessoas de “elite” oralizado (apesar de sua minoria dentro da minoria da comunidade Surda-Muda). Abraços sinalizados. Amém!

    Reply
    • Crônicas da Surdez
      06/11/2011 at 16:46

      Ana, no post eu dei enfoque ao PORTUGUES ESCRITO.
      Não tenho nada contra a Libras e deus me livre de querer obrigar um surdo a falar se ele nao quiser, mas acho que é uma coisa BÁSICA dominar o portugues escrito.
      Quem nao domina, vive sim, numa bolha.
      Abraço.,

      Reply
  • João Paulo
    05/11/2011 at 10:35

    Parabéns, Paula pela sua iniciativa do seu blog. Gostaria de comentar com a Bianca ao grande equívoco do comentário:” Ah só mais uma coisa, essa comunidade surda gasta minhas energias dos neuronios porque eles,surdos sinalizados, não conseguem serem abertos até porque vivem no grupo fechado então gastam energia dos meus neuronios porque já tentei explicar milhões de vezes a mesma coisa sobre surdos oraluzados, importância de ouvir e de língua portuguesa e eles estão com aquelas frases dentro na cabeça e só diz blá blá blá blá aí já viu né por isso não me encaixo nessa comunidade pois quero o mundo também!!” Bianca, cada caso é o caso, ninguém obriga explicar ao surdo sinalizado da importância da fala e ouvir, pois eles tem seus limites, os surdos ficam agrupados pela comunicação deles e não são obrigados de viver em grupos e você deve ser que tem o grupo de amigo também, e dai? Algum problema sobre isso? Sou surdo oralizado e também sinalizado, então eu te respeito e gostaria que você respeitasse a comunidade surda.

    Reply
  • Greize
    05/11/2011 at 10:16

    Porque o governo não investe dinheiro em uma educação intensiva e de qualidade direcionada a surdos sinalizados para que eles dominem TAMBÉM o português escrito e não sejam eternamente dependentes de alguém??
    Resposta: O governo não quer nem que os ouvintes tenham educação, é vergonhoso, as escolas públicas estão péssimas hoje, olha o ENEM, dando problemas há 3 anos direto.Penso agora na criança surda, o ensino é mto ruim.
    Tanto que conheci uma surda Sinalizada que os pais estão pagando aulas particulares de português para ela aprender, pq na escola é péssimo.
    A Educação no Brasil precisa mudar, mudando lá em cima abrangendo ouvintes, surdos em tda sua diversidade, tudo vai melhorar como em outros países.
    Mas parecem que eles não querem, nem o povo, vc vê erros absurdos, o povo faz algo??Não.Como disse meu amigo, ficam horas em filas de show de Rhiana, Justin Bieber e não sei mais quem, qdo tem uma prova grande tdos chegam atrasados.
    Reforma Educacional já , incluíndo tdo que vc citou acima para os deficientes auditivos.A Educação é a maior ferramenta de informação e transformação.

    Reply
    • Simone
      05/11/2011 at 10:25

      Greize, peço uma coisa: fala aos pais da criança surda que merecem parabéns por ter preocupado com a mesma e que incentivem ela a ter aulas de português. Acho isso ótimo!!! Pois aqui no Brasil muitas pessoas ouvintes têm erros de português. Pasmem, conheço muita gente assim! Mesmo que estudem ou estudaram na faculdade! Que vergonha.
      Quanto à reforma educacional, não é tâo simples. Infelizmente, ainda preferem separar as classes – ouvintes e surdos. É preciso haver MUITA disposição, determinação, garra, vontade para criar novos patamares nesta área. Dar o exemplo para o mundo, até!
      A informação é fundamental mesmo, é pura verdade, ninguém deve desprezar tal informação.
      Beijos.
      Simone.

      Reply
  • Simone
    05/11/2011 at 09:56

    Também concordo em número, gênero e grau. Perfeitamente.
    Gente, já aconteceu comigo também com essas pessoas. Me perguntam se uso libras, se sei libras, etc…afff!!! Devolvo-me com uma cara de indignação e explico que não preciso disso e tenho a minha boca para falar, falar, falar!!! Rs! Eu agradeço muito a Deus por ter sido instruída na oralização quando era pequena! GRAÇAS A DEUS! É claro, nunca aprendi a usar libras quando era pequena. MELHOR!
    Os meus braços não podem estar cansados de levantar a bandeira da oralização! E fazer barulho quando necessário! Mesmo sendo surda! Rs! 😀
    Beijos.
    Parabéns, Paula!! Nota 1000!
    Simone.

    Reply
  • Bianca
    05/11/2011 at 09:06

    Paula,

    Caraca, quando terminei de ler os meus olhos brilharam como aqueles olhos lindos que tem nos mangas ou gibis ( estou no itouch e não consigo colocar acento agudo) então o seu texto traduziu tudo o que eu sinto! Eu fico irritada quando as pessoas me perguntam se eu posso ensina-los o LIBRAS e sempre respondia que não utilizo libras e ficam com aquela cara desanimada,aff! Mas eu faço questão de explicar para essas pessoas sobre porque não uso libras assim eles aprendem mais sobre surdez! Eles ao mesmo tempo ficam maravilhados só porque sou surda e FALO, aí já viu né! Então parabéns Paula! Concordo contigo em número,gênero e grau ;D ! Ah só mais uma coisa, essa comunidade surda gasta minhas energias dos neuronios porque eles,surdos sinalizados, não conseguem serem abertos até porque vivem no grupo fechado então gastam energia dos meus neuronios porque já tentei explicar milhões de vezes a mesma coisa sobre surdos oraluzados, importância de ouvir e de língua portuguesa e eles estão com aquelas frases dentro na cabeça e só diz blá blá blá blá aí já viu né por isso não me encaixo nessa comunidade pois quero o mundo também!! Beijos,Bianca.

    Reply
  • Iracema
    05/11/2011 at 08:16

    Paula, parabéns pelo excelente e útil texto explicativo.
    Vou repassá-los aos meus contatos e pedir que o reencaminhe.
    Vou aigr.
    Bjs,

    Reply
  • Maria
    04/11/2011 at 22:51

    A pergunta mais comum que os ouvintes me faz é: “Você pode me ensinar libras?” sendo que eu sempre me comuniquei usando voz com as pessoas. Fico com a impressão de que todo mundo pensa que todos os surdos sabem falar libras/linguas de sinais, como se fosse algo obrigatório… E quando eu falo que não sei, eles ficam com a cara de “decepção”.

    Diante de situações assim, tenho a obrigação de explicar para estas pessoas sobre a diversidade dos surdos.

    Reply
  • Pedro Augusto Bentes
    04/11/2011 at 22:26

    Assino embaixo só para elogiar do seu texto! Muito bom! Parabéns!

    Reply
  • Deni
    04/11/2011 at 19:19

    Paula, mais uma vez você descreveu a diversidade da surdez de forma clara e objetiva; não tenho muito o que comentar, pois concordo em número, gênero e grau.

    Parabéns e continue com os textos estilo “tapa com luvas de pelica”, porque só assim para os desavisados se tocarem das ideias preconcebidas sobre surdez.

    Beijos,
    Deni

    Reply
  • Lara
    04/11/2011 at 19:10

    Sabe o que é?!?!
    Falta de interesse e informação sobre a surdez! Eles acham pela cabeça e escrevem sem poder pesquisar! Uma vergonha!
    Vc foi ótima esse post!

    Beijos

    Reply
  • Sandra Binder
    04/11/2011 at 18:47

    ACHEI ÓTIMA,SUA EXPLICAÇÃO E PONTO DE VISTA! SIM ,CONCORDO C VC EM “QUASE” TUDO! ENTENDO PERFEITAMENTE SUA INDIGNAÇÃO E SEI DA IGNORÂNCIA DA MAIORIA DAS PESSOA! c CONCORDO C VC,QDO FALAM :
    – AH! ELE É SURDO-MUDO! ME DEIXA INDIGNADA TBM! MAS Q FALTA DE INFORMAÇÃO!!! LOGO PENSO,COMO O POVO É DESINFORMADO! TDOS OS ITENS Q CITOU TÃO Ñ ACHO CERTO!
    APENAS DISCORDO TOTALMENTE QDO VC DIZ Q “A propósito: essa ladainha e essa lavagem cerebral toda só acontecem em função da militância incessante da ‘comunidade surda’ e seus simpatizantes para que as pessoas acreditem que todas as informações erradas são certas. Para que o mundo não saiba da existência dos surdos ORALIZADOS. Para que o mundo continue acreditando que não há alternativa ao silêncio. Existe diversidade dentro da surdez, por mais que esse grupo queira fingir que não.
    VC DEV SE LEMBRAR Q ELES APENAS ESTÃO LUTANDO (ASSIM COMO VCS) PARA Q ENTENDAM O LADO DELES E AS NECESSIDADES DELES! ELES SABEM DA EXISTÊNCIA DE VCS E ACREDITE,RESPEITAM TBM.SÓ Ñ CONSEGUEM ENTENDER ESSE PONTO DE VISTA! VC TEM Q ENTENDER Q VIVERAM ESSE MUNDO DESDE PEQUENOS! Ñ SABEM O Q É SOM(ASSIM COMO VC) Ñ ENTENDEM A COMUNICAÇÃO COMO VC ENTENDE! A SUA ACESSIBILIDADE E DIFERENTE DAS DELES! AS SUA NECESSIDADES TBM SÃO DIFER~ENTE! SIM VCS TEM Q LUTAR E DIZER Q EXISTEM Q SÃO DIFERENTES! MAS DAI DIZER Q ELES FAZEM LAVAGEM CEREBRAL!!! ISSO TBM É PRECONCEITO1 PQ VCS Ñ TENTAM SE ACEITAR? PQ Ñ TENTAM ENXERGAR O PONTO DE VISTA DELES? É DIFÍCIL,É! E MUITO! E VICE VERSA TBM!
    TENHO UM FILHO Q ESTUDA NUMA ESCOLA BILÍNGUE,ONDE TEM ACESSO(FELIZMENTE) A LINGA PORTUGUESA E A LIBRAS TBM! ONDE ESTUDAM CRIANÇAS OUVINTES E SURDAS,CRIANÇAS DA,IMPLANTADAS E C APARELHOS AUDITIVOS! CRIANÇAS C REALIDADES BEM DIFERENTES,MAS C OPORTUNIDADES MARAVILHOSAS DE CONVIVER C TODOS,DE SE COMUNICAR C OUVINTES E SURDOS PROFUNDOS! VIVO C MEU FILHO NO MEIO DESSES DOIS MUNDOS! SEI E MUITAS VEZES DISCORDO OU CONCORDO C PONTO DE VISTAS TÃO RADICAIS COMO OS DELES,ASSIM COMO O SEU TBM É!
    SUAS PALAVRAS ME TOCARAM MUITO E ACHO VÁLIDO TODA SUA INDIGNAÇÃO COMA FALTA DE INFORMAÇÃO DAS PESSOAS E PRINCIPALMENTE DA MÍDIA Q ANDA DANDO INFORMAÇÕES EQUIVOCADAS!! NEM TDO MUNDO TEM CONHECIMENTO DAS DIFERENÇAS Q EXISTEM EM SE FALANDO DE SURDEZ!!! AINDA É UM ASSUNTO TABU! POR ISSO MESMO ACHO Q VC DEVE CONTINUARA NA SUA LUTA DE SE FAZER NOTAR E MOSTRAR AO MUNDO Q EXISTEM SIM,DIFERENÇAS. MAS LEMBRE-SE DE RESPEITAR ELES!!! APENAS FAZEM O Q VC ESTÃO TENTANDO FAZER!!! LUTANDO P MOSTRAR O MUNDO Q EXISTEM E Q SÃO CAPAZES,APENAS PRECISAM DE OPORTUNIDADES!!! SE ACESSIBILIDADE P ELES É LIBRAS,SE SÓ CONSEGUEM SE COMUNICAR C ELA,PQ Ñ QUERER A COMUNIDADE SURDA??? ONDE SÃO COMPREENDIDOS E CONSEGUEM SE ENTENDER E FAZER C Q O MUNDO OS ENXERGUE!! VCS TEM Q LUTAR JUNTOS,CADA QUAL PELAS SUAS NECESSIDADES E ACIMA DE TUDO RESPEITO! CONHEÇO A COMUNIDADE SURDA E CONHEÇO MUITO BEM SURDOS ORALIZADOS! TBM ACHO ÓTIMO VC TER ESSA OPORTUNIDADE DE FALAR E CONSEGUIR SE COMUNICAR BEM C OS OUVINTES! SIM,MAS UMA OPORTUNIDADE VC TERÁ NA SUA VIDA,PQ INFELIZMENTE O MUNDO É PRECONCEITUOSO E DESINFORMADO!!! GOSTARIA MUITO Q MEU FILHO CHEGUE A ESSE GRAU DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Q VC TEM. MAS AS DIFICULDADES SÃO DIFERENTES DE SER HUMANO P SER HUMANO,Q AS OPORTUNIDADES TBM! AS INFORMAÇÕES Q VC FALA LÁ EM CIMA SÃO ERRADAS P VCS ORALIZADOS,MAS Ñ PARA ELES SURDOS SINALIZADOS! TENTE SE IMAGINAR NA SITUAÇÃO DELES!!!!
    IMAGINA VIVER NUMA SOCIEDADE Q NEGA A EXISTÊNCIA DELES E DA LINGUA DELES! JÁ SE IMAGINOU NA SITUAÇÃO DE COMUNICAÇÃO DELES?? MUITOS SÃO SURDOS E FILHOS DE SURDOS! MUITOS C UMA SURDEZ TÃO PROFUNDA Q NEM TODO ESFORÇO DE ORALIZAÇÃO DO MUNDO Ñ SERIAM CAPAZ DE FAZE-LO SE FAZER ENTENDER OU ATE MESMO DE FALAR!! DIFERENÇAS MINHA CARA! EXISTEM E SIM E PRECISAM SER CONHECIDAS E RESPEITADAS!!! ESSAS “INFORMAÇÕES EQUIVOCADAS” Q VC FALA SÃO EQUIVOCADAS P VCS E INFELIZMENTE AS PESSOAS E A MÍDIA Ñ TEM CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE TANTOS SURDOS ORALIZADOS! ALGUNS CONSEGUEM SE ORALIZAR OUTROS Ñ! DEPENDE Ñ SÓ DE OPORTUNIDADE,MAS DE NATUREZA REAL P ISSO! EXISTEM MUITOS SURDOS Q MESMO C TDA OPORTUNIDADE DO MUNDO,NUNCA CONSEGUIRÃO FALAR DIREITO OU NADA!! CADA CASO É UM CASO!
    O MEU CONSELHO PE VCS SE FAZEREM SER NOTADOS,MOSTREM AO MUNDO E ATRAVÉS DA MÍDIA OU DE SEUS CONHECIMENTOS Q VCS EXISTEM E SÃO CAPAZES,MAS Ñ DESDENHEM DAS NECESSIDADES DELES! SOU UMA MÃE OUVINTE E GOSTARIA MUITO Q MEU FILHO CONSEGUISSE SE COMUNICAR ATRAVÉS DA FALA,MAS INFELIZMENTE ELE TEM MAIS SUCESSO COM A LIBRAS.MAS DOU TODAS AS OPORTUNIDADES DE TER ACESSSO A TODOS OS MEIOS!! FUI OBRIGADA A FAZER LIBRAS P PODER ME COMUNICAR MELHOR C ELE E FELIZMENTE E TBM FAZ UMA ÓTIMA LEITURA LABIAL! MAS QDO SE DIZ RESPEITO A FALA,ELE POUCO FALA,PELAS DIFICULDADES Q TEM E PELO GRAU DA AUDIÇÃO! ISSO SEM FALAR NAS PESSOAS Q TÊM OUTROS TIPOS DE COMPROMETIMENTOS JUNTOS,O Q AGRAVA MAIS AINDA A DIFICULDADE! ENTÃO VAMOS RESPEITAR P SER SER REPEITADOS! ADMIRO MUITO A SUA LUTA E ESTOU JUNTA C VC QTO A SUA INDIGNAÇÃO,MAS CUIDADO QDO FALA OQ VC TBM Ñ CONHECE! A CULPA Ñ É DELES! A CULPA É DA FALTA DE INFORMAÇÃO DAS PESSOAS!! APENAS LUTAM POR AQUILO Q É MELHOR P ELES,Ñ P TODOS OS SURDOS,MAS UMA PARTE E GRANDE DA SOCIEDADE Q SIM SÃO MUITO CAPAZES E MUITOS JÁ FAZEM A DIFERENÇA NESSE MUNDO CRUEL E INJUSTO! MAS JUNTOS LUTAREMOS E CHEGAREMOS A UMA SOCIEDAE MAIS JUSTA P VCS E ELES! CADA QUAL C SUAS DIFERENÇAS E ACESSIBILIDADES! EU AINDA ACREDITO!

    Reply
    • Fatima Ampessan
      05/11/2011 at 16:01

      Sandra, faço minhas as suas palavras. Tenho dois filhos surdos profundos. Tiveram educações diferentes. A mais velha, oralizada, mas não conseguiu se adaptar ao aparelho. O mais novo, usuário de Libras. A mais velha, não terminou faculdade por cansar de correr atrás de recursos. O mais novo se formará em 6 meses e já está com bolsa de mestrado. A mais velha ficou “sem pátria”: não pertende ao mundo ouvinte e tb não pertende ao mundo dos surdos. O mais novo é surdo assumido. A mais velha sofre muito, poe estar fora dos dois contextos. O mais novo é absoluta e totalmente feliz. Eu vivo de perto essa realidade e posso afirmar e ratificar o que vc. disse: cada caso é um caso. E, no nosso caso, sou mais a favor dos surdos usuários de Libras do que dos surdos oralizados. Bjusssssssssssss

      Reply
      • Diefani Piovezan
        06/11/2011 at 21:50

        Fatima me apresenta tua filha, passa todos os contatos dela que faço ela mudar de ideia rapidinho quanto a faculdade e esse lance de não pertencer a nenhum dos lados.

        Reply
        • Fatima Ampessan
          06/11/2011 at 23:52

          Passo sim, desde que ela queira (e que vc se apresente, pois não a conheço). Respeito meus filhos por suas escolhas, felizes ou infelizes. Realidades diferentes, mas escolhas pessoais, assim como vc. e outros que aqui estão expondo suas opiniões. Quero lembrar mais uma vez que as realidades são diferentes e, portanto, não se pode generalizar! Só o que lamento é a falta de união de vcs. pois, apesar de todas as divergências, lutam pelos mesmos direitos!

          Reply
          • Diefani Piovezan
            07/11/2011 at 19:58

            Fátima, sério mesmo, acho que conseguiria conversar com sua filha pra ajuda-la a ter vontade de voltar e terminar a faculdade. Não estou falando por prepotencia nem por maldade, mas sai dos EUA aonde eu tinha toda acessibilidade do mundo e vim pro Brasil aonde não tenho….embora eu tenha IC é dificil acompanhar as aulas por vários motivos, um deles alunos fazendo zorra na sala. Fora que tem termos que so conheço em Inglês e sofro pra saber o que são em Portugues. Então se sua filha topar e se você quiser falar antes comigo, pode me adicionar no facebook http://www.facebook.com/diefani e de lá trocamos MSN ou algo assim.

          • Diefani Piovezan
            07/11/2011 at 20:02

            Fátima, sério mesmo, acho que conseguiria conversar com sua filha pra ajuda-la a ter vontade de voltar e terminar a faculdade. Não estou falando por prepotencia nem por maldade, mas sai dos EUA aonde eu tinha toda acessibilidade do mundo e vim pro Brasil aonde não tenho….embora eu tenha IC é dificil acompanhar as aulas por vários motivos, um deles alunos fazendo zorra na sala. Fora que tem termos que so conheço em Inglês e sofro pra saber o que são em Portugues. Então se sua filha topar e se você quiser falar antes comigo, pode me adicionar no facebook e de lá trocamos MSN ou algo assim.

    • Deborah Lobato
      05/11/2011 at 21:17

      Partilho suas opiniões e sentimentos.
      Mas rejeito as críticas e o preconceito que também percebo no texto.
      Acessibilidade, neste País, depende muito de quanto voce pode gastar.
      Aparelhos e implantes custam dinheiro, boas escolas, idem.
      E deficiências, muitas vezes são acompanhadas de muita pobreza.
      Viva e deixe viver, esclareça sem discriminar.
      Minha filha é surda, trilingue e oralizada.
      Foi abençoada com recusros para que isto acontecesse.
      Mas muitos de seus amigos não falam, não leêm lábios, não frequentaram escolas particulares e fonos caras.
      Vamos combinar que o Governo não fornece muitas oportunidades para o desnvolvimento de crianças com qualquer tipo de deficiência, além da surdez.
      Existe lugar para todos.
      Vamos fazer a nossa parte.

      Reply
    • Maria Aldenora Nogueira Machado
      06/11/2011 at 16:56

      Sandra, não tenho dúvida de que o melhor para a criança surda é estudar em escola sepecífica so pra surdo. Posso te garantir isso por experiência própria. os meus quatro filho surdos passaram pelo seguinte processo: primeiro, duas meninas com idade hoje de 34, 36 anos, seus primeiros anos escolares foram em secola oralista, depois inclusão. Até a idade de 15,16 anos, cursando já a 8ª série não falavam, não liam e nem escreviam e nem eram integradas socialmente. Nesta época, passaram a fazer parte da comunidade surda, passaram a aprender libras, ter amigos, passear, viajar. Depois, de bem sinalizadas foram para a escola inclusiva com intérprete de libras. Mesmo com uma defasagem enorme de conhecimentos, conseguiram hoje ter curso superior.( VEJA BEM, QUEM POSSIBILITOU O APRENDIZADO FOI A LIBRAS). O terceiro filho surdo estudou da mesma forma até a 8ª série, mas o ensino médio foi para uma escola no Rio Grande do Sul, só pra surdo. Lá, concluiu o curso, e foi pra universidade com apoio de um intérprte. Como era fluente em libras, concluiu a faculdade sem muita dificuldade. Em seguida, viajou pra Dinamarca fazer um curso para liderança mundial de surdos. Hoje, com 27 anos, é professor concursado da Universidade Federal do Ceará. É muito competente, gosta muito de ler e escreve o portugûes com muita desinvoltura. Atribuo isso ao aprendizado da LIBRAS que teve acesso desde criança. O quarto filho surdo, hoje tem 24 anos é formado em administração e da mesma forma, por ter aprendido libras muito cedo, não tem dificuldade de conviver socialmente. Morou na Inglaterra, conhece vários países do mundo, viaja sozinho,(todos eles), e não são oralizados. Portanto, hoje vejo que se todos os surdos desde cedo tivessem acesso a libras não teriam tanta dificuldade de se desenvolver.
      Então, o mais importante é que a familia aprenda a se comunicar com o filho surdo de forma clara, sem preconceito, descriminação e passe isso pra ele desde cedo compreender que é uma pessoa normal, inteligente e capaz.

      Reply
      • Josiane dos Santos Maquieira
        08/11/2013 at 22:26

        Olá Pessoal,
        sou estudante pesquisadora da área de Linguistica Aplicada e estudo as questões de ensino de Língua Portuguesa para pessoas que perderam a audição ao longo da vida e fiquei impressionada com os relatos de vocês, são extremamente ricos para minha pesquisa. Mas fiquei pensativa sobre uma coisa: Como vocês opinariam em um caso que temos aqui no RS, que a criança perdeu a audição, já era alfabetizada em Língua Portuguesa e agora com um implante Coclear, ainda fora de funcionamento, poderia continuar seu desenvolvimento em um escola de ouvintes sem conhecimentos de LIBRAS? Adoraria conhecer o pensamento de vcs a respeito. Grata se puderem contribuir com minha pesquisa.

        Reply
  • inês laborinho
    04/11/2011 at 16:28

    AMEN!!
    Sou portuguesa, surda oralizada (era ouvinte até há 6 anos atrás) e constato que esses problemas existem em muitos países. Obrigada pelo texto e desculpe, mas tenho mesmo de partilhar – água mole em pedra dura…
    Inês

    Reply
    • Paula Rachado
      04/11/2011 at 17:27

      Olá Inês!
      Finalmente encontrei alguém português com o mesmo “problema” que eu. Já pesquisei muito, mas em Portugal não consigo encontrar nada parecido com este blog.
      Gostava de trocar ideias de como funciona o mundo dos surdos oralizados em Portugal.
      O meu email é paula.rachado@gmail.com, caso queira trocar algumas ideias comigo é só comunicar.

      Beijinhos

      Reply
      • Crônicas da Surdez
        23/08/2013 at 17:03

        Paula
        Tens contatos da imprensa portuguesa para me passar?
        Preciso divulgar o livro Cronicas da Surdez em Portugal….
        Obrigada,

        Reply
      • Paula Pfeifer Moreira
        17/05/2017 at 21:44

        Paula

        Encontro de leitores do cronicas da surdez dia 25 de maio as 17hs no Hotel Eurostar das Letras no Rossio, em Lisboa!

        Venha!

        Bjos

        Reply
  • Lak Lobato
    04/11/2011 at 16:18

    Paula, você é impecável na explicação! O mundo precisa saber que surdos oralizados existem, que não existe um modelo único da surdez, que surdez não é sinônimo de LIBRAS, que existe AASI e IC pra contribuir na oralização via auditiva, que português escrito é possível pra um deficiente auditivo!!
    Obrigda pela citação do DNO! Besu

    Reply
  • s0ramires
    04/11/2011 at 15:08

    E esqueci, nas faculdades (e outras escolas também) o uso de estenografia, criando texto da fala dos professores para os alunos surdos é também uma necessidade.

    Reply
    • Bárbara
      04/11/2011 at 17:47

      Necessidade extrema! Um absurdo não ter!

      Reply
      • Maria Aldenora Nogueira Machado
        06/11/2011 at 15:56

        Pra começar, essa escrita não é de pessoas surdas, pode ser de alguem com leve deficiência auditiva. Surdo, mesmo muito bem oralizado, e escolarizado tem muita dificuldade de escrever portugûes. Portanto, querida, não queira passar inverdades. Se você tem preconceito, não se aceita como surda, ou não é surda, não atrapalhe.
        Tenho muitas pesquisas de campo e a realidade não é o que você afirma.

        Reply
        • Crônicas da Surdez
          06/11/2011 at 16:35

          Minha cara, eu sou tão surda quanto qualquer um.
          Se tiro meus AASI nao escuto nada.
          Só porque nao uso LIBRAS e uso AASI sou MENOS surda que alguém?
          Voce deveria rever esse conceito.

          Reply
          • Fatima Ampessan
            06/11/2011 at 17:28

            Não, meu anjo, vc não é tão surda quanto qualquer um, mesmo porque está indo contra suas próprias palavras: diversidade. Vc. é surda sim, mas não profunda. Vc. é surda sim, mas ouve com aparelhos, ao contrário da grande maioria dos surdos do país!!! Me desculpe, mas é melhor vc. REALMENTE pesquisar antes de sair falando bobagens como esta que vc. falou ai.

          • Crônicas da Surdez
            06/11/2011 at 17:35

            Lamento que voce diga isso, Fatima.
            Sem meus aparelhos auditivos eu nao escuto praticamente NADA.
            Não sou surda dentro da TUA definição do que é ser surdo, que é = ser usuário de LIBRAS.
            Abraço.

          • Fatima Ampessan
            06/11/2011 at 20:13

            Vc é tão surda quanto qualquer brasileiro, isto é, defende tuas idéias, quer que elas sejam aceitas, mas não respeita as idéias dos outros. E quem falou pra vc. que a minha definição de surdo é usuário de Libras? Vc tira conclusões precipitadas, garota. Ninguém é obrigada a aceitar as TUAS idéias, e nem vc é obrigada a aceitar a idéia do outros, mas respeito é bom e todo mundo gosta. Agora, não venha tentar fazer os outros “engolirem” a sua idéia na marra, pq não funciona assim. Como já foi dito, cada caso é um caso e as realidades de cada pessoa são bem diferentes umas das outras! Então, não generalize.

          • Veronica Aparecida Mattos dos Reis
            09/03/2016 at 19:30

            Parabéns, sou ouvinte professora do CAES e trabalho com surdos desde 1998. Adorei sua fala, tenho 6 alunos surdos e como não segui somente a proposta do Estado e trabalhei com eles desde o inicio a alfabetização e letramento usando empostação de fonemas, Libras e escrita no Português, eles aprenderam falar e escrever muito bem na Língua Portuguesa, sem contar que um deles não gosta de usar AASI, porem sua leitura labial é esplendida e a compreensão de todo e qualquer assunto ele tira de letra, hoje ele está no 7º Período de Arte Visual no IFPR. Portanto, sua fala vem só confirmar que o surdo que usa apenas Libras vive num mundo de minorias e sempre vai depender dos outros e jamais terá sua autonomia e independência. em nenhum momento me senti culpada pela minha prática pedagógica, pois os resultados são excelentes.

          • Paula Pfeifer Moreira
            10/03/2016 at 09:28

            Parabéns gigantesco pelo teu trabalho, Verônica!
            Precisamos de mais professores assim!

          • vera
            17/03/2016 at 23:04

            Boa Noite

            Paula

            Por favor poderia me passar o seu e-mail ,pois tenho um filho com surdez bilateral , e me interessei pelos seus conhecimentos , poderia me ajudar!!!

          • Lucio Mascarenhas
            03/05/2016 at 11:11

            Oi Paula. Meu nome é Lucio, 60 anos. Minha filha Luiza, psicóloga, está lançando um livro pela UFF que trata sobre inclusão de surdos no ensino regular.
            Eu apreciaria muito presentear-lhe com um exemplar, como subsidio extra ao seu belíssimo trabalho.
            Havendo interesse, informe um enderêço para o envio.

            Att

        • Marcia Valeria Borges Costa
          21/06/2016 at 22:11

          Sou surda bilateral,e escrevo muito bem o português e por sinal sou eu que faço as correções das provas que meu marido elabora(ele é professor de história)antes de passar pela supervisão da escola e dependendo muitíssimo das minhas próteses,sem elas não ouço praticamente nada!

          Reply
  • s0ramires
    04/11/2011 at 15:05

    Gostei demais, você está descrevendo o que a gente sente (nós surdos usuários da língua portuguesa) quando vê informação equivocada, tipo todo surdo é mudo e língua de sinais é a língua de todos os surdos!
    Adoro meus aparelhos auditivos que me devolvem qualidade de vida e adoro viver nesse amplo mundo, não em comunidades fechadas.
    Então é importande dizer que libras não que dizer acessibilidade para todo surdo,ao contrário, somos uma maioria que usamos implantes, aparelhos auditivos e que nos comunicamos em português.
    Por isso é que fizemos nosso blog ser SULP – Surdos Usuários da Língua Portuguesa (entendam bem: não usuários de libras).
    Então precisamos avisos escritos em locais públicos, atendimento escrito nos sites de empresas prestadoras de serviço, cinema, tv e teatro legendados e o máximo do luxo: sonorização especial para aparelhos auditivos e implantes vulgo Hearing Loop!.

    Reply

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